Menina desmente delegado-geral
Menina presa em cela com homens no PA disse a policiais que era menor de idade
Evandro Éboli - Enviado especial do Globo; O Globo Online
ABAETETUBA (PA) E BRASÍLIA - Em depoimentos prestados à Polícia Civil do Pará e ao Ministério Público, semana passada, a adolescente que ficou presa com 20 homens em uma cela, em Abaetetuba, afirmou que, pelo menos duas vezes, avisou que era menor de idade. A declaração desmente a versão do então delegado-geral do Pará, Raimundo Benassuly, que na terça-feira disse desconfiar que a jovem tinha problemas mentais por não ter avisado que era menor de 18 anos. A jovem afirmou ter nascido em dezembro de 1991 e, portanto, tem, hoje, 15 anos. Nos depoimentos, ela deu mais detalhes da prisão e das relações sexuais a que foi forçada a manter dentro da cela. A adolescente confirmou que foi ameaçada de morte pelos três policiais que a prenderam, caso tornasse público o episódio.
No depoimento prestado semana passada, a jovem afirmou que informou à delegada Flávia Verônica que era "de menor" quando foi detida, no dia 21 de outubro, mas que não adiantou. Os mesmos policiais que a prenderam a levaram para a cela. Ela contou que foi forçada a manter relações sexuais com um detento, de nome Beto, que a pegou à força e a levou para o banheiro minúsculo que nem sequer é separado por uma porta.
Segundo a adolescente, no dia seguinte manteve relações com outro preso, de nome Dinei, dessa vez em troca de alimento. "Devido à fome que passou acabou aceitando a proposta", descreve o depoimento. Ela ainda manteve relações sexuais com outras três pessoas, mas lembrou o apelido de apenas um, Chupa Cabra.
Em outro trecho, a jovem contou que o preso Beto queimou seu pé, quando estava dormindo. Ela confirmou a informação de que passou três dias no cais, após o mês em que ficou detida, e foi deixada lá pelos três policiais que a prenderam. Eles a mandaram desaparecer, por isso ela "decidiu pegar um barco, mas não houve tempo".
Leia aqui a reportagem completa [aqui]
Evandro Éboli - Enviado especial do Globo; O Globo Online
ABAETETUBA (PA) E BRASÍLIA - Em depoimentos prestados à Polícia Civil do Pará e ao Ministério Público, semana passada, a adolescente que ficou presa com 20 homens em uma cela, em Abaetetuba, afirmou que, pelo menos duas vezes, avisou que era menor de idade. A declaração desmente a versão do então delegado-geral do Pará, Raimundo Benassuly, que na terça-feira disse desconfiar que a jovem tinha problemas mentais por não ter avisado que era menor de 18 anos. A jovem afirmou ter nascido em dezembro de 1991 e, portanto, tem, hoje, 15 anos. Nos depoimentos, ela deu mais detalhes da prisão e das relações sexuais a que foi forçada a manter dentro da cela. A adolescente confirmou que foi ameaçada de morte pelos três policiais que a prenderam, caso tornasse público o episódio.
No depoimento prestado semana passada, a jovem afirmou que informou à delegada Flávia Verônica que era "de menor" quando foi detida, no dia 21 de outubro, mas que não adiantou. Os mesmos policiais que a prenderam a levaram para a cela. Ela contou que foi forçada a manter relações sexuais com um detento, de nome Beto, que a pegou à força e a levou para o banheiro minúsculo que nem sequer é separado por uma porta.
Segundo a adolescente, no dia seguinte manteve relações com outro preso, de nome Dinei, dessa vez em troca de alimento. "Devido à fome que passou acabou aceitando a proposta", descreve o depoimento. Ela ainda manteve relações sexuais com outras três pessoas, mas lembrou o apelido de apenas um, Chupa Cabra.
Em outro trecho, a jovem contou que o preso Beto queimou seu pé, quando estava dormindo. Ela confirmou a informação de que passou três dias no cais, após o mês em que ficou detida, e foi deixada lá pelos três policiais que a prenderam. Eles a mandaram desaparecer, por isso ela "decidiu pegar um barco, mas não houve tempo".
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