Balanço 2007 - Parte XIV

Aos meus leitores que acompanharam minhas críticas em relação aos rumos da conduta administrativa do Estado do Pará, espero que 2008 seja um ano melhor para o povo paraense.

A governadora fecha 2007 entregando à Santarém a Universidade Federal daquela região. Sem dúvida sua maior realização no ano. E nada mais justo.

Pelo que sei, o deputado o qual assessoro, não medirá esforços para a garantia dos recursos necessários à esta conquista na Comissão do Orçamento, a qual é titular respeitado.
Para o PDT a Educação é solução, jamais problema.

2007 será inesquecível.

Apesar da governadora ter demorado para agir com relação as ações criminosas da Liga dos Camponeses Pobres. De qualquer maneira, a pacificação do setor rural paraense é desafio permanente e tem que ser pautado como item estratégico no Gabinete de Crises.

No 2007 paraense, houve invasão e paralisação da estrada de ferro da Vale por um MST que agora revela, de maneira efetiva, ao que veio.

Insistentes e inadmissíveis ações criminosas nas obras das Eclusas da UHT (Eclusas da Hidrelétrica de Tucurui) por um grupo auto-denominado Atingo pelas Barragens, atrasou, ainda mais, o já capenga cronograma da obra -- que já virou obra de Catedral --, vital para um mínimo de infra-estrutura que refletirá quando concluída, em toda a região Centro-Norte do país.

Ana Júlia Carepa não pode mais permitir esse estado de coisas.

O tsunami da menina L. Brasil! Foi um alerta.

A morte do colaborador Lauande, do pesquisador do Museu Emílio Goeldi, quase nas mesmas condições. Os assassinato nas mesmícissimas condições de centenas de pais e mães de família anônimos, devem ter corroborado para acender uma luz de desencanto para todos nós paraenses de nascimento e adoção: não podem passar em branco à sorte do cidadão ficar sitiado.
A resposta da dona da caneta, mais uma vez, veio tardia, com a exoneração de parte do Comando da Segurança Pública do Estado.

Por outro lado, não foi o aquecimento global, muito menos a crise do Oriente Médio, Bush, Chávez, Evo, trabalho escravo, invasão de terra, desemprego, INSEGURANÇA, educação com pífio crescimento, saúde mal das pernas, não: o assunto mais relevante foi a divisão do Estado.
Seu esquartejamento, como seus detratores erroneamente insistem em dar fim, e que o tempo dirá de tudo isso.

Foi o assunto mais relevante político no Pará. Apontem-me outro!?

Algo que bem distante. O presidente ao lado da governadora, garantiram que a solução de todos os problemas e queixas dos fatiadores, será prontamente resolvido com o PAC. Que seja.

Um ano passou, e o que o PAC pagou ou entregou até agora?

Calo-me se mostrarem-me algum número. Até as licitações não saem das gavêtas. Não há números porque o PAC não saiu do papel, caros leitores. Assim como a tal das Parcerias Público Privadas (PPP's), não passa de retórica das boas e surradas promessas de governos anteriores.
Falta rigorosamente duas coisas à este governo: Coragem e coragem.

Nada saiu do papel no Pará. O que se viu de propaganda é safardana mentira.

O que se fez não foi com recursos do malfadado PAC, que não passa de um golpe publicitário, ou, no perdão da cobrança, uma reles sopa de letrinhas muito da mal arrumada.

O que houve foi manipulação descarada de informação. Recursos constitucionais aplicados à peso de Medidas Provisórias na garantia dos programas que sustentam os programas sociais.

Em resumo: dinheiro subtraído de forma vergonhosa da Classe Média para o soldo de esmola de uma base de pirâmide que não tem perspectiva, visto o caos educacinal em que nos encontramos.

Fico, no entanto, com a esperança de melhor entendimento e compreensão de que o Estado, através desse governo, crie um pouco de vergonha na cara.

O Estado é ator de ligação e deve concentrar-se em suas obrigações constitucionais nos setores onde não tem e não deve ter a premissa de concorrer com a iniciativa privada. E veja que no apagar do ano, inventaram uma tal de TV Pública. Outra vergonha.

A livre iniciativa, a partir de regras claras, marco regulatório definido, reforma política estabelecida, fiscal aprovada, previdenciária consubstanciada, judiciária na rédea. Certamente fará a diferença em contraponto ao recrudescimento do estatismo conveniente.

O Brasil, e em especial a Amazônia e o Pará, respirarão novos sopros de desenvolvimento sustentável, caso os detentores do poder, entenderem que, a iniciativa privada e o setor produtivo, aliado à inadiável inclusão da massa de informais; fará com que o Brasil, em pouco tempo, torne-se a onça dos emergentes. Não uma gatinho maracajá suscetível aos abalos de porrada na mesa especulativa de outros países.

Insisto. Falta coragem.

O resto se não for retórica é promessa. A eterna promessa nunca cumprida.

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