Investigações comprometidas

Em matéria assinada pelo repórter Edson Luiz publicada no Estado de Minas e no Correio Brasiliense atesta o que todos desconfiavam e sabiam: com o fim da CPMF, a PF perdeu um importante instrumento de combate ao crime financeiro.

Imposto era usado pela polícia para identificar movimentações financeiras incompatíveis com a renda de servidores. PF e Receita calculam prejuízos nas operações envolvendo a União

A Polícia Federal e a Receita Federal avaliam em conjunto os efeitos do fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), um instrumento usado nas investigações de corrupção e lavagem de dinheiro, principalmente de servidores públicos. Técnicos do Fisco e delegados da área de inteligência e fazendária da PF reuniram-se para calcular os prejuízos que podem ser causados às operações montadas para o ano que vem, envolvendo dinheiro da União.

A cobrança da CPMF, um imposto obrigatório, permitia aos investigadores observar movimentações incompatíveis de servidores e agentes públicos. “A CPMF era um recurso considerável”, observou o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, ao anunciar ontem os números de prisões feitas pela corporação, antecipadas pelo Estado de Minas na edição de ontem. Pelos dados da PF, em 2007 foram realizadas 23 operações que tinham como alvo fraudes em licitações e corrupção de servidores, e outras 17 envolvendo lavagem de dinheiro, que tinham relação com a administração pública.

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