No meu não

BRASÍLIA-DF

Por Denise Rothenburg - Com Guilherme Queiroz - Correio Braziliense

Corte cirúrgico

Nas primeiras reuniões pós-derrota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) foi praticamente consensual entre os ministros a idéia de que não haverá corte linear no Orçamento, ou seja, uma tesourada do mesmo tamanho sobre todas as despesas. A ordem é fazer uma “intervenção cirúrgica”, isto é, escolher os projetos a dedo, sem prejudicar a população mais pobre.

A notícia, que já chegou aos ouvidos da base aliada, fez formar uma fila de deputados na sala de espera do Ministério das Relações Institucionais, que funciona no quarto andar do Palácio do Planalto. “Não pode cortar muito porque precisa da Câmara. Como é que a Câmara pode pagar por um erro do Senado?”, cobrava o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE). Se mexer muito, vai dar problema na Casa que deu 338 votos a favor do imposto do cheque.

Continhas

O governo pagou até agora este ano R$ 2,5 bilhões de emendas parlamentares. Em uma noite, o Senado cortou R$ 3,4 bilhões do que estava previsto da CPMF para esses pedidos em 2008. Já se sabe que não dará para cumprir tudo. Ontem, todos os governadores eram favoráveis aos cortes, desde que não fossem nos seus estados.

Um comentário:

Anônimo disse...

Val, eu sempre tive a impressão de que o Lula (macaco velho na arte de negociar) queria submeter naquele momento a votação mesmo sabendo de que perderia. A minha impressão era de que ele estava minando a oosição nas próximas eleições. O belo artigo Alloggio tibério Alloggio no blog do Jeso de LULA E MAQUIÁVEL, retrata bem que o placar da derrota não foi aquele estampado pela imprensa.

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