Alunos pressionam por saída do reitor da UnB

Estudantes da UnB irão se reunir amanhã para discutir um possível pedido de afastamento do reitor da universidade, Timothy Mulholland. Segundo denúncia do Ministério Público do Distrito Federal, recursos inicialmente destinados à pesquisa foram utilizados na reforma do apartamento funcional do reitor.

Desde o último sábado, 8, foi organizado uma onda de protestos na frente do apartamento onde reside o reitor. Mulholland não retornou mais para o apartamento.

Segundo promotores, a Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), ligada à Universidade de Brasília, gastou R$ 470 mil na compra dos móveis do apartamento funcional do reitor, incluindo uma lixeira de R$ 990.

Rafael Ayan, um dos diretores do Diretório Central dos Estudantes, diz que apenas os institutos de química e medicina da UnB receberam mais do que isso em 2007: "Como pode um apartamento custar mais do que a verba direcionada a uma unidade acadêmica?".

Por ora a posição do DCE é que o afastamento de Mulholland seja pedido caso seu nome seja citado em denúncia do Ministério Público Federal, o que ainda não ocorreu.

A assessoria de imprensa da UnB informou que a hipótese de afastamento do reitor está fora de cogitação e que não irá se manifestar sobre a a reunião dos estudantes. O órgão reiterou ainda a posição de que os gastos no apartamento funcional estão dentro da legalidade.

Questionado sobre o caso, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que não cabe ao MEC tomar providências sobre o caso porque as universidades têm autonomia: "Não tenho elementos para avaliar, mas o papel dos órgãos de controle é investigar e o dos dirigentes é apresentar justificativas em sua defesa", disse.

(Com Correio Braziliense)

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