TV digital em Brasília pode atrasar
Torre atrasa TV digital no DF
Os brasilienses capazes de fazer o investimento poderão, com alguma sorte, experimentar a televisão digital a partir de janeiro de 2009. Pelo cronograma oficial do Ministério das Comunicações, isso significa que o sinal estará disponível um ano antes do prazo, ainda que em caráter experimental. Para as emissoras de televisão, porém, trata-se de um atraso.
“Nossa previsão era estar com o sinal no ar agora, talvez desde maio. Até se chegou a pensar em ter Brasília antes de Belo Horizonte, que entrou no ar em abril. Com os novos planos do governo do Distrito Federal, houve um atraso nesse projeto. Mas entre janeiro e fevereiro devemos ter alguma transmissão”, explica o diretor de uma das cinco maiores emissoras privadas da capital.
Aquela sorte, além dos reais necessários, depende justamente dos planos do GDF. Até o ano passado, a discussão era apenas entre as televisões, num acerto único no país: aqui Band, Brasília, Globo, Record e SBT se uniram num condomínio para comprar um terreno e erguerem juntas uma nova torre, pois a antiga, no coração da capital, está saturada. Por recomendação da Agência Nacional de Telecomunicações, ela ficará na região do Colorado/Taquari.
O governador José Roberto Arruda percebeu, no entanto, estar diante da oportunidade de erguer um novo monumento na cidade. Contratou o escritório de Oscar Niemeyer, e o próprio arquiteto, por R$ 2 milhões, riscou as linhas do projeto. Com 120 metros, essa torre vai suportar uma estrutura metálica de 50 metros, sobre a qual estará a antena propriamente dita (outros 12 metros), que será importada pelas emissoras por cerca de US$ 2,5 milhões.
Numa estimativa informal da Terracap, que toca o projeto no GDF, colocar de pé o desenho de Niemeyer vai custar aos contribuintes entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões. “O valor exato ainda depende dos estudos da Novacap, que está preparando o edital para licitar a obra, mas deve ficar nesse intervalo”, explica a diretora técnica da Terracap, Ivelise Longhi.
O plano é que o dinheiro seja devolvido ao longo dos anos com o pagamento de uma taxa de uso pelas emissoras de tevê. “Estávamos procurando um investidor e apareceu o governo, que vai alugar para as emissoras e ainda explorar o turismo”, diz o diretor geral do grupo Bandeirantes em Brasília, Flávio Lara Resende, que preside a Associação dos Veículos de Comunicação do DF.
A Band quer colocar o sinal experimental no ar ainda em dezembro, mas a preocupação não se dá pela transmissão em si, mas com o preço da antena. “Há uma isenção de imposto (ICMS) para a importação dos equipamentos da TV digital, mas ela só vale até 31 de dezembro. Precisamos da torre pronta para trazermos a antena antes disso, ou esse prazo terá que ser prorrogado”, explica Resende.
Ninguém duvida, porém, que a transmissão digital será oficialmente inaugurada em 21 de abril, aniversário de Brasília. Difícil é saber quantos vão assisti-la. Televisores que já vêm com os conversores custam pelo menos R$ 6 mil. Mesmo quem investir apenas no conversor terá que desembolsar no mínimo R$ 500, o que ajuda a entender por que esse mercado ainda é pequeno.
Os brasilienses capazes de fazer o investimento poderão, com alguma sorte, experimentar a televisão digital a partir de janeiro de 2009. Pelo cronograma oficial do Ministério das Comunicações, isso significa que o sinal estará disponível um ano antes do prazo, ainda que em caráter experimental. Para as emissoras de televisão, porém, trata-se de um atraso.
“Nossa previsão era estar com o sinal no ar agora, talvez desde maio. Até se chegou a pensar em ter Brasília antes de Belo Horizonte, que entrou no ar em abril. Com os novos planos do governo do Distrito Federal, houve um atraso nesse projeto. Mas entre janeiro e fevereiro devemos ter alguma transmissão”, explica o diretor de uma das cinco maiores emissoras privadas da capital.
Aquela sorte, além dos reais necessários, depende justamente dos planos do GDF. Até o ano passado, a discussão era apenas entre as televisões, num acerto único no país: aqui Band, Brasília, Globo, Record e SBT se uniram num condomínio para comprar um terreno e erguerem juntas uma nova torre, pois a antiga, no coração da capital, está saturada. Por recomendação da Agência Nacional de Telecomunicações, ela ficará na região do Colorado/Taquari.
O governador José Roberto Arruda percebeu, no entanto, estar diante da oportunidade de erguer um novo monumento na cidade. Contratou o escritório de Oscar Niemeyer, e o próprio arquiteto, por R$ 2 milhões, riscou as linhas do projeto. Com 120 metros, essa torre vai suportar uma estrutura metálica de 50 metros, sobre a qual estará a antena propriamente dita (outros 12 metros), que será importada pelas emissoras por cerca de US$ 2,5 milhões.
Numa estimativa informal da Terracap, que toca o projeto no GDF, colocar de pé o desenho de Niemeyer vai custar aos contribuintes entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões. “O valor exato ainda depende dos estudos da Novacap, que está preparando o edital para licitar a obra, mas deve ficar nesse intervalo”, explica a diretora técnica da Terracap, Ivelise Longhi.
O plano é que o dinheiro seja devolvido ao longo dos anos com o pagamento de uma taxa de uso pelas emissoras de tevê. “Estávamos procurando um investidor e apareceu o governo, que vai alugar para as emissoras e ainda explorar o turismo”, diz o diretor geral do grupo Bandeirantes em Brasília, Flávio Lara Resende, que preside a Associação dos Veículos de Comunicação do DF.
A Band quer colocar o sinal experimental no ar ainda em dezembro, mas a preocupação não se dá pela transmissão em si, mas com o preço da antena. “Há uma isenção de imposto (ICMS) para a importação dos equipamentos da TV digital, mas ela só vale até 31 de dezembro. Precisamos da torre pronta para trazermos a antena antes disso, ou esse prazo terá que ser prorrogado”, explica Resende.
Ninguém duvida, porém, que a transmissão digital será oficialmente inaugurada em 21 de abril, aniversário de Brasília. Difícil é saber quantos vão assisti-la. Televisores que já vêm com os conversores custam pelo menos R$ 6 mil. Mesmo quem investir apenas no conversor terá que desembolsar no mínimo R$ 500, o que ajuda a entender por que esse mercado ainda é pequeno.
Fonte: CB.
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