No Pará e Maranhão os prognósticos são os piores possíveis e grassa o desemprego no setor.
Superando a crise
Siderúrgicas e carvoarias retomam aos poucos as atividades em Mato Grosso do Sul. A crise financeira mundial deixou o setor paralisado por quatro meses.
A queda no preço do aço no mercado internacional levou a crise às carvoarias que abastecem as siderúrgicas. “Nós perdemos em torno de R$ 500 milhões em faturamento, só o que deixamos de produzir de carvão vegetal”, disse Marcelo Figueiredo, superintendente da usina.
O reflexo da crise mundial pode ser visto nos pátios. Um deles guarda 20 mil toneladas de ferro gusa. O produto está pronto para ser entregue, mas as empresas não compraram. O grupo tem 60 mil toneladas estocadas. A indústria fechou em fevereiro. Cem funcionários foram demitidos.
De outubro do ano passado para cá praticamente todas, quase 600 carvoarias legalizadas no Estado, ou pararam ou reduziram a produção. “A siderúrgica deixava de fazer o ferro gusa e assim deixou de comprar carvão”, explicou Marcos José Brito, presidente do sindicato dos trabalhadores em carvoarias.
Do sindicato mais de 600 demissões foram homologadas. Mas o presidente estima que muito mais gente perdeu o emprego nesse período. “Nós calculamos que aconteceram entre 2,5 mil e três mil demissões aconteceram no Estado”, completou o presidente do sindicato.
Até o ano passado, o setor de reflorestamento aumentava a área de eucalipto plantada numa média de 50 mil hectares por ano no Estado. Com a crise no setor siderúrgico, os plantios, que têm custo alto, foram reduzidos.
“Dos 50 mil hectares plantados no ano passado, nós devemos chegar à metade disso”, calculou Luiz Calvo Ramires Júnior, presidente da Associação dos Produtores de Florestas Plantadas em Mato Grosso do Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário