A Polícia Civil do Pará pediu a prisão preventiva de Charles Trocate, coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Estado. Ele é suspeito de ter ordenado atos de vandalismo em duas fazendas no sul do Estado na madrugada de quarta-feira.
O anúncio foi feito ontem pela governadora Ana Júlia Carepa (PT). Ela não deixou claro o motivo do pedido de prisão, que não tinha sido concedido pela Justiça até a tarde de ontem. A governadora disse somente que “há indícios fortes” de que Trocate é o responsável pelos crimes, mesmo sem sua presença física na região.
Três líderes do acampamento do MST Dalcídio Jurandir -que fica na fazenda Maria Bonita, um dos alvos da depredação- também foram identificados nas investigações.
Segundo as denúncias, um grupo de cem pessoas armadas invadiu as fazendas Maria Bonita, em Eldorado do Carajás, e Rio Vermelho, em Sapucaia, destruindo casas, equipamentos e tratores, agredindo funcionários e matando animais.
A primeira fazenda é controlada pela Agropecuária Santa Bárbara -que tem como sócio o banqueiro Daniel Dantas. O governo do Pará disputa na Justiça a propriedade da área.
Após a depredação, a governadora enviou 200 policiais para a região e determinou o cumprimento de ordens de reintegração de posse -em março deste ano, havia pelo menos 60 mandados não cumpridos.
Segundo Ana Júlia, “o MST declarou inclusive que perdeu o controle, portanto confessa que participou dos atos”.
Em nota, a Agropecuária Santa Bárbara atribuiu ao MST novos ataques.
Ontem, diz a empresa, sem-terra obrigaram funcionários de uma fazenda a deixarem as suas casas. No dia anterior, um carro da fazenda teria sido alvejado por tiros.
O movimento voltou a negar a autoria dos atos de destruição nas duas fazendas no Pará.
Maria Raimunda César, da coordenação nacional do movimento, disse não haver provas da participação dos sem-terra e insistiu na possibilidade de que os próprios fazendeiros tenham feito a depredação para culpar o MST. Aqui.
Pedido prisão de líder do MST que autorizou atos terroristas no PA
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2 comentários:
Val,
abolutamente tudo o que diz respeito a esse tal mst é matéria engraçada. engraçadíssima.
Abs . Léo.
A prova da incompetência das autoridades responsáveis pela questão.
O Incra simplesmente é um sumidouro de dinheiro público e não consegue resolver a situação de assentar os "clientes". Há estoques de terras arrecadadas suficientes.
A Polícia não é autorizada a entrar em vários assentamentos.
Os produtores não têm segurança jurídica sobre suas propriedades produtivas.
O Governo Lula não avançou nesse aspecto e é um dos fiascos da era Lula.
Não há uma fórmula mágica para o encaminhamento do problema. Mas, avançaria-se se começassem a entender que sem a Municipalização da Reforma Agrária o processo sempre terá problemas na ponta.
É o que penso Leo.
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