Ex-ministro da Fazenda de Temer e Lula, o economista tentará usar o discurso de que melhorou a economia do país para cativar os eleitores
O senador Romero Jucá confirmou na manhã desta terça-feira (22/5) que o candidato à Presidência da República pelo MDB será o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O anúncio oficial deve ocorrer às 11h, na presença de Michel Temer. Na ocasião, o chefe do Executivo lançará o programa Encontro para o Futuro.
Michel Temer já dava sinais de que desistiria de tentar manter-se no comando do Palácio do Planalto no pleito de outubro, impressão confirmada pelo presidente da sigla.
Meirelles assumiu o Ministério da Fazenda em maio de 2016, quando Michel Temer ainda era presidente em exercício e o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff ainda estava em curso. A estratégia do MDB é tentar de tirar o foco negativo de Temer, pôr a sigla na disputa com um nome não citado na Operação Lava Jato e testar o potencial de crescimento do ex-comandante da economia.
Na prática, a decisão de transformar Meirelles em candidato tem objetivos bem pragmáticos. Ele diz ter condições de financiar a própria campanha, discurso que agrada às bancadas, de olho no Fundo Partidário. Não é só: o MDB precisa de um nome para chamar de seu em uma quadra na qual disputa com DEM e PSDB o apoio de aliados e quer liderar as negociações. Animado, Meirelles contratou o marqueteiro Chico Mendez para fazer a pré-campanha e investir nas redes sociais. Foi criado o bordão “Chama o Meirelles”, para mostrar que só ele seria capaz de “apagar incêndios” no Brasil.
Perfil
O economista comandou o Banco Central nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2010. Em 2002, Meirelles foi eleito deputado federal pelo PSDB, mas desistiu da cadeira para assumir o BC. Antes, ele fez carreira no mercado financeiro, tendo sido presidente mundial do BankBoston.
Fonte: Metrópoles
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