O presidente do Senado Federal e ex-Presidente da República, senador imortal José Sarney (PMDB-AP) está “por um fio”. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo desmascara o probo político que escondeu uma mansão avaliada em R$ 4 milhões. A omissão pode sustar-lhe o cargo, visto que o imóvel foi sonegado de sua declaração de renda e da justiça eleitoral.
Resumo da ópera: quebra de decoro parlamentar.
Agora, nem Lula nem ninguém segura este cidadão no cargo e, se esse país quer passar a limpo suas mazelas, o imortal sairá da política pela porta dos fundos.
Sarney corrige justificativa e diz que mansão foi 'esquecida'
Sarney mudou a justificativa sobre uma mansão não declarada em Brasília
Direto de Brasília
Por meio de uma segunda nota divulgada nesta sexta-feira para tentar explicar o fato de não ter declarado à Justiça Eleitoral uma mansão avaliada em R$ 4 milhões, a assessoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), explicou que a declaração de bens do senador feita em 1998 não foi a mesma efetuada em 2006. Na mais recente, a mansão foi "esquecida", segundo o senador.
Na primeira nota, a justificativa dada foi que "por equívoco do contador, em 2006, foi apresentada à Justiça Eleitoral a mesma lista de bens de 1998". Porém, na segunda nota, afirma-se que: "o erro cometido na declaração de bens do senador José Sarney à Justiça Eleitoral em 2006 não foi, como afirmado, a repetição da lista de bens de 1998, mas a omissão da casa, por esquecimento, depois de feita a atualização patrimonial".
Ou seja, segundo a nota, o erro do contador foi se esquecer de declarar a casa, e não de repetir em 2006 a mesma lista declarada em 1998.
As explicações divulgadas na primeira nota entravam em contradição com dados entregues à Justiça Eleitoral em 1998 e 2006, pois boa parte dos imóveis e bens listados no primeiro ano não fazia parte da relação do segundo. O patrimônio total declarado por ele em 1998 foi de R$ 2,2 milhões, enquanto em 2006, chegou a R$ 4,6 milhões.
Sarney sofre pressões de senadores para se afastar da presidência do Senado desde o surgimento de novos escândalos da Casa. A crise se agravou depois da divulgação da existência de atos secretos, decisões não publicadas nos boletins administrativos do Senado.
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