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Comissão aprova 40h de trabalho semanal e aumento na hora extra

Foto: Rodolfo Stuckert

Vicentinho, em meio aos manifestantes das centrais sindicais, comemora a aprovação da redução da carga horária.

Com a presença de todas as centrais sindicais no Auditório Nereu Ramos, a Comissão Especial da Jornada Máxima de Trabalho aprovou, nesta terça-feira, a redução de 44 para 40 as horas trabalhadas na semana. O parecer do relator, deputado Vicentinho (PT-SP), também prevê a elevação da hora extra para 75% sobre o valor da hora normal.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 231/95), que trata do tema, vai ser apreciada em dois turnos pelo Plenário da Câmara e precisa de dois terços dos votos para ser aprovada. O mesmo procedimento será exigido no Senado.
Os integrantes da comissão vão pedir apoio dos líderes partidários para a inclusão da PEC na pauta do Plenário. A expectativa é que o primeiro turno de votação aconteça em agosto. Vicentinho está otimista quanto à aprovação. "Como ela foi aprovada por deputados de todos os partidos aqui presentes, a minha esperança cresce mais ainda de que seja aprovada na Câmara e no Senado", ressaltou.

Luta de 15 anos
Autor da PEC, o senador Inácio Arruda (PCdoB/CE) lembrou que a luta dos trabalhadores pela redução da jornada já dura 15 anos. Arruda avalia que a união das centrais sindicais e dos parlamentares é fundamental. "Eu considero que vamos entrar o ano de 2010 com redução da jornada de trabalho."

Preocupado, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disse que a redução da jornada ou é aprovada agora ou ainda vai esperar 20 anos. "Se não houver uma mobilização de massas muito ativa, eu temo que ela não prospere porque o interesse de classe vigente, dado o conservadorismo, uma pressão conservadora da grande imprensa, é hostil às chances de sucesso da proposta."

Para o vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a redução da jornada vai trazer vantagens para o País. "Significa, imediatamente, a geração de três milhões de novos postos de trabalho diretos no País e outros tantos indiretos. O segundo, tem um impacto na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, que terá mais tempo para convivência com a família."

Tempo para estudo
Rita Camata (PMDB/ES) destacou que o trabalhador terá mais tempo para se dedicar aos estudos. "Se qualificar para, cada vez, ter o seu trabalho com melhor reconhecimento da população empregadora do nosso País", assinalou.
Na avaliação do ex-presidente da Câmara deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a redução da jornada ajuda a minimizar os efeitos da crise mundial. "É uma forma que o movimento sindical encontra para enfrentar a crise. Crise de desemprego, crise de redução de salário."

Continua:
Centrais sindicais se unem pela redução das horas de trabalho

AG. Câmara.

Boa pauta

A Imprensa paraense tem uma boa pauta amanhã: Carlos Luppi, ministro do Trabalho e Emprego.

Vindo de Manaus, num périplo pela estrutura da Zona Franca. Luppi fez questão de ver in loco, as estruturas que oxigenam a economia do Amazonas e da locomotiva mineral Pará.

Sua presença em Belém, no entanto, atende convite do partido em nome do deputado federal Giovanni Queiroz, presidente da legenda no Pará.

Giovanni participa de lançamento da Frente de Esquerda

Frente de Esquerda será lançada em Belém

Val-André Mutran

Foto: Ag. Câmara

Brasília - Será lançado amanhã (sexta-feira, 17), no Auditório João Batista, da Assembléia Legislativa do Estado do Pará a Frente Nacional de Esquerda. Composto por partidos de Centro-Esquerda, com viés socialista e trabalhista, reunindo PDT, PSB, PCdoB, PRB, PMN e PHS. A Frente reúnira lideranças do Pará, a exemplo do que ocorre no plano nacional.

"Além da atuação parlamentar no Congresso Nacional de apoio ao Governo Lula, a Frente reproduzirá no Plano Regional o apoio à Governadora Ana Julia Carepa na Assembléia Legislativa", disse o presidente Regional do PDT, Deputado Federal Giovanni Queiroz.

A Frente elaborará, a exemplo do movimento nacional, um projeto regional comum de desenvolvimento e estará aberto a adesão de outros partidos políticos. Será uma agenda propositiva em que serão priorizados, dentre outros temas, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração regional", disse Raimundo Pinheiro, Secretário-Geral do Diretório Regional do PDT.

"Num segundo momento, a frente pensa em marchar junto em uma ampla coligação com vistas à eleição de 2008 e, num terceiro momento às eleições de 2010", adiantou o secretário do PDT.

Prestigiando o evento já confirmaram presença o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o Deputado Federal Ciro Gomes (PSB-CE) e o Secretário-Geral Nacional do PDT, Manoel Dias.


Lançada Frente de Esquerda em Brasília

Site do PDT

Brasília, 20/06/07 - O Bloco Parlamentar formado pelo PDT, PSB, PCdoB, PRB, PMN e PHS, integrantes da coalizão de apoio ao Governo Lula, e constituído de 73 deputados federais e nove senadores, decidiu, em ato público, realizado no dia 20/06, transformar-se em Frente de Esquerda e ganhar as ruas com um programa alternativo de desenvolvimento brasileiro.


Ao presidir a solenidade, na sede do PDT, em Brasília, o Ministro Carlos Lupi, presidente nacional do Partido chamou a atenção para o fato de que a nova Frente de Esquerda se forma e se consolida num ano ano não-eleitoral, o que reforça a seriedade do projeto nacional, tão ansiado por Leonel Brizola, Miguel Arraes e João Amazonas.


Ao ato compareceram grande parte das bancadas, os presidentes dos seis partidos da Frente, e outros líderes nacionais como Ciro Gomes, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e o governador do ceará, Cid Gomes. O governador Eduardo Campos observou que a consolidação da Frente de Esquerda já pode representar um marco na política brasileira, não só em termos de potencial eleitoral mas principalmente de alternativa para um desenvolvimento mais voltado para o Brasil. Já o presidente do PcdoB, Renato Rabelo advertiu que o Brasil não pode continuar na atual estagnação da economia: “Até 1960, exemplificou, a China e a Índia tinham uma economia equivalente à do Brasil, mas hoje o nosso PIB só representa 1/8 do conjunto daqueles dois países”. Por sua vez, a ex-deputado Jandira Feghalli, do PCdoB, afirmou que o antigo Bloco Parlamentar, cujo fracasso chegou a ser previsto por muitos setores que se dizem bem informados, “está feito bolo, quanto mais se bate, mais cresce”.


Todos os oradores fizeram questão de enfatizar o comprometimento da Frente de Esquerda em apoiar e defender o Governo Lula, sobretudo o PAC, Plano de Aceleração do Crescimento. O manifesto da Frente de Esquerda, cuja íntegra segue abaixo, prega “o fortalecimento da soberania do país, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração continental”.

LEIA O PROGRAMA COMUM DO BLOCO DE ESQUERDA


O PSB, o PDT, o PCdoB, o PMN, o PRB e o PHS – partidos integrantes da coalizão de apoio ao governo do presidente Lula, formaram um bloco parlamentar na Câmara dos Deputados para uma atuação comum. Defensores de um projeto nacional de desenvolvimento orientado para o fortalecimento da soberania do país, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração continental, decidem, para balizar a ação conjunta nos diversos terrenos políticos em que venham atuar, manter o Bloco parlamentar de Esquerda, para o que assumem a defesa do programa mínimo seguinte, aberto a todos os Partidos que queiram do mesmo modo aderir a este programa e integrar o Bloco:

- Apoio ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), pelo seu aperfeiçoamento e plena aplicação das diretrizes e projetos que visam a acelerar o desenvolvimento e a distribuição de renda. Crescimento econômico de, no mínimo, 5% do PIB, por uma taxa anual de investimentos acima de 25%.

- Defesa da autonomia do governo para decidir e definir sobre a política macroeconômica. Ação política para que se efetive o compromisso programático de o governo “aprofundar a redução da taxa de juros, aproximando-a daquela praticada nos países em desenvolvimento.” Banco Central integrado e subordinado ao plano nacional de desenvolvimento. Política permanente de redução do superávit primário de sorte a dotar o Estado de recursos para investimento.

- Defesa resoluta dos direitos dos trabalhadores, por mais empregos e por uma política permanente de valorização do trabalho e de elevação do salário- mínimo. Ampliação do acesso dos trabalhadores ao sistema previdenciário e fortalecimento da Previdência Social pública. Inclusão no Orçamento Fiscal dos recursos necessários para garantir o equilíbrio e a real transparência dos recursos da previdência.

- Apoio à política externa do governo, centrada na afirmação da presença soberana do Brasil no mundo, no aprofundamento das ralações Sul-Sul, e na integração sul-americana. Defesa do fortalecimento do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL).

- Apoio ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todas e todos, com a universalização do acesso, promoção da qualidade e incentivo à permanência, seja na educação infantil, no ensino fundamental, médio, em busca do horário integral, e superior. Por uma campanha nacional efetiva de erradicação do analfabetismo. Implantação em todos os níveis do ensino à distância.

- Defesa da implantação do Sistema Nacional de Esporte e Lazer e consolidação do Sistema Nacional de Cultura.

- Defesa e fortalecimento do SUS para, efetivamente, assegurar o acesso universal às ações e aos serviços do sistema público de saúde. Gestão pública, democrática, com controle social e foco na prevenção.

- Defesa do direito do povo à segurança. Pela plena efetivação do Sistema Único de Segurança Pública com a integração das instituições de segurança pública. Firme atuação do Estado no combate à violência e ao crime, respeito às comunidades carentes, vítimas do banditismo e da truculência policial. Prioridade às ações de inteligência e prevenção do crime.

- Apoio à efetivação da política industrial e de inovação tecnológica. Promoção da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico, ampliando a capacidade nacional de geração de conhecimento e inovação, tanto do setor público quanto do setor privado. Implantação de política de patentes que proteja o conhecimento e a inovação nacionais.

- Promoção de debate nacional sobre a propriedade de canais, o controle do acesso e do conteúdo dos diversos meios, tendo em vista pôr as novas tecnologias a serviço da democratização dos meios de comunicação de massa. Fortalecimento do sistema público de comunicação, democrático e pluralista, como medida indispensável ao processo de ampliação da democracia brasileira e da participação da cidadania.

- Defesa da soberania nacional, com ênfase sobre a Amazônia, a tríplice fronteira e a costa brasileira. Fortalecimento, modernização e aparelhamento das Forças Armadas e elaboração de um Plano de defesa nacional. Consolidação do Ministério da Defesa.

- Defesa da Federação cuja sobrevivência depende da superação dos atuais e inaceitáveis desníveis regionais.

- Defesa de medidas que possibilitem a capacitação e inserção dos beneficiários dos programas sociais do governo federal no mercado de trabalho.

- Defesa de políticas de desenvolvimento ambientalmente sustentáveis.

- Pela realização de cinco reformas indispensáveis ao projeto nacional. Reforma política que fortaleça e amplie a democracia e a participação, e assegure o pluralismo político. Reforma tributária comprometida com desconcentração da renda, o combate às desigualdades regionais, a desoneração da produção e o emprego formal. Reforma Universitária que democratize o acesso ao ensino superior, com a expansão das universidades públicas e controle social do ensino privado e investimentos massivos e sistemáticos em pesquisa. Reforma urbana com investimentos necessários para garantir o acesso à moradia de qualidade e aos serviços essenciais, em especial, o saneamento básico e transporte público de massa. Reforma agrária ampla, massiva e de qualidade e aplicação de uma política agrícola que promova o desenvolvimento da agricultura nacional.

- Para a realização de tais objetivos o Bloco de Esquerda envidará todos os esforços no sentido de promover campanha popular em prol do desenvolvimento nacional, entendido como crescimento econômico com distribuição de renda e a inclusão no mercado e na cidadania de milhões de brasileiras e brasileiros hoje sem esperança.

A luta conjunta e decidida pela realização progressiva dos pontos acima nomeados, todos eles integrantes ou derivados dos programas de nossos Partidos e dos compromissos assumidos pela campanha que reelegeu o presidente Lula, será a ação principal do Bloco de Esquerda. No momento oportuno em que estará na ordem do dia os entendimentos sobre o próximo pleito de 2008, os Partidos que compõem o Bloco, resguardado suas autonomias na constituição das frentes eleitorais, darão prioridade nesse momento à realização de alianças entre eles.
Finalmente, expressamos a convicção de que o segundo governo Lula tem amplas condições favoráveis, para, alicerçado no apoio e no impulso do povo brasileiro e na ampla coalizão partidária e parlamentar que se formou em seu apoio, resgatar e realizar, com ousadia e coragem política, um a um os compromissos assumidos com a Nação na histórica campanha de 2006. O êxito do segundo governo Lula é decisivo para o presente e para o futuro do Brasil e de seu povo e o Bloco de Esquerda, por nós reafirmado, e atuando nas mais diversas frentes da atuação política, estará empenhado para que isso se realize.

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