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Coluna Direto de Brasília #Ed. 115 – Por Val-André Mutran


Uma coletânea do que os parlamentares paraenses produziram durante a semana em Brasília

Leia mais aqui.

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Governo admite 'momento tenso' e vai liberar verbas

Todo o cuidado é pouco nessa hora

Reunião semanal entre Planalto e líderes no Congresso irá debater emendas

Decisão pode acabar com início de rebelião da base aliada, que ficou claro com rejeição de indicado por Dilma


Para tentar aplacar o que o próprio Palácio do Planalto definiu como um "momento tenso" na relação com a base aliada, o governo decidiu abrir o cofre para liberar as emendas parlamentares.

Em reunião com o vice Michel Temer (PMDB), a presidente Dilma Rousseff acertou que as liberações de emendas serão negociadas com os líderes do Congresso, a princípio em reuniões semanais.

Dilma combinou que as ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffman (Casa Civil) vão negociar com os congressistas para "casar" as liberações de recursos de seus interesses nos Estados com as prioridades do governo federal

Reunião semanal entre Planalto e líderes no Congresso irá debater emendas

Decisão pode acabar com início de rebelião da base aliada, que ficou claro com rejeição de indicado por Dilma para tentar aplacar o que o próprio Palácio do Planalto definiu como um "momento tenso" na relação com a base aliada, o governo decidiu abrir o cofre para liberar as emendas parlamentares.

Em reunião com o vice Michel Temer (PMDB), a presidente Dilma Rousseff acertou que as liberações de emendas serão negociadas com os líderes do Congresso, a princípio em reuniões semanais.

Dilma combinou que as ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffman (Casa Civil) vão negociar com os congressistas para "casar" as liberações de recursos de seus interesses nos Estados com as prioridades do governo federal.

Assinantes da Folha, conferem a reportagem aqui.

R$ 400 milhões da Celpa pelo ralo

Desconheço se o leitor do Blog do Jeso, José Francisco Guimarães Corrêa é lutador de MMA. Se fosse. Teria um trunfo para garantir o Cinturão de Pesos Pesados do UFC, visto que seus golpes no fígado resultam em fulminante knockout contra promessas vazias de políticos mentirosos que infestam em toda parte.

Dá-lhe! José Francisco Guimarães Corrêa.

Ganhastes um fã.

Um abraço ao Campeão.

Nota do Blog: Parabéns ao blog, caro Jeso. Para variar, sempre nos atualizando com uma seleção de notícias relevantes do nosso Estado do Tapajós.

Por terra, ar e rios

A determinação deste homem, a esquerda na foto acima, é um exemplo às pessoas que têm alguma simpatia pela política. Refiro-me a boa política. A essência da política. E, o próprio personagem define como encara a missão que adotou de fazê-la para a construção de uma sociedade igualitária, socialista e que permita oportunidades para todos. "Faço política por indignação, de viver num país tão rico com um povo abandonado e, parte de sua população ainda sobreviver abaixo da linha da pobreza extrema".

Este homem é Giovanni Queiroz, um médico de sólida formação humanista, nascido numa família humilde da qual herdou a determinação e postura ética dos homes justos, que constroem amizades e prezam a reputação pessoal e alheia, sem falsos moralismos dos que se apresentam como vestais de uma moralidade ausente.

Este homem encara com surpreendente maturidade as críticas desprovidas do viés construtivo, lamentavelmente ausente nos embates das idéias políticas dos dias de hoje. E quando o assunto é o plebiscito sobre a divisão do Pará, o esporte predileto de seus opositores é bater abaixo da linha da cintura, uma vez que falta-lhes argumentos e abunda a soberba.

Qualquer que seja o resultado das urnas em 11 de dezembro. Giovanni Queiroz já cravou o seu nome na história política de seu tempo. Escrita em páginas de lutas, pautada pela seriedade e compromisso com seus semelhantes.

Câmara e PDT lançam livro da Legalidade na quarta, 13/07


A Câmara dos Deputados, o PDT e a Editora Sulina convidam para o lançamento do livro sobre a Legalidade. O escritor Juremir Machado da Silva, autor de “Vozes da Legalidade – Política e imaginário na era do rádio”, fará lançamento do livro, em Brasília, dia 13 de julho, quarta-feira, às 19 horas no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.
O evento contará com a presença do presidente da Câmara, Marco Maia, do presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, do presidente em exercício, deputado André Figueiredo (CE), do secretário do partido, Manoel Dias, entre outras autoridades, parlamentares, estudantes e o público em geral.
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Clique no link abaixo para ouvir a áudio-entrevista Juremir.
http://www.goear.com/files/external.swf?file=8a2f031
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No livro, Juremir aborda um aspecto decisivo da rebelião de 1961: a utilização de toda a potencialidade do rádio na vitória de Leonel Brizola na Campanha da Legalidade. O Rio Grande do Sul teve um papel determinante na história do Brasil do século XX. É inegável. A revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas, levou os gaúchos a amarrarem seus cavalos no obelisco da avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. Por 24 anos, Getúlio, dentro ou fora do poder, influenciou os destinos dos brasileiros. Morto, deixou seus herdeiros, entre os quais, João Goulart, que se tornou duas vezes vice-presidente do país. Em 1961, Jânio Quadros renunciou intempestivamente.
No final de agosto de 1961, há 50 anos, começou em Porto Alegre uma primavera da liberdade. O governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, comandou a resistência ao golpe contra Jango. Requisitou a Rádio Guaíba, formou a Rede da Legalidade, distribuiu armas, mobilizou a população e, com discursos inflamados, garantiu a volta de Jango da China.
Este livro é uma história de muitas vozes, vozes da Legalidade e da ilegalidade, a voz de Brizola, em tom maior, a voz de Jango, buscando uma solução pacífica, a voz de Carlos Lacerda, governador da Guanabara, o Corvo, o eterno golpista, incendiando o ânimo dos militares contra João Goulart, a voz do general Machado Lopes, comandante do III Exército, sediado em Porto Alegre, a voz do ministro da Guerra, Odylio Denys.
Mas também a voz do renunciante, o esquisito Jânio Quadros, as vozes dos remanescentes, jornalistas, radialistas e políticos, todos muito jovens na época, que lembram a grande aventura com a justa nostalgia e o devido orgulho, a voz das ruas, a voz do Rio Grande, a voz do rádio, especialmente da Rádio Guaíba, que se tornou a cabeça de uma rede inusitada e vitoriosa.
O livro é uma história de nomes de homens, de coadjuvantes e protagonistas, quatro civis e dois militares, uma história de vozes tonitruantes, vozes da era do rádio.
ISBN: 978-85-205-0607-3
Categoria: História, Comunicação, Sociologia
Edição: 1ª – 2011
Formato: 14 x 21 cm
Nº de Pag.: 223
Peso: 280 gramas

Palocci pede demissão da chefia da Casa Civil

Antonio Palocci pediu demissão.
Considerado o mais forte ministro do governo da presidente Dilma Roussef, o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci não resistiu ao bombardeio de suspeitas envolvendo o extraordinário crescimento de seu patrimônio nos últimos quatro anos, que foi multiplicado por 20.

Veja a polêmica da aprovação da convocação do ministro Palocci na Câmara

TV Câmara


A Comissão de Agricultura aprovou hoje a convocação do ministro Antonio Palocci, da Casa Civil. Foram duas semanas de tentativas por parte da oposição depois de publicadas denúncias sobre a evolução do patrimônio do ministro. Para o governo, a convocação foi um golpe. Quem explica como foi a votação e a reação que ela provocou é o repórter Tiago Ramos. E a polêmica acabou sendo levada ao Plenário, como explica Fabrício Rocha, que está no Salão Verde.

Créditos/ Câmara Hoje
Tiago Ramos - Repórter
Dep. Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA)
Dep. Lincoln Portela (PR-MG)
Luiz Sérgio - Ministro de Relações Institucionais

Tiririca: começou a palhaçada

Divulgação

















Para os 1,3 milhão de eleitores que votaram no deputado mais votado do Brasil, o palhaço Tiririca (PR-SP), a primeira ação parlamentar que esse mundo de gente pode comemorar, com aplasos efusivos é que seu líder político não os decepcionou.

Tiririca, segundo um jornal paulista, usa dinheiro da Câmara para empregar humoristas do programa "A Praça é Nossa", do não palhaço Sílvio Santos. O do Baú da Felicidade, comprado do pai do humorista que, ainda, representa, os interesses do autor da idéia.

Em 23 de fevereiro, em plena folia carnalesca, Tiririca, naturalmente empolgado com o clima da alegria da novidade do cargo, nomeou como secretários parlamentares os humoristas José Américo Niccolini e Ivan de Oliveira, que criaram os slogans da campanha eleitoral do deputado. Ambos recebem o maior salário do gabinete, de até R$ 8 mil, somadas as gratificações, de acordo com apuração do jornal O Estado de São Paulo.

Niccolini – um palhaço sem graça e agora com renda extra –, é presença semanal na TV com o personagem Dapena, uma sátira do apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena.

O programa A Praça é Nossa, é parte da grade da "Televisão mais Feliz do Brasil", do não menos sorridente Silvio Santos.

O "abestado" que vendeu parte do Banco Panamericano para a Caixa Econômica Federal. Deixando um rombo de R$ 4 bi em operações fraudulentas e, que marravilhaaaaaa!! Vendendo o banco depois por 4 milhões de reais.

Enredo jamais pensado pela A Praça é Nossa, da Televisão mais Feliz do Brasil.

No ano passado, durante as eleições, o humorista Tiririca, foi protagonista de um quadro cômico que interpretava os então candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Os humoristas nomeados por Tiririca moram em São Paulo e não cumprem expediente diário como servidores da Câmara - até porque Tiririca não tem escritório político na capital paulista.

Mas olha que marravilha!

Esse detalhe nem a Florentina pensou.

Niccolini e Oliveira ajudaram a fazer dois dos slogans principais da campanha: "Vote no Tiririca, pior do que está não fica" e "O que é que faz um deputado federal? Na realidade, não sei. Mas vote em mim que eu te conto".

Ideias – Procurado pelo jornal que apurava a notícia, Niccolini justificou a sua contratação na Câmara com a seguinte frase: "A gente é bom para dar ideias". "Ele (Tiririca) escolheu a gente porque ajudamos na campanha, só por isso. Porque acredita que podemos dar boas ideias."

Os 1,3 milhão de paulistas, devem estar em profundo gozo com essa notícia.

Parte deles acreditam que São Paulo sediará a abertura da Copa do Ricardo Teixeira de 2014.

Presidente Dilma: "Foi uma grande honra ter convivido com Zé Alencar"


















Em Coimbra, Portugal, presidenta Dilma Roussefff e ex-presidente Lula concedem entrevista em que se manifestam sobre morte de José Alencar, observados por Marisa Letícia. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


Em Coimbra, Portugal, a presidenta Dilma Rousseff lamentou a morte do ex-vice-presidente da República José Alencar. Ao lado do ex-presidente Lula, Dilma Rousseff disse que “foi uma grande honra ter convivido com ele”. José Alencar “é daquela pessoa que vai deixar indelével uma marca na vida de cada um de nós”.

“E, além disso, foi presidente da República, junto com o presidente Lula, por mais de oito meses. Por isso nós oferecemos à família o Palácio do Planalto para ele ser velado, na condição de Chefe de Estado, que ele também foi, de Presidente inesquecível do nosso país. A gente, todos nós, estamos muito emocionados, e era isso que eu queria dizer para vocês.”

Ouça abaixo a íntegra da entrevista ou leia aqui a transcrição da declaração da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, em Coimbra, Portugal.

A presidenta Dilma e o ex-presidente Lula concederam uma entrevista coletiva no hotel onde estão hospedados naquela cidade portuguesa. A presidenta informou que retorna na manhã desta quarta-feira (30/3) para Brasília, desembarcando no início da noite na capital federal.

Na entrevista, o ex-presidente Lula, transtornado com a morte do amigo e parceiro nos dois mandatos, contou um pouco sobre José Alencar: “Olhe, eu penso que nós não temos muito o que falar, porque o momento é de muita dor e muito sofrimento. Ou seja, vocês que acompanharam o mandato nosso, da Dilma como ministra, do Zé Alencar como vice, vocês sabem que a relação nossa era mais do que uma relação de um vice e um presidente, era uma relação de irmãos e companheiros.”

“Eu tenho falado com ele praticamente toda semana, tenho visitado ele, e o otimismo dele era uma coisa que causava na gente até uma inveja de ver a força que ele tinha. Eu, antes de vir para cá, liguei para ele do carro, eu e Marisa, e falei com ele; ele disse que estava bem, que estava em casa e que ele sabia que, do ponto de vista clínico, ele não tinha mais muita expectativa, mas como era um homem de fé, ele tinha esperança que a fé em Deus iria ajudá-lo”, disse Lula.

José Alencar sobe pela última vez a rampa do Palácio do Planalto













Ex-presidente Lula chora ao receber notícia da morte de seu amigo e vice-presidente José Alencar
O velório do ex-vice-presidente da República José Alencar será realizado na quarta-feira (30/3), no Palácio do Planalto, a partir das 10h30. Em avião militar Casa, o corpo sairá de São Paulo (SP) por volta das 7h com previsão de chegar à Base Aérea de Brasília às 9h15. Lá, será recebido pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, pelos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP); da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso.

Em seguida, será levado em carro aberto pelo Corpo de Bombeiros ao Palácio Planalto, passando pelo Eixo Rodoviário Sul (Eixão).

O corpo será recebido por ministros do governo da presidenta Dilma Rousseff e ex-ministros do governo Lula, entre outras autoridades. A visitação pública começa às 10h30 e se estende até às 23h30. Na manhã de quinta-feira (31/3), o corpo será trasladado para Belo Horizonte (MG).

A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula estão em Portugal e chegam ao Palácio do Planalto no início da noite desta quarta-feira (30/3), para acompanhar o velório.

Cor do texto

Luiz Fux toma posse e fichas sujas aguardam seus destinos

É longa a lista de políticos "fichas sujas" que ansiosamente aguardam um decisão que desempatará a decisão da mais alta corte de justiça do país sobre a reatroatividade da Lei que os baniu da posse em mandatos conquistados nas últimas eleições.

Um dúzia de políticos, porém, acompanharam a posse do novo ministro egresso do STJ. Homens públicos cuja reputação é mal vista por setores mais esclarecidos da sociedade, têm o futuro atrelado diretamente ao voto decisivo do magistrado no julgamento que definirá o início da validade da Lei da Ficha Limpa. Seis deles perderam o mandato de senador ou deputado federal conquistado nas urnas por conta da legislação. Os demais herdaram esses postos e aguardam o posicionamento do novo ministro para saberem se permanecem ou não no Congresso. Os parlamentares afastados representam 3,4 milhões de votos nas últimas eleições, que acabaram invalidados pela regra.

Desde que foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para suceder Eros Grau, aposentado em meados do ano passado, Fux jamais se pronunciou oficialmente sobre qual posicionamento tomará no caso. Nos bastidores, ele teria indicado a juízes próximos que a Lei da Ficha Limpa não seria retroativa e só poderia valer para as eleições municipais de 2012. Caso o entendimento seja confirmado, a decisão custaria os mandatos dos senadores Wilson Santiago (PMDB-PB), Marinor Britto (PSol-PA), Vicentinho Alves (PR-TO) e Gilvam Borges (PMDB-AP), além dos deputados federais Odacir Zonta (PP-SC) e Professora Marcivânia (PT-AP).

No Senado, as vagas ficariam com Jader Barbalho (PMDB-PA), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e João Capiberibe (PSB-AP). Na Câmara, Janete Capiberibe (PSB-AP) e João Pizzolatti (PP-SC) garantiriam assento. Todos foram declarados inelegíveis em 2010 devido à renúncia ao mandato ou por terem sido condenados por órgão colegiado.

No julgamento sobre a aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa às vésperas da eleição de outubro passado, os 10 ministros do STF se dividiram em relação à validade imediata da lei. A solução para o caso sairá, provavelmente, no julgamento de Janete Capiberibe, o primeiro na fila de 14 processos sobre o tema. “Eu me chamo João Capiberibe e quem está ocupando minha vaga no Senado é um cidadão chamado Gilvam Borges. A Constituição não permite que uma lei seja promulgada e entre em vigor no mesmo ano”, defende Capiberibe. Ele e a mulher, Janete, foram considerados inelegíveis por terem sido cassados por compra de votos nas eleições de 2002, mas alegam terem provas de que testemunhas do caso foram subornadas por Gilvam Borges.

Para o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), responsável por reunir a assinatura de 1,6 milhão de eleitores a favor da aprovação da Lei da Ficha Limpa, a posse de Fux permitirá à Justiça dar fim à insegurança jurídica que pautou as eleições de 2010. “Esperamos que Fux não frustre toda a esperança colocada pela sociedade no projeto da Ficha Limpa”, diz a diretora da entidade, Jovita Rosa.

Impasse – A Lei da Ficha Limpa foi sancionada em 4 de junho de 2010. A proposta tornou inelegíveis por oito anos pessoas condenadas por órgão colegiado em crimes graves ou que renunciaram a cargos eletivos para escapar de processos de cassação. O impasse jurídico, no entanto, ocorreu em outubro, na definição do início da validade da norma. Cinco ministros entenderam que a lei deveria entrar em vigor em 2010 (Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Ellen Gracie), enquanto os demais definiram o pleito de 2012 como início da aplicabilidade da regra (Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cezar Peluso, Celso de Mello e Marco Aurélio Mello).

Com informações do Correio Braziliense.

Março: Mês da Mulher

Agência Câmara/Imagens














Para comemorar o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a Câmara realizou uma sessão solene conjunta com o Senado e organizou a exposição "Cinco Anos da Lei Maria da Penha", que mostra os avanços na luta contra a violência doméstica alcançados depois da promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006. A Câmara também lançou a página "Março: Mês da Mulher", que traz informações sobre atuação da Bancada Feminina, legislação referente à mulher e campanhas instituicionais. A página também reúne notícias, vídeos e documentários produzidos pelos veículos de comunicação da Câmara sobre projetos em tramitação na Casa e assuntos de interesse da mulher.

Leia o discurso (para baixar clique em download) histórico de Carlota Pereira de Queiróz, a 1ª deputada federal eleita no Brasil, proferido em 1º de março de 1934. Seu mandato foi até 1937.

Alcides Rodrigues: vai uma cachacinha ai?
















Em Goiás, mais de R$ 1 milhão para bebidas

Investigação feita pelo atual governador mostra que o antecessor tinha hábitos etílicos refinados

Nos quatro anos e três meses em que foi governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP) mostrou um eclético gosto por bebidas alcoólicas. Foram comprados de licor de pequi, bebida muito saboreada pelos goianos, ao afamado vinho Château Lafite, um francês premier cru classé, ao preço de R$ 2.079,41 por garrafa.

Uma auditoria encomendada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirma que o antecessor teria gasto R$ 1,38 milhão na compra de bebidas alcoólicas de 2006 - quando assumiu o governo - a 2010. E feito 684 voos no mesmo período para Santa Helena e Rio Verde, sudoeste de Goiás, Araguacema e Palmas, no Tocantins, regiões onde tem propriedades rurais.

Os aviões teriam transportado o próprio governador e a primeira-dama Raquel Rodrigues, mais comitivas.

Nos dossiês montados por Perillo, constam os prefixos das aeronaves utilizadas nas viagens: PP-EJG, PT-WTW, PT-RFA, PT-VJH, PT-GAR, PR-EGO e PR-EGM.

O Estado fez contato com assessores de Alcides Rodrigues. De acordo com eles, o ex-governador decidiu ficar em silêncio por entender que Marconi Perillo "destila ódio". Afinal, Rodrigues, afilhado de Perillo, foi levado ao governo pelo atual governador. Duas vezes como seu vice; depois, o mandato-tampão de nove meses, de abril a dezembro de 2006 e, finalmente, reeleito, com o apoio de Perillo.

Acontece que na eleição de outubro de 2010 Alcides optou por apoiar Vanderlan Cardoso, do PR, e não Perillo. E, no segundo turno, esteve ao lado de Iris Rezende (PMDB), o candidato da presidente Dilma Rousseff, e não do antigo padrinho.

Ainda de acordo com os assessores do ex-governador, ao divulgar a lista de bebidas alcoólicas compradas pelo governo anterior, Perillo teria a intenção de induzir o eleitor a acreditar que Rodrigues é alcoólatra.

A lista de bebidas é detalhada e extensa. Relata, além do Château Lafite, a compra de vinhos muito populares, como os nacionais Canção, caixa de 12 garrafas a R$ 53, e licores Frangelico (R$ 74,19 a garrafa) e Amarula (R$ 61,58).

Entre os vinhos chilenos, o que mais aparece é o Caballo Loco, o primeiro ultrapremium do país. Cada caixa com 12 garrafas custou, em outubro, o mês da eleição, R$ 2.820.

Na lista tem ainda uísques 12 anos, como o apreciado Johnnie Walker black label, caixa a R$ 1.198,22, e vinho do Porto Adriano Ramos, cuja caixa de 12 garrafas custou R$ 540,16.

Para os apreciadores de bebidas fermentadas não faltou cerveja, principalmente das marcas Brahma e Skol.

Ainda conforme a assessoria de Alcides Rodrigues, as bebidas foram compradas para as recepções ocorridas no Palácio das Esmeraldas, local de despacho do governador.

Fonte: o Estado de São Paulo.

Ou é ou desce

A presidenta Dilma Roussef, um tanto sem paciência – e haja Jó –, destacou o vice, Michel Temer e super Palocci, para acabar com a "guerrinha" entre PT e PMDB por cargos.

Palocci deu um recado claro: “O PMDB é governo e não aliado”, disse o chefe da Casa Civil durante reunião com o vice-presidente, Michel Temer, o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio Alves. O tom ríspido foi seguido por Temer, que, dirigindo-se ao colega peemedebista, afirmou: “Se somos todos governo, temos de agir como governo.”

O curto circuito estourou quando Padilha decidiu demitir Alberto Beltrame, ligado a Henrique Alves, da Secretaria de Atenção à Saúde e indicar o petista Helvécio Magalhães para o cargo. Dilma já havia passado determinação de fazer uma limpeza em todas as indicações políticas nas estatais, que deveriam ser ocupadas por técnicos com experiência na área. Com base nessa ordem, Padilha fez uma série de alterações, que causaram indignação entre os peemedebistas. Para dar o troco, o PMDB decidiu barganhar a nomeação com a votação do salário mínimo e a eleição da Presidência da Câmara.

Na manhã de ontem, Palocci cobrou empenho de todos os lados para conter a crise. “Se a primeira metade do caminho deu errado, a segunda metade pode melhorar. Nós precisamos conversar à exaustão”, disse o chefe da Casa Civil aos participantes.

A operação culminou com um encontro entre Alves e Alexandre Padilha. “Reestabeleceu-se o clima amistoso. O Padilha foi quem mais ajudou o PMDB quando era ministro da Secretaria de Relações Institucionais. De repente, por falta de comunicação, criou-se um curto-circuito, mas agora está tudo bem”, afirmou Alves, depois de passar meia hora no gabinete de Padilha no Ministério da Saúde.

Fonte: Correio Braziliense.

Por quê os jovens são aversos à política?

Divulgação
Livro procura desvendar aversão dos jovens à atividade política

É possível tornar a política interessante e divertida para os mais jovens? Como seduzir as novas gerações a fazer política sem que os jovens necessitem de um “adversário externo” – como foi com relação ao regime militar nos anos 60 e 70 –, mas estejam imbuídos de uma compreensão ética? E, finalmente, como agregar a participação política ao debate sobre temas mais “populares”, tais como ética, sustentabilidade ambiental, direitos sociais etc.?

Para tentar responder a essas e outras perguntas, os filósofos Mario Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro lançaram o livro Política: Para não ser idiota, no qual realizam um diálogo sobre o porquê da aversão das pessoas à política, justamente no momento em que o mundo, em especial o Brasil, vive seu melhor momento de liberdade democrática.
“Nunca antes na história deste mundo houve tanta liberdade política e pessoal”, escreve Janine Ribeiro. E, paradoxalmente, “boa parte das pessoas está enojada pela descoberta ou pelo avanço da corrupção (aliás, é discutível se ela realmente aumentou ou apenas se tornou mais visível)”, completa ele.

Saturação política - Essa contradição explica também o título do livro. É que para os gregos não haveria liberdade fora da política, e o idiótes, em grego, significa aquele que só vive a vida privada, que recusa a política. A partir dessa constatação, os dois filósofos passeiam pela história do Brasi e do mundo para tentar explicar essa contradição.
“Parece que chegamos a um ponto de saturação na política”, analisa Janine Ribeiro. “Não a saturação no sentido de ter completado, de ter chegado à plenitude, de termos uma democracia completa. Ela não está completa. Mas parece que as pessoas se cansaram”, completa.

Para Cortella, os jovens das últimas décadas nunca tiveram um “horizonte adversário”, e por isso faltou-lhes aquilo que podemos chamar de utopia, no sentido em que Eduardo Galeano utiliza a ideia. “A utopia está lá no horizonte.

Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia: para que eu não deixe de caminhar”, detalha Cortella.

Cidadania - estaria tomando Janine Ribeiro pergunta se, com o avanço da democracia no nosso continente, em particular na América do Sul, não teria a tal utopia se realizado, e que portanto o mundo outra direção? E propõe o que chama de “cidadania contra o colapso”. Para ele, o colapso provocado pela devastação ecológica equivale ao que, nas gerações anteriores,
foram a ditadura, a repressão e a opressão.

E cita o exemplo da crise do trânsito nas grandes cidades, que vem reduzindo cada vez mais o tempo útil e a mobilidade das pessoas. “Uma questão que deveríamos introduzir no debate político é o risco do colapso – colapso ambiental, do trânsito, da personalidade...”, diz.

E para que esse debate ocorra, é preciso levar a política para a sala de aula, defendem
os dois filósofos. “Todo aquele que atua na área educacional precisa trazer o tema da política para o espaço escolar. O que não se deve é partidarizar seu estudo, porque isso bloqueia o tratamento da política como bem comum”, propõe Cortella.

Para Mario Sergio Cortella, é preciso que crianças e jovens comecem a entender a organização
partidária e a política como ato cotidiano. “Muitas escolas admitem conversar sobre cidadania, mas evitam a palavra política. Como se cidadania e política fossem coisas diferentes.

A diferença é apenas o idioma de origem – latim ou grego. Dá a impressão de que, na escola,
falar em cidadania é nobre, ao passo que falar em política é sujeira”, completa.

Na visão de Janine Ribeiro, o problema é que o aumento da transparência, ou seja, da apuração, deixa a impressão de que aumentou também a corrupção, o que afasta os jovens da política.

Para Cortella, isso tem a ver também com a falta de conhecimento sobre os antecedentes históricos. “Um jovem vê CPI, apuração, corrupção, e pensa que está no pior dos mundos, mas ele não vivenciou o momento anterior desse processo. É como se assistíssemos ao segundo tempo de um jogo de futebol, sem termos visto o que aconteceu no primeiro. É preciso olhar o conjunto, analisar a realidade em perspectiva”, avalia.

Câmara tem projetos que estimulam participação brasileiro. “Os eleitores estarão mais capacitados para entender a realidade política à sua volta”, explicou o parlamentar.

Jornada parlamentar - A inclusão da política na vida de crianças e jovens é tema de outros projetos na Câmara dos Deputados. Desde 2003 a Casa realiza o Parlamento Jovem, uma jornada parlamentar simulada que inclui, além da apresentação de propostas e emendas, a discussão e a votação dos textos nas comissões e no plenário. Este ano, participaram as atividades 77 estudantes, de 16 e 22 anos, matriculados no terceiro ano do ensino médio em escolas públicas ou particulares de todo o País.

Todos os anos acontece também o Câmara Mirim, com a presença de alunos de ensino fundamental de todo o Brasil em sessão simulada no Plenário da Câmara.

Na edição de 2010, 350 alunos participaram da discussão e aprovação de três projetos de lei sobre segurança do transporte, acessibilidade e sustentabilidade.

Os projetos foram apresentados por quatro meninas com idade entre 11 e 13 anos e selecionados entre 857 propostas.

As crianças também dispõem de um site (plenarinho.gov.br), uma espécie de escola virtual de cidadania com Jovem presta juramento durante a 77ª edição do Parlamento Jovem da Câmara conteúdos sobre política, educação e meio ambiente. E a TV Câmara possui o programa Câmara Ligada, que mistura música ao debate sobre tema políticos e da atualidade, com a presença de jovens, deputados e especialistas.
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Serviço
Política para não ser idiota/Mario
Sergio Cortella, Renato Janine Ribeiro.
– Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2010.
– (Coleção Papirus Debates)

Giovanni Queiroz defende a criação de novos municípios

O deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), apresentou nesta semana, um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que visa resgatar o objetivo do legislador à época da elaboração da Constituição de 1988, sobre as regras para a criação de novos Estados e Municípios.

A proposta dá nova redação ao § 4º do art. 18 da Constituição, para restabelecer a competência dos Estados para legislar sobre criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios. "Embora seja final de ano, entendo que é o momento de se fazer uma revisão no que foi modificado pela Emenda Constitucional nº 15, que alterou o § 4º do art. 18, no que diz respeito à criação de novos municípios", justificou o parlamentar.

Desde o incício de seu 4º mando federal, Giovanni destaca a importância da necessidade da regulamentação da matéria, que tramitará nas comissões técnicas, até sua análise final no Plenário.

Se aprovada. A PEC seguirá para o exame do Senado.

“Volta da CPMF é golpe”, diz presidente da OAB

Recomendo a leitura da entrevista concedida ao jornal Opção, pelo presidente nacional da OAB,
Ophir Cavalcante.

Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirma que Lei da Ficha Limpa já ajudou a expurgar muitos maus políticos

Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção

Representante maior da advocacia brasileira, Ophir Cavalcante condena a atitude de governantes que usam o cargo e a máquina pública no processo eleitoral e lembra que a OAB tem se posicionado de forma efetiva em relação ao problema. Ele diz que é necessário que se faça mudança a partir de agora, em razão do mau exemplo dado pelo presidente Lula, que se comportou como cabo eleitoral na campanha: “O presidente da República avançou, e muitas vezes, o sinal, e a Justiça Eleitoral demorou muito para acender o sinal vermelho para ele. As multas foram bastante irrisórias, mas era o que a lei proporcionava nesse momento.”

Ophir informa que a OAB, que nesta semana está completando 80 anos, pode encabeçar uma mudança no sistema política a partir de seminário que a entidade realiza nesta semana, em Brasília, chamado Reforma política, um projeto para o Brasil: “Vamos discutir durante três dias qual o Brasil que queremos em termos de política. Vamos discutir os sistemas partidário, eleitoral e de governo”, diz o presidente da OAB.

O advogado condena a intenção do governo de instituir censura aos meios de comunicação no Brasil. “A informação tem de ser livre, protegida pela Constituição e pela sociedade. Não pode haver retrocesso nessa questão”, afirma. Ele também critica o imbróglio do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). “Quem errou nessa questão tem de pagar. Milhões de estudantes estão sendo prejudicados. Se for preciso fazer outro exame, que se faça, mas os R$ 182 milhões terão de ser repostos por quem errou, seja na administração federal seja o contratado que não honrou com seus deveres.”

Esses e outros temas estão na entrevista a seguir, concedida na quinta-feira, 11, na sede da OAB de Goiás.

Cezar Santos — Como a OAB está acompanhando essa lambança do governo federal como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)?
Vemos com muita preocupação. A partir do momento que essa questão toma o rumo do Judiciário, se não tivermos bom senso e não abandonarmos as vaidades, ela vai se eternizar. Quem vai ser prejudicado nisso tudo é o aluno, aqueles 3,3 milhões de brasileiros que fizeram o teste com a perspectiva de ingressar em uma universidade pública e não vão saber como ingressar. Vai engessar tudo. Então, é necessário que se tenha uma solução rápida, que não demore, com a consciência de que se for preciso fazer um outro teste, faça-se um outro teste. Infelizmente, vamos gastar mais R$ 180 milhões, mas é necessário que se dê uma resposta. Agora, em relação àqueles R$ 182 milhões que foram perdidos, alguém vai ter de repor, seja quem errou na administração, seja o contratado, que não honrou com os seus deveres. Por isso é necessário que, ao mesmo tempo em que se delibere se vai ter um novo teste, se será parcial ou integral, que se cobre de quem foi responsável por esse erro.

Cezar Santos — Poucos dias depois da eleição, vem a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), falar da volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), um imposto que foi derrubado no Congresso há pouco tempo. Isso não é estelionato eleitoral, já que em nenhum momento o tema foi tocado na campanha?
Não tenho dúvidas de que essa questão da CPMF foi lançada como uma ação articulada entre os eleitos para jogar nos braços da sociedade a irresponsabilidade pela gestão pública do Estado brasileiro. Isso precisa de uma reação, a Ordem prontamente reagiu a essa proposta. Entendemos que essa proposta não foi discutida durante as eleições. Nenhum movimento - eu desafio qualquer um que me mostre - colocou em sua plataforma de campanha o retorno da CPMF, seja na discussão para governos de Estado, seja na discussão para a Presidência da República. Nenhum governante colocou isso. Trazer essa matéria, agora, esgotado o processo eleitoral, é um golpe. E, quando há golpe, temos de reagir. Por isso, a sociedade não pode consentir com o retorno da CPMF.

Danin Júnior — Por falar em eleição, alguns juristas, especialmente os que trabalham na área do Direito Eleitoral, dizem que houve certo tumulto nesse processo da Lei da Ficha Limpa. A OAB é copartícipe na apresentação popular da lei. Qual sua avaliação dessa confusão?
Toda lei nova, quando entra em vigor e quando mexe com direitos de pessoas que estão envolvidas em disputa eleitoral ou em qualquer outro tipo de disputa, sempre causa dúvidas, perplexidades. O próprio Judiciário se vê diante de uma nova norma que entrou em vigor e que modificou a relação anterior de respeito ao tratamento de questões importantes, como das candidaturas e inelegibilidade. Obviamente, ela vem e causa certo pânico e confusão e leva certo tempo para ser clareada. Por isso, compreendemos as idas e vindas em relação à interpretação da lei e essa insegurança que gerou em determinado momento. Isso ficou muito claro, inclusive por parte do próprio Superior Tribunal Federal (STF), em relação à eficácia da lei para estas eleições. Então, isso, obviamente, causou uma insegurança relativa na sociedade, mas, sobretudo no direito das pessoas de se candidatar. Tenho que reconhecer que ela causou isso. Mas, por outro lado, ela apontou, e nesse aspecto a Ordem entende que ela é constitucional, não só porque a defendeu desde o início, mas porque entende que ela, com base no artigo 14 da Constituição Federal, estabeleceu um requisito de inelegibilidade não previsto na própria lei anterior, a Lei Complementar de 1990. Isso significa que as pessoas que queiram se candidatar não devem ter condenações judiciais, sobretudo em relação a terem praticado crimes, condutas que são consideradas imorais, etc. Por isso, a lei modifica costumes, nos traz uma perspectiva nova e teve um efeito revolucionário, que foi o de o próprio eleitor ter consciência de que ele poderia eleger pessoas sem essas manchas entre aspas, no seu passado ou em suas condenações judiciais, por improbidade, etc., e excluí-los através do voto. Muitos daqueles que tinha problemas com a Justiça não foram eleitos. E nos parece ser o grande avanço para que se crie uma nova cultura para melhorar o quadro daqueles que fazem política no Brasil.

Danin Júnior — Não se discute o mérito da nova legislação. Mas a aplicação dela já neste ano não foi um pouco açodada?
Não vejo que tenha sido açodada. Na verdade, ela só teria sido inconstitucional, a meu ver, se retroagisse para prejudicar o mandato daqueles fichas sujas que estavam eleitos e exercendo seu mandato. Ao dizer que a regra agora, que a sociedade quer, é essa, ela abriu um novo caminho. É como se nós tivéssemos uma decisão, através da soberania popular, com base na Constituição Federal, aprovada pelo Congresso Nacional, sancionada pelo presidente da República, dizendo que a regra do jogo agora é outra. Isso não me parece modificar o direito político de quem quer que seja de participar. O que não pode é se continuar vivendo aquela situação em que as pessoas eternizavam as demandas judiciais para se beneficiar dessas demandas no que diz respeito ao não trânsito em julgado. Agora, está havendo uma condenação por um colegiado, em que a pessoa está sendo impedida de participar de um processo político. Muitas vezes essas pessoas zombavam de nós, zombavam dos eleitores, no sentido de que faziam, aconteciam, eram condenadas, com contas rejeitadas nos tribunais de contas, tinham improbidade administrativa dita por tribunais, e continuavam com o argumento de que não era um trânsito em julgado. Se eternizando na política, e muitas vezes tentando se louvar nas imunidades parlamentares, que muitas vezes cheiram a impunidades para determinadas pessoas, para não responder e para continuar se candidatando. E a sociedade não atentava para isso. Então, a Lei da Ficha Limpa teve esse aspecto da revolução cultural em chamar a atenção da sociedade. O número de pessoas que foram rejeitadas pelo voto em razão da Ficha Limpa é bastante expressivo.

Danin Júnior — O sr. não acha que o processo eleitoral deste ano, especialmente a campanha presidencial, não foi viciado pela participação direta do presidente como um cabo eleitoral? Como a OAB enxergou isso? As inúmeras aplicações de multas impostas por tribunais uma hora chegou à mesmice.
Eu não tenho dúvida de que o presidente da República, como todo governante e cidadão, pode ter seu próprio candidato. Deve ter seu candidato e pode declarar isso abertamente. Agora, a instituição Presidência da República, governo do Estado, prefeitura municipal não podem fazer campanha eleitoral. E isso é muito difícil de distinguir numa situação como essa, em que o governante está no poder e quer eleger seu sucessor. É necessário mudança a partir de agora, em razão dessa experiência de vida, em que o presidente da República avançou e muitas vezes o sinal, e a Justiça Eleitoral demorou muito para acender o sinal vermelho para ele, as multas foram bastante irrisórias, mas era o que a lei proporcionava nesse momento.

Danin Júnior — Isso virou até motivo de chacota...
É necessário que avancemos agora na discussão de uma reforma do sistema eleitoral para balizar a participação de presidente da República, de governador, de prefeito nesses processos eleitorais de sucessão. Da forma como está é desigual, eu não tenho dúvida disso.

Cezar Santos — Na campanha ficou muito claro que o partido que está no poder usou quebra do sigilo fiscal de adversários, usando a Receita Federal. Como o sr. avalia essa situação, até como cidadão mesmo, pelo fato de um partido aparelhar um órgão público com evidente propósito eleitoral.
Nós temos que ter em mente que o Estado brasileiro é maior que qualquer partido. O Estado tem que ter respeitadas as suas características, sobretudo privilegiada a burocracia do Estado, e não trazer para o Estado pessoas ligadas a este ou aquele partido, a este ou aquele governante, usando uma expressão popular aparelhando o Estado para levar suas ideias e convicções, sobretudo as partidárias. O Estado está acima da política, está acima de partidos. Vencido o processo eleitoral, o governante que assumir a União, o Estado ou o município deve ter uma postura de governar para todos, para toda a sociedade. Não pode haver, sobretudo, o que se vê muito em prefeituras, em governo de Estado, e isso aconteceu em relação à União, é se desmantelar a máquina estatal e criar uma burocracia de governo, e não uma burocracia de Estado. Por isso nós defendemos concursos públicos sérios para todas as carreiras jurídicas. Queremos que haja a possibilidade de ascensão funcional, que haja uma carreira de Estado, em que as pessoas, independentemente de quem estiver à frente momentaneamente do poder, tenham que seguir aquela carreira. É claro que o governante determina as políticas públicas. Então, cabe a ele, que foi eleito com o voto popular, dizer que fazer essa política pública assim, assada e cozida. Só que não pode em nenhum momento atentar contra a Constituição. O voto legitima, mas não dá uma carta aberta, um cheque em branco, melhor dizendo, ao governante fazer o que quer, desrespeitando a Constituição.

Cezar Santos — Nessa questão específica a OAB tomou alguma iniciativa?
A Ordem criticou em todos os momentos a postura do presidente da República, a postura de governadores de Estado que desbordaram dos parâmetros da lei. E cobrou do Judiciário que fosse duro em relação às punições. A Ordem é uma voz da sociedade brasileira, ela tem uma limitação no sentido de atuar, sobretudo no processo eleitoral, e cabe nessa situação à Justiça deliberar e decidir e ao Ministério Público, como titular da ação, estar atento e denunciar os fatos. A Ordem sempre cobrou e vai continuar cobrando essa postura.

Danin Júnior — A OAB já se notabilizou historicamente pelo posicionamento em vários momentos importantes da Nação, como, por exemplo, a luta pela redemocratização do País. Hoje em dia, uma luta que a OAB poderia encampar não seria essa da reforma política? Porque se sabe que partindo da classe política vai ser difícil que ela saia da forma que a sociedade quer. Por exemplo, nesse caso da Presidência foi um abuso de poder político. E de poder econômico em várias campanhas. A OAB encamparia a apresentação de um início discussão de um projeto de reforma política, está em encaminhamento?
Sim. Nesta semana a Ordem estará completando, dia 18 e novembro, 80 anos de criação. E nós elaboramos um seminário chamado “Reforma política, um projeto para o Brasil”. Vamos discutir durante três dias em Brasília, 16, 17 e 18, e vocês estão convidados a participar, qual o Brasil que queremos em termos de política. Vamos discutir os sistemas partidário, eleitoral e de governo. Serão três dias, nós vamos nos debruçar sobre isso e vamos ao final redigir uma carta à nação brasileira, que será entregue ao presidente do Congresso Nacional da próxima legislatura, para a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), apontando quatro ou cinco pontos, ou até mais, que são importantes dentro da concepção da OAB para que sejam discutidos já no próximo governo. Mas, independentemente a isso, vamos lançar uma proposta de uma lei de iniciativa popular, nos termos do Ficha Limpa, já apontando um caminho em relação a alguma proposta que seja possível fazer desde logo. Quero crer que há espaço para isso. Eu não posso de antemão divulgar qual será o tema dessa lei, mas a Ordem está atenta e vai trabalhar com a sociedade civil brasileira, com as 48 entidades que compõem o movimento de combate à corrupção, mais a CNBB, essa luta em favor de uma reforma política para o Brasil.

Cezar Santos — No que se refere à questão da censura aos meios de comunicação, o governo vem se movimentando em direção ao que seus partidários chamam de controle social da mídia, que no fundo é censura. Como a OAB se posiciona em relação a isso?
De uma forma bastante crítica, eu diria, muito forte. A liberdade de imprensa é um princípio constitucional que não comporta um milímetro sequer de intransigência. Nós não podemos, sob o argumento de se fazer um controle social da mídia, estabelecer a censura prévia. As informações produzidas pela imprensa têm que ter a proteção por parte da Constituição, por parte da sociedade. Não pode haver qualquer tipo de controle. Isso tem acontecido porque os governantes, infelizmente, não têm tido a compreensão de que a crítica é necessária, salutar, a crítica sempre responsável, claro. E essa fiscalização feita aos governantes incomoda muito. Governante adora quando a imprensa elogia, mas abomina quando a imprensa critica, quando a imprensa cobra. Por isso que é necessário que tenhamos essa proteção à imprensa brasileira. Não há democracia sem liberdade de imprensa, ela é um pilar da democracia nesse país, é uma cláusula pétrea na Constituição que não pode ser modificada.

“O Judicário é moroso e tem falhado”

Cezar Santos — O MST ocupa espaço na mídia, invade propriedades, comete vandalismo, destrói patrimônio público e privado, seus integrantes matam e, no entanto, ela não tem existência jurídica, não pode ser acionada. Qual é sua visão sobre isso?
O MST nasceu como um movimento de reivindicação de um segmento que não tinha seus direitos respeitados, que eram os sem-terra. Nasceu como uma forma de pressionar e de estimular a reforma agrária. É um movimento legítimo, só que no curso do tempo ele se desvirtuou e passou a ter confluências ideológicas, partidárias. Hoje o MST, efetivamente, não tem mais a formatação filosófica, sociológica, que teve em seu nascedouro. Tornou-se um movimento a serviço de um segmento ideológico e, às vezes, de alguns partidos. Por isso, lamentavelmente, perdeu a credibilidade. E aí, o que é pior: passou a utilizar procedimentos de violência, destruindo fazendas produtivas, destruindo laboratórios, enfim, algo que não se compatibiliza com a própria luta pela reforma agrária. Não se teve até hoje uma reforma agrária, não houve um governo democrático no País que tenha cuidado efetivamente da reforma agrária. Aí, leia-se, reforma agrária não como a simples entrega de lotes. Mas, sim, como uma reforma efetiva, em que se dê terra, se dê condições para produzir, se proteja o camponês e se deem condições para que ele escoe a sua produção. Então isso não se tem no Brasil. Reforma agrária não é entregar lote. Lamentavelmente, nenhum governo eleito popularmente passou disso.

Cezar Santos — Só que o governo financia o MST, que faz e acontece e fica por isso mesmo...
Infelizmente, essas ajudas que têm sido dadas, substanciadas com o nosso dinheiro para incentivar esse tipo de postura, precisam ser revistas. Isso não se compatibiliza com um Estado verdadeiramente democrático, de direito. Isso não tem a aprovação da sociedade brasileira, além de ser má utilização dos recursos públicos, e tem de ser corrigido por parte do Judiciário, do Ministério Público, que precisam enfrentar essa questão. Mas volto a repetir e quero deixar claro, a Ordem é a favor da reforma agrária. Há no País há uma concentração de renda exagerada. Há aqueles que ganham muito pouco e há aqueles que ganham demais. É necessário que se diminuam as diferenças. Isso, dentro de processo democrático, de respeito à Constituição. Tudo aquilo que desborda da Constituição, da lei, evidentemente não pode ter apoio da sociedade nem dos governos.

Danin Júnior — Retomando o processo eleitoral, algumas pessoas criticaram alguns temas de campanha, e eu até acho que foram debates axiológicos interessantes, como a legalização do aborto, a união entre pessoas do mesmo sexo. A OAB tem um posicionamento sobre esses temas ou ela faz como os políticos, que acham que tem de entregar para o povo a decisão em um referendo?
A Ordem discute todos os temas, em qualquer ambiente, não há dificuldade alguma para a Ordem enfrentar qualquer temática. A temática do aborto e da opção religiosa de cada qual é uma temática que está sempre presente em nossas discussões. Em todas as conferências nacionais, a gente discute essa matéria. A Ordem é a favor da vida e quer, cada vez mais, que as pessoas tenham condições de poder ter uma educação efetiva no que diz respeito às questões de saúde pública. Educação efetiva para permitir às pessoas decidirem se vão ter filhos ou se não. A Ordem quer que a saúde pública proteja essas pessoas, enfim. Mas, evidentemente, nós temos na advocacia, como em todos os segmentos da sociedade, pessoas que são contra e pessoas que são a favor do aborto. Pessoas que são a favor ou são contra o Estado laico ou o Estado não laico. Esses temas não são unanimidades na sociedade, porque dependem muito da formação de cada qual. O Conselho Federal da Ordem ainda não tem, hoje, uma posição fechada em torno do tema, se é contra ou a favor. Nós respeitamos as individualidades, respeitamos a opção de cada qual, mas somos sempre favoráveis à vida.

Danin Júnior — Cerca de 50 mil pessoas são mortas por ano no País. O problema da segurança tem sido visto com certa permissividade do Judiciário. Segundo uma expressão popular, a polícia prende criminoso e o Judiciário solta. Qual a visão da OAB com relação a essa questão da violência, da segurança pública, e com sobre essa acusação de que o Poder Judiciário não está funcionando a contento?
A violência e, de modo geral, a questão da segurança pública envolvem fatores sociais, ausência de políticas públicas, a questão educacional, a questão do emprego, enfim, tudo isso está em sua base, em sua raiz. Nós temos um fato social presente e que precisa ser enfrentado. Mas o que falta em relação a isso, a nosso ver, é o compromisso dos governantes e ações integradas entre União e Estados no sentido de se ter uma política nacional de combate à violência. Isso é algo que nós queremos ver se o governo Dilma e os governos estaduais, independentemente de serem alinhados ou não aos partidos que vão governar o Brasil, vão nos trazer. É necessário que se tenha a compreensão de que esse é um dever de todos os governantes. O dever de melhorar, cada vez mais, a segurança pública neste País.

Danin Júnior — E quanto à questão do Judiciário, as respostas do Judiciário em relação a essas demandas...
O Judiciário julga de acordo com a lei. Ele, evidentemente, tem falhado. Falhado no que diz respeito à morosidade com que tem julgado as questões. É necessário que o Judiciário esteja muito mais preparado estruturalmente. É necessário que haja um compromisso ainda maior dos juízes. Não é concebível que nós tenhamos no Brasil, pelo levantamento feito pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) mais recentemente, 30% dos presos provisórios, em torno de 150 a 200 mil presos provisórios com anos e anos para serem sentenciados. As pessoas estão dormindo nas cadeias sem saber o dia em que serão julgadas. Então é necessário que o Judiciário deite um olhar sobre essa situação. A CNJ divulgou hoje que não se tem, no censo de segurança pública do Estado do Pará — e isso deve ser parecido no Brasil inteiro —, a exatidão do número de presos que estão dentro do sistema penitenciário do Estado. Isso mostra como essa questão da segurança pública é o que assusta, é o que não tem tido a merecida atenção dos governos. Isso se tornou uma demanda da sociedade, tal qual existem demandas em relação à educação, à saúde. Qualquer governante, para se fazer um bom governo e pensar em uma reeleição, precisa cuidar bem da segurança pública. É inconcebível que nós, cidadãos, que saímos nas ruas, sejamos vítimas de assaltos, sequestros relâmpagos. Estamos vivendo nesse Brasil uma verdadeira guerra civil urbana. São 50 mil homicídios, fora outros crimes que não terminam com morte. Essa guerra civil urbana precisa de uma reação por parte do Estado. Agora, essa reação não pode ser isolada em uma unidade da federação. Até porque, quando você combate em um lugar, o criminoso vai para outro, e o crime organizado está presente em todos os momentos. Dizem até que o crime organizado já está presente até no financiamento de campanhas eleitorais. Então, a gente precisa cuidar disso porque é um problema social macro e é necessário que haja um olhar macro sobre isso e não um olhar micro, como tem sido feito até hoje. Resolve aqui, coloca a polícia no morro e tal e já está resolvido no Rio. Sim, mas aí o criminoso sai do Rio, vai para São Paulo, vem para Goiás. Então, é necessário um olhar nacional a respeito de uma política de segurança pública para nosso País.

Cezar Santos — Como o sr. avalia o anteprojeto do novo Código de Processo Civil?
O anteprojeto foi apresentado por uma comissão de notáveis e hoje está no Senado, sob a relatoria do senador Valter Pereira (PMDB-MT). A partir de um problema detectado, através de números, que é o da morosidade da Justiça brasileira, o projeto procura, sem prejuízo da atividade profissional do advogado e sem prejuízo da ampla defesa da parte, diminuir os gargalos existentes no que diz respeito ao andamento processual. Então, ele avança bastante nisso. É um código mais moderno. Evidentemente, será discutido e receberá críticas. A Ordem fez muitas críticas ao projeto. Muitas foram absorvidas, outras não. Acredito que o projeto ainda vai sofrer um processo de maturação. Talvez seja votado no Senado nesta legislatura e esperamos que isso aconteça. Mas ele não será resolvido tão cedo. Nós vamos discutir isso no próximo ano, já com a nova Câmara.

Cezar Santos — É preciso rever a questão do recesso forense?
Sim. Nós precisamos acabar com isso. O recesso forense de 19 dias é um plus que o magistrado e o membro do Ministério Público têm nas suas férias, que são de 60 dias. Isso tem de acabar e se estabelecer um período de férias coletivas de 30 dias e outro período de 30 dias, que os juízes e membros do Ministério Público poderão tirar de acordo com as escalas de cada um dos tribunais, sem haver a solução de continuidade na Justiça. Nesse período, que se sugere que seja no mês de janeiro de cada ano, todos poderão tirar férias, mas a Justiça continuará funcionando para analisar as questões urgentes para evitar perecimento de direitos, habeas-corpus, mandado de segurança, etc., com juízes de plantão. A Ordem defendeu, com a Emenda Constitucional 45, que se acabasse com todas as férias coletivas na Justiça. Isso se mostrou improdutivo do ponto de vista da racionalidade dos trabalhos do Judiciário. Por que acabaram as férias coletivas de 30 dias, tanto em janeiro quanto em julho, quando se parava o Judiciário. Ao acabar com essas férias coletivas, os juízes tiravam férias porque têm esse direito individualmente. Então, era convocado um juiz de primeiro grau para compor os tribunais. Esse juiz tinha um entendimento diferenciado, modificava a jurisprudência daquele tribunal e tudo aquilo que já tinha sido julgado de uma forma. Causava insegurança jurídica para as pessoas porque mudava a composição do tribunal. Então, em vez de ter um ganho de celeridade, os números demonstram que teve maior atraso. O que se quer agora é estabelecer janeiro com mês de férias para todo mundo. Nesse mês, só funcionarão os plantões. A partir de fevereiro, a Justiça brasileira vai funcionar ininterruptamente até o final de dezembro.

Cezar Santos — A advogada Delaíde Arantes, que está na lista tríplice para ingressar no Tribunal Superior do Trabalho, tem chance de ser nomeada?
Sim, a doutora Delaíde tem sido uma grande advogada trabalhista, reconhecida por toda a classe jurídica deste País. Ela foi uma das seis escolhidas pelo Conselho Federal da OAB [e posteriormente pelos ministros do TST para integrar a lista tríplice final, que será submetida ao presidente Lula da Silva]. Tenho certeza de que ela tem grande chance de integrar o TST, pela competência e pela seriedade. Agora, temos mais dois colegas advogados e eu não posso, nesse momento, dizer qual a minha preferência pessoal. Até porque consideramos que todos têm capacidade de integrar o TST.

Selado apoio nacional do PDT à pré-candidata Dilma Roussef



Fotos: Val-André Mutran

São Paulo -- Não foi o tempo nublado e a temperatura em torno de 12 graus que esfriou o ânimo dos mais de 10 mil filiados de todo o Brasil que compareceram à Convenção Nacional do PDT na cidade de São Paulo, no Espaço das Américas, na Barra Funda, ao lado do complexo do Memorial da América Latina. Delegados do Diretório Nacional da legenda, coordenaram desde cedo os detalhes para que a Ordem do Dia fosse cumprida a risca: 1) decidir sobre a escolha dos candidatos do PDT a Presidente e Vice-Presidente da República; 2) decidir sobre alianças e coligações; 3) assuntos Gerais e encerramento da Convenção Nacional, conforme determina a Resolução nº 23.221 do TSE.

O clima de festa era justificável. Além da convenção, foi celebrado os 30 anos de fundação. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu e a estrela petista que mais reluziu no evento foi a pré-candidata Dilma Roussef, que chegou ao evento por volta das 11:30 horas.

Após o discurso do ministro do Trabalho e Emprego e presidente licenciado do PDT, Carlos Luppi enumerou as conquistas do governo com a geração da maior quantidade de empregos com carteira assinada na história do país, mesmo após o crack financeiro internacional que abalou as maiores economias do planeta.

Um breve vídeo foi exibido listando a contribuição dos trabalhistas na construção de um país mais justo e socialmente responsável. Visivelmente emocionada e se dizendo muito feliz ao reencontrar “velhos” companheiros, Dilma Roussef lembrou que após o período de sombras da ditadura militar, sua trajetória política teve efetiva atuação no PDT gaúcho.

A pré-candidata resumiu a trajetória de lutas do trabalhismo, a partir dos avanços do governo de Getúlio Vargas, lembrando, ainda, fatos marcantes do fundador do PDT, ex-governador Leonel Brizola, do ex-presidente João Goulart e do co-fundador da legenda e da Universidade Nacional do Brasil (UnB) Darcy Ribeiro.

Dilma sobre Brizola: “Ele sempre defendeu os interesses nacionais. Sempre defendeu a causa da educação. E nós podemos dizer hoje que somos a continuidade desse processo”, prometendo ampliar substancialmente os recursos para o setor caso seja eleita.

Nós podemos dizer hoje que somos a continuidade desse processo”, afirmou. Os discursos de Dilma e de Mercadante foram breves.

Sobre desenvolvimento: “O Brasil caminha aceleradamente para se tornar um dos mais desenvolvidos do mundo, mas só conseguiremos isso se melhorarmos as condições do nosso povo”, destacou.

O jeito PT de governar: “Na campanha eleitoral, a gente mostra projeto, na campanha eleitoral, a gente diverge, mas na hora de governar, nós governamos para todos os brasileiros. Os verdadeiros democratas somos nós”, provocou Roussef.

O senador Aloizio Mercadante fez o discurso mais inflamado: “No meu governo professor não vai ser com cassetete e bala de borracha. Vai ser tratado com respeito”.

“Esse momento da história resgata a história de Getúlio Vargas. A história de João Goulart, que combateu a ditadura no exílio. Figuras como Darcy Ribeiro, como Leonel Brizola. Esse momento da história, onde o presidente Lula se despede do povo brasileiro, vai voltar a São Bernardo onde nasceu como líder sindical. Esse momento não vai terminar, porque a ministra Dilma vai dar continuidade a esse momento”, prosseguiu Mercadante.

A comitiva do PT deixou logo o Espaço das Américas, onde aconteceu o evento. Dilma participou no mesmo dia, da convenção nacional do PMDB, em Brasília.

Dilma esteve presente ao evento ao lado do candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, de Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB), que disputarão as vagas paulistas no Senado. Também estiveram presentes lideranças do PDT, como o deputado federal Paulo Pereira, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, que comandou a festa do PDT, e os senadores Cristovam Buarque (DF), Osmar Dias (PR), ex-Governador do Amapá e candidato ao senado Waldez Góes, ex-governador do Rio Grande do Sul, Alceu Colares, deputado federal e presidente do PDT do Pará, Giovanni Queiroz e deputado estadual Pio X, também do Pará.

Quase toda a bancada federal do PDT marcou presença, assim como, deputados estaduais, prefeitos, vereadores e dirigentes estaduais e municipais trabalhistas de todo o Brasil.

Desconfiado: Lula fica em cima do muro em visita ao Pará

Quem conta é Josias de Souza:

Em viagem ao Pará, Lula despejou sobre os microfones meia dúzia de palavras sobre a discórdia que separa o PMDB de Jader Barbalho do PT de Ana Júlia Carepa.

O presidente declarou que ainda aposta no entendimento. E se não der? Bem, mesmo assim, as coisas haverão de se ajeitar:

"Se isso não for possível vamos ter de encontrar um jeito para que as pessoas possam ter um palanque ou dois palanques...”

“...Ainda é cedo para a gente dar de barato que já aconteceu a divisão ou não. Temos até junho para decidir isso".

Aliado de Ana Júlia na eleição de 2006, Jader se desentendeu com a petista. E resiste à idéia de apoiar a reeleição dela.

Giovanni Queiroz e Zenaldo Coutinho, deputados, debatem a divisão do Estado do Pará


Assisti a gravação do programa Pinga-Fogo, da Rádio Câmara, sobre o debate entre os deputados Giovanni Queiroz (PDT-PA), autor do projeto que autoriza a consulta popular, em plebiscito a ser realizado, para consultar, democráticamente, se a população interessada quer o não a criação do Estado do Carajás (Sul/Sudeste) e do Tapajós (Oeste).

Ao contrário que pode transparecer nos artigos publicados aqui, neste blog, o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), tem e sempre terá o meu respeito, visto que se trata de um parlamentar sério, competente, inteligente e, sem dúvida, preparado.

O debate é de alto nível. O blog, cala a boca de certos cidadãos que não tem qualquer profundidade sobre o complexo e inadiável tema.

É espetacular a revelação dos números do produto interno bruto do Estado do Pará e do pretenso Carajás.

Coutinho revela que nosso PIB é maior ou igual ao do Pará. É o fator Vale.

O fator Vale não pode ser considerado um fator qualquer.

Com a Lei apresentada pelo seu colega Kandir, tramitada e sansionada na era do reinado do presidente FHC, do mesmo partido de Zenaldo, um dândi intelectual do partido do nobre deputado belemense, desonerou, criminosamente a possibilidade de cobrança do ICMS na fonte e não no destino, como hoje ocorre.

Coutinho contradiz-se. Na votação da urgência ele afirmou, veja post aqui publicado, que os dois pretensos estados, ficarão pobres e condenados, salvo ajuda federal (injeção de recursos), à miséria.

Ouçam e reflitam sobre o primeiro bloco do programa.

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Aviso.

O blog orienta os leitores que tiverem o interesse de ouvir o programa a clicar no player acima.
É possível, também, baixar o arquivo de áudio em extensão MP3, clicando na opção Share, no próprio tocador.

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