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Lula será assessor do PT

Deu na Folha
















Sabe como é né?! Tem o leite das crianças, o pãozinho – cada vez mais caro. A feira, o supermercado.

Temos que arranjar um emprego pro chefe!

O PT decidiu pagar um salário mensal de R$ 13 mil ao ex-presidente Lula. O contracheque será equivalente ao do presidente da legenda, José Eduardo Dutra. "Ele é um importante dirigente político", argumenta Dutra. Como o estatuto não prevê pagamento a cargos simbólicos, o registro será de assessor.

Troca no comando da Vale

A troco de quê, a Veja em sua última edição especula que há uma verdadeira disputa de bastidores protagonizado pela alta cúpula do PT, articulando a substituição de Roger Agnelli no comando da Vale?

Leia a nota.

O PT listou quatro figurões do governo Lula entre as alternativas para a sucessão de Roger Agnelli, na Vale: o deputado Antonio Palocci, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. A cúpula do partido acredita que a presidente eleita Dilma Rousseff é o maior obstáculo para que Palocci assuma o cargo - ela pode mantê-lo em Brasília. Mantega e Coutinho estão na mesma situação. Enquanto isso, Bendine faz gestões com políticos do PT mineiro. Espera contar também com o apoio do presidente da Previ e do conselho da Vale, Ricardo Flores, seu antigo colega de diretoria do BB.

Esperamos que não esteja em curso um "Vale Tudo do PT".

PDT pode desembarcar da "Cresce Pará" hoje















Giovanni Queiroz ameaça ficar fora da campanha

Ele diz que o partido está disposto a fazer campanha solo

A Frente Popular Acelera Pará, formada pelo PT e mais 13 partidos, instalou ontem o conselho político com uma crise em pauta. Pela manhã, o presidente do PDT, deputado federal Giovanni Queiroz, anunciou que ficaria fora da campanha majoritária da coligação (governo e Senado).

“Vamos fazer campanha solo. Não temos mais como sair da coligação, mas vamos tocar a nossa campanha independente. Levaremos os nossos nomes mas sem maiores compromissos (com a chapa majoritária de Ana Júlia)”, declarou Queiroz, por telefone, de São Paulo, onde está em tratamento médico.

O motivo da insatisfação é a demora do governo em nomear Rosymary Neves Teixeira, indicada do PDT, para a diretoria geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). No acordo em torno do apoio à reeleição de Ana Júlia Carepa coube ao partido o comando do órgão na capital e no interior. Mesmo já tendo assumindo cerca de 30 regio-

nais, segundo informação da campanha petista, o PDT não está satisfeito.

“Estamos nos afastando do processo”, disse Giovanni. O PDT não estava isolado nas queixas, embora tenha sido o único a falar publicamente sobre o assunto. Entre os insatisfeitos estão o PR do candidato a vice-governador, Anivaldo Vale, e o PTB do prefeito de Belém, Duciomar Costa.

Durante a segunda-feira, a governadora Ana Júlia Carepa precisou entrar em cena para acertar os passos com os aliados. O sinal do governo de que os tempos mudaram para os partidos da coligação veio com a publicação da portaria de nomeação do novo titular da Secretaria de Estado de Transporte. Assumiu João Bosco, indicado pelo PR de Vale.

REUNIÃO

À noite, Ana Júlia comandou reunião do Conselho Político na sede do comitê central.

Ao final, o representante do PDT no encontro, o prefeito de Pau D’Arco, Luciano Guedes, atribuiu as declarações de Queiroz, feitas pela manhã a “um mal entendido”. “Estamos fazendo ajustes necessários. É natural que neste momento haja demandas eventualmente não atendidas ainda, mas nós temos certeza de que os acordos vão ser cumpridos. É esse nosso aguardo”, declarou confirmando, contudo, que a posse no Detran é parte essencial da negociação. “Foi um compromisso e esse compromisso certamente está sendo cobrado”.

O coordenador executivo da campanha petista, André Farias, negou que haja crise entre os aliados. Negou até mesmo cobrança por acordos não cumpridos. “O que há são os acordos que estamos processando. Não vamos deixar nenhuma outra candidatura que esteja interessada em desagregar nossa coligação colocar coisas que não estamos atravessando. Não há crise, cobrança”.

Segundo André, durante a reunião, os dirigentes de partidos alegaram que foram “quase induzidos a falar de problemas que não existem”. (Diário do Pará)

Insatisfação

Comandado pelo PDT, a insatisfação do não cumprimento de acordos políticos que possibilitou a construção da Coligação Cresce Pará, alastrou-se para outras legendas. Quatorze, para ser preciso.

Ao contrário do que se pensa, a ineficácia para resolver os impasses são única e exclusiva responsabilidade da governadora Ana Júlia Carepa (PT) que busca a sua reeleição.

Diário do Pará, sábado, 17.

Aliados ameaçam fazer corpo mole na campanha do PT

Os partidos estão insatisfeitos com o não cumprimento de acordos


Formada pelo PT e mais 13 partidos dos mais diferentes matizes ideológicos, a coligação “Frente Popular Acelera Pará” enfrenta dificuldades para acertar o passo neste início de campanha. Três dos principais aliados estão insatisfeitos com o governo e ameaçam fazer “corpo mole” na campanha majoritária se não tiverem reivindicações atendidas.

O grau máximo de insatisfação foi atingido pelo PDT do deputado federal Giovanni Queiroz. Ao anunciar apoio à reeleição de Ana Júlia Carepa, o partido recebeu a garantia de que indicaria o novo comando do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), um dos órgãos mais rentáveis da administração pública estadual.

Até a tarde de ontem, o governo não tinha feito a nomeação, o que irritou o presidente pedetista. “A coligação existe de direito, mas na prática, estamos desestimulados”, disse Queiroz, tornando público o discurso que vem sendo repetido nos corredores do Palácio dos Despachos e nos bastidores da campanha.

Além disso, o PDT, como os demais partidos, reclama da não publicação de convênios para repasses, aos municípios, de recursos do empréstimo de R$ 366 milhões, contraído junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Esse comportamento gera insatisfação. Não nos afasta do processo, mas nos traz dificuldade para colocar todo mundo na luta”, diz o deputado.

Além do PDT, o PR do vice-prefeito Anivaldo Vale também tem feito cara feia para o governo por causa da demora em nomeações negociadas no momento em que a aliança foi fechada. Publicamente, contudo, Vale tem evitado falar dos problemas e é só elogios à governadora Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição.

INSATISFAÇÃO

Um dos mais insatisfeitos é o PTB do prefeito de Belém Duciomar Costa. Três promessas feitas em troca do acordo não foram cumpridas. A mais importante era a votação, pela Câmara de Vereadores de Belém - com votos dos petistas - dos projetos que municipalizam o abastecimento de água de Belém e que autorizam a prefeitura a fazer parcerias com a iniciativa privada para prestação desse serviço.

Os vereadores do PT se rebelaram e a votação acabou adiada para agosto. Outra promessa era colocar o deputado estadual petebista, Joaquim Passarinho, no Tribunal de Contas do Estado (TCE) ocupando vaga de livre nomeação da governadora. Por fim, o governo prometeu nomear um indicado pelo PTB para assumir a Companhia de Estado de Habitação (Cohab). Nenhum desses acordos foi cumprido até agora, segundo informam fontes do partido.

O PTB revidou registrando a candidatura de Fernando Yamada ao Senado, indo contra decisão do PT que desejava esforço concentrado para eleger o deputado federal Paulo Rocha.

PT e PTB ainda conversam. A ordem nos dois partidos é não potencializar a crise. O PT quer primeiro uma posição do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para, com base numa decisão jurídica, avaliar o que fazer com a candidatura indesejada. No PTB, a orientação é resolver primeiro como ficará a chapa ao Senado para, só então, cobrar os acordos não cumpridos.

Articulador político do governo, o chefe da Casa Civil, Everaldo Martins diz que “as nomeações serão feitas com certeza”. Afirmou, contudo, que o governo trabalha para evitar solução de continuidade nos serviços prestados à população. “Precisamos continuar sendo governo do ponto de vista dos serviços prestados à população e esperamos que os presidentes de partido entendam”. Martins admitiu que não há data prevista para cumprir esses acordos.

Sobre o Detran, ressaltou que já houve troca de comando nas unidades regionais. O chefe da Casa Civil disse que o deputado petebista Joaquim Passarinho será nomeado conselheiro de um tribunal de contas se essa for a vontade do partido dele e afirmou que o PTB ainda não indicou o nome que assumirá a Cohab.

SÍNTESE

PDT

Ao anunciar apoio à reeleição de Ana Júlia, o partido recebeu a garantia de que indicaria o novo comando do Detran, o que ainda não ocorreu.

PR

O PR também tem feito cara feia para o governo por causa da demora em nomeações negociadas no momento em que a aliança foi fechada.

PTB

Três promessas feitas em troca do acordo não foram cumpridas. A mais importante era a votação pela CMB dos projetos que municipaliza o abastecimento de água de Belém e o que autoriza a prefeitura a fazer parcerias com a iniciativa privada para prestação desse serviço. O projeto foi adiado por falta de apoio.

Selado apoio nacional do PDT à pré-candidata Dilma Roussef



Fotos: Val-André Mutran

São Paulo -- Não foi o tempo nublado e a temperatura em torno de 12 graus que esfriou o ânimo dos mais de 10 mil filiados de todo o Brasil que compareceram à Convenção Nacional do PDT na cidade de São Paulo, no Espaço das Américas, na Barra Funda, ao lado do complexo do Memorial da América Latina. Delegados do Diretório Nacional da legenda, coordenaram desde cedo os detalhes para que a Ordem do Dia fosse cumprida a risca: 1) decidir sobre a escolha dos candidatos do PDT a Presidente e Vice-Presidente da República; 2) decidir sobre alianças e coligações; 3) assuntos Gerais e encerramento da Convenção Nacional, conforme determina a Resolução nº 23.221 do TSE.

O clima de festa era justificável. Além da convenção, foi celebrado os 30 anos de fundação. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu e a estrela petista que mais reluziu no evento foi a pré-candidata Dilma Roussef, que chegou ao evento por volta das 11:30 horas.

Após o discurso do ministro do Trabalho e Emprego e presidente licenciado do PDT, Carlos Luppi enumerou as conquistas do governo com a geração da maior quantidade de empregos com carteira assinada na história do país, mesmo após o crack financeiro internacional que abalou as maiores economias do planeta.

Um breve vídeo foi exibido listando a contribuição dos trabalhistas na construção de um país mais justo e socialmente responsável. Visivelmente emocionada e se dizendo muito feliz ao reencontrar “velhos” companheiros, Dilma Roussef lembrou que após o período de sombras da ditadura militar, sua trajetória política teve efetiva atuação no PDT gaúcho.

A pré-candidata resumiu a trajetória de lutas do trabalhismo, a partir dos avanços do governo de Getúlio Vargas, lembrando, ainda, fatos marcantes do fundador do PDT, ex-governador Leonel Brizola, do ex-presidente João Goulart e do co-fundador da legenda e da Universidade Nacional do Brasil (UnB) Darcy Ribeiro.

Dilma sobre Brizola: “Ele sempre defendeu os interesses nacionais. Sempre defendeu a causa da educação. E nós podemos dizer hoje que somos a continuidade desse processo”, prometendo ampliar substancialmente os recursos para o setor caso seja eleita.

Nós podemos dizer hoje que somos a continuidade desse processo”, afirmou. Os discursos de Dilma e de Mercadante foram breves.

Sobre desenvolvimento: “O Brasil caminha aceleradamente para se tornar um dos mais desenvolvidos do mundo, mas só conseguiremos isso se melhorarmos as condições do nosso povo”, destacou.

O jeito PT de governar: “Na campanha eleitoral, a gente mostra projeto, na campanha eleitoral, a gente diverge, mas na hora de governar, nós governamos para todos os brasileiros. Os verdadeiros democratas somos nós”, provocou Roussef.

O senador Aloizio Mercadante fez o discurso mais inflamado: “No meu governo professor não vai ser com cassetete e bala de borracha. Vai ser tratado com respeito”.

“Esse momento da história resgata a história de Getúlio Vargas. A história de João Goulart, que combateu a ditadura no exílio. Figuras como Darcy Ribeiro, como Leonel Brizola. Esse momento da história, onde o presidente Lula se despede do povo brasileiro, vai voltar a São Bernardo onde nasceu como líder sindical. Esse momento não vai terminar, porque a ministra Dilma vai dar continuidade a esse momento”, prosseguiu Mercadante.

A comitiva do PT deixou logo o Espaço das Américas, onde aconteceu o evento. Dilma participou no mesmo dia, da convenção nacional do PMDB, em Brasília.

Dilma esteve presente ao evento ao lado do candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, de Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB), que disputarão as vagas paulistas no Senado. Também estiveram presentes lideranças do PDT, como o deputado federal Paulo Pereira, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, que comandou a festa do PDT, e os senadores Cristovam Buarque (DF), Osmar Dias (PR), ex-Governador do Amapá e candidato ao senado Waldez Góes, ex-governador do Rio Grande do Sul, Alceu Colares, deputado federal e presidente do PDT do Pará, Giovanni Queiroz e deputado estadual Pio X, também do Pará.

Quase toda a bancada federal do PDT marcou presença, assim como, deputados estaduais, prefeitos, vereadores e dirigentes estaduais e municipais trabalhistas de todo o Brasil.

PMDB não aceita acordo com PT no Pará

Alianças dos desconfiados

Por Denise Rothenburg - Flávia Foreque, para o Correio Braziliense

ELEIÇÕES

Lula tenta diminuir as chances de traição nos palanques estaduais de apoio a Dilma, mas aliados aumentam o tom das ameaças

Lula com Jader Barbalho: mais fácil seria um torcedor do Remo passar a torcer pelo Payssandu do que o PMDB apoiar a candidata petista no Pará

A desconfiança que se instala entre PT, PMDB e PSB em alguns estados começa a provocar abalos no castelo de partidos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende arregimentar para a campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. No Pará, por exemplo, onde a governadora Ana Júlia Carepa (PT) é candidata à reeleição, o ex-deputado José Priante (PMDB-PA) resume assim a relação entre os dois partidos: “É mais fácil um remista passar a torcer para o Payssandu, ou vice-versa, do que o PMDB apoiar a Ana Júlia”, afirma.

A declaração do peemedebista vem carregada pela pura desconfiança que cresce cada vez mais entre os dois partidos. Ana Júlia foi candidata porque, em 2006, o deputado Jader Barbalho foi ao presidente Lula e disse que o pré-candidato do PT, Mário Cardozo, não venceria o PSDB. Lula e Barbalho combinaram então que Jader teria um candidato a governador, o PT lançaria Ana Júlia e, no segundo turno, eles estariam juntos. Ao longo do governo de Ana Júlia, a relação com o PMDB se deteriorou.

Há dois meses, Ana Júlia ofereceu a Jader uma das vagas ao Senado. Ocorre que Jader, depois de uma série de consultas ao PT, descobriu que os petistas planejam votar apenas no seu candidato — o deputado Paulo Rocha, aquele que terminou fora do Congresso em 2006 por conta do escândalo do mensalão — e, por causa dos antigos escândalos da Sudam, desidratar o candidato do PMDB.

A desconfiança levou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a chamar Paulo Rocha e Priante para uma conversa em seu gabinete. Até o momento, o acordo não saiu e a perspectiva é a de que não sairá por conta da desconfiança.

No Maranhão, a situação não é diferente. PT e PMDB simplesmente não confiam um no outro. Lá, o PT decide no dia 27 deste mês se ficará com o aliado histórico, o PCdoB — que tem como candidato a governador o deputado Flávio Dino — ou apoiará a reeleição de Roseana Sarney (PMDB). A disputa será dura e, na hipótese de ficar com Dino, isso pode refletir na campanha presidencial, uma vez que Roseana estendeu o tapete vermelho para Dilma e fechou as portas para Marina Silva, do PV de Sarney Filho, irmão da governadora. Feito isso, agora o PMDB aguarda reciprocidade do PT local. Desconfia que não terá.

PT encerra Congresso com diretriz para descolar semelhança com tucanos

PT aprova documento final com diretrizes à esquerda

Folha de S. Paulo

Cúpula do partido afirma que texto é "genérico" e ainda será discutido e alterado
Documento, que toca em pontos polêmicos, servirá de base inicial para o programa de governo da candidatura de Dilma à Presidência

O 4º Congresso Nacional do PT, que hoje oficializará a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para a corrida ao Palácio do Planalto, aprovou ontem um documento final que radicaliza propostas do partido em áreas sensíveis, como reforma agrária, imprensa e o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos.

Agora, compromisso com a redução da jornada de trabalho, taxação de grandes fortunas, avanços na reforma agrária e combate ao "monopólio" da imprensa, entre outros pontos, fazem parte das diretrizes da campanha petista.

O texto é a base preliminar do plano de governo da candidata. Nos bastidores, porém, os dirigentes petistas afirmam que as alterações, que afagam a ala mais à esquerda da legenda, têm o objetivo de aumentar a coesão interna para a festa de hoje. Ou seja, devem ser ignoradas ou diluídas após serem submetidas à própria candidata e aos partidos aliados.

A cúpula do PT diz que não se trata de uma guinada à esquerda. "Vou falar pela milésima vez: essas são apenas diretrizes, que serão submetidas à candidata, à sociedade e aos partidos aliados", afirmou José Eduardo Dutra, que ontem assumiu o comando do partido.

"O programa de diretrizes é algo o mais genérico possível, ainda precisam ser ouvidos a candidata, os aliados e setores da sociedade, como sindicatos e empresários", disse Ricardo Berzoini, que deixou a presidência da legenda.

O debate de ontem sobre as emendas ao texto -submetidas a um plenário de cerca de 1.300 delegados- contrariou a tradição de longas discussões. As propostas eram aprovadas ou rejeitadas após curtos encaminhamentos de cinco minutos cada um, quando muito. Tudo para seguir o script da "unidade partidária" em torno de Dilma.

A primeira das emendas aprovadas foi a que substitui o texto que falava na construção de "consenso para lograr a jornada de trabalho de 40 horas" para outro que prega "compromisso" com as 40 horas (hoje a jornada é de 44 horas semanais), sem redução de salário.

Logo após, os delegados aprovaram a adoção pelo novo governo de medidas para "combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento".

Também foram incorporadas às diretrizes a tributação sobre grandes fortunas, o apoio incondicional ao 3º Programa Nacional de Direitos Humanos e a determinação de que as Forças Armadas devem respeitar a diversidade homoafetiva.

No campo agrário, os delegados petistas incluíram, em uma única emenda, diferentes pautas do campo não cumpridas após promessas do presidente Lula, entre as quais a atualização dos índices de produtividade, a ampliação do controle sobre a compra de terras por estrangeiros e a revogação de medida provisória editada no governo FHC que exclui da lista de assentados aqueles que participem de invasões de terra.

Apesar do afago à esquerda, os petistas rejeitaram algumas teses "pop" do setor, como a que previa a retomada do monopólio do petróleo.

Não houve discussão, com base em um pré-acordo entre as alas petistas, sobre a manutenção da política macroeconômica -em junho de 2002, o então candidato Lula lançou uma "Carta aos Brasileiros", com compromisso de moderação na economia, com o objetivo de acalmar o mercado financeiro.

Hoje Lula e Dilma encerrarão o evento pela manhã. À noite, o cantor Jorge Ben Jor fará um show. O congresso teve custo divulgado de R$ 6,5 milhões.

Na discussão das emendas ao texto, Dutra e o coordenador do programa de Dilma, o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, fizeram críticas à oposição.

"Não estamos propondo re-estatizar nada. Estamos propondo que esses organismos sejam fortalecidos. Se a oposição é contra, ela tem que dizer claramente qual é a posição dela. Quando a gente disser que eles querem privatizar, não venham dizer que eu estou fazendo terrorismo", disse Dutra sobre as diretrizes que propõem o fortalecimento do Estado.

Marco Aurélio fez crítica indireta às gestões do PSDB e do DEM em São Paulo. Segundo ele, o novo governo não poderá ficar de braços cruzados "assistindo às enchentes que penalizam as populações em São Paulo e em outras cidades do país".

A síndrome do PT

Num ano em que o Partido dos Trabalhadores completa oito anos a frente do poder, e comemora 30 anos de fundação. O fato mais importante não é a congratulação de seus militantes, mas, como se alcançará a quebra de um paradigma: fazer de Dilma Roussef, uma neo petista, a sucessora de Lula.

Um partido que nasceu de um sonho de trabalhadores e do comando sindical teria, a princípio, a legitimidade da classe operária.

Os anos de chumbo no Brasil. A usura dos patrões. O convencimento de outros setores da sociedade insatisfeitos com o regime autoritário que torturava e assassinava em seus porões, em nome Segurança Nacional garantida por grandes empresários nacionais; sócios dos interesses estrangeiros, -e muitos, crentes da impunidade. Amalgaram uma massa crítica social de trabalho político de convencimento. Esclarecimentos de Base.

Bandeiras levantaram-se de muitos lados, notadamente de setores avançados da Igreja, do empresariado, das minorias.

Um líder corajoso e muito esperto, emergiu dessa massa, e experimentará outra novidade interessante em seu currículo. Não constar, pela primeira vez após a redemocratização do país, o seu nome na cédula eleitoral como candidato à presidente da República Federativa do Brasil.

A antecipação da corrida eleitoral patrocinada por um presidente que derrotou seu principal adversário político e quase có-irmão ideológico, o PSDB; leva e entusiasma Lula para sua última grande cartada, numa carreira surpreendente.

Tendência do PT expulsa superintendente

Esquenta o clima na tendência 'PT pra Valer'. O militante Raimundo de Oliveira Filho, atual superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Marabá, foi expulso das fileiras do grupo.

Segundo uma resolução da coordenação estadual da 'PT Pra Valer', a decisão foi tomada porque Raimundo descumpriu acordos; expôs publicamente, inclusive na imprensa, as divergências internas, ferindo a ética, os estatutos e a tradição partidária; e traiu a confiança que lhe foi depositada pelo deputado federal Zé Geraldo, pela deputada estadual Bernadete ten Caten e pelo conjunto da direção estadual da tendência. Além disso, o comportamento adotado pelo superintendente do Incra de Marabá teria lhe custado, inclusive, o cargo de superintendente.

De acordo com a deputada Bernadete ten Caten, nos próximos dias será publicada, no Diário Oficial da União, a exoneração de Raimundo Oliveira. Ela afirma que a própria governadora Ana Júlia Carepa ligou, no sábado, para o presidente do Incra para tratar do assunto. Por enquanto, Jandir Merla, atual adjunto do Incra de Marabá, está no lugar de Raimundo, que está de férias. Porém, ainda segundo a resolução da 'PT pra Valer' enviada à Imprensa, Rosinete Lima da Silva, indicada pela direção da tendência, é quem irá assumir a superintendência. 'Nós fizemos uma estratégia de trabalho e ele descumpriu esse acordo', disse Bernadete, que não quis entrar em mais detalhes.

Fonte: O Liberal.

Preferido de Lula, José Eduardo Dutra presidirá o PT

Ao assumir o Diretório Nacional do PT após o escândalo do mensalão que forçou a renúncia do deputado federal José Genoíno (SP), o cumpanheiro deputado e ex-ministro da Previsência Social Ricardo Berzoini – aquele mesmo que exigiu o recadastramento dos velinhos doentes sob pena de suspensão dos benefícios –, entrega ao sucessor um partido com dívidas, ações judiciais e ameaça de suspensão de repasse da verba partidária caso condenado.

Veja porquê Lula escolheu José Eduardo Dutra para a missão de colocar o partido do governo de volta aos trilhos.

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O enviado de Lula

Claudio Dantas Sequeira

Em eleições de cartas marcadas, José Eduardo Dutra será eleito o novo presidente nacional do PT

O PT deve encerrar de vez a tradição de ser um partido democrata, aberto ao diálogo das inúmeras tendências e grupos ideológicos que o compõem, no domingo 22, quando ocorrem as eleições internas da legenda. Ao contrário de anos anteriores, antes mesmo de os votos chegarem às urnas o resultado das eleições não é segredo para ninguém.

O ex-senador José Eduardo Dutra, da corrente "Construindo um Novo Brasil" (CNB), será o novo presidente do partido, de acordo com a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Estados onde a aliança com o PMDB está mais ameaçada, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, Lula também indicará quem serão os presidentes regionais. O fim da democracia petista tem um só objetivo: azeitar a máquina partidária com vistas a fortalecer a estratégia de tornar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a sucessora de Lula.

"Uma vitória de candidatos que defendem a tese da aliança com o PMDB em vários Estados é uma sinalização fundamental para 2010", afirma o coordenador nacional das eleições da CNB, Francisco Rocha. Segundo ele, a conquista da maioria dos diretórios por parte da CNB daria ainda mais força para Lula moldar os palanques regionais. A tese foi repetida por Dutra durante a campanha. "A continuidade do nosso projeto político em 2010 dependerá da capacidade de agregar forças de centro, principalmente o PMDB", disse. No Rio de Janeiro, por exemplo, Lula apoia a chapa do deputado federal Luiz Sérgio, que é a favor da reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB), contra a candidatura do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT-RJ).

A estratégia de campanha dos adversários de Dutra é mostrar que uma vitória da CNB é um risco à imagem do partido, ao reabilitar antigos dirigentes que estiveram envolvidos direta ou indiretamente com o mensalão, como o ex-ministro José Dirceu, os deputados José Genoino, José Mentor e João Paulo Cunha. Caso Dutra obtenha 60% dos votos, terá o direito de indicar a mesma proporção de dirigentes nacionais. "O que está em jogo agora é o controle do partido nas eleições de 2010 e se o PT se inclinará a favor de uma aliança estratégica com o PMDB", alerta o secretário de relações internacionais, Valter Pomar, da corrente "Esquerda Socialista", cuja candidata é a deputada estadual Iriny Lopes (ES).

Tribunal de Justiça do Pará ameaça intervir no Diretório Estadual do PT por apoio ao MST

PT considera intervenção uma “tentativa de golpe”

Nota divulgada nesta sexta-feira (13), pela Executiva Estadual do PT, classifica de “tentativa de golpe” contra o governo da petista Ana Júlia Carepa o acolhimento, pelo Tribunal de Justiça, de pedidos de intervenção federal no Estado, em decorrência de mandados de reintegração de posse expedidos pela Justiça e não cumpridos pelo Poder Executivo.
A nota exige a “imediata revogação” das prisões preventivas de lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra e o fim de grilagem. Lembra ainda que até o final de 2006, havia 173 mandados de reintegração de posse por cumprir, todos eles remanescentes da era tucana.
A seguir, a íntegra da nota:

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INTERVENÇÃO NO PARÁ É MAIS UMA TENTATIVA DE GOLPE CONTRA O ESTADO!

1. O acolhimento no Tribunal de Justiça do Estado do pedido de intervenção contra o governo do Estado é uma tentativa de golpe contra o Estado, contra a democracia e contra o povo do Pará.
2. É um golpe contra o Estado, porque em menos de três anos o governo da petista Ana Júlia já cumpriu 101 reintegrações de posse e restam apenas 70 para cumprir. No governo tucano, até 2006 havia 173 ações de reintegração de posse não cumpridas. E o mesmo Tribunal não acolheu qualquer pedido de intervenção e nem buscou auxiliar os graves conflitos fundiários existentes no Estado.
3. O PT entende que a intervenção é um ato contra a democracia e a caracterização explícita de perseguição política a um governo que busca o diálogo, o consenso, tentando inverter a lógica do autoritarismo e do argumento da força, exaustivamente utilizados no governo tucano, sem qualquer interferência do Tribunal de Justiça do Estado!
4. É no governo petista, ou seja, há menos de três anos, que se inicia um processo de ordenamento fundiário no Pará, para começar a debelar o caos fundiário que existe desde a ocupação desordenada da Amazônia. E esse trabalho se faz com diálogo e não com assassinatos, como aconteceu em Eldorado dos Carajás, no governo tucano.
5. O PT caminhará junto com o Governo do Pará contra a intervenção no Estado e na busca de soluções para os graves conflitos fundiários que existem em nosso Estado, com ações concretas como o Zoneamento Ecológico e Econômico, o Cadastro Ambiental Rural e o Programa de Titulação de Terras (Terra Legal), este em parceria com o Governo Lula.
6. É real e confirmada pelo Censo 2006 a concentração cada vez maior da propriedade privada no Brasil. Menos de 15 mil latifundiários terra em nosso país detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. A luta dos movimentos sociais é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Imensas faixas de terras que o latifúndio se apropriou são da União, inclusive aqui, no Estado do Pará.
7. O PT entende que cabe ao TJE dar um passo urgente e decisivo para acabar com os conflitos agrários existentes no Estado do Pará: basta fazer o cancelamento administrativo dos mais de seis mil títulos de terra fraudulentos, o que se constitui numa grilagem monumental, razão principal dos conflitos agrários no Pará. Com esse gesto simples, o TJE contribuirá muito para dar início ao fim do conflito fundiário.
8. Para pacificar e desenvolver o campo, precisamos de diálogo permanente e de uma política de reforma agrária, bandeira que o PT sempre defendeu. Reafirmamos nossa solidariedade à luta dos movimentos sociais: MST, Fetagri, Fetraf, Contag, CUT e trabalhadores da agricultura familiar pelo direito à terra, à produção sustentável, ao trabalho e à liberdade. Entendemos que a prisão de lideranças do MST só confirmará a face parcial da justiça paraense.
9. Queremos a imediata revogação de prisão das lideranças do MST! E o fim da intervenção no Estado do Pará. Pelo fim da grilagem e todo apoio à reforma agrária, ao direito de moradia, à terra e à produção!

Executiva Estadual do Partido do Trabalhadores
Belém.Pará, 13 de novembro de 2009


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TJE reage ao ataque do PT em defesa do MST

O Tribunal de Justiça do Estado (TJE) ameaçou tomar providências contra a Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), no Pará, caso 'volte a ser ofendido em suas prerrogativas constitucionais'. A afirmação está na nota divulgada pelo TJE em resposta à manifestação de apoio da Executiva do PT ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que teve a prisão preventiva de vários líderes decretada pela Justiça na última semana. O Tribunal entendeu que a postura do partido, que teve a nota publicada no site do MST e reproduzida em jornal local, foi 'um desapreço às leis e acintoso estímulo à desordem e à violência.'

Na nota, em que 'reafirma sua solidariedade à luta do MST no Pará', a Executiva do PT acusa o TJE, que também na última semana acatou e encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, o pedido de intervenção federal do Pará, de tentativa de golpe contra o Estado. O texto defende o governo de Ana Júlia Carepa, que, em menos de três anos, teria cumprido 101 mandados de reintegração de posse, contra 173 em 12 anos de governo tucano, e exige ainda 'a imediata revogação de prisão das lideranças do MST e o fim da intervenção no Estado do Pará.'

Para o TJE, o teor da mensagem da Executiva do PT foi 'estritamente partidário' e com 'conteúdo essencialmente anárquico'. O Tribunal considerou a atitude como uma afronta à decisão da maioria dos desembargadores, que aprovaram, por 22 votos a um, o envio do pedido de intervenção federal ao STF, mas antecipou que não deve mais se manifestar sobre o assunto.

De acordo com a nota do TJE, a decisão pela intervenção, ou não, está agora nas mãos do Supremo. O Tribunal lembrou ainda que, preocupado com o crescimento da violência no campo e com as questões fundiárias no Estado, criou desde 2005 duas Comissões Institucionais e de Assessoramento para que fossem monitoradas questões que envolvam delitos oriundos de disputa e grilagem de terras.


PODER JUDICIÁRIO
NOTA OFICIAL

A propósito de manifestações publicadas em sites e jornais, de cunho estritamente partidário e conteúdo essencialmente anárquico, que revelam flagrante desapreço às Leis e acintoso estímulo à desordem e à violência, este Poder sente-se no dever de emitir este comunicado ao povo do Pará, que não mais tolera os métodos violentos dos que pretendem alcançar seus objetivos, sejam eles quais forem, através da implantação de um regime de terror e intimidação, à margem da Constituição e das Leis.
As decisões do Poder Judiciário são fundamentadas na essência do Direito e da Justiça que norteia o Estado Democrático de Direito. O Poder Judiciário não deve explicações nem resposta a quem se diz democrata, mas não pratica a democracia e prefere marginar a Lei.
O Poder Judiciário não deve explicações a quem não merece respeito, porque não respeita as instituições democráticas, as decisões que delas emanam, não respeita a nada nem a ninguém.
O Poder Judiciário também não deve explicações aos que abominam a democracia em seus comportamentos anárquicos, pautados pela irresponsabilidade autoritária e inconsequência ideológica.
O Poder Judiciário cumpre, com equilíbrio e serenidade inerentes à Magistratura, a sua função e dever Constitucional de prover a Justiça e promover a segurança jurídica dos direitos e deveres dos entes sociais. Suas decisões são sempre pautadas pelos fatos presentes nos autos do processo, sem qualquer viés ideológico. O Poder Judiciário é a instância correta para os que nele buscam a proteção legal contra o esbulho patrimonial e as diferentes formas de violência e a via legal contra a omissão e a leniência. A anarquia, o banditismo e a insurreição sempre encontrarão a Justiça pronta a coibi-los, resguardando o império da Lei, através de processos e procedimentos que protejam direitos e condenem transgressões.
Os esperneios são naturais dos que não têm direitos a reclamar, porque ignoram e atacam todos os direitos e constituem o úlltimo recurso dos que se imaginam acima das Leis, aplicando seus métodos antidemocráticos para a obtenção de seus inconfessáveis interesses.
Pela essência de sua missão fundamental e pela postura de seus integrantes, este Poder nunca se alinhou a qualquer agremiação partidária nem se subordina a qualquer interesse que não seja a proclamação serena e altiva do DIREITO e da JUSTIÇA.
Não é de sua iniciativa qualquer tipo de ação, agindo sempre que é provocado pelos que se julgam prejudicados em suas garantias constitucionais, como aconteceu no presente caso, quando diversas ações foram interpostas, a maioria há oito meses, assegurado amplo direito de defesa aos requeridos.
Não obstante, desde 2005, preocupado com a escalada dos crimes no campo e com as questões fundiárias, criou duas Comissões Interinstitucionais de Assessoramento para que fossem monitoradas as questões que envolvessem delitos oriundos da disputa de terras e a própria grilagem destas.
Mas o Poder Judiciário deve explicações e respostas, isto sim, à sociedade que tem assistido, entre incrédula e assustada, à sucessão de invasões, destruição de propriedades privadas e agressões a pacatos trabalhadores. O Poder Judiciário tem obrigação de dar respostas e explicações, isto sim, às pessoas que precisam e devem ter seus direitos preservados e defendidos ante a sanha criminosa da desordem e da afronta à Lei, em que alguns insistem em desafiar a autoridade e os postulados legais vigentes no país.
O Poder Judiciário deve explicações às pessoas de bem, que desejam viver em clima de paz social e segurança institucional, e estas podem estar certas de que a Justiça tem concedido todas as oportunidades às autoridades responsáveis pela proteção social, buscando assegurar o direito à propriedade e plena liberdade de ir-e-vir, frequentemente cerceados com o bloqueio de estradas.
O Poder Judiciário continuará fazendo Justiça, inclusive contra os que se rebelam, acintosa e desrespeitosamente, ante as decisões de seus Juízes e Tribunais. O povo do Pará pode confiar na presença e na ação da Justiça.
Estando a questão da intervenção federal no Pará submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal, o Poder Judiciário estadual não mais se manifestará a respeito do assunto, mas tomará as providências cabí­veis na hipótese de tornar a ser ofendido em suas prerrogativas constitucionais.

O repórter em Brasília

Acabei de conversar com fonte credenciada do PMDB. O ultimato está lançado à governadora.
Objetivamente:
-- Ou Ana Julia Carepa aceita que as áreas controladas pelo PMDB sejam de livre provimento do partido ou Jader oficializa na próxima segunda-feira, 11, a entrega das secretarias e retira-se da parceria.

Os recados estão nos anais da Assembléia Legislativa do Pará nos pronunciamentos dos deputados da legenda.

A linguagem, agora, compreende-se melhor, era cifrada e com destino certo.

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Meu assessorado, do alto de sua experiência, não demonstrou qualquer surpresa. Disparou um olhar de captura ao Céu -- ele sempre faz isso -- e emendou uma pergunta objetiva:

-- Vocês sabem por que? Olhando aos seus correligionários e a mim.

Deu-se um silêncio natural que tomou nas cercanias do embarque do aeroporto JK, apesar do burburinho de uma dos maiores aeroportos do país.

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Ninguém ao redor atreveu-se especular uma notícia àquela hora, não confirmada.
Com muita tranquilidade, acessei o 5.a Emenda, o Hiroshi On Line, o plantão do Diário e de O Liberal e nada! Recorri ao blog do Jeso e acabei achando algo no Espaço Aberto. Estava tudo lá.

Lula vela deputado conterrâneo

‘Perdemos um companheiro leal', diz Lula sobre a morte de Carlos Wilson

Presidente compareceu ao velório do parlamentar em Pernambuco.
Filiado ao PT, deputado faleceu no final da noite de sábado.

Do G1, em São Paulo

Foto: Alexandro Auler/JC Imagem/Ag. Estado
Foto: Alexandro Auler/JC Imagem/Ag. Estado

O presidente Lula vela o corpo do deputado Carlos Wilson. (Foto: Alexandro Auler/JC Imagem/Ag. Estado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, neste domingo (12), a morte do deputado federal Carlos Wilson, ocorrida na noite de sábado. Lula compareceu ao velório do parlamentar, no Palácio do Governo, no Recife.
“Nós perdemos um companheiro leal e solidário. Acho que, agora, ele descansou e a gente só tem que esperar que a família seja forte, porque não existe palavras para consolar a morte. Mas, para quem é cristão, acredita em Deus e em outro mundo, fica mais fácil porque a gente tem a expectativa de ir para um lugar melhor”, falou o presidente.

Em nota oficial, Lula manifestou pesar pela morte do parlamentar. "Carlos Wilson foi um companheiro excepcional. Amigo leal e solidário, político ponderado, cordial e conciliador, com trânsito em todas as correntes partidárias. Guerreiro, quando necessário, lutou com coragem e bravura até o fim. Seu jeito suave de fazer política vai fazer falta a Pernambuco e ao país. Aos familiares e amigos, minha solidariedade na dor e profundas condolências", diz o texto.

Carlos Wilson morreu na noite de sábado (11), aos 59 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Joana desde o dia 3 de março para tratamento de um câncer, doença contra a qual lutava havia cinco anos.
Além do presidente, estiveram presentes o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Franklin Martins, o chefe de gabinete Gilberto Carvalho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o prefeito do Recife, João da Costa.

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Governo do estado

Em nota oficial, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos lamentou o falecimento de Carlos Wilson. Campos afirmou que a morte é um trauma muito grande para Pernambuco. “Ele foi um homem que amou muito a vida e queria muito bem o nosso estado. Em sua atuação, ele procurou sempre unir as pessoas e valorizar o que de melhor cada um de nós tinha para dar”, disse o governador.
Segundo a assessoria do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, a Casa estará em luto oficial na segunda-feira (13) pela morte de Wilson e do deputado João Herrmann Neto (PDT-SP), que morreu na madrugada deste domingo em São Paulo. Com o luto, não haverá atividade no plenário.

Quarto mandato

Advogado, Carlos Wilson estava no quarto mandato de deputado federal. Foi presidente da Infraero durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a 2006.
Entre 1990 e 1991, foi governador de Pernambuco, substituindo Miguel Arraes. Foi eleito senador uma vez, para a legislatura de 1995 a 2003. Estava na política havia 36 anos. Nesse período, passou pela Arena, PMDB, PSDB, PTB e PT. O parlamentar deixou esposa e três filhos.

Com informações do pe360graus.com

Paulistrocracia petista adere a Dilma

PT paulista fecha com Dilma
Alessandra Pereira - Da equipe do Correio

Corrida presidencial
Em jantar oferecido por Marta Suplicy, ministra recebe manifestações de apoio dos colegas de legenda. Petistas vão trabalhar para realizar eventos no estado que a coloquem em evidência

Palocci estava entre os 60 convidados da recepção que Marta organizou para Dilma Rousseff


São Paulo – Foi com um jantar em plena noite de sexta-feira 13 que a cúpula do PT paulista deu sua bênção à provável candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A semana em que a ministra manteve-se em evidência a ponto de incomodar a oposição terminou com uma elegante recepção na casa da ex-ministra do Turismo Marta Suplicy, na qual cerca de 60 expoentes da legenda em São Paulo afinaram o discurso e começaram a dar lastro partidário à preferida de Lula para a disputa da corrida de 2010. Os caciques paulistas negaram resistências manifestando reiteradas vezes a unidade em torno de Dilma. A ministra retribuiu no mesmo tom, fazendo rasgados elogios à história do PT e ao significado da legenda para sua geração.

A presença de representantes das três instâncias partidárias e das diferentes correntes internas do PT comprovou a “absoluta unanimidade” do nome de Dilma entre os paulistas, garantiram parlamentares como o vereador José Américo, presidente do diretório municipal do PT. Ele e os presidentes nacional e estadual do partido, respectivamente Ricardo Berzoini e Edinho Silva, estavam entre os primeiros a chegar à residência de Marta, no Jardim Europa, na Zona Sul da capital paulista. Também compareceram nomes como o ex-presidente da Câmara Federal Arlindo Chinaglia, o atual líder da bancada, Cândido Vaccarezza, os senadores Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante, e o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, além de prefeitos e parlamentares como os deputados Vicentinho, Antônio Palocci e João Paulo Cunha.

Recebida com carinho pela anfitriã Marta, e com orquídeas pelo senador Suplicy, Dilma, atenta às investidas da oposição, que acusa Lula de antecipar a corrida eleitoral, manteve-se discreta e em nenhum momento assumiu diretamente a candidatura, nem ao longo do jantar. Aos jornalistas que esperavam sua chegada, enfatizou: “Eu não estou candidata e também ainda não sou candidata. Porque para eu ser candidata já teria que ter debatido este tema com o presidente e ainda não o fiz. E teria que ter o apoio do meu partido. As duas coisas não estão dadas ainda.” Em seguida, ela disse que o Brasil está “maduro para ter uma mulher presidente”, afirmou que “dar continuidade aos projetos do governo Lula” é sua maior ambição, negou enfrentar resistências internas e considerou a si mesma o que há “de mais vívido” no PT.

Durante o jantar, Dilma fez um rápido discurso no qual destacou conquistas do governo. Às palavras da ministra seguiram-se falas de diferentes petistas defendendo o lançamento do nome dela para a sucessão em 2010. Dilma foi praticamente aclamada como candidata pelos paulistas, mas manteve a discrição, colocando-se “à disposição do partido”. Com o consenso em torno da ministra, o PT quer agora pavimentar o caminho para a candidatura no estado. O primeiro passo será marcar agendas com a presença de Dilma. “Nossa ideia é dar mais visibilidade a Dilma e programar agendas relacionadas às ações de governo, ao trabalho da ministra à frente do PAC. A ministra concordou, desde que seja fora dos horários de expediente dela”, disse o vereador José Américo.

Fonte: Correio Braziliense.

Manobra

Comentário do leitor que assina Nucleo13 sobre o post Governadora do Pará deve anunciar demissão de Chefe da Casa Civil destaca a análise feita por Leopoldo Vieira(ex-assessor de juventude da Casa Civil) titular do blog Juventude em Pauta, merece atenção de todos aqueles que estão acompanhando o turbulento momento político que passa o governo, pra quem não sabe, Leopoldo é ex-dirigente nacional da DS e ex dirigente do PT nacional na cota da DS:

O que faz Cláudio Pity no governo?

Essa certamente é uma pergunta que pode ter dois tipos de abordagem. Uma é constatar que apesar de toda áurea de competência e preparo que ronda o novo chefe da Casa Civil, a SEGOV até hoje não conseguiu explicar a existência administrativa dela. As câmaras de gestão são uma quimera e as políticas públicas mudancistas, no que é estruturante e essencial, já estão no nível do “só acredito vendo”. Com certeza essa esterilidade em matéria de capacidade de gestão não é da governadora e sim de quem ela responsabilizou realizar a tarefa.

Parcos projetos mais visíveis dos quais a SEGOV se encarrega possuem uma concepção ineficaz ao foco que pretendem, como o ProCampo, ou estão no limiar do fracasso retumbante, como o FSM 2009, cuja infra-estrutura para a realização ainda está no entusiasmo e a equipe responsável está longe de ter sequer uma estabilidade ou acertar o passo.

Quanto a esse “não disse a que veio” da SEGOV não há dúvida. Qualquer conversa de corredor expressa uma informal “pesquisa qualitativa” do desempenho do secretário, só contestado por seus evidentes aliados de academia, cuja função, por motivos desconhecidos, tem sido de propagar, repito, a mitologia da competência deste. Mas brigar com a realidade tem limites e pouco a pouco essa tese será insustentável. Todavia, não é sobre essa obviedade que pretendo me ater e sim sobre o que fez até agora o ex-secretário de governo enquanto deixou a gerência do governo aos “ratos” (ou seria sem aspas?).

Logo após a vitória da governadora, “Cláudio” desejava assumir a então poderosíssima SEPOF. “Famoso quem” na DS e sem o prestígio de Carlos Guedes, acabou mandado para a SEGOV, cujas super-funções nunca se materializaram, seja pela incompetência depois revelada, seja porque, não gostando de sua alocação, já tratava, no presente, a SEGOV como passado.

Considerando-se inteligente politicamente (outro mito que desvendaremos adiante), “Cláudio” rapidamente entrou em ação para derrubar Carlos Guedes. Articulou a mutilação da SEPOF, subtraindo-lhe a diretoria do tesouro.

O argumento era de que planejando, orçando e executando, Guedes seria uma espécie de “primeiro-ministro”, que não precisaria de nenhum outro secretário para “governar”. Com dinheiro e plano na mão, Guedes tornaria supérfulas a SEGOV e a própria Casa Civil. Afinal, quem planeja e executa, é bem mais atraente para gerenciar e fazer articulação política. O resultado disso todos conhecem.

Guedes caiu e o adjunto de Puty na moribunda SEGOV assumiu a, agora, SEPLAN. Como foi dele a indicação do secretário da SEFA, o plano estabelecido estava consolidado. Controlando o planejamento e finanças através de dois operadores bem intencionados, mas usados como “inocentes úteis”, faltaria para Cláudio Puty eliminar apenas o Chefe da Casa Civil.

Uma pequena lembrança sobre uma área estratégica de governo resultou na queda da reconhecida jornalista Fátima Gonçalves: as contas publicitárias do governo e a versão sobre o desempenho da gestão à opinião pública. Fábio Castro, colega de academia, foi sacado na direção da Câmara de Políticas Sócio-Culturais da SEGOV para a CCS, futura SECOM.

Por que se movimentou assim?

Alguns creditam ao enorme ego do secretário, da linhagem “estrela solitária”. Outros, mais realistas, afirmam que “Cláudio” é de um time existente no governo que vê a governadora como incapaz, que precisa de gente que faça e pense por ela enquanto perde tempo com “futilidades de mulher”.

Combinados os dois elementos, Puty nos revela a verdade do seu projeto: ser ele o “primeiro-ministro”. Ainda terceiros, ousam ir além: ele teria vontade de ser, já, o sucessor da governadora, o que não é improvável, pois todos sabemos que não foi o “povo” que plantou nos jornais e blogs notinhas cogitando ele como o “renovador” nome petista candidato à prefeito de Belém.

Para criar uma rede confiável de apoiadores dentro do governo, para endossarem as opiniões dadas por ele à governadora, criando um ambiente de “opiniões sensatas” ou “coerentes”, Puty avançou sobre a SEDUC.

Mas, por que “Cláudio” operou essa “academicização” do governo?

Elementar: indicar aliados políticos seria perigoso por uma certa reflexão estratégica e uma certa “natureza comportamental” dos políticos profissionais, já amigos de faculdade não questionam as posições do líder realmente político – principalmente por que os colocou ali, engrandecendo currículos. O perfil técnico se concentra no foco de seu trabalho específico, conforme a temática das pastas que ocupa, deixando-o livre para fazer a política que bem entenda.

Para comprovar o que digo apresento dois fatos. Em 2007, Carlos Guedes sustentava que a opção de dar 9.8 (e não dois dígitos) de aumento aos servidores seria cautelar. Dois dígitos só em 2008. José Júlio afirmou à bancada do PT que este ano seria inevitável enfrentar uma greve de servidores porque o aumento a ser oferecido seria irrisório. Fátima Gonçalves torcia por um publicitário que não apenas prestasse serviço, mas discutisse a linha política de propaganda do governo. Fábio Castro quer distância disso. O que esses fatos nos dizem? Políticos, Guedes e Fátima queriam refletir sobre a estratégia política de governo, já José Júlio e Fábio Castro apenas realizam “bem” suas gestões do ponto de vista técnico.

Por que mirar a Casa Civil?

Por que a SEGOV, caso conseguisse superar sua esterilidade como gestor, no máximo lhe daria o já obtido reconhecimento acadêmico e respeito na intelectualidade. A Casa Civil lhe daria projeção pública, por ser a própria área política do governo. Alojado ali, ele teria contatos mais “íntimos” com lideranças públicas da política, de diversos partidos e poderia provar suas habilidades como político e não somente como um estudioso de gestão que pratica bem o que estuda.

Aqui abrimos um parêntese: a sinistra influência de Tatiana Oliveira sobre o então secretário de governo. Vaidoso ao extremo e abalado pelo fim de um casamento, que, convenhamos, abala qualquer ser-humano, fragilizando emocionalmente e psicologicamente, diz-se que ela passou a elaborar listas de admissão e exoneração do governo.

Liderança da socialmente insignificante Marcha Mundial das Mulheres/PA (cujo credenciamento na recente Conferência de Mulheres sequer foi aceito, dada a “relevância” do grupelho fundamentalista), não à toa, dos sete estagiários que formam a equipe do ProCampo, ela indicou seis, dentre os quais quatro mulheres da tal MMM. O processo que estou movendo contra ela por difamação e calúnia levou-me à opção de afastar-me do governo para condena-la exemplarmente perante a sociedade sem envolver de forma irresponsável o nome da governadora na baila (como já envolviam, inclusive indicando como o advogado de defesa da moça um rapaz lotado na assessoria jurídica do gabinete).

Furioso pela minha atitude invergável de não trocar minha permanência no governo pela retirada da ação, “Cláudio” passou a perseguir todos que não comungavam de sua concepção imatura de resolver problemas político-pessoais através de métodos administrativos, todos os que reconheciam a questão como problema jurídico e não político, todos que não confundem coisa pública com coisa privada.

Juntando a vontade de ser Chefe da Casa Civil com o fato de que Charles Alcântara era um desses homens que pensam a política como grandes causas e não como “cama, mesa e banho”, Puty traçou a investida dele, orquestrando juntamente com Joaquim Soriano, secretário nacional de formação política do PT, a derrubada de Charles. Para isso, Joaquim passou 48 horas clandestinamente costurando, sem qualquer contato com o Chefe da Casa Civil, numa atitude suja, desrespeitosa com o trabalho desenvolvido por Charles e sem sequer considerar que ele é dirigente estadual da DS paraense. Ou seja, o principal dirigente nacional da DS operou no esgoto, sem qualquer diálogo com a tendência que ele mesmo diz organizar em território nacional.

Cabe lembrar que Puty e Soriano sempre se apresentaram como "amigos" e " bons camaradas" de Charles Alcantara. Enquanto por trás tramavam a queda dele. Sabe-se também que Joaquim Soriano almejava a algum tempo sair da executiva nacional do PT, na qual assume funções secundárias há mais de dez anos. Foi cogitado para assumir o ministério do desenvolvimento agrário, porém, ao contrário da bela foto plantada no Diário do Pará, na qual aparenta ser muito próximo do presidente Lula, ele foi barrado no baile. De lá para cá, sob a desculpa de " dar rumo" a DS estadual, surgem rumores de que ocuparia alguma função no governo, o que só seria superado em bizarrice, caso José Dirceu tivesse saído da Casa Civil do Governo Federal para se tornar chefe de gabinete do governo do Piauí, por exemplo.

As versões que atribuem a saída de Charles a divergência quanto à política de alianças são inverídicas. Jamais houve dúvidas quanto a coalizão com o PMDB na direção do governo. A própria DS votou a favor disso na executiva estadual do PT. E essa relação jamais foi tema de debates no interior da tendência, inclusive em sua Conferência Estadual recentemente realizada, da qual Puty sequer participou, o que o deixou de fora da direção local da tendência. Essa "ausência" não fora obra de qualquer movimentação para alijá-lo e sim do desprezo que sempre demonstrou pelos fóruns internos da DS paraense. Se Soriano discordava da linha de governo e encontrou em Puty o agende submisso da DS local a sua mano de hierro (tipinho rastejante que não fazia parte do perfil "charlista"), isso só justifica a operação ter sido clandestina, silenciosa e golpista, tramada contra a prória DS e sua direção local. Quanto a mim, Soriano já decretou que a DS engula a minha expulsão dos seus quadros.

Ao cabo, "Cláudio" galgou o que sempre pretendera tomar de Carlos Guedes para si: o controle do plano, orçamento, execução, gestão e articulação política do governo. Mas, o que esperar dessa era Putyana que se abre? Boçalidade, arrogância, estreiteza, truculência, intolerância, rasteiras, auto-promoção e sua tradicional incompetência.

Se considerando politicamente inteligente demais, imagina que as pessoas não perceberão esse controle que possui do governo, ávido por elogios quanto à sua habilidade política.

Na política, metaforicamente, Puty está há anos luz de ser representado por um " cavaleiro Jedi", um Vito Corleone ou um Gandalf (de "O Senhor dos Anéis"). Está muito próximo, sim, do orgulhoso " mestre Windu", do truculento e breve Sonny Corleone e do engraçado personagem Sméagol, o Gólum.

Resolução contra o neo-liberalismo e a favor da ética

É chover no molhado que o diretório nacinal de um partido político estabeleça estratégias que lhe garanta boa votação. Mas daí ter uma reunião de 12 horas para estabelecer em resolução contra a agenda dos opositores, só podia ser coisa do PT.

Se entendi, os candidatos da próxima eleição desse partido serão contra a agenda neo-liberal?

Mas, o que é agenda neo-liberal?

Seria a queda de impostos? Reforma agrária um mínimo responsável? Desregulamentação do protecionismo de nossa economia...?

Na mesma interminável resolução o PT defende como prioridade a criação de um Código de Ética -- desde que definidas regras claras proibindo abusos.

Taí. Juro que não sabia que o PT até hoje não tinha o seu código de ética.

Deve ser por isso que aconteceu esse mar de lama que acompanha o governo desde 2003 e que nem preciso listar.

Deve sim.

Será que o código de ética dará um pouco de juízo aos pré-candidatos?

Nota do blog: A íntegra da resolução, que ainda está em processo de revisão e inclusão de emendas aprovadas no plenário do DN, deverá ser publicada no Portal do PT nesta segunda-feira (11).

3.º Congresso do PT

Tonho da Lua para presidente do PT

A Nova Corja

O PT dará início ao seu 3º Congresso na noite desta quinta-feira com um rega-bofe de desagravo aos indiciados pelo mensalão pelo STF. Nos três dias seguintes, discutirão sobre o futuro do partido e seus próximos projetos de poder.

Como o site do PT nacional não traz nenhum texto sobre os quadrilheiros da cúpula partidária, imagino que os petistas continuem a acreditar que o mensalão é uma invenção da Mídia má, feia e bobona.

Decerto, a acusação feita pelo procurador-geral da República escolhido pelo presidente Lula e o indiciamento de todos os envolvidos nela por um tribunal onde nada menos que seis dos dez juízes foram indicados por ele só pode ser um complô da oposição.

Estarei no congresso. Pretendo encontrar ao menos um filiado do grupo de José Dirceu que admita as falcatruas petistas e faça uma auto-crítica das acusações do partido de que tudo era um golpe da oligarquia midiática (hshshs), que lucra pacas com Lula, mas quer apeá-lo do poder.
Mas em um partido que não tem mais os dedos dos pés para atirar, deve ser mais fácil eleger o Tonho da Lua para presidente da sigla.

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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