Governadora do Pará deve anunciar demissão de Chefe da Casa Civil

Lacônica nota publicada no Portal ORM informa através da assessoria de comunicação da Casa Civil da Governadoria do Estado, que Charles Alcântara, Chefe da Casa Civil da governadora Ana Júlia Careoa vai deixar o cargo de chefe do órgão. A Casa Civil informou que essa foi uma decisão da própria governadora.

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Atualizando a notícia, um anônimo as 10:20 envio à este blog o seguinte comentário, sem revisão deste editor:

acerca do assunto do momento que veio balançar as estruturas da política paraense, no que diz respeito a saída de Charles Alcântara da Casa Civil, e no que isso pode desencadear para o atual governo. Não poderia me furta de divulgar o melhor poster já feito ate agora nos blogs sobre o referido assunto, pois o mesmo retrata o quadro real em que se encontra o atual governo. Com vocês a jornalista Ana Célia Pinheiro, titular do blog A Perereca da Vizinha;

A Saída de Charles

Jurei que não ia me meter nisso, devido ao meu envolvimento na campanha. Mas aí vai.

Informações seguras dão conta de que a saída de Charles Alcântara do Governo do Estado foi motivada por embates com o todo poderoso Puty.

Embora do outro lado do front, lamento a saída de Charles.Creio que a minha xará perdeu, definitivamente, o rumo.
Charles era, sabidamente, o sujeito com melhor jogo de cintura deste governo.
E eu até deveria ficar feliz, já que estou do outro lado.Mas, se assim fosse, não teria os amigos que tenho.
E eu considero Charles um amigo.

Bem vindo ao exílio, queridinho!

A Saída de Charles (2)

I Charles Alcântara teve, recentemente, três graves problemas de pressão.
Mas, não foram tais problemas que custaram a cabeça do ex-poderoso chefe da Casa Civil do Governo do Estado.Embora, talvez, essa seja a explicação mais simples para o Governo.

O xis da questão são, mesmo, as divergências internas da Democracia Socialista (DS), a minúscula tendência petista à qual pertence a governadora Ana Júlia Carepa.

“Há um racha na DS, uma divisão muito grande” – diz-me um histórico militante petista –“Antes, a Ana (a governadora) flutuava entre esses grupos. Mas, com a chegada ao poder, a coisa se acirrou. E hoje, o que estamos vendo é, aparentemente, até uma reconfiguração interna”.

A fonte acentua que a saída de Charles “coincide” com a definição das alianças municipais, para o próximo pleito.Uma definição de alto impacto nas eleições de 2010.

A condução do processo é feita pela Casa Civil.
E a tarefa, agora, ficará com Cláudio Puty, uma espécie de Simão Jatene do atual governo, em termos de acumulação de poder.

II O pomo da discórdia do mais recente round Charles x Puty, diz-me uma fonte bem situada, foi, justamente, o próximo pleito.
“Charles é um defensor ardoroso da aliança com o PMDB. Já o Puty defende a preponderância da DS, junto com o PT”, relata.

Quer dizer: Charles entende que é preciso “acarinhar” o PMDB, nas composições municipais, até pela complexidade do jogo político interiorano.

No interior, o PMDB prevalece – o que já seria de se esperar, pelo fato de ser o maior partido local e nacional.

Já o PT não possui tanta força no interior. Mesmo assim, insiste em manter a cabeça das composições, mesmo quando não possui condições objetivas para isso.

Quem pediu a saída de Charles foi a DS, o que significa que esse pensamento – da preponderância da corrente e do PT, no Governo e nas alianças municipais – é majoritário na tendência da governadora.

Ou seja: os tucanos podem começar a soltar foguetes. Porque se há um papel que os peemedebistas não sabem representar é o de mulher traída. Eles, simplesmente, antecipam a traição...

III Avessa a discussões públicas sobre as disputas internas, a DS, obviamente, nega, de pés juntos, os embates entre Charles e Puty.
Mas, gente bem situada no Governo diz que isso, de há muito, era visível. “Há um mês já havia rumores de que o Charles ia sair ou cair”, conta um secretário de Estado, que também confirma a crescente influência de Puty junto à governadora.
Para os olhos menos atentos, porém, diz-me outro integrante do Governo, nada levava a suspeitar da profundidade das disputas entre Charles e Puty, os dois homens-fortes da administração de Ana Júlia.
“De vez em quando, no Palácio, eles (Charles e Puty) tinham divergências” – relata a fonte – “E a gente via que a Ana trazia os dois, um de cada lado. E a impressão que passava era a de que eram, na verdade, complementares e não assim tão opostos”.
Em verdade, no início do governo, eram três os homens-fortes de Ana Júlia.
Além de Charles e Puty, havia Carlos Guedes, hoje no MDA, e na época o czar do Planejamento.Guedes foi a primeira cabeça coroada a tombar, na queda-de-braço com Puty – que, dizem as más línguas, não se furta a táticas rasteiras, para obter o que quer.

Mas, antes de emplacar, no lugar de Guedes na Sepof, alguém de sua própria confiança, Puty também já conquistara outra peça importante do tabuleiro: a CCS - então Coordenadoria, hoje Secretaria de Comunicação.

Na época, Puty conseguiu defenestrar uma petista histórica – a jornalista Fátima Gonçalves, ligada a Charles. E emplacou no lugar dela o também jornalista Fábio Castro, um intelectual sem qualquer experiência do cotidiano das redações, mas de sua absoluta confiança.

Quer dizer: desde o início do Governo, Puty abocanhou a Comunicação e o Planejamento. Agora, emplaca a si mesmo na Casa Civil, além de emplacar, na Secretaria de Governo que até então ocupava, a própria adjunta.Como a Sefa também pertence a um aliado de Puty, ele conseguiu se transformar, efetivamente, numa espécie de Rasputin do Governo Estadual.

Ou, como brinca um petista, “o Puty, agora, é o próprio Luís XIV, com a sua antológica frase: o Estado sou eu”...

IV Charles e Guedes estavam com Ana Júlia ainda durante a campanha.
Puty chegou depois, já após a transição e durante a montagem do governo.Conta-se que foi apresentado à Ana Júlia pelos irmãos Marcílio e Maurílio Monteiro, ex-marido e ex-cunhado da governadora.
Os irmãos o apresentaram como um antigo militante de esquerda, que passara muito tempo na Europa.Diz-me alguém que, a exemplo de Ana Júlia, também a origem de Puty foi o movimento estudantil.
Mas, eles não pertenciam às mesmas correntes. Puty teria integrado a Força Socialista.
Ana, desde muito jovem, foi militante do Partido Revolucionário Comunista (PRC).
Boa parte da DS, aliás, tem origem no PRC; outro tanto, veio da Força (que era comandada, em Belém, pelo ex-prefeito Edmilson Rodrigues), quando essa corrente implodiu.
Em comum, DS e Força sempre tiveram o ranço autoritário da origem leninista. Ou a “leveza” do atual trotskismo, como apontam, ferinamente, os adversários do próprio PT...

V Na bolsa de apostas, há quem acredite que a saída de Charles pode significar, também, a queda de outros integrantes do governo, talvez próximos demais a ele, para o gosto de Puty.Seria, talvez, o caso de Edilza Fontes. Mas Edilza tem uma ligação de amizade antiga com Ana Júlia, desde os tempos do PRC e da “Caminhando”, o braço do partido no movimento estudantil, naqueles tempos bicudos da ditadura militar.
Outra que poderia ser afetada seria Suely Oliveira, ex-Força Socialista e também ligadíssima a Charles Alcântara.
Mas, nesse caso, observa um petista histórico, a situação de complicaria para a governadora, uma vez que Suely é o único quadro da DS que possui, efetivamente, base popular.
A DS, é claro, tentará descer rapidamente o pano, abafando o mais possível a queda de Charles Alcântara.
Mas, o fato, é que, assim como a saída de Guedes, a queda de Charles tende, também, a arranhar a imagem do governo.
Quem sabe, até dificultando as negociações com os partidos da base aliada, num momento crucial: a ante-sala do grande jogo de 2010.
Guedes desmontou várias das armadilhas deixadas pelos tucanos no caminho do novo governo e tinha excelente capacidade de negociação, inclusive com adversários.
Charles é igualmente macio, embora mais esperto – na verdade, mais “político”.
Aquando dos expurgos promovidos pelo antagonista, fingiu-se de morto.
Negociava com atenienses, persas e espartanos, mas, também, sabia falar grosso – vide a “vacinação” antecipada a possíveis vinculações dos petistas com Chico Ferreira...

E, paradoxalmente, também demonstrava preocupação em, ao menos, pensar os limites éticos da ação política – coisa que o pragmatismo faz a esquerda, por vezes, esquecer.
Nada disso, porém, evitou a queda de Charles, o que talvez signifique uma mudança de rumo do governo, em várias frentes. E resta saber, apenas, qual será a próxima conquista do nosso Rasputin.

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O blog comenta: Quanto à repercussão política se a notícia for confirmada, a governadora, em primeira instância, tem a caneta na mão para escolher quem fica ou não na sua equipe.
Deixarei para analistas melhor credenciados o aprofundamento da questão.
Mas, incomoda-me no processo as promessas não cumpridas.
Os equívocos sucedem-se num ritmo de crise permanente. Desnecessário elencá-los.
Vários elementos menores são superlativizados pelos interesses do outro lado do balcão da disputa política.
Há um inegável desgaste e a justificativa da herança maldita tucana esvaziou-se.
A governadora é uma política experiente, acostumada à adversidades.
Se confirmado a saída de colaborador desse quilate, vejo problemas sérios pela frente para a governadora.
Ressalto que é um péssimo momento para a saída do Dr. Charles, ainda mais na véspera do "Abril Vermelho".
Será Puty o salvador da lavoura anônimo?

Comentários

Anônimo disse…
O poster de Leopoldo Vieira(ex-assessor de juventude da Casa Civil) titular do blog Juventude em Pauta, merece atenção de todos aqueles que estão acompanhando o turbolento momento politico que passa o governo, pra quem nao sabe, Leopoldo é ex-dirigente nacional da DS e ex dirigente do PT nacional na cota da DS;

O que faz Cláudio Pity no governo?

Essa certamente é uma pergunta que pode ter dois tipos de abordagem. Uma é constatar que apesar de toda áurea de competência e preparo que ronda o novo chefe da Casa Civil, a SEGOV até hoje não conseguiu explicar a existência administrativa dela. As câmaras de gestão são uma quimera e as políticas públicas mudancistas, no que é estruturante e essencial, já estão no nível do “só acredito vendo”. Com certeza essa esterilidade em matéria de capacidade de gestão não é da governadora e sim de quem ela responsabilizou realizar a tarefa.

Parcos projetos mais visíveis dos quais a SEGOV se encarrega possuem uma concepção ineficaz ao foco que pretendem, como o ProCampo, ou estão no limiar do fracasso retumbante, como o FSM 2009, cuja infra-estrutura para a realização ainda está no entusiasmo e a equipe responsável está longe de ter sequer uma estabilidade ou acertar o passo.

Quanto a esse “não disse a que veio” da SEGOV não há dúvida. Qualquer conversa de corredor expressa uma informal “pesquisa qualitativa” do desempenho do secretário, só contestado por seus evidentes aliados de academia, cuja função, por motivos desconhecidos, tem sido de propagar, repito, a mitologia da competência deste. Mas brigar com a realidade tem limites e pouco a pouco essa tese será insustentável. Todavia, não é sobre essa obviedade que pretendo me ater e sim sobre o que fez até agora o ex-secretário de governo enquanto deixou a gerência do governo aos “ratos” (ou seria sem aspas?).

Logo após a vitória da governadora, “Cláudio” desejava assumir a então poderosíssima SEPOF. “Famoso quem” na DS e sem o prestígio de Carlos Guedes, acabou mandado para a SEGOV, cujas super-funções nunca se materializaram, seja pela incompetência depois revelada, seja porque, não gostando de sua alocação, já tratava, no presente, a SEGOV como passado.

Considerando-se inteligente politicamente (outro mito que desvendaremos adiante), “Cláudio” rapidamente entrou em ação para derrubar Carlos Guedes. Articulou a mutilação da SEPOF, subtraindo-lhe a diretoria do tesouro.

O argumento era de que planejando, orçando e executando, Guedes seria uma espécie de “primeiro-ministro”, que não precisaria de nenhum outro secretário para “governar”. Com dinheiro e plano na mão, Guedes tornaria supérfulas a SEGOV e a própria Casa Civil. Afinal, quem planeja e executa, é bem mais atraente para gerenciar e fazer articulação política. O resultado disso todos conhecem.

Guedes caiu e o adjunto de Puty na moribunda SEGOV assumiu a, agora, SEPLAN. Como foi dele a indicação do secretário da SEFA, o plano estabelecido estava consolidado. Controlando o planejamento e finanças através de dois operadores bem intencionados, mas usados como “inocentes úteis”, faltaria para Cláudio Puty eliminar apenas o Chefe da Casa Civil.

Uma pequena lembrança sobre uma área estratégica de governo resultou na queda da reconhecida jornalista Fátima Gonçalves: as contas publicitárias do governo e a versão sobre o desempenho da gestão à opinião pública. Fábio Castro, colega de academia, foi sacado na direção da Câmara de Políticas Sócio-Culturais da SEGOV para a CCS, futura SECOM.

Por que se movimentou assim?

Alguns creditam ao enorme ego do secretário, da linhagem “estrela solitária”. Outros, mais realistas, afirmam que “Cláudio” é de um time existente no governo que vê a governadora como incapaz, que precisa de gente que faça e pense por ela enquanto perde tempo com “futilidades de mulher”.

Combinados os dois elementos, Puty nos revela a verdade do seu projeto: ser ele o “primeiro-ministro”. Ainda terceiros, ousam ir além: ele teria vontade de ser, já, o sucessor da governadora, o que não é improvável, pois todos sabemos que não foi o “povo” que plantou nos jornais e blogs notinhas cogitando ele como o “renovador” nome petista candidato à prefeito de Belém.

Para criar uma rede confiável de apoiadores dentro do governo, para endossarem as opiniões dadas por ele à governadora, criando um ambiente de “opiniões sensatas” ou “coerentes”, Puty avançou sobre a SEDUC.

Mas, por que “Cláudio” operou essa “academicização” do governo?

Elementar: indicar aliados políticos seria perigoso por uma certa reflexão estratégica e uma certa “natureza comportamental” dos políticos profissionais, já amigos de faculdade não questionam as posições do líder realmente político – principalmente por que os colocou ali, engrandecendo currículos. O perfil técnico se concentra no foco de seu trabalho específico, conforme a temática das pastas que ocupa, deixando-o livre para fazer a política que bem entenda.

Para comprovar o que digo apresento dois fatos. Em 2007, Carlos Guedes sustentava que a opção de dar 9.8 (e não dois dígitos) de aumento aos servidores seria cautelar. Dois dígitos só em 2008. José Júlio afirmou à bancada do PT que este ano seria inevitável enfrentar uma greve de servidores porque o aumento a ser oferecido seria irrisório. Fátima Gonçalves torcia por um publicitário que não apenas prestasse serviço, mas discutisse a linha política de propaganda do governo. Fábio Castro quer distância disso. O que esses fatos nos dizem? Políticos, Guedes e Fátima queriam refletir sobre a estratégia política de governo, já José Júlio e Fábio Castro apenas realizam “bem” suas gestões do ponto de vista técnico.

Por que mirar a Casa Civil?

Por que a SEGOV, caso conseguisse superar sua esterilidade como gestor, no máximo lhe daria o já obtido reconhecimento acadêmico e respeito na intelectualidade. A Casa Civil lhe daria projeção pública, por ser a própria área política do governo. Alojado ali, ele teria contatos mais “íntimos” com lideranças públicas da política, de diversos partidos e poderia provar suas habilidades como político e não somente como um estudioso de gestão que pratica bem o que estuda.

Aqui abrimos um parêntese: a sinistra influência de Tatiana Oliveira sobre o então secretário de governo. Vaidoso ao extremo e abalado pelo fim de um casamento, que, convenhamos, abala qualquer ser-humano, fragilizando emocionalmente e psicologicamente, diz-se que ela passou a elaborar listas de admissão e exoneração do governo.

Liderança da socialmente insignificante Marcha Mundial das Mulheres/PA (cujo credenciamento na recente Conferência de Mulheres sequer foi aceito, dada a “relevância” do grupelho fundamentalista), não à toa, dos sete estagiários que formam a equipe do ProCampo, ela indicou seis, dentre os quais quatro mulheres da tal MMM. O processo que estou movendo contra ela por difamação e calúnia levou-me à opção de afastar-me do governo para condena-la exemplarmente perante a sociedade sem envolver de forma irresponsável o nome da governadora na baila (como já envolviam, inclusive indicando como o advogado de defesa da moça um rapaz lotado na assessoria jurídica do gabinete).

Furioso pela minha atitude invergável de não trocar minha permanência no governo pela retirada da ação, “Cláudio” passou a perseguir todos que não comungavam de sua concepção imatura de resolver problemas político-pessoais através de métodos administrativos, todos os que reconheciam a questão como problema jurídico e não político, todos que não confundem coisa pública com coisa privada.

Juntando a vontade de ser Chefe da Casa Civil com o fato de que Charles Alcântara era um desses homens que pensam a política como grandes causas e não como “cama, mesa e banho”, Puty traçou a investida dele, orquestrando juntamente com Joaquim Soriano, secretário nacional de formação política do PT, a derrubada de Charles. Para isso, Joaquim passou 48 horas clandestinamente costurando, sem qualquer contato com o Chefe da Casa Civil, numa atitude suja, desrespeitosa com o trabalho desenvolvido por Charles e sem sequer considerar que ele é dirigente estadual da DS paraense. Ou seja, o principal dirigente nacional da DS operou no esgoto, sem qualquer diálogo com a tendência que ele mesmo diz organizar em território nacional.

Cabe lembrar que Puty e Soriano sempre se apresentaram como "amigos" e " bons camaradas" de Charles Alcantara. Enquanto por trás tramavam a queda dele. Sabe-se também que Joaquim Soriano almejava a algum tempo sair da executiva nacional do PT, na qual assume funções secundárias há mais de dez anos. Foi cogitado para assumir o ministério do desenvolvimento agrário, porém, ao contrário da bela foto plantada no Diário do Pará, na qual aparenta ser muito próximo do presidente Lula, ele foi barrado no baile. De lá para cá, sob a desculpa de " dar rumo" a DS estadual, surgem rumores de que ocuparia alguma função no governo, o que só seria superado em bizarrice, caso José Dirceu tivesse saído da Casa Civil do Governo Federal para se tornar chefe de gabinete do governo do Piauí, por exemplo.

As versões que atribuem a saída de Charles a divergência quanto à política de alianças são inverídicas. Jamais houve dúvidas quanto a coalizão com o PMDB na direção do governo. A própria DS votou a favor disso na executiva estadual do PT. E essa relação jamais foi tema de debates no interior da tendência, inclusive em sua Conferência Estadual recentemente realizada, da qual Puty sequer participou, o que o deixou de fora da direção local da tendência. Essa "ausência" não fora obra de qualquer movimentação para alijá-lo e sim do desprezo que sempre demonstrou pelos fóruns internos da DS paraense. Se Soriano discordava da linha de governo e encontrou em Puty o agende submisso da DS local a sua mano de hierro (tipinho rastejante que não fazia parte do perfil "charlista"), isso só justifica a operação ter sido clandestina, silenciosa e golpista, tramada contra a prória DS e sua direção local. Quanto a mim, Soriano já decretou que a DS engula a minha expulsão dos seus quadros.

Ao cabo, "Cláudio" galgou o que sempre pretendera tomar de Carlos Guedes para si: o controle do plano, orçamento, execução, gestão e articulação política do governo. Mas, o que esperar dessa era Putyana que se abre? Boçalidade, arrogância, estreiteza, truculência, intolerância, rasteiras, auto-promoção e sua tradicional incompetência.

Se considerando politicamente inteligente demais, imagina que as pessoas não perceberão esse controle que possui do governo, ávido por elogios quanto à sua habilidade política.

Na política, metaforicamente, Puty está há anos luz de ser representado por um " cavaleiro Jedi", um Vito Corleone ou um Gandalf (de "O Senhor dos Anéis"). Está muito próximo, sim, do orgulhoso " mestre Windu", do truculento e breve Sonny Corleone e do engraçado personagem Sméagol, o Gólum.
Agradeço o comentário que será levado ao front page do blog.
Abs

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