Com 90% da área encoberta por nuvens, o estado do Pará acabou ficando fora do ranking de abril apresentado pelo Deter. Porém, em menos de duas semanas, as operações Guardiões da Amazônia e Arco de Fogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal, apreenderam mais de 5 mil metros cúbicos de madeira em Altamira, centro-oeste do estado. As multas no município ultrapassam os R$ 2,3 milhões.
Ontem, um madeireiro foi detido em Altamira. Segundo a PF, mais de 400 metros cúbicos de madeira ilegal foram encontrados no pátio da serraria do empresário. O homem terá de pagar uma multa de cerca de R$ 1 milhão, por crime ambiental. Depois de prestar depoimento, o acusado foi liberado. Fiscais do Ibama multaram 16 fazendas no Pará, somando R$ 82,8 milhões.
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Nuvens salvaram estatísticas do Pará
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Deputado Giovanni Queiroz fala do engessamento do setor produtivo na Amazônia
O deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) fala ao programa Palavra Aberta, da TV Câmara , sobra a operação da Polícia Federal na Amazônia para deter o desmatamento ilegal que está causando polêmica.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, mostram que no mês de março, período em que foi desencadeada a operação Arco de Fogo, houve redução de 80% no desmatamento na região em comparação com o mês de fevereiro. Mas há denúncias de que a ação é precipitada, truculenta e que está causando fuga de pequenos produtores rurais, desemprego e paralisação da economia local.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, mostram que no mês de março, período em que foi desencadeada a operação Arco de Fogo, houve redução de 80% no desmatamento na região em comparação com o mês de fevereiro. Mas há denúncias de que a ação é precipitada, truculenta e que está causando fuga de pequenos produtores rurais, desemprego e paralisação da economia local.
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PAS — expectativa para nova edição
Aguarda-se que o governo lance amanhã numa nova versão do PAS – Plano Amazônia Sustentável algumas medidas que desamarrem o nó que o próprio governo colocou o setor produtivo na Amazônia.
As medidas de comando e controle adotadas pelo governo, leia-se Ministério do Meio Ambiente, Justiça e Banco Central através de uma normativa que obriga os proprietários a cumprir num prazo absolutamente fora da realidade uma série de exigências que demandam tempo e dinheiro, aliada a deflagração da Operação Arco do Fogo, engessaram o setor como nunca antes havia ocorrido na história recente da Amazônia.
As medidas de comando e controle adotadas pelo governo, leia-se Ministério do Meio Ambiente, Justiça e Banco Central através de uma normativa que obriga os proprietários a cumprir num prazo absolutamente fora da realidade uma série de exigências que demandam tempo e dinheiro, aliada a deflagração da Operação Arco do Fogo, engessaram o setor como nunca antes havia ocorrido na história recente da Amazônia.
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Governadora do Pará deve anunciar demissão de Chefe da Casa Civil
Lacônica nota publicada no Portal ORM informa através da assessoria de comunicação da Casa Civil da Governadoria do Estado, que Charles Alcântara, Chefe da Casa Civil da governadora Ana Júlia Careoa vai deixar o cargo de chefe do órgão. A Casa Civil informou que essa foi uma decisão da própria governadora.
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Atualizando a notícia, um anônimo as 10:20 envio à este blog o seguinte comentário, sem revisão deste editor:
acerca do assunto do momento que veio balançar as estruturas da política paraense, no que diz respeito a saída de Charles Alcântara da Casa Civil, e no que isso pode desencadear para o atual governo. Não poderia me furta de divulgar o melhor poster já feito ate agora nos blogs sobre o referido assunto, pois o mesmo retrata o quadro real em que se encontra o atual governo. Com vocês a jornalista Ana Célia Pinheiro, titular do blog A Perereca da Vizinha;
A Saída de Charles
Jurei que não ia me meter nisso, devido ao meu envolvimento na campanha. Mas aí vai.
Informações seguras dão conta de que a saída de Charles Alcântara do Governo do Estado foi motivada por embates com o todo poderoso Puty.
Embora do outro lado do front, lamento a saída de Charles.Creio que a minha xará perdeu, definitivamente, o rumo.
Charles era, sabidamente, o sujeito com melhor jogo de cintura deste governo.
E eu até deveria ficar feliz, já que estou do outro lado.Mas, se assim fosse, não teria os amigos que tenho.
E eu considero Charles um amigo.
Bem vindo ao exílio, queridinho!
A Saída de Charles (2)
I Charles Alcântara teve, recentemente, três graves problemas de pressão.
Mas, não foram tais problemas que custaram a cabeça do ex-poderoso chefe da Casa Civil do Governo do Estado.Embora, talvez, essa seja a explicação mais simples para o Governo.
O xis da questão são, mesmo, as divergências internas da Democracia Socialista (DS), a minúscula tendência petista à qual pertence a governadora Ana Júlia Carepa.
“Há um racha na DS, uma divisão muito grande” – diz-me um histórico militante petista –“Antes, a Ana (a governadora) flutuava entre esses grupos. Mas, com a chegada ao poder, a coisa se acirrou. E hoje, o que estamos vendo é, aparentemente, até uma reconfiguração interna”.
A fonte acentua que a saída de Charles “coincide” com a definição das alianças municipais, para o próximo pleito.Uma definição de alto impacto nas eleições de 2010.
A condução do processo é feita pela Casa Civil.
E a tarefa, agora, ficará com Cláudio Puty, uma espécie de Simão Jatene do atual governo, em termos de acumulação de poder.
II O pomo da discórdia do mais recente round Charles x Puty, diz-me uma fonte bem situada, foi, justamente, o próximo pleito.
“Charles é um defensor ardoroso da aliança com o PMDB. Já o Puty defende a preponderância da DS, junto com o PT”, relata.
Quer dizer: Charles entende que é preciso “acarinhar” o PMDB, nas composições municipais, até pela complexidade do jogo político interiorano.
No interior, o PMDB prevalece – o que já seria de se esperar, pelo fato de ser o maior partido local e nacional.
Já o PT não possui tanta força no interior. Mesmo assim, insiste em manter a cabeça das composições, mesmo quando não possui condições objetivas para isso.
Quem pediu a saída de Charles foi a DS, o que significa que esse pensamento – da preponderância da corrente e do PT, no Governo e nas alianças municipais – é majoritário na tendência da governadora.
Ou seja: os tucanos podem começar a soltar foguetes. Porque se há um papel que os peemedebistas não sabem representar é o de mulher traída. Eles, simplesmente, antecipam a traição...
III Avessa a discussões públicas sobre as disputas internas, a DS, obviamente, nega, de pés juntos, os embates entre Charles e Puty.
Mas, gente bem situada no Governo diz que isso, de há muito, era visível. “Há um mês já havia rumores de que o Charles ia sair ou cair”, conta um secretário de Estado, que também confirma a crescente influência de Puty junto à governadora.
Para os olhos menos atentos, porém, diz-me outro integrante do Governo, nada levava a suspeitar da profundidade das disputas entre Charles e Puty, os dois homens-fortes da administração de Ana Júlia.
“De vez em quando, no Palácio, eles (Charles e Puty) tinham divergências” – relata a fonte – “E a gente via que a Ana trazia os dois, um de cada lado. E a impressão que passava era a de que eram, na verdade, complementares e não assim tão opostos”.
Em verdade, no início do governo, eram três os homens-fortes de Ana Júlia.
Além de Charles e Puty, havia Carlos Guedes, hoje no MDA, e na época o czar do Planejamento.Guedes foi a primeira cabeça coroada a tombar, na queda-de-braço com Puty – que, dizem as más línguas, não se furta a táticas rasteiras, para obter o que quer.
Mas, antes de emplacar, no lugar de Guedes na Sepof, alguém de sua própria confiança, Puty também já conquistara outra peça importante do tabuleiro: a CCS - então Coordenadoria, hoje Secretaria de Comunicação.
Na época, Puty conseguiu defenestrar uma petista histórica – a jornalista Fátima Gonçalves, ligada a Charles. E emplacou no lugar dela o também jornalista Fábio Castro, um intelectual sem qualquer experiência do cotidiano das redações, mas de sua absoluta confiança.
Quer dizer: desde o início do Governo, Puty abocanhou a Comunicação e o Planejamento. Agora, emplaca a si mesmo na Casa Civil, além de emplacar, na Secretaria de Governo que até então ocupava, a própria adjunta.Como a Sefa também pertence a um aliado de Puty, ele conseguiu se transformar, efetivamente, numa espécie de Rasputin do Governo Estadual.
Ou, como brinca um petista, “o Puty, agora, é o próprio Luís XIV, com a sua antológica frase: o Estado sou eu”...
IV Charles e Guedes estavam com Ana Júlia ainda durante a campanha.
Puty chegou depois, já após a transição e durante a montagem do governo.Conta-se que foi apresentado à Ana Júlia pelos irmãos Marcílio e Maurílio Monteiro, ex-marido e ex-cunhado da governadora.
Os irmãos o apresentaram como um antigo militante de esquerda, que passara muito tempo na Europa.Diz-me alguém que, a exemplo de Ana Júlia, também a origem de Puty foi o movimento estudantil.
Mas, eles não pertenciam às mesmas correntes. Puty teria integrado a Força Socialista.
Ana, desde muito jovem, foi militante do Partido Revolucionário Comunista (PRC).
Boa parte da DS, aliás, tem origem no PRC; outro tanto, veio da Força (que era comandada, em Belém, pelo ex-prefeito Edmilson Rodrigues), quando essa corrente implodiu.
Em comum, DS e Força sempre tiveram o ranço autoritário da origem leninista. Ou a “leveza” do atual trotskismo, como apontam, ferinamente, os adversários do próprio PT...
V Na bolsa de apostas, há quem acredite que a saída de Charles pode significar, também, a queda de outros integrantes do governo, talvez próximos demais a ele, para o gosto de Puty.Seria, talvez, o caso de Edilza Fontes. Mas Edilza tem uma ligação de amizade antiga com Ana Júlia, desde os tempos do PRC e da “Caminhando”, o braço do partido no movimento estudantil, naqueles tempos bicudos da ditadura militar.
Outra que poderia ser afetada seria Suely Oliveira, ex-Força Socialista e também ligadíssima a Charles Alcântara.
Mas, nesse caso, observa um petista histórico, a situação de complicaria para a governadora, uma vez que Suely é o único quadro da DS que possui, efetivamente, base popular.
A DS, é claro, tentará descer rapidamente o pano, abafando o mais possível a queda de Charles Alcântara.
Mas, o fato, é que, assim como a saída de Guedes, a queda de Charles tende, também, a arranhar a imagem do governo.
Quem sabe, até dificultando as negociações com os partidos da base aliada, num momento crucial: a ante-sala do grande jogo de 2010.
Guedes desmontou várias das armadilhas deixadas pelos tucanos no caminho do novo governo e tinha excelente capacidade de negociação, inclusive com adversários.
Charles é igualmente macio, embora mais esperto – na verdade, mais “político”.
Aquando dos expurgos promovidos pelo antagonista, fingiu-se de morto.
Negociava com atenienses, persas e espartanos, mas, também, sabia falar grosso – vide a “vacinação” antecipada a possíveis vinculações dos petistas com Chico Ferreira...
E, paradoxalmente, também demonstrava preocupação em, ao menos, pensar os limites éticos da ação política – coisa que o pragmatismo faz a esquerda, por vezes, esquecer.
Nada disso, porém, evitou a queda de Charles, o que talvez signifique uma mudança de rumo do governo, em várias frentes. E resta saber, apenas, qual será a próxima conquista do nosso Rasputin.
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O blog comenta: Quanto à repercussão política se a notícia for confirmada, a governadora, em primeira instância, tem a caneta na mão para escolher quem fica ou não na sua equipe.
Deixarei para analistas melhor credenciados o aprofundamento da questão.
Mas, incomoda-me no processo as promessas não cumpridas.
Os equívocos sucedem-se num ritmo de crise permanente. Desnecessário elencá-los.
Vários elementos menores são superlativizados pelos interesses do outro lado do balcão da disputa política.
Há um inegável desgaste e a justificativa da herança maldita tucana esvaziou-se.
A governadora é uma política experiente, acostumada à adversidades.
Se confirmado a saída de colaborador desse quilate, vejo problemas sérios pela frente para a governadora.
Ressalto que é um péssimo momento para a saída do Dr. Charles, ainda mais na véspera do "Abril Vermelho".
Será Puty o salvador da lavoura anônimo?
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Atualizando a notícia, um anônimo as 10:20 envio à este blog o seguinte comentário, sem revisão deste editor:
acerca do assunto do momento que veio balançar as estruturas da política paraense, no que diz respeito a saída de Charles Alcântara da Casa Civil, e no que isso pode desencadear para o atual governo. Não poderia me furta de divulgar o melhor poster já feito ate agora nos blogs sobre o referido assunto, pois o mesmo retrata o quadro real em que se encontra o atual governo. Com vocês a jornalista Ana Célia Pinheiro, titular do blog A Perereca da Vizinha;
A Saída de Charles
Jurei que não ia me meter nisso, devido ao meu envolvimento na campanha. Mas aí vai.
Informações seguras dão conta de que a saída de Charles Alcântara do Governo do Estado foi motivada por embates com o todo poderoso Puty.
Embora do outro lado do front, lamento a saída de Charles.Creio que a minha xará perdeu, definitivamente, o rumo.
Charles era, sabidamente, o sujeito com melhor jogo de cintura deste governo.
E eu até deveria ficar feliz, já que estou do outro lado.Mas, se assim fosse, não teria os amigos que tenho.
E eu considero Charles um amigo.
Bem vindo ao exílio, queridinho!
A Saída de Charles (2)
I Charles Alcântara teve, recentemente, três graves problemas de pressão.
Mas, não foram tais problemas que custaram a cabeça do ex-poderoso chefe da Casa Civil do Governo do Estado.Embora, talvez, essa seja a explicação mais simples para o Governo.
O xis da questão são, mesmo, as divergências internas da Democracia Socialista (DS), a minúscula tendência petista à qual pertence a governadora Ana Júlia Carepa.
“Há um racha na DS, uma divisão muito grande” – diz-me um histórico militante petista –“Antes, a Ana (a governadora) flutuava entre esses grupos. Mas, com a chegada ao poder, a coisa se acirrou. E hoje, o que estamos vendo é, aparentemente, até uma reconfiguração interna”.
A fonte acentua que a saída de Charles “coincide” com a definição das alianças municipais, para o próximo pleito.Uma definição de alto impacto nas eleições de 2010.
A condução do processo é feita pela Casa Civil.
E a tarefa, agora, ficará com Cláudio Puty, uma espécie de Simão Jatene do atual governo, em termos de acumulação de poder.
II O pomo da discórdia do mais recente round Charles x Puty, diz-me uma fonte bem situada, foi, justamente, o próximo pleito.
“Charles é um defensor ardoroso da aliança com o PMDB. Já o Puty defende a preponderância da DS, junto com o PT”, relata.
Quer dizer: Charles entende que é preciso “acarinhar” o PMDB, nas composições municipais, até pela complexidade do jogo político interiorano.
No interior, o PMDB prevalece – o que já seria de se esperar, pelo fato de ser o maior partido local e nacional.
Já o PT não possui tanta força no interior. Mesmo assim, insiste em manter a cabeça das composições, mesmo quando não possui condições objetivas para isso.
Quem pediu a saída de Charles foi a DS, o que significa que esse pensamento – da preponderância da corrente e do PT, no Governo e nas alianças municipais – é majoritário na tendência da governadora.
Ou seja: os tucanos podem começar a soltar foguetes. Porque se há um papel que os peemedebistas não sabem representar é o de mulher traída. Eles, simplesmente, antecipam a traição...
III Avessa a discussões públicas sobre as disputas internas, a DS, obviamente, nega, de pés juntos, os embates entre Charles e Puty.
Mas, gente bem situada no Governo diz que isso, de há muito, era visível. “Há um mês já havia rumores de que o Charles ia sair ou cair”, conta um secretário de Estado, que também confirma a crescente influência de Puty junto à governadora.
Para os olhos menos atentos, porém, diz-me outro integrante do Governo, nada levava a suspeitar da profundidade das disputas entre Charles e Puty, os dois homens-fortes da administração de Ana Júlia.
“De vez em quando, no Palácio, eles (Charles e Puty) tinham divergências” – relata a fonte – “E a gente via que a Ana trazia os dois, um de cada lado. E a impressão que passava era a de que eram, na verdade, complementares e não assim tão opostos”.
Em verdade, no início do governo, eram três os homens-fortes de Ana Júlia.
Além de Charles e Puty, havia Carlos Guedes, hoje no MDA, e na época o czar do Planejamento.Guedes foi a primeira cabeça coroada a tombar, na queda-de-braço com Puty – que, dizem as más línguas, não se furta a táticas rasteiras, para obter o que quer.
Mas, antes de emplacar, no lugar de Guedes na Sepof, alguém de sua própria confiança, Puty também já conquistara outra peça importante do tabuleiro: a CCS - então Coordenadoria, hoje Secretaria de Comunicação.
Na época, Puty conseguiu defenestrar uma petista histórica – a jornalista Fátima Gonçalves, ligada a Charles. E emplacou no lugar dela o também jornalista Fábio Castro, um intelectual sem qualquer experiência do cotidiano das redações, mas de sua absoluta confiança.
Quer dizer: desde o início do Governo, Puty abocanhou a Comunicação e o Planejamento. Agora, emplaca a si mesmo na Casa Civil, além de emplacar, na Secretaria de Governo que até então ocupava, a própria adjunta.Como a Sefa também pertence a um aliado de Puty, ele conseguiu se transformar, efetivamente, numa espécie de Rasputin do Governo Estadual.
Ou, como brinca um petista, “o Puty, agora, é o próprio Luís XIV, com a sua antológica frase: o Estado sou eu”...
IV Charles e Guedes estavam com Ana Júlia ainda durante a campanha.
Puty chegou depois, já após a transição e durante a montagem do governo.Conta-se que foi apresentado à Ana Júlia pelos irmãos Marcílio e Maurílio Monteiro, ex-marido e ex-cunhado da governadora.
Os irmãos o apresentaram como um antigo militante de esquerda, que passara muito tempo na Europa.Diz-me alguém que, a exemplo de Ana Júlia, também a origem de Puty foi o movimento estudantil.
Mas, eles não pertenciam às mesmas correntes. Puty teria integrado a Força Socialista.
Ana, desde muito jovem, foi militante do Partido Revolucionário Comunista (PRC).
Boa parte da DS, aliás, tem origem no PRC; outro tanto, veio da Força (que era comandada, em Belém, pelo ex-prefeito Edmilson Rodrigues), quando essa corrente implodiu.
Em comum, DS e Força sempre tiveram o ranço autoritário da origem leninista. Ou a “leveza” do atual trotskismo, como apontam, ferinamente, os adversários do próprio PT...
V Na bolsa de apostas, há quem acredite que a saída de Charles pode significar, também, a queda de outros integrantes do governo, talvez próximos demais a ele, para o gosto de Puty.Seria, talvez, o caso de Edilza Fontes. Mas Edilza tem uma ligação de amizade antiga com Ana Júlia, desde os tempos do PRC e da “Caminhando”, o braço do partido no movimento estudantil, naqueles tempos bicudos da ditadura militar.
Outra que poderia ser afetada seria Suely Oliveira, ex-Força Socialista e também ligadíssima a Charles Alcântara.
Mas, nesse caso, observa um petista histórico, a situação de complicaria para a governadora, uma vez que Suely é o único quadro da DS que possui, efetivamente, base popular.
A DS, é claro, tentará descer rapidamente o pano, abafando o mais possível a queda de Charles Alcântara.
Mas, o fato, é que, assim como a saída de Guedes, a queda de Charles tende, também, a arranhar a imagem do governo.
Quem sabe, até dificultando as negociações com os partidos da base aliada, num momento crucial: a ante-sala do grande jogo de 2010.
Guedes desmontou várias das armadilhas deixadas pelos tucanos no caminho do novo governo e tinha excelente capacidade de negociação, inclusive com adversários.
Charles é igualmente macio, embora mais esperto – na verdade, mais “político”.
Aquando dos expurgos promovidos pelo antagonista, fingiu-se de morto.
Negociava com atenienses, persas e espartanos, mas, também, sabia falar grosso – vide a “vacinação” antecipada a possíveis vinculações dos petistas com Chico Ferreira...
E, paradoxalmente, também demonstrava preocupação em, ao menos, pensar os limites éticos da ação política – coisa que o pragmatismo faz a esquerda, por vezes, esquecer.
Nada disso, porém, evitou a queda de Charles, o que talvez signifique uma mudança de rumo do governo, em várias frentes. E resta saber, apenas, qual será a próxima conquista do nosso Rasputin.
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O blog comenta: Quanto à repercussão política se a notícia for confirmada, a governadora, em primeira instância, tem a caneta na mão para escolher quem fica ou não na sua equipe.
Deixarei para analistas melhor credenciados o aprofundamento da questão.
Mas, incomoda-me no processo as promessas não cumpridas.
Os equívocos sucedem-se num ritmo de crise permanente. Desnecessário elencá-los.
Vários elementos menores são superlativizados pelos interesses do outro lado do balcão da disputa política.
Há um inegável desgaste e a justificativa da herança maldita tucana esvaziou-se.
A governadora é uma política experiente, acostumada à adversidades.
Se confirmado a saída de colaborador desse quilate, vejo problemas sérios pela frente para a governadora.
Ressalto que é um péssimo momento para a saída do Dr. Charles, ainda mais na véspera do "Abril Vermelho".
Será Puty o salvador da lavoura anônimo?
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Operação Arco do Fogo
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Zenaldo denuncia ações que inviabilizam a produção no Pará
O deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), denunciou sua preocupação com os últimos acontecimentos no Pará. "Mina preocupação é gravíssima com o que está ocorrendo neste momento no Estado do Pará, precisamente no Município de Parauapebas, com a invasão de mais de 1500 manifestantes do Movimento dos Sem-Terra perto da mina e da ferrovia de Carajás, da mineradora Vale", denunciou.
O parlamentar paraense disse que o movimento, a mobilização no local é de longo prazo e exige da Vale que cumpra com suas obrigações de responsabilidade social e ambiental, além do pagamento de royalties. De acordo com Coutinho o MST, ontem, a polícia paraense estava barrando a entrada de ônibus e carros no município. Mas, depois, veículos conseguiram entrar em Parauapebas.
A Vale emitiu nota ontem sobre o assunto e informa que a Justiça, na forma da lei, concedeu o interdito proibitório e uma medida liminar que visam a proteger as instalações da Vale, inclusive as que prestam serviços públicos para a população em todo o País, notadamente em Parauapebas e Marabá. "Estamos tendo um agravamento, um acirramento de situações no campo, neste caso específico pela mobilização do Movimento dos Sem-Terra. Mas também há agravamento em outras regiões do Pará e, com certeza, ocorrerão na Amazônia em razão das operações que lá estão ocorrendo", referindo-se à mobilização para o chamado "Abril Vermelho", e a operação "Arco do Fogo", do governo federal.
O parlamentar paraense disse que o movimento, a mobilização no local é de longo prazo e exige da Vale que cumpra com suas obrigações de responsabilidade social e ambiental, além do pagamento de royalties. De acordo com Coutinho o MST, ontem, a polícia paraense estava barrando a entrada de ônibus e carros no município. Mas, depois, veículos conseguiram entrar em Parauapebas.
A Vale emitiu nota ontem sobre o assunto e informa que a Justiça, na forma da lei, concedeu o interdito proibitório e uma medida liminar que visam a proteger as instalações da Vale, inclusive as que prestam serviços públicos para a população em todo o País, notadamente em Parauapebas e Marabá. "Estamos tendo um agravamento, um acirramento de situações no campo, neste caso específico pela mobilização do Movimento dos Sem-Terra. Mas também há agravamento em outras regiões do Pará e, com certeza, ocorrerão na Amazônia em razão das operações que lá estão ocorrendo", referindo-se à mobilização para o chamado "Abril Vermelho", e a operação "Arco do Fogo", do governo federal.
O deputado esclareceu que um município do Pará recebeu a operação "Arco de Fogo" — Município de Tailândia —, onde muitas apreensões foram feitas, onde houve a paralisação do setor madeireiro. É bom que se evidencie que há bons e maus empresários. Certamente, em todas as atividades existem bons e maus. O problema é que, com a falta de liberação dos planos de manejo, a própria inércia do Governo leva todos à ilegalidade.
Para se ter idéia do que aconteceu com a paralisação das atividades econômicas, a Força Nacional, a Polícia Federal e o IBAMA já estavam em outro município, como estão hoje em Paragominas. Porém, parte dessa força teve que retornar a Tailândia porque estão havendo saques nos supermercados e invasões de terras generalizadas, promovidos hoje pelos desempregados do setor madeireiro.
Aenaldo Coutinho levantou a questão hoje numa audiência pública em que estiveram presentes a Ministra do Meio Ambiente e o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, porque o Governo deve agir com as políticas e as ações de comando e controle e também deve entrar com incentivos à atividade alternativa para a economia da região. Estamos tendo a repressão e não estamos tendo uma compensação para aquela população, e certamente isso vai originar desordem, caos econômico e caos social.
Para o deputado essa preocupação tem que ser evidenciada porque o Governo é responsável pelas conseqüências, que já estão ocorrendo na região. Levanto o alerta, como levantei hoje à Ministra. Há alternativas. O Município de Paragominas, que está sendo objeto de uma operação hoje, tem alternativa apresentada, assinou protocolo com a Secretária de Meio Ambiente do Estado e apresentou um grande modelo para a Amazônia de "desmatamento zero" com comprometimento de diferentes setores: parceria do Governo do Estado, Prefeitura do município e entidades privadas dos produtores.
"Não podemos contaminar esse modelo com as ações repressivas que lá estão ocorrendo. É importante que tenhamos alternativas econômicas e sociais para a Amazônia. Há de se lembrar que lá existem milhões de pessoas. Toda essa gente precisa ter o amparo institucional do Governo. Não podemos levar todos à marginalidade, à clandestinidade, à ilegalidade", concluiu o parlamentar.
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Marina Silva diz que sem repressão desmatamento continuará em curva ascendente
J. Batista
Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva que questionou a "unanimidade" no Congresso contra as ações de comando e controle desencadeadas na Amazônia através da Operação "Arco do Fogo", em audiência pública hoje na Câmara dos Deputados, as críticas não procedem: "Existem muitas contradições e diferentes olhares. Isto mostra que, de fato, o problema ambiental na região Amazônica ainda está sem solução".
A audiência foi realizada pela Comissão da Agricultura com o objetivo de discutir a situação dos Estados que estão incluídos no Arco do Fogo e as medidas adotadas pelo Governo Federal no sentido de conter o desmatamento na região Amazônica.
Questionada sobre as inquietações no que diz respeito à incapacidade de o Estado gerir as políticas públicas ambientais e com relação às medidas adotadas pelo Governo Federal desde que qualificaram 36 municípios como os que mais desmataram. Parlamentares de diferentes bancadas estaduais discutiram e cobraram da ministra Marina Silva uma posição acerca das ações punitivas e da presença da Polícia Federal, do Incra na região inviabilizando o setor produtivo, engessando o desenvolvimento regional e criminalizando produtores rurais e empresários do setor madeireiro.
Apesar de terem questionado e sustentado seus posicionamentos, a ministra Marina Silva reagiu aos questionamentos criticando a unanimidade dos parlamentares: "esta unanimidade não se traduz em ação prática. Precisamos definir um caminho de volta para a legalidade. É preciso estender e ampliar o debate", sem apresentar, no entanto, uma saída para o impasse criado com a repressão desencadeada pelo governo federal num município que sequer está na lista dos maiores desmatadores.
Em Tailândia, no Pará, tão logo os agentes de repressão da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança e do Ibama arredaram o pé, um "onda" de saques à supermercados, lojas e invasões de terras foram desencadas por grupos que dizem estar sem alternativa de sobrevivência após as demisssões ocorridas na operação de fiscalização, apreensão e prisões.
O deputado federal Zequinha Marinho (PMDB/PA) questionou: "tem de haver equilíbrio entre ações que instrumentalizem o Estado a atingir a legalidade e entre ações que punam. Por enquanto, o Governo só pune. Eu não acredito que o Governo esteja dialogando. Ele já definiu sua estratégia e forma de atuação acerca da questão ambiental. Vejo isto de forma negativa para o Estado paraense e para o Brasil. Se dialogar é decretar, então não está havendo diálogo".
Colaborou: Fernanda Vasques
Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva que questionou a "unanimidade" no Congresso contra as ações de comando e controle desencadeadas na Amazônia através da Operação "Arco do Fogo", em audiência pública hoje na Câmara dos Deputados, as críticas não procedem: "Existem muitas contradições e diferentes olhares. Isto mostra que, de fato, o problema ambiental na região Amazônica ainda está sem solução".
A audiência foi realizada pela Comissão da Agricultura com o objetivo de discutir a situação dos Estados que estão incluídos no Arco do Fogo e as medidas adotadas pelo Governo Federal no sentido de conter o desmatamento na região Amazônica.
Questionada sobre as inquietações no que diz respeito à incapacidade de o Estado gerir as políticas públicas ambientais e com relação às medidas adotadas pelo Governo Federal desde que qualificaram 36 municípios como os que mais desmataram. Parlamentares de diferentes bancadas estaduais discutiram e cobraram da ministra Marina Silva uma posição acerca das ações punitivas e da presença da Polícia Federal, do Incra na região inviabilizando o setor produtivo, engessando o desenvolvimento regional e criminalizando produtores rurais e empresários do setor madeireiro.
Apesar de terem questionado e sustentado seus posicionamentos, a ministra Marina Silva reagiu aos questionamentos criticando a unanimidade dos parlamentares: "esta unanimidade não se traduz em ação prática. Precisamos definir um caminho de volta para a legalidade. É preciso estender e ampliar o debate", sem apresentar, no entanto, uma saída para o impasse criado com a repressão desencadeada pelo governo federal num município que sequer está na lista dos maiores desmatadores.
Em Tailândia, no Pará, tão logo os agentes de repressão da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança e do Ibama arredaram o pé, um "onda" de saques à supermercados, lojas e invasões de terras foram desencadas por grupos que dizem estar sem alternativa de sobrevivência após as demisssões ocorridas na operação de fiscalização, apreensão e prisões.
O deputado federal Zequinha Marinho (PMDB/PA) questionou: "tem de haver equilíbrio entre ações que instrumentalizem o Estado a atingir a legalidade e entre ações que punam. Por enquanto, o Governo só pune. Eu não acredito que o Governo esteja dialogando. Ele já definiu sua estratégia e forma de atuação acerca da questão ambiental. Vejo isto de forma negativa para o Estado paraense e para o Brasil. Se dialogar é decretar, então não está havendo diálogo".
Colaborou: Fernanda Vasques
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No sufôco, madeireiros vão à Brasília negociar saída para eminente falência do setor
Governo pratica ditadura ambiental no Pará, diz presidente de sindicato
Luís Carlos Tremonte, do Simaspa, vai a Brasília propor soluções para a crise e diz que a governadora Ana Júlia traiu o setor florestal paraense ao colocar Força Nacional contra as empresas.
"Vivemos na prática uma ditadura ambiental no Pará, onde os empresários são tratados como bandidos sem qualquer direito a defesa. Nunca antes vimos indústrias sendo desmontadas e levadas embora pela polícia, sem qualquer processo judicial". A declaração é do empresário Luís Carlos Tremonte, presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Sudoeste do Pará (Simaspa). Esta semana, Tremonte está em Brasília para mais uma tentativa, junto ao governo federal, de solucionar a crise vivida pelo setor há quatro anos.
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Fonte: Eco Amazônia
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Uma nova Tailândia a caminho
A poucos dias do início das ações dos agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública no Mato Grosso, o clima no norte do estado é de apreensão e revolta. Os madeireiros da região prevêem reação da população e anunciam que irão demitir funcionários quando a operação Arco de Fogo tiver início. O empresário Rogério Luiz Rodrigues, que já foi autuado pelo Ibama acusado de extração ilegal de madeira, afirmou que as cenas vistas em Tailândia (PA), com ataques a fiscais e policiais, podem se repetir no estado do Centro-Oeste. Rogério Rodrigues disse hoje que já está com o aviso prévio em mãos para demitir 40 trabalhadores, dos 50 que emprega na Madevale, madeireira de sua propriedade que fica em Sinop (MT).
“Aqui não vai ser diferente de Tailândia. A reação das pessoas pode se dar da mesma forma. Não sei se vai ser brutal. O governo está impondo regras muito duras para a extração de madeira. Para onde vão os funcionários que irão perder seus empregos? Espero que não ocorra violência”, diz Rodrigues. O empresário é dono do grupo a Vale do Rio do Peixe Madeireiro e foi autuado várias vezes pelo Ibama. A última multa aplicada em sua empresa, a Vale do Rio do Peixe Madeireiro, foi de R$ 90 mil, por ter sido constatado que o número de toras em estoque era diferente do registrado na contabilidade. Ele alegou que, quando se transforma tora em madeira serrada (ripa, por exemplo), há uma perda de até 50% do produto bruto.
O madeireiro é integrante da Comissão de Meio Ambiente da Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Femato). Ele já participou de várias edições da Conferência Nacional do Meio Ambiente, que reúne ambientalistas e defensores dessa causa. Mas ele não vê qualquer contradição em atuar num meio de defensores do meio ambiente e ser um madeireiro alvo de seguidas autuações. “Acho isso muito normal. Não fiz nada de mais. Ser madeireiro não significa destruir o meio ambiente. Pelo contrário, para nós é preciso preservá-lo para a gente sobreviver”, opina. Segundo Rogério, em todos os dezenove municípios do Mato Grosso que estão na lista dos 36 mais devastadores da Amazônia, impera um clima de indignação com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva proibindo atividades com madeira nessas localidades.
Fonte: Correio Braziliense
“Aqui não vai ser diferente de Tailândia. A reação das pessoas pode se dar da mesma forma. Não sei se vai ser brutal. O governo está impondo regras muito duras para a extração de madeira. Para onde vão os funcionários que irão perder seus empregos? Espero que não ocorra violência”, diz Rodrigues. O empresário é dono do grupo a Vale do Rio do Peixe Madeireiro e foi autuado várias vezes pelo Ibama. A última multa aplicada em sua empresa, a Vale do Rio do Peixe Madeireiro, foi de R$ 90 mil, por ter sido constatado que o número de toras em estoque era diferente do registrado na contabilidade. Ele alegou que, quando se transforma tora em madeira serrada (ripa, por exemplo), há uma perda de até 50% do produto bruto.
O madeireiro é integrante da Comissão de Meio Ambiente da Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Femato). Ele já participou de várias edições da Conferência Nacional do Meio Ambiente, que reúne ambientalistas e defensores dessa causa. Mas ele não vê qualquer contradição em atuar num meio de defensores do meio ambiente e ser um madeireiro alvo de seguidas autuações. “Acho isso muito normal. Não fiz nada de mais. Ser madeireiro não significa destruir o meio ambiente. Pelo contrário, para nós é preciso preservá-lo para a gente sobreviver”, opina. Segundo Rogério, em todos os dezenove municípios do Mato Grosso que estão na lista dos 36 mais devastadores da Amazônia, impera um clima de indignação com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva proibindo atividades com madeira nessas localidades.
Fonte: Correio Braziliense
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Operação Arco do Fogo
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Cadê a madeira? O gato comeu
Cerca de 5 mil m³ de toras escondidos a 30km do centro de Tailândia foram retirados antes de ação de policiais federais e fiscais do Ibama
Os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não encontraram nem rastro de uma imensa carga de madeira que estava escondida além da margem esquerda do Rio Moju, a cerca de 30km do centro de Tailândia, no Pará, onde está sendo realizada a maior operação de repressão ao desmatamento da Amazônia. Quando o helicóptero do Ibama sobrevoou a área, os agentes perceberam que nada mais havia no local. Na semana passada, as autoridades do governo avaliaram que madeireiros tinham escondido no local pelo menos 5 mil m³, carga que encheria 250 caminhões.
A operação frustrada de apreensão da madeira perto do Rio Moju foi mais uma trapalhada do Ibama, que na operação Arco de Fogo tem atuado com muito amadorismo, na opinião de alguns policiais federais que participam da ação. Na segunda-feira, ao se dirigir à primeira madeireira que seria fiscalizada, os agentes do Ibama passaram pela DK Madeiras — o alvo planejado com semanas de antecedência — e foram bater na Madeireira Segredo, cerca de 500m à frente. Descoberto o erro, recuaram até a DK, na rodovia PA-150. Cada erro desses dá um grande trabalho à Polícia Federal e à Força Nacional de Segurança, que acompanham os agentes do Ibama. São obrigados a parar o trânsito, a manobrar seus carros e a guardar as armas.
Os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não encontraram nem rastro de uma imensa carga de madeira que estava escondida além da margem esquerda do Rio Moju, a cerca de 30km do centro de Tailândia, no Pará, onde está sendo realizada a maior operação de repressão ao desmatamento da Amazônia. Quando o helicóptero do Ibama sobrevoou a área, os agentes perceberam que nada mais havia no local. Na semana passada, as autoridades do governo avaliaram que madeireiros tinham escondido no local pelo menos 5 mil m³, carga que encheria 250 caminhões.
A operação frustrada de apreensão da madeira perto do Rio Moju foi mais uma trapalhada do Ibama, que na operação Arco de Fogo tem atuado com muito amadorismo, na opinião de alguns policiais federais que participam da ação. Na segunda-feira, ao se dirigir à primeira madeireira que seria fiscalizada, os agentes do Ibama passaram pela DK Madeiras — o alvo planejado com semanas de antecedência — e foram bater na Madeireira Segredo, cerca de 500m à frente. Descoberto o erro, recuaram até a DK, na rodovia PA-150. Cada erro desses dá um grande trabalho à Polícia Federal e à Força Nacional de Segurança, que acompanham os agentes do Ibama. São obrigados a parar o trânsito, a manobrar seus carros e a guardar as armas.
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Operação Arco do Fogo
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Se não é intervenção é o que?
Em apoio ao Superintendente Regional do Trabalho do Pará, Fernando Coimbra, o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) indagou:
- Se não é intervenção no Pará o que o governo federal está fazendo no Pará. O que é então?
Queiroz lembrou o caso dos ataques de bandos criminosos no Rio de Janeiro em que o governo estadual fluminense recusou ajuda da força nacional de segurança. Recusou porque é prerrogativa do Estado recusar, senão é intervenção branca, comparou.
O deputado não soube informar se a ação da Força Nacional foi requisitada pela governadora Ana Júlia Carepa. "Se não foi é intervenção. Aliás, esse governo está acostumado a intervir de forma policialesca sempre que acontece algum fato de repercussão internacional, como o assassinato da irmã Dorothy. Mas, política efetiva para resolver os problemas da região, tudo está no papel e trancado dentro de uma gavêta".
Onde estão os Distritos Florestais Sustentáveis, as ações de regularização fundiárias, o investimento em infra-estrutura para os projetos de assentamento, a garantia de preço mínimo da safra, a liberação de planos de manejo sustentável, a titulação de propriedades, o asfaltamento da Transamazônica, as eclusas de Tucuruí, a hidrovia Araguaia-Tocantins, a compensação mineral justa no setor social das empresas que atuam na região, Cadê? Pergunta o deputado?
Na avaliação do parlamentar, o superintendente fez uma defesa à presenvação dos empregos formais . "São 3 mil empregos formais que serão fulminados com essa ação. É sempre assim: o governo federal está sempre ausente e, quando se faz presente é com força policial, prendendo, desempregando e engessando o setor produtivo na Amazônia, por falta de um projeto de desenvolvimento sustentável que não existe", criticou.
- Se não é intervenção no Pará o que o governo federal está fazendo no Pará. O que é então?
Queiroz lembrou o caso dos ataques de bandos criminosos no Rio de Janeiro em que o governo estadual fluminense recusou ajuda da força nacional de segurança. Recusou porque é prerrogativa do Estado recusar, senão é intervenção branca, comparou.
O deputado não soube informar se a ação da Força Nacional foi requisitada pela governadora Ana Júlia Carepa. "Se não foi é intervenção. Aliás, esse governo está acostumado a intervir de forma policialesca sempre que acontece algum fato de repercussão internacional, como o assassinato da irmã Dorothy. Mas, política efetiva para resolver os problemas da região, tudo está no papel e trancado dentro de uma gavêta".
Onde estão os Distritos Florestais Sustentáveis, as ações de regularização fundiárias, o investimento em infra-estrutura para os projetos de assentamento, a garantia de preço mínimo da safra, a liberação de planos de manejo sustentável, a titulação de propriedades, o asfaltamento da Transamazônica, as eclusas de Tucuruí, a hidrovia Araguaia-Tocantins, a compensação mineral justa no setor social das empresas que atuam na região, Cadê? Pergunta o deputado?
Na avaliação do parlamentar, o superintendente fez uma defesa à presenvação dos empregos formais . "São 3 mil empregos formais que serão fulminados com essa ação. É sempre assim: o governo federal está sempre ausente e, quando se faz presente é com força policial, prendendo, desempregando e engessando o setor produtivo na Amazônia, por falta de um projeto de desenvolvimento sustentável que não existe", criticou.
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Operação Arco do Fogo
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Tensão no Pará
Madeireiros reagem
Cerca de 10 mil pessoas da região de Tailândia, no sul do estado, se postaram à frente de serrarias para impedir a remoção de 15 mil metros cúbicos de madeira ilegal. PF decide adiar operação na Amazônia
A reação de madeireiros do município de Tailândia, no sul do Pará, à remoção de 15 mil metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente e confiscada na semana passada levou ontem a Polícia Federal a adiar o lançamento da Operação Arco do Fogo, que seria desencadeada amanhã em 11 regiões da Amazônia Legal. A ação foi concebida para combater o desmatamento e a extração ilegal de madeira. No final da tarde, o setor de inteligência da PF detectou um movimento iniciado pela manhã pelos proprietários de serrarias da região, que poderia ter reflexos sociais, como a ameaça de demissão de 15 mil trabalhadores em madeireiras da região de Tailândia.
Além disso, uma torre de telefonia celular foi derrubada e parte de uma estrada bloqueada pelos manifestantes. A intenção do movimento é pressionar os governos paraense e federal a terminar as ações contra o desmatamento, que começaram na semana passada com a apreensão da madeira ilegal — a quantidade daria para encher cerca de 500 caminhões.
"Estamos postergando a operação, mas ela irá acontecer", garantiu o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, que foi informado dos acontecimentos por um grupo de inteligência policial que já está atuando em vários estados da Amazônia. Segundo ele, os recursos estão garantidos e serão repassados no momento que a ação for desencadeada. Serão movimentados cerca de 800 homens, entre integrantes da própria instituição, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública. O governo pretende fechar parte da Amazônia, principalmente onde foram detectados os principais focos de desmatamento, como no Pará.
Ameaças
"Tivemos que deixar Tailândia só com a roupa do corpo", contou ontem, à Agência Globo, a fiscal da Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema) Deuza Aquino, que ficou em cárcere privado por duas horas, com outros quatro colegas, dentro da serraria Tailaminas Plac Ltda., pertencente a Flávio Sufredini, onde foram apreendidos 822 metros cúbicos de madeira em tora. Os fiscais somente foram resgatados após a chegada do batalhão de choque da Polícia Militar e levados sob escolta policial para o município de Goianésia.
Os madeireiros ameaçavam tocar fogo nos caminhões enviados ao município de Tailândia pelo governo do Pará para transportar a madeira até a capital do estado. Insufladas por empresários, cerca de 10 mil pessoas impediram o transporte da madeira, ocupando as portarias das serrarias do município e fazendo ameaças aos fiscais que comandavam a operação de retirada das toras cortadas ilegalmente, segundo constataram o Ibama e a Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema) na primeira etapa da operação Guardiões da Amazônia — ação do governo paraense que antecederia a deflagração do movimento da PF.
Populares chegaram a tocar fogo em pneus jogados sobre uma das pontes da rodovia PA-150, que corta Tailândia ao meio, para impedir que 15 caminhões contratados pelo governo do estado transportassem as toras de madeira apreendidas que estão guardadas nos pátios das próprias madeireiras.
Também foram fechados todos os acessos aos pátios das madeireiras Taiplac, Primavera e G.M Sufredini Industrial, as que sofreram as maiores baixas na operação Guardiões da Amazônia. Na madeireira Taiplac, os fiscais do Ibama encontraram mais de 5 mil metros cúbicos de toras armazenadas, todas cortadas ilegalmente.
Em operações anteriores, o Ibama apreendia a madeira, mas a deixava nos pátios das serrarias, com o próprio madeireiro como fiel depositário. Na maioria das vezes, a madeira era extraviada e muitas vezes retirada de forma legal graças a liminares obtidas na Justiça. (Correio Braziliense)
Cerca de 10 mil pessoas da região de Tailândia, no sul do estado, se postaram à frente de serrarias para impedir a remoção de 15 mil metros cúbicos de madeira ilegal. PF decide adiar operação na Amazônia
A reação de madeireiros do município de Tailândia, no sul do Pará, à remoção de 15 mil metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente e confiscada na semana passada levou ontem a Polícia Federal a adiar o lançamento da Operação Arco do Fogo, que seria desencadeada amanhã em 11 regiões da Amazônia Legal. A ação foi concebida para combater o desmatamento e a extração ilegal de madeira. No final da tarde, o setor de inteligência da PF detectou um movimento iniciado pela manhã pelos proprietários de serrarias da região, que poderia ter reflexos sociais, como a ameaça de demissão de 15 mil trabalhadores em madeireiras da região de Tailândia.
Além disso, uma torre de telefonia celular foi derrubada e parte de uma estrada bloqueada pelos manifestantes. A intenção do movimento é pressionar os governos paraense e federal a terminar as ações contra o desmatamento, que começaram na semana passada com a apreensão da madeira ilegal — a quantidade daria para encher cerca de 500 caminhões.
"Estamos postergando a operação, mas ela irá acontecer", garantiu o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, que foi informado dos acontecimentos por um grupo de inteligência policial que já está atuando em vários estados da Amazônia. Segundo ele, os recursos estão garantidos e serão repassados no momento que a ação for desencadeada. Serão movimentados cerca de 800 homens, entre integrantes da própria instituição, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública. O governo pretende fechar parte da Amazônia, principalmente onde foram detectados os principais focos de desmatamento, como no Pará.
Ameaças
"Tivemos que deixar Tailândia só com a roupa do corpo", contou ontem, à Agência Globo, a fiscal da Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema) Deuza Aquino, que ficou em cárcere privado por duas horas, com outros quatro colegas, dentro da serraria Tailaminas Plac Ltda., pertencente a Flávio Sufredini, onde foram apreendidos 822 metros cúbicos de madeira em tora. Os fiscais somente foram resgatados após a chegada do batalhão de choque da Polícia Militar e levados sob escolta policial para o município de Goianésia.
Os madeireiros ameaçavam tocar fogo nos caminhões enviados ao município de Tailândia pelo governo do Pará para transportar a madeira até a capital do estado. Insufladas por empresários, cerca de 10 mil pessoas impediram o transporte da madeira, ocupando as portarias das serrarias do município e fazendo ameaças aos fiscais que comandavam a operação de retirada das toras cortadas ilegalmente, segundo constataram o Ibama e a Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema) na primeira etapa da operação Guardiões da Amazônia — ação do governo paraense que antecederia a deflagração do movimento da PF.
Populares chegaram a tocar fogo em pneus jogados sobre uma das pontes da rodovia PA-150, que corta Tailândia ao meio, para impedir que 15 caminhões contratados pelo governo do estado transportassem as toras de madeira apreendidas que estão guardadas nos pátios das próprias madeireiras.
Também foram fechados todos os acessos aos pátios das madeireiras Taiplac, Primavera e G.M Sufredini Industrial, as que sofreram as maiores baixas na operação Guardiões da Amazônia. Na madeireira Taiplac, os fiscais do Ibama encontraram mais de 5 mil metros cúbicos de toras armazenadas, todas cortadas ilegalmente.
Em operações anteriores, o Ibama apreendia a madeira, mas a deixava nos pátios das serrarias, com o próprio madeireiro como fiel depositário. Na maioria das vezes, a madeira era extraviada e muitas vezes retirada de forma legal graças a liminares obtidas na Justiça. (Correio Braziliense)
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Ana Júlia vai enfrentar madeireiros
Publicado hoje no jornal Correio Braziliense, o protesto em Tailândia (PA) é encarado pelo jornal como um desafio da governadora.
Reagindo à pressão dos madeireiros da região de Tailândia, no sul do Pará, a governadora do estado, Ana Júlia Carepa, endureceu o discurso e afirmou que não recuará na decisão de retirar das empresas a madeira extraída ilegalmente e apreendida na quarta-feira da semana passada. “Não cederemos às pressões dos madeireiros. O compromisso do nosso governo é com todo o estado do Pará e não com aqueles que usam nosso solo apenas para extrair riqueza e depois abandoná-lo”, atacou Ana Júlia.
No último dia 13, uma megaoperação conjunta do governo do Pará e do Instituto Nacional dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resultou na apreensão de 10 mil metros cúbicos de madeira ilegal. Os madeireiros bloquearam a rodovia PA-150 com o objetivo de impedir a saída da madeira. Localizado a 240km da capital, Belém, o município de Tailândia é apontado como uma das 10 cidades mais violentas do Brasil e reúne grande número de serrarias e fornos para a produção de carvão.
Para tentar conter os ânimos e liberar a rodovia PA-150 em Tailândia, o comando da Polícia Militar destacou para o município uma guarnição aquartelada no município de Goianésia e, até o fechamento desta edição, ainda aguardava instruções da governadora para, se necessário, enviar um batalhão de choque da capital.
Reagindo à pressão dos madeireiros da região de Tailândia, no sul do Pará, a governadora do estado, Ana Júlia Carepa, endureceu o discurso e afirmou que não recuará na decisão de retirar das empresas a madeira extraída ilegalmente e apreendida na quarta-feira da semana passada. “Não cederemos às pressões dos madeireiros. O compromisso do nosso governo é com todo o estado do Pará e não com aqueles que usam nosso solo apenas para extrair riqueza e depois abandoná-lo”, atacou Ana Júlia.
No último dia 13, uma megaoperação conjunta do governo do Pará e do Instituto Nacional dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resultou na apreensão de 10 mil metros cúbicos de madeira ilegal. Os madeireiros bloquearam a rodovia PA-150 com o objetivo de impedir a saída da madeira. Localizado a 240km da capital, Belém, o município de Tailândia é apontado como uma das 10 cidades mais violentas do Brasil e reúne grande número de serrarias e fornos para a produção de carvão.
Para tentar conter os ânimos e liberar a rodovia PA-150 em Tailândia, o comando da Polícia Militar destacou para o município uma guarnição aquartelada no município de Goianésia e, até o fechamento desta edição, ainda aguardava instruções da governadora para, se necessário, enviar um batalhão de choque da capital.
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