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...A resposta do governo para o desmatamento

A fala do Comando e Controle, segundo a ótica da Ministra Marina Silva e sua equipe.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou nesta quarta-feira (9) as ações que o governo vem implementando para conter a tendência de aumento do desmatamento na Amazônia, detectada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no segundo semestre de 2007. "Neste momento, nosso foco é não permitir que se perca três anos de governança ambiental no País", afirmou, durante audiência pública conjunta nas Comissões de Agricultura, Meio Ambiente e da Amazônia; Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, na Câmara dos Deputados.

Marina Silva lembrou que o governo conseguiu reduzir o desmatamento de 27 mil quilômetros quadrados, em 2004, para 11 mil quilômetros quadrados, em 2007 - patamar semelhante ao registrado no início da década de 90. "Conseguimos isso a duras penas. Se a gente andar para trás será um prejuízo muito grande", ressaltou. Segundo a ministra, mais do que combater práticas insustentáveis do passado, é preciso assumir o compromisso de construir uma nova agenda para a Amazônia. "É preciso que sejam absorvidos os custos de fazer bem feito, porque os custos de fazer mal feito nós já conhecemos e são muito maiores e muito piores do ponto de vista ambiental, social e até político".

A ministra fez questão de ressaltar, no entanto, que não defende a ausência de atividades econômicas na Amazônia, e sim que a região seja um espaço para atividades econômicas diversificadas, ambientalmente sustentáveis e socialmente justas. "A equação que temos que responder neste século é: como promover o desenvolvimento econômico com preservação ambiental e como promover a preservação ambiental com desenvolvimento econômico", disse.

O secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, destacou que as ações do governo passam por cinco diretrizes: valorização da floresta, ordenamento fundiário e territorial; planejamento estratégico da infra-estrutura, monitoramento e controle ambiental, melhor uso das áreas desmatadas. Entre as medidas já adotadas estão a elaboração de uma lista com os 36 municípios com maior índice de desmatamento, a suspensão das atividades florestais nessas localidades, o embargo das áreas irregularmente desmatadas, o recadastramento dos produtores rurais, a restrição de crédito aos produtores em situação ambiental irregular e ainda a co-responsabilidade da cadeia produtiva.

Capobianco antecipou que um dos próximos passos será a entrada, na Justiça, com 51 ações civis públicas contra desmatadores ilegais da Amazônia. Serão as primeiras de um lote total de 150 que devem ser encaminhadas até junho. O objetivo é responsabilizar juridicamente aqueles que derrubam ilegalmente a floresta e garantir a reparação dos danos ambientais causados nas áreas. "Queremos punição exemplar aos desmatadores", acrescentou o secretário.

O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, apresentou aos parlamentares o sistema de monitoramento da Amazônia por satélite. Ele comunicou que de novembro de 2006 a maio de 2007 foram identificados 346 pontos de alerta na Amazônia. Em novembro e dezembro de 2007, meses em que o Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter) registrou avanços no desmatamento, o número de alerta foi de 421. De acordo com Câmara, dos 40 pontos checados em campo pelo Inpe em fevereiro, quatro apresentam início de degradação e 36 tinham corte raso, ou seja, desmatamento total.

Câmara esclareceu que o trabalho do Inpe é de longo prazo, porém reconhecido nacional e internacionalmente. Ele destacou que tanto a revista Science, uma das principais publicações científicas do mundo, quanto a Academia Brasileira de Ciência manifestaram recentemente total confiança na capacidade e integridade científica do Inpe e em seu sistema de monitoramento na Amazônia. "Temos o apoio substancial da comunidade científica internacional", finalizou.


Desmatamento — Visões diferentes de um mesmo problema

J. Batista





















Dentro do próprio governo federal impera a divergência no tratamento das políticas adequadas para a diminuição do desmatamento.

Ficou claro a posição divergente entres os titulares da pasta do Meio Ambiente e Agricultura e Abastecimento. A diferença é conceitual em relação ao que é Bioma Amazônia e Amazônia Legal.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, acredita que há uma distorção na definição do que é bioma amazônico e (Amazônia Legal veja levantamento do blog) que ocupa 61% do território nacional e abriga 15 milhões de km² de área de Cerrado.

Segundo ele, em termos ambientais, não existe Amazônia Legal, porque a região abrange vários biomas. Ele lembrou que a Sudam criou esse conceito para efeito de planejamento econômico, mas ele passou a ser usado de forma indiscriminada.

Stephanes afirmou que é necessário distinguir os dois conceitos para que o entendimento de diferentes setores do governo seja o mesmo em relação a estatísticas, por exemplo.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, discordou. Ela disse que, se o conceito foi usado para levar incentivos para a região amazônica, também deve ser usado para corrigir os problemas provocados naquela região.

Os dois ministros participam de audiência pública sobre o desmatamento na Amazônia. O evento foi promovido pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.

Marina Silva diz que sem repressão desmatamento continuará em curva ascendente

J. Batista













Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva que questionou a "unanimidade" no Congresso contra as ações de comando e controle desencadeadas na Amazônia através da Operação "Arco do Fogo", em audiência pública hoje na Câmara dos Deputados, as críticas não procedem: "Existem muitas contradições e diferentes olhares. Isto mostra que, de fato, o problema ambiental na região Amazônica ainda está sem solução".

A audiência foi realizada pela Comissão da Agricultura com o objetivo de discutir a situação dos Estados que estão incluídos no Arco do Fogo e as medidas adotadas pelo Governo Federal no sentido de conter o desmatamento na região Amazônica.

Questionada sobre as inquietações no que diz respeito à incapacidade de o Estado gerir as políticas públicas ambientais e com relação às medidas adotadas pelo Governo Federal desde que qualificaram 36 municípios como os que mais desmataram. Parlamentares de diferentes bancadas estaduais discutiram e cobraram da ministra Marina Silva uma posição acerca das ações punitivas e da presença da Polícia Federal, do Incra na região inviabilizando o setor produtivo, engessando o desenvolvimento regional e criminalizando produtores rurais e empresários do setor madeireiro.

Apesar de terem questionado e sustentado seus posicionamentos, a ministra Marina Silva reagiu aos questionamentos criticando a unanimidade dos parlamentares: "esta unanimidade não se traduz em ação prática. Precisamos definir um caminho de volta para a legalidade. É preciso estender e ampliar o debate", sem apresentar, no entanto, uma saída para o impasse criado com a repressão desencadeada pelo governo federal num município que sequer está na lista dos maiores desmatadores.

Em Tailândia, no Pará, tão logo os agentes de repressão da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança e do Ibama arredaram o pé, um "onda" de saques à supermercados, lojas e invasões de terras foram desencadas por grupos que dizem estar sem alternativa de sobrevivência após as demisssões ocorridas na operação de fiscalização, apreensão e prisões.

O deputado federal Zequinha Marinho (PMDB/PA) questionou: "tem de haver equilíbrio entre ações que instrumentalizem o Estado a atingir a legalidade e entre ações que punam. Por enquanto, o Governo só pune. Eu não acredito que o Governo esteja dialogando. Ele já definiu sua estratégia e forma de atuação acerca da questão ambiental. Vejo isto de forma negativa para o Estado paraense e para o Brasil. Se dialogar é decretar, então não está havendo diálogo".

Colaborou: Fernanda Vasques

Setor produtivo da Amazônia quer audiência com Lula

J.Batista












O setor produtivo da Amazônia articulou através de seus representantes na Câmara e no Senado e setor madeireiro e agropecuário da Amazônia, logo após reunião com o presidente do Senado, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB/RN), solicitação de uma audiência com o objetivo de construir uma agenda de discussão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acerca das ações que compreendem a chamada operação "Arco do Fogo", em curso nos Estados de Rondônia, Pará e Mato Grosso, apontados pelo Inpe como os três estados campeões de desmatamento no Brasil.

Hoje, em audiência pública conjunta das Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - CAPADR, Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional - CAINDR e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CMADS, cuja pauta foi "O aumento do índice de desmatamento na Amazônia - suas causas e ações para combatê-las", foi ouvida a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Participaram da audiência como convidados: Gilberto Câmara Neto — Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Fernanda Rocha Pacheco — Delegada da Divisão de Combate e Repressão à Crimes Ambientais da Polícia Federal; Raimundo Lima —Diretor de Programas do Instituto de Colonização e Reforma Agrária —Incra; Carlos Fernandes Xavier — Presidente da Comissão Nacional para Assuntos da Amazônia Legal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA e Paulo de Tarso Caralo — Secretário de Política Agrária e Meio Ambiente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura — Contag.

Repressão — Marina Silva garantiu que as ações de Comando e Contrôle vão continuar e serão permanentes no âmbito da Amazônia Legal.

Para perplexidade de grande parte dos mais de 35 deputados federais presentes à audiência, a ministra não apresentou uma única proposta que substitua o atual modelo de exploração econômica na Amazônia considerado sem auto sustentabilidade.

Deputado Vic Pires pede informações sobre RBA

O deputado federal Vic Pires Franco (DEM-PA) acaba de pedir ao ministro das Comunicações Hélio Costa, que participa de audiência pública neste momento, assista ao vivo as informações denunciadas pela revista Veja sobre a sinecura concedida ao Grupo de Comunicação RBA que pertence ao colega Jader Barbalho (PMDB-PA) e sócios (todos parentes de 1º grau).

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