"Um homem que participou dos mais importantes momentos políticos do Brasil. Um socialista democrata, antenado no presente e sempre priorizando as reivindicações do movimentos sociais e do povo desassistido de seu Estado (Maranhão)", foi com essas palavras que o líder do PDT na Câmara dos Deputados, Giovanni Queiroz (PDT-PA) lamentou o falecimento do companheiro 1º vice-presidente do Diretório Nacional do PDT, ex-goverandor Jackson Lago, aos 76 anos, ontem, em São Paulo (SP).
Lago fazia um tratamento com quimioterapia para o câncer de próstata.
Segundo o hospital, onde ele estava internado desde o dia 30 de março, o governador morreu por falência de múltiplos órgãos.
Ele disputou o governo do Maranhão três vezes antes de se eleger ao cargo em 2006, ao derrotar Roseana Sarney (PMDB), sua adversária histórica.
Não chegou a terminar o mandato. Foi cassado pela Justiça Eleitoral em abril de 2009, por abuso de poder político. Resistiu em deixar o Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão, mas entregou o governo dizendo em discurso que voltaria.
Na eleição do ano passado, ele disputou novamente o governo, mas ficou em terceiro lugar. Foi derrotado por Roseana, que se elegeu no primeiro turno, e por Flávio Dino (PC do B).
Em maio de 2008, Lago foi denunciado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) sob acusação de participação no esquema de fraudes a obras públicas envolvendo a construtora Gautama.
A investigação do caso foi tornada pública em maio de 2007, com a Operação Navalha, da Polícia Federal. Na época, Lago negou ligação de seu governo com a construtora.
Médico de formação, também foi prefeito de São Luís por três mandatos (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002).
A atual governadora Roseana Sarney decretou luto oficial de três dias.
Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte. "Jackson Lago destacou-se, pela dedicação e competência, como homem público e também como médico e professor de medicina."
Na semana passada, Jackson Lago foi eleito por aclamação 1º vice-presidente nacional do PDT no Congresso da legenda, em Brasília (DF) que reelegeu o ministro do Trabalho em Emprego, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT.