Por Josias de Souza
Orçamento acirra ânimos entre governo e oposição Por ordem de Lula, o ministro Guido Mantega (Fazenda) concedeu há pouco uma entrevista para desdizer o que dissera na véspera. Mantega dera por encerrada a negociação com os governadores e com a oposição para viabilizar a votação do Orçamento de 2006 no Congresso. Insinuou que, sem orçamento, Brasília governaria por meio de medidas provisórias. Agora, o ministro diz que o entendimento prossegue. A meia-volta retórica de Mantega foi provocada por uma articulação comandada, desde Belo Horizonte, pelo governador mineiro Aécio Neves (PSDB). Pendurado ao telefone, Aécio discou para os colegas dos principais Estados. Negociava os termos de uma nota com duros ataques ao governo. O texto reservaria menções desairosas a Mantega. Informado sobre a movimentação do governador tucano de Minas, que colecionava adesões à sua declaração de guerra, o Planalto entrou no circuito, ordenando a Mantega que amenizasse o tom. Em conseqüência, Aécio parece der dado meia-trava na nota que pretendia divulgar ainda nesta quinta-feira. Ele recebeu um telefonema do próprio ministro da Fazenda. Guido Mantega assegurou-lhe que a negociação está de pé. Sob a coordenação de Aécio, os governadores puseram-se em pé de guerra por conta de uma decisão tomada no rastro das primeiras declarações de Mantega. O governo anunciou nesta véspera de Sexta-feira Santa que vai editar uma medida provisória liberando a bagatela de R$ 24 bilhões do Orçamento da União. A dinheirama vai para empresas estatais. O grosso (80%) beneficiará a Petrobras. O resto será dividido entre Eletrobras, Banco do Brasil e outras estatais. Na prática, a decisão reforça a estratégia do governo de executar o Orçamento de 2006, ainda pendente de votação no Congresso, por meio de medidas provisórias. Além da articulação de Aécio, que esteve na terça-feira no Congresso junto com mais oito governadores de Estado, houve reação imediata da oposição. O líder do PSDB na Câmara, Juthay Magalhães (BA), declarou guerra ao governo. "O governo demonstra que não quer acordo para aprovar o Orçamento e vai ter que arcar com as conseqüências”, disse Juthay. “Nós vamos criar um ambiente de beligerância absoluta no Congresso. Se depender de minha posição na bancada, a MP não será aprovada". O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), que ontem recebera, em missão de paz, uma visita do ministro Tarso Genro (Coordenação Política), declarou: “Isso demonstra a incapacidade do governo de negociar". Para Agripino, o governo não tem interesse em aprovar o Orçamento porque está sem recursos para cumprir promessas como o reajuste do salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda e o aumento do Bolsa Família. "O governo criou essas despesas, não tem fonte para arcar com elas e agora joga a culpa na oposição", alfinetou.
Nota: O governador do Pará, Simão Jatene, poderia falar e aparecer em cadeia de Rádio e TV para explicar como é essa guerra. É assunto de Estado. Explicar de maneira didática e direta ao povão que o Pará será muito prejudicado pela quebra de acordo patrocinado pelo governo federal.
Está perdendo uma oportunidade extraordinária (institucional) de explicar, como especialista da matéria, toda essa confusão que seus eleitores (maioria) não compreendem as conseqüências.
Orçamento acirra ânimos entre governo e oposição Por ordem de Lula, o ministro Guido Mantega (Fazenda) concedeu há pouco uma entrevista para desdizer o que dissera na véspera. Mantega dera por encerrada a negociação com os governadores e com a oposição para viabilizar a votação do Orçamento de 2006 no Congresso. Insinuou que, sem orçamento, Brasília governaria por meio de medidas provisórias. Agora, o ministro diz que o entendimento prossegue. A meia-volta retórica de Mantega foi provocada por uma articulação comandada, desde Belo Horizonte, pelo governador mineiro Aécio Neves (PSDB). Pendurado ao telefone, Aécio discou para os colegas dos principais Estados. Negociava os termos de uma nota com duros ataques ao governo. O texto reservaria menções desairosas a Mantega. Informado sobre a movimentação do governador tucano de Minas, que colecionava adesões à sua declaração de guerra, o Planalto entrou no circuito, ordenando a Mantega que amenizasse o tom. Em conseqüência, Aécio parece der dado meia-trava na nota que pretendia divulgar ainda nesta quinta-feira. Ele recebeu um telefonema do próprio ministro da Fazenda. Guido Mantega assegurou-lhe que a negociação está de pé. Sob a coordenação de Aécio, os governadores puseram-se em pé de guerra por conta de uma decisão tomada no rastro das primeiras declarações de Mantega. O governo anunciou nesta véspera de Sexta-feira Santa que vai editar uma medida provisória liberando a bagatela de R$ 24 bilhões do Orçamento da União. A dinheirama vai para empresas estatais. O grosso (80%) beneficiará a Petrobras. O resto será dividido entre Eletrobras, Banco do Brasil e outras estatais. Na prática, a decisão reforça a estratégia do governo de executar o Orçamento de 2006, ainda pendente de votação no Congresso, por meio de medidas provisórias. Além da articulação de Aécio, que esteve na terça-feira no Congresso junto com mais oito governadores de Estado, houve reação imediata da oposição. O líder do PSDB na Câmara, Juthay Magalhães (BA), declarou guerra ao governo. "O governo demonstra que não quer acordo para aprovar o Orçamento e vai ter que arcar com as conseqüências”, disse Juthay. “Nós vamos criar um ambiente de beligerância absoluta no Congresso. Se depender de minha posição na bancada, a MP não será aprovada". O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), que ontem recebera, em missão de paz, uma visita do ministro Tarso Genro (Coordenação Política), declarou: “Isso demonstra a incapacidade do governo de negociar". Para Agripino, o governo não tem interesse em aprovar o Orçamento porque está sem recursos para cumprir promessas como o reajuste do salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda e o aumento do Bolsa Família. "O governo criou essas despesas, não tem fonte para arcar com elas e agora joga a culpa na oposição", alfinetou.
Nota: O governador do Pará, Simão Jatene, poderia falar e aparecer em cadeia de Rádio e TV para explicar como é essa guerra. É assunto de Estado. Explicar de maneira didática e direta ao povão que o Pará será muito prejudicado pela quebra de acordo patrocinado pelo governo federal.
Está perdendo uma oportunidade extraordinária (institucional) de explicar, como especialista da matéria, toda essa confusão que seus eleitores (maioria) não compreendem as conseqüências.
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