Exposição de Pablo Picasso, no CCBB/DF

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São muitos os adjetivos que poderiam ser empregados para ajudar a descrever Pablo Picasso - mas não bastam para entender o impacto que o artista produziu no começo do século 20 e a importância que ele tem até hoje. É preciso entrar em contato com sua obra, chocar-se e maravilhar-se com a forma transgressora com a qual Picasso retratou o mundo. Essa oportunidade é realidade desde ontem, dia 30 e prossegue até o 7 de julho, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), de Brasilia, na exposição Pablo Picasso - Paixão e erotismo.
A exposição vem para substituir, na programação do CCBB, Erótica - Os sentidos na arte, cuja vinda à capital da República foi cancelada depois de polêmica envolvendo a obra Desenhando com terços, de Márcia X.
Pablo Picasso era um dos artistas presentes entre as mais de 100 obras de Erótica. Agora, numa mostra só para ele, a instituição apresentará 92 peças, entre litogravuras, águas-tinta e águas fortes. Criadas entre 1919 e 1972, as obras mostram as experiências e os desejos mais íntimos de Picasso, amante das mulheres e dono de uma imaginação riquíssima. É importante lembrar que, entre 1899 (quando fez sua primeira gravura, Elzurdo) e 1972 (ano anterior ao de sua morte), o espanhol produziu mais de 2.200 gravuras.
As peças vindas a Brasília pertencem ao colecionador de arte Pier Paolo Cimatti, residente em Milão e proprietário da Editora Torcular, voltada para a edição de gravuras e livros de arte. Em grande parte delas, é possível identificar características inconfundíveis do espanhol: traços geométricos e representação em três dimensões, mostrando simultaneamente diferentes aspectos de um mesmo objeto. Essa forma de criação chocou os conservadores e influenciou artistas no mundo inteiro - inclusive no Brasil.
De acordo com especialistas, Picasso (1881-1973) soube como ninguém deixar em suas gravuras uma mistura de confissão autobiográfica e fantasia, mostrando suas experiências e seus mais íntimos desejos, numa tentativa de deixar a mais completa documentação de si mesmo e de sua imaginação transbordante. Entre 1899 e 1972, o artista produziu cerca de 2.200 gravuras, passando pelo realismo dos primeiros anos e pelo cubismo que o consagrou no cenário mundial.
A primeira gravura do artista, El Zurdo, foi produzida em 1899. Ele tinha 18 anos e ainda vivia em Barcelona. Sua última obra desse estilo foi realizada em Moujins, no sul da França, em 25 de março de 1972, aos 90 anos. Nessas obras, Picasso pesquisou diversas técnicas, como a calcografia, a litografia e a gravura em metal.
Picasso é considerado o mais importante artista do século XX, pela qualidade, pela quantidade e pelo caráter sempre inovador e experimental de sua obra. Nascido em Málaga, na Espanha, aprendeu a pintar e a desenhar com o pai, copiando modelos clássicos. Era pintor, gravador, escultor, cenógrafo, ilustrador e cartazista. Em todas essas áreas deixou uma marca de inovação: inventou novas técnicas, incorporou materiais, introduziu colagens com jornais, letras e pregos na pintura e utilizou sucata em esculturas.
A exposição Picasso: Paixão e Erotismo, com curadoria de Fábio Magalhães, integra o Circuito Cultural Banco do Brasil, projeto desenvolvido pelo Banco do Brasil para promover o intercâmbio de manifestações culturais.
Picasso: Paixão e Erotismo
CCBB de Brasília
De 27 de maio a 7 de julho de 2006, de terça-feira a domingo, das 9h às 21h
Entrada franca
SCES Trecho 2, Lote 22 Tel.: (61) 3310-7087 E-mail: ccbbsb@bb.com.br
Imperdível!

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