PMDB do Rio de Janeiro defende Garotinho

Diretório desmente reportagem
"A propósito da reportagem publicada pela revista Veja desta semana, o Diretório Regional do PMDB/RJ vem a público esclarecer que, ao contrário do que a revista fez insinuar, este diretório em momento algum tratou da locação do avião Cessna Citation III, prefixo PT-LVF com o sr. João Arcanjo Ribeiro.
A verdade dos fatos:
O juiz federal substituto da 1ª Vara Criminal de Mato Grosso, Marcos Alves Tavares, através do ofício 245/2006, expedido em 16 de fevereiro de 2006 – conforme cópia anexa - , resolve nomear o senhor Francisco Ferreira Bonfim (CPF 357314278-87) Administrador Judicial dos bens móveis e imóveis no processo nº 2002.3600.007873-7. No documento, o magistrado ressalta que a aeronave Cessna Citation III, prefixo PT-LVF, está sob a guarda de Ferreira Bonfim, "podendo inclusive celebrar contrato de arrendamento de bens, atuando em auxílio a este Juízo Federal", ressalta o juiz.
O ofício no qual Ferreira Bonfim é anunciado como Administrador Judicial da aeronave fora encaminhado pela Justiça do Mato Grosso ao tenente-coronel Alves Coelho, chefe do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), que funciona no Centro do Rio (Rua Santa Luzia, 651/8º andar).
No documento enviado, o juiz Marcos Alves Tavares requisita à Aeronáutica - conforme fax anexo - a mudança, "em caráter de urgência", do nome do operador do avião, nomeando Ferreira Bonfim para a função e, ao mesmo tempo, designando a empresa Construfert Ambiental Ltda, como arrendatária da aeronave. Em nota enviada ao Diretório Regional do PMDB, a Construfert esclarece que ganhara a licitação para arrendar a aeronave, em razão de ter apresentado uma proposta superior a das demais empresas concorrentes. A Construfert ressalta ainda na nota enviada a este diretório que em momento algum manteve contato com o senhor João Arcanjo Ribeiro.
É o que cumpre informar.
Diretório PMDB/RJ
Rio de Janeiro, 29 de abril de 2006
Garotinho assusta o sistema
(Coluna de Carlos Chagas na Tribuna da Imprensa de 29/04)
BRASÍLIA - Costuma ser comum, em política, um cidadão ser punido por suas virtudes, não por seus defeitos. Algo parecido está acontecendo com o ex-governador Anthony Garotinho. Tendo vencido a consulta interna no PMDB e crescendo significativamente nas pesquisas, o candidato à presidência viu despencar sobre seus ombros uma blitz de acusações referentes aos gastos de pré-campanha. Gastos, diga-se, que ele mesmo mandou colocar na internet.
Campanha insidiosa
Há dias que a chamada grande imprensa não dá tréguas a Garotinho. Investigam os doadores, fotografam os edifícios onde supostamente funcionam as empresas contribuintes, tiram ilações a respeito de ligações dos contribuintes com o anterior governo do candidato e com o atual, de sua mulher.
Sabem por que a campanha? Porque Garotinho promete virar a política econômica de cabeça para baixo, enterrando o que resta do neoliberalismo entre nós. Revelou-se infenso ao "sistema", um candidato diferente de Geraldo Alckmin e de Lula.
Seu pecado está sendo denunciar a farra da atividade especulativa e a concentração cada vez maior da riqueza nacional nos agentes financeiros. Garotinho assusta quando promete reduzir o superávit primário e aplicar no Brasil pelo menos metade do que enviamos para o exterior, de juros. Faz tremer as elites ao anunciar a redução do lucro dos bancos e a revisão de privatizações contrárias à soberania nacional. Eriça os cabelos dos potentados ao garantir a recuperação do ensino público e o reaparelhamento das Forças Armadas.
Em suma, se mantiver sua candidatura, Garotinho poderá muito bem chegar ao segundo turno, batendo Alckmin. Por ironia, será o lobisomem que um dia imaginamos viesse a ser Lula. Daí a campanha iniciada contra ele."

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