Uma ação humanitária: Dividir a pobreza

Carajás e Tapajós: o “bicho papão” dos candidatos

Candidatos ao Governo do Estado, Senado, Câmara dos Deputados e à Assembléia Legislativa, devem expor claramente ao eleitor qual o seu posicionamento em relação à divisão territorial do Pará.

Com a devida ressalva, existe alguma unidade de ações entre os comitês pró-criação de Carajás e Tapajós, entretanto, o que poderia ser muito mais do que a empatia embalada na possibilidade da independência políico-administrativa das duas regiões, digamos, insatisfeitas, o sonhos vira pesadelo no mesmo sono, graças a realidade de que tudo o que se fez, até agora, não passa de muita energia empreendida e pouco resultado.

Cada um dos comitês, olha para seu próprio umbigo, facilitando o trabalho do grupo que não quer nem ouvir falar em separação do Pará.

A maneira desarticulada de atuação dos dois comitês, cria pouco trabalho aos oposicionistas para desmobilizar o ímpeto separatista.

Para uma mudança do quadro, seria necessário, dentre outras providências, uma ampla articulação conjunta dos atores interessados no processo emancipionista, uma boa dose de respaldo financeiro do empresariado, eternamente refém do establishment quando o tema vem ao palco, e, o componente mais importante: a adesão popular para uma empreitada de tamanha monta; no entanto, o contrário vem ocorrendo. Outros interesses afastam a coalizão de ações dos dois organismos que defendem a criação dos dois novos estados, mas, fundamentalmente, o processo ressente-se de um líder ou líderes para a necessária articulação das ações.

Aspectos interessantes unem os separatistas, como o leitor pode constatar nesta matéria.

Entidades do sul do Pará defendem voto regional - 21/07/2006

Local: Belém - PA

Fonte: O Liberal

Link: http://www.oliberal.com.br/index.htm

É grande nas regiões sul e sudeste do Pará a mobilização em torno do voto regional. À distância e as diferenças culturais e sociais levaram ao crescimento dessa bandeira, que vem conquistando adeptos a cada dia. O movimento que nasceu nas entidades representativas de classes tem se multiplicado e alcançado a periferia das cidades. No município de Redenção a Associação Comercial e Industrial de Redenção (Acir), que tem à frente o presidente Adilson da Silva, vem há vários meses trabalhando com presidentes de associações de bairros para orientar a população da importância do voto regional.

As palestras sobre o assunto acontecem nas reuniões que são realizadas na sede da entidade e também nos bairros, três vezes na semana. Os lideres do movimento, tecem comentários referentes às grandes necessidades que existem na região e principalmente no município.

A falta de representantes políticos como deputados estaduais e federais da região que atuem nas Assembléias Legislativas e na Câmara dos Deputados e que lutem e defesa os interesses da população são assuntos abordados e enfatizados nas palestras.

Segundo comentário do morador Luís Antônio Marinho, que esteve recentemente participando de uma reunião no seu bairro, se o município tivesse representantes em Belém e Brasília para falar em nome do povo que vive na região do sul do Pará, não haveria o descaso que ocorre em muitos municípios.

O movimento pelo voto regionalizado tem sido difundido em muitos municípios da região e, segundo o presidente da Associação das Associações de Bairros, Antônio Oliveira, o objetivo das reuniões com a comunidade é tentar neutralizar a entrada de candidatos que não são da região e que só aparecem na época de eleição, fazem as promessas e acordos com alguns políticos e depois que ganham os votos e só são vistos quatro anos depois.

Mas o cerne da questão perdura fora de foco. A população ainda não consegue compreender o que é a divisão de um estado, por uma série de fatores que tentaremos entabular neste espaço.

Os esforços até então consolidados, têm a força da amenidade da brisa marítima em pleno verão de “rachar a cuca” de quem reside quase na linha do Equador.

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