Novo governo promete resolver problemas fundiários, investir na mineração e no interior do Estado

Responsável pela parte administrativa da transição do governo do Estado, que passará às mãos de Ana Júlia Carepa (PT), a partir de 1º de janeiro de 2007, o economista Carlos Guedes de Guedes adiantou que até o início de dezembro deve apresentar um novo modelo de gestão à governadora do Estado. Dentro desse modelo, segundo ele, estão mais investimentos na área de produção mineral, ordenação fundiária, descentralização do governo do Estado e maior atenção aos municípios do interior do Estado.

Entrevistado pelo Marabá Notícias, Carlos Guedes, que é funcionário do Incra, disse que a descentralização do governo será uma realidade. Segundo ele, o governo vai estabelecer duas espécies de subsedes: em Marabá, no sudeste do Pará, e Santarém, na região oeste.

Com relação específica a Marabá, Carlos Guedes confirmou que o município, por ser pólo do sudeste paraense, é importante nos planos do governo do Estado. Para tanto, segundo ele, as riquezas minerais precisam ser mais bem exploradas e os conflitos fundiários ser dirimidos.

No que diz respeito à mineração, Carlos Guedes explica que o Pará responsável por 10% da produção mineral do País. No entanto, segundo ele, os dividendos dessa riqueza precisam ser socializados com a comunidade regional.

No que diz respeito aos conflitos agrários, o responsável pela transição administrativa diz que o governo estadual vai promover diálogo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri) e movimentos sociais através de uma mesa permanente de negociação.

Segundo ele, a intenção é fortalecer as atividades do Iterpa – Instituto de Terras do Pará – nesta região, de maneira a dirimir os problemas fundiários um a um. “Temos uma possibilidade histórica de superar essas questões”, assegura.

Ainda de acordo com Carlos Guedes, os municípios do interior vão sofrer ação direta do governo do Estado com a criação de consórcios para intermunicipais para atuar em áreas onde a dificuldade de gestão é grande, como é o caso do saneamento básico, por exemplo.

Fonte: Marabá Notícias

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