Os Partidos políticos com parlamentares eleitos em outubro último se juntaram em três blocos para disputar cargos na Mesa que será eleita amanhã com muitas possibilidades de um segundo turno e para garantir as melhores posições na Comissões Permanentes da Casa, onde os deputados fazem a análise setorial dos projetos legislativos apresentados por seus pares, enviados pelo Exceutivo e propostos através de iniciativa popular.
Segundo a Agência Câmara o objetivo é o de disputar as eleições da Mesa Diretora amanhã, 17 partidos com representação na Câmara formalizaram três blocos parlamentares nesta manhã. A nova composição vai influenciar a escolha dos 11 cargos oferecidos na Mesa e das presidências das 20 comissões permanentes, pois as cadeiras são ocupadas a partir da proporcionalidade das legendas ou blocos partidários na Câmara. O maior grupo é formado por PMDB, PT, PP, PR, PTB, PSC, PTC e PTdoB, que soma 273 deputados e terá direito a seis cargos na Mesa. O segundo maior bloco é formado pelo PSDB, PFL e PPS, e reúne 153 deputados, com direito a três cargos. O terceiro juntou PSB, PDT, PCdoB, PAN, PMN e PHS para alcançar 70 deputados e obter dois cargos.Na eleição de amanhã, além de escolher o próximo presidente da Câmara, os deputados votarão nos candidatos às duas vice-presidências, às quatro secretarias e às quatro suplências da Mesa. O secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna, explica que a proporcionalidade só não é seguida à risca em relação à disputa para a Presidência da Câmara, que neste ano terá três candidatos: Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR).
Nos Corredores do Planalto comenta-se que esses três blocos não sobrevivem até o Carnaval - até porque o objetivo é esse mesmo: proteção para os grupos que compõem cada bloco.
Esse ajuntamento, se é que podemos chamar assim tem um único objetivo: fisiolosismo puro e aplicado. Uma das várias derivações de se fazer a má política no Brasil.
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