Deputado quer que assentado possa explorar madeira dentro de parcela de assentamentos no sul do Pará

São diversas as opções que estão sendo apresentadas às autoridades para que seja viável o aproveitmento sustentável da madeira no sul do Pará.

Enquanto a governadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) prometeu em reunião com todo o setor produtivo que ainda está atuando legalmente no Pará a liberação num prazo de 15 dias os mais de 300 Planos de Manejo Florestal - única salvação para que se evite a quebra do setor. A promessa ficou, isso mesmo, na promessa. Passados 30 dias o que prevalece nas autoridades estaduaias ambiental do Pará, é o mais profundo descaso com a sengunda mais importante atividade econômica do Estado.

O deputado federal Asdrubal Bentes (PMDB-PA) está articulando a liberação da cota permitida por Lei para que os assentados da Reforma Agrária no Pará que já estejam assentados possam explorar sustentávelmente a madeira disponível nas parcelas das centenas de Projetos de Assentamento na região Sul/Sudeste do Pará.

Deputado cobra desmatamentos em áreas de assentados

Informações divulgadas na grande imprensa dando conta de que os projetos de assentamento implantados pelo Incra têm contribuído decisivamente para o crescimento desenfreado dos desmatamentos, face ao abandono ao qual foram relegadas as famílias assentadas, inspiraram o deputado federal Asdrubal Bentes (PMDB-PA), membro da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, apresentar ontem (09) requerimento convidando os presidentes do Incra, Sr. Rolf Hackbart; do Ibama, Dr. Marcus Luiz Barroso Barros; do Iterpa, Sr. José Heder Benatti; da Fetagri, Carlos Augusto Santos da Silva, Fetraf; do Coordenador do MST, sendo os quatro últimos do Estado do Pará, “para prestarem esclarecimentos sobre os desmatamentos que estão sendo feitos pelos assentados do Incra”.

Justificando a presença dos convidados à comissão, Asdrúbal Bentes disse que “a devastação da floresta amazônica constitui, hoje, uma preocupação de todos”, e que o desmatamento incontrolável nos projetos de assentamento é conseqüência da falta de infra-estrutura. “Sem escolas, portos de saúde, transporte, assistência técnica e créditos, os assentados sobrevivem com as cestas básicas que lhes são fornecidas pelo Incra. Para minimizar essa situação eles fazem derrubadas das árvores, queimando-as ou vendendo-as a madeireiros, sem a devida cobertura legal”, disse o parlamentar do PMDB.

Eleito pela região Sul do Pará, tendo o município de Marabá como sua base mais importante, Asdrúbal lembrou que “é pública e notória a ausência ou omissão dos órgãos ambientais e fundiários nesses projetos de assentamento, para orientar os assentados como proceder na forma da lei”, disse, acrescentando que um projeto aparentemente criado na forma da lei, visando fixar o homem à terra para torná-la produtiva e melhorar suas condições de vida, “transforma-se em foco de ilegalidade, mormente com relação ao meio ambiente”.

Enquanto isso, começou a temporada de demissões no setor madeireiro e as usinas de produção de ferro gusa rogam e sonham todas as noites com a misericórdia governamental de uma moratória até 2025!

Dá prá levar o governo a sério?

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