Sugestões de leitura do Sidnei Liberal

Os textos abaixo foram enviados pelo amigo Sidnei Liberal e permitem ao leitor uma outra leitura sobre a polêmica Chavez x RCTV

Acompanhe o debate:

“(...) Déborah Thomé, interina da coluna Panorama Econômico, do Globo, foi de um didatismo exemplar na edição de terça-feira, 7/5. Para ela, "Chávez acusa o canal de ter participado da tentativa de golpe em 2002 - acusação, aliás, verdadeira, mas que não justifica tal medida censora". Ao que parece, uma emissora televisiva não só se autonomiza do poder concedente como a ele se sobrepõe. Esse é o pilar da democracia admitida pela família Marinho”. (Gilson Caroni Filho).

“(...) As imagens, usadas como justificativa para o golpe, de um grupo de militantes chavistas supostamente atirando em manifestantes numa ponte, são emblemáticas. A edição ampliada mostra o oposto: os apoiadores do presidente respondem ao fogo de franco-atiradores que disparavam contra a multidão”. (idem). Leia o debate aberto em: Carta Maior .

Veja mais nas matérias abaixo:

1. As freqüências de rádio e televisão constituem um bem público que deveriam servir aos interesses da maioria e não exclusivamente a pequenos grupos familiares.

2. Segundo (des)informa o decadente jornalismo brasileiro, tevês e rádios livres para fazer o que queiram são a medida da democracia e da legalidade. A Rede Globo, que denuncia e censura Chávez, empunhando o ideal democrático, desconsiderou o papel golpista da RCTV e não defendeu a Democracia quando o presidente venezuelano foi deposto em 2002.

3. As crises da imprensa no mundo têm feito encolher o pluralismo em favor da formação de umas poucas sociedades anônimas transnacionais que açambarcam a distribuição de notícias e opiniões. E apoderam-se da “Liberdade de Imprensa”.

EUA revogaram 141 concessões de TV e rádio. Cerceamento da Liberdade de Expressão?
A Administração Federal de Comunicações (FCC), um órgão do governo dos Estados Unidos, fechou 141 concessionárias de rádio e TV entre 1934 e 1987. Em 40 desses casos, a FCC nem esperou que acabasse o prazo da concessão (...). Os dados foram levantados por Ernesto Carmona, presidente do Colégio de Jornalistas do Chile (...). Graças a ele, fica evidenciado a que ponto a mídia dominante é capaz de usar uma política de dois pesos e duas medidas, ao cobrir a não renovação da concessão da RCTV venezuelana.

Na Inglaterra, o governo Margareth Thatcher cancelou a concessão de uma das maiores estações de TV do país, simplesmente por ter difundido notícias desagradáveis, embora absolutamente verídicas. Argumentou, simplesmente, que “se tiveram a estação de TV por 30 anos, por que deveriam ter um monopólio?”.

Clique AQUI para ler as informações completas de Ernesto Carmona.

JANIO DE FREITAS (inspiradíssimo): Os mais intocáveis
Canais de rádio e TV são propriedades das respectivas nações. Sua exploração por particulares é feita pelo regime de concessão. Não sendo resultado de compra ou doação recebida, a concessão está sujeita, mundo afora, às renovações(...). A necessidade de renovação contém, implicitamente, a possibilidade da não renovação. (...) Os princípios constitucionais brasileiros (...) vão mais longe: estabelecem a possibilidade de cancelamento, de cassação do canal sem depender de negar renovação. O ato administrativo praticado na Venezuela está de acordo, portanto, com o fixado pela própria Constituição brasileira.

As razões de Hugo Chávez contra uma TV documentadamente comprometida com um golpe de estado compõem outra ordem de discussão, política e ideológica, mas não a de agressão ou violação da democracia. O funcionamento de tevês não atesta, por si, a existência de democracia, assim como a liberdade de expressão não lhes dá o direito de fazerem do canal, concedido em nome do público, o uso que quiserem. O uso político/ideológico de um canal de propriedade da nação, embora de exploração particular, não será legítimo quando se volte contra as aspirações de uma parte significativa dos proprietários públicos do canal.

Leia aqui coluna completa de Jânio de Freitas na Folha de São Paulo de 03 de junho de 2007

Cai a ditadura de Chaves

Neste 5 de junho, a Suprema Corte do México anulou os quatro principais artigos da chamada Lei Televisa. Chantageados pelas duas maiores estações de tevê mexicana, Televisa e Ártica, os três maiores partidos, o PAN, o PRI e o PRD, a haviam aprovado na Câmara, em março de 2006, em sete minutos, com um acordo sem debate.

Caso se opusessem, os ilustres deputados poderiam contar com cobertura contrária, provavelmente sensacionalista, na campanha eleitoral que logo se iniciaria. Nesta, personagens de novelas mexicanas apoiaram abertamente o candidato do PAN, Felipe Calderón, que veio a ser eleito presidente por uma margem estreita e contestada.

A Suprema Corte decidiu que manter as “capitanias hereditárias eletrônicas” é violar os princípios de liberdade de expressão, igualdade, autoridade econômica do Estado sobre os bens públicos, uso social dos meios de comunicação e proibição de monopólios, além de distorcer o direito à informação ao fazer do dinheiro o critério determinante da concessão.

Leia aqui, em Carta Capital , a informação completa

UM BRINDE !: Clique AQUI e veja um imperdível duelo, com fuga, entre Condolência Rise e Nicolas Maduro, ministro das Relações exteriores da Venezuela.

Estas informações/opiniões não apareceram – ou não mereceram o devido destaque – nos “jornalões”, revistas semanais e blogs mais difundidos. O objetivo é fornecer, ou destacar, contrapontos à tendência ideológica da grande mídia. Assim, estimular o debate democrático do que acontece no mundo e no Brasil. (Favor manifestar-se caso não queira receber as próximas informações).

2 comentários:

Carlos Barretto  disse...

Mais uma que vou pedir emprestado dos Corredores para o Flanar.
Com todo o respeito.
Abs

Val-André Mutran  disse...

O mais interessante caro Dr. Carlos Barretto é que o Sidnei Liberal é médico também, e, é casado com a querida Leila Jinkgs que está colaborando com seu talento na Embratur, aqui em Brasília.
abs

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