O crápula será julgado
A decisão é final, ou seja, os advogados de Fujimori não podem apelar dela. No entanto, a data da extradição ainda não foi fixada.
Organizações de defesa dos direitos humanos aplaudiram a decisão chilena. A Human Rights Watch classificou a aprovação da extradição de "histórica".
“Fujimori finalmente vai ter de responder às acusações e às provas contra ele no país que ele governou como um chefão da máfia. É um enorme passo adiante para o Chile", afirmou José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da Human Rights Watch.
Fujimori, que é filho de japoneses que emigraram para o Peru, foi preso quando chegou ao Chile, vindo do Japão, de onde não podia ser extraditado por ter a nacionalidade japonesa, em novembro de 2005.
Sua intenção era retornar ao Peru para disputar a presidência nas eleições de 2006.
Luta na Justiça - Nos últimos dois anos ele lutou na Justiça para impedir a extradição.
A decisão, segundo Chaigneau, teria sido baseada em duas acusações de violação dos direitos humanos e cinco de corrupção.
Fujimori governou o Peru de 1990 a 2000 e fugiu do Peru para o Japão pouco antes do término de seu mandato.
As acusações de violação de direitos humanos vinham sendo feitas desde o início dos anos 90 e dizem respeito à a morte de civis supostamente durante a campanha do governo contra o grupo guerrilheiro esquerdista Sendero Luminoso.
Ele diz ser inocente e que as acusações tiveram motivações políticas.
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