Ellen Gracie e o caso da menor paraense

Vão longe os desdobramentos do verdadeiro festival de incompetência, omissão criminosa e empáfia das autoridades paraenses no caso da menor L. Brasil, presa 26 dias num muquifo e estuprada no período por bandidos presos na mesma cela.

A sociedade brasileira e internacional continuam escandalizados com o cinismo, corporativismo e ausência de qualquer sentimento de arrependimento pelos atores envolvidos em tal ação que remete à crueldades medievais.

E não me venham falar em componente político da crise, escamoteando responsabilidades e transferindo-as graciosamente para governos anteriores. Isso já cansou os cidadãos. O problema maior é a constatação da falência integral das instituições de um Estado despreparado para enfrentar a sua população carcerária e uma Justiça que dá nojo de ver.

Presidente do STF critica instituições no caso de menor presa no PA

´Várias instituições não funcionaram´, disse Ellen Gracie.
Segundo ela, banco de dados sobre população carcerária será implantado no estado.

Do G1, em Brasília

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, disse neste sábado (8) que houve falha de “várias instituições” no caso da menor que ficou presa com 20 homens em uma cela em Abaetetuba, no interior do Pará. “Neste caso, várias instituições não funcionaram. É realmente um caso teratológico, um caso extremo, que nós esperamos que nunca mais venha a se repetir”, disse a ministra durante a abertura do Dia da Justiça, em Brasília.

Banco de dados
Segundo a ministra, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA) vão implantar um banco de dados sobre a população carcerária do estado. O objetivo, disse Ellen Gracie, é que os juízes possam acompanhar a situação dos presos. “Isso poderá evitar a ocorrência de outros fatos semelhantes no futuro”, afirmou. A presidente do STF informou ainda que o caso está sendo apurado pela Corregedoria de Justiça e que já foi determinada abertura de processo administrativo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que o Supremo desconhece o banco de dados Infopen que o Pará tem e não usa...
veja a notícia de maio no link: http://www.jornalpequeno.com.br/2007/5/20/Pagina56469.htm

Ricardo Rayol disse...

espero que a justiça seja feita e não a justissia.

Anônimo disse...

Já existe um Banco de Dados Nacional de Base Penitenciária chamada InfoPen, do Ministerio da Justica, especificamente do Depen, Departamento Penitenciario Nacional. Ele já está implantado em 11 Estados, inclusive no Pará. Acho que o pessoal do Pará não está usando o sistema ainda, pelo visto.....

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