Assessores da PF informam que cerca de mais 15 operações podem ocorrer até o final do ano, o que elevaria o total para 194 operações em 2007, depois de realizar 167 no ano passado.
As ações da PF já resultaram, neste ano, em 2.693 presos, destes 308 eram servidores públicos, sendo 14 policiais federais. O número total de presos no ano passado foi de 2. 673. Foram apreendidas, até 6 de dezembro último, 168,6 toneladas de maconha; 15,08 toneladas de cocaína; 1,2 tonelada de pasta-base de cocaína e 559,6 quilos de crack.
A droga cujo consumo mais cresceu, a julgar pelo número de apreensões, foi o ecstasy: 162.984 comprimidos até agora, contra 19.094 em 2006 e 52.044 em 2005.
Especialistas da PF acreditam que esse aumento indica que o ecstasy deixou de ser uma droga "de elite", consumida em raves de música eletrônica. Ela passou a ser usada por uma camada maior da população de baixa renda, tendo sido encontrada inclusive nas mãos de traficantes das favelas do Rio de Janeiro, que, segundo a PF, estariam recebendo o ecstasy como pagamento pela cocaína que vendem para a Europa.
A PF também aumentou neste ano o combate a fraudes contra o Tesouro, com a ajuda da Receita Federal. Graças à ajuda do Fisco, os policiais têm tido acesso a documentos contábeis e livros-caixa, que revelam esquemas de sonegação de imposto e outros crimes do colarinho branco.
Segundo assessores, cerca de 60% das missões da corporação apanharam sonegadores envolvidos em lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A nova estratégia vem permitindo tirar de circulação organizações criminosas (muitas com ramificações na administração pública) e ajudar a arrecadação do Tesouro.
A Operação Beacon Hill, por exemplo, em 2004, prendeu 54 doleiros que mantinham contas em Nova York de titularidade de empresários brasileiros. Com as sanções impostas pelo Fisco a 4.431 contribuintes, dos quais 296 agentes públicos, o valor recuperado superou R$ 1 bilhão.
Fonte: Boletim Em Questão
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