Chama a atenção que 54% desse valor foi sacado na boca do caixa e a coisa mais fácil do mundo se o cara for um pilantra é conseguir uma nota fiscal fajuta para cobrir a despesa.
Se vai ser aberta uma CPI para investigar tais valores, melhor tratarem de se preparar para uma bela pizza napolitana. Na Câmara o governo tem folga. No Senado, nem tanto.
Alguns membros da CPI das ONGs, informa a Folha, apostam na investigação da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), entidade sem fins lucrativos de apoio à Universidade de Brasília (UnB), para entrar no mundo dos cartões de crédito corporativos do governo e, assim, esquentar os trabalhos da comissão.
No sábado o reitor da UnB teve o dissabor de protestos irados dos estudantes que moram nos alojamentos da Universidade. O reitor mandou dizer que não estava.
As faixas desfraldadas pelos manifestantes tinham frases pedindo a destituição de Mulholland do cargo.
E como carona é bom e todo mundo quer, aproveitando que o Ministério Público afirma que a Fundação empregou recursos, inicialmente destinados à pesquisa científica e tecnológica, para reformar o apartamento funcional do reitor da UnB, com a afirmativa dos promotores que investigam o caso confirmando que a instituição teria gasto R$ 470 mil na compra de móveis luxuosos, como uma lata de lixo de R$ 990,00, dentre outros mimos.
A reportagem informa que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) deve apresentar nesta semana requerimentos pedindo informações ao Ministério Público do Distrito Federal e à UnB, e também a convocação do reitor da instituição, Timothy Mulholland, e de funcionários da Finatec.
Em nota, a UnB alega que a decisão de "mobiliar [o apartamento] adequadamente, foi tomada tendo em vista os interesses maiores da Instituição".
Dados do TCU, que já estão em posse da CPI, também mostram que a UnB é a principal fonte de recursos da Finatec. Entre 2002 e 2007 a universidade repassou, de acordo com o tribunal, R$ 23,1 milhões à Fundação -30% de toda a verba recebida pela entidade no período. Ainda segundo informações do TCU, entre as 50 ONGs que mais receberam recursos nos últimos anos, 20 são entidades ligadas ao meio acadêmico, sempre geridas por professores universitários.
Os estudantes estão possessos e a oposição abrindo outro flanco de ataque ao governo.
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