Foi há 25 anos que Thriler revolucionou o pop e a linguagem de vídeos curtos

Lembro muito bem o impacto do lançamento do álbum Thriller.

Mas a versão indiana da parada é ótima. O protagonista é ou não é a cara do Wlad?

Morava na Conselheiro Furtado, esquina da Alcindo Cacela, na inesquecível Belém do Pará.

O filho do síndico do edifício, hoje um professor de direito e advogado de sucesso, não acreditou no que escutou ao presenteá-lo com o álbum, edição importada. O LP só chegaria 9 meses depois em Belém (PA).


A bolacha tocou até a resistência da agulha naquela noite festiva.


Antecipadamente, sabedor do corre-corre que aquela obra-prima causaria em seus convidados, presentiei, meu amigo Júnior, com uma caixa lacrada de fitas K-7, metalizadas da marca TDK. Outro must da época.


E deu-se o esperado. O aniversariante não teve como recusar gravar, na hora, praticamente todas as dez fitas para os amigos mais chegados.


Michael Jackson, artista da Epic em 1982, vinha de um retumbante sucesso da mesma gravadora: Off de Wall, em minha opinião, é melhor que Thriller no contexto musical da época.


O assombro que sucedeu-se com o início da consolidação da MTV, aliada à invasão da mass media na cultura popular sem fronteiras, coloca o segundo ábum do menino que trilhou seu próprio caminho pós-Jackson Five, com brilhantismo e muita expectativa, parecia não ter limites.


Thriller figura até hoje no livro Guinness dos Recordes como o mais vendido da história fonográfica de todos os tempos.


Sete das nove faixas do álbum chegaram às lojas como compacto, um marco que seria igualado poucas vezes no futuro. Três músicas conquistaram o topo das paradas: "The Girl Is Mine", "Billie Jean" e "Beat It". Os videoclipes nem se fala. Todos inovadores e considerados até hoje como referência de edição, produção, direção e roteiro para a época.


Em Thriller, Michael assina a composição de quatro músicas e ainda divide créditos com Rod Temperton pela autoria da faixa-título. Em "Wanna Be Startin' Somethin'" o astro fala sobre a indústria das fofocas; em "Beat It" faz um apelo contra a violência urbana; e na polêmica "Billie Jean" relata a história de um homem acusado falsamente de ser o pai de uma criança - uma história real vivida por Jackson em 1981, quando uma fanática passou a persegui-lo clamando que ele assumisse a paternidade do filho dela.


Além de um sucesso de vendas, Thriller foi também um marco na luta contra a discriminação racial na indústria da música. Em março de 1983, o videoclipe de "Billie Jean" estreou na MTV fazendo de Jackson o primeiro negro cuja música ganhou espaço na emissora. Em abril, a WAAF 97.7 FM, de Boston, tornou-se a primeira rádio de rock da história a executar a música de um negro, colocando "Beat It" na grade de programação. Na época, o formato era direcionado a um público essencialmente branco. O feito foi seguido por emissoras similares e "Beat It" alcançou a 14ª posição na lista da Billboard que monitora as músicas mais executadas pelas rádios de rock dos Estados Unidos, algo inédito e que não seria repetido por nenhum outro cantor negro no futuro.


Posteriormente Michael e o diretor John Landis estabeleceram novos horizontes para a concepção dos clipes, que passaram a ser vistos como pequenos filmes, hoje facilmente disponíveis para download de celular.


No Brasil, Thriller é o álbum internacional mais vendido de todos os tempos.


Michael seguiu, após esse álbum, uma carreira em que a falta de inspiração foi apenas um detalhe de seus problemas com as autoridades sob a acusação de pedofilia.


Fui informado por um amigo que a muitos anos é DJ nos Estados Unidos que Michael está preparando um novo trabalho.


Sinceramente, torço que seja tão inovador como "Off The Wall" e "Thriller", dos quais sou fã incondicional até hoje.


E lá se vai mais de 26 anos.

Comentários

Anônimo disse…
Espero que esta carta seja publicada aqui, uma vez que no blog do Barata ela vem sendo censurada.


Carta aberta ao Barata

Barata,

Inspirada em teu slogan de "buscar a verdade, da forma tão profunda quanto seja possível alcançá-la", tentando ser auditora da sociedade, questiono a sua suposta imparcialidade e, principalmente, a sua suposta independência "indispensável ao exercício de um jornalismo crítico e honesto", objetivo do teu blog. Questiono baseada em fatos. Como tu te arvoras a criticar todos e todas como se estivesses em cima de um pedestal blindado dos erros humanos? Pior do que criticar é você elogiar quem te paga, como tu fazes no caso do Professor João Guerreiro, diretor executivo da Fadesp. Em várias postagens tu rasgas seda para ele e cerra os olhos para os problemas de sua gestão sem dizer aos seus leitores que o celular que você usa é pago pela Fadesp – a fundação possui um plano corporativo com 25 acessos que vão do número 8839-0592 ao número 8839-0616. O celular do Barata está entre estes números –. E mais, também não revelas que recebes R$ 2.010,06 por mês da Fadesp sem desempenhar nenhuma função na fundação. Isto é grave, é imoral e é ilegal. O paladino da moral e da ética recebe para atacar e defender conforme os interesses escusos de quem paga. E o que é pior, por várias vezes tentei denunciar esta ilegalidade, mas fui censurada pelo dono do blog, o defensor da democracia e da liberdade. Quantos mais te pagam? Qual é o preço de tua consciência? São os R$ 2.010,06 que recebes da Fadesp? Quanto recebes para chamar a Dra. Maria Aparecida de “Maria Piroca”? Quanto recebes para acusar tantos outros? Não és jornalista! És apenas um mecenas, um venal medíocre!
Grande - égua da postagem aí acima - mas vim aqui para dizer que adorei teu texto, também vivi tudo isso, Michael era o maior, imitei muito o cara, como todos meus amigos da época. Um Gênio pop, sem dúvida.
abraços
Não é bobagem não Marcelo.

No recreio do colégio Nazaré. Um contemporâneo de nosso Cássio, imitava os passos do Michael como ninguem.

Obrigado pela visita.

Retribuo com um link no seu muito bem informado blog.

P.S.: Anos atrás, quando entrevistastes a Bel Mesquita, na casa dela, assisti tudo de camarote.

Penso que a gatona é nossa amiga, pois não!?

Pena que em Brasília ela, como deputada, e eu, em meio de múltiplas tarefas, ainda não atualizamos a amizade como naquele dia.

Quem sabe que você não vem aqui em Brasília para uma entrevista com a Bancada!?

Abs

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