Será a Nouvelle Vague da música francesa?
Muito além da “Nouvelle Vague”
Muito provavelmente não, pois, é magnífico o novo cenário da música francesa.
Muito provavelmente não, pois, é magnífico o novo cenário da música francesa.
Em contínua renovação, a canção francesa dos anos 2000 é a metamorfose do vocabulário herdado de seus precursores e inscreve-se em uma perspectiva contemporânea, tanto do ponto de vista das letras, quanto das músicas, posto que os performáticos artistas que protagonizam essa bem-vinda revolução da transgressão do silêncio, o fazem com inspiração, uma boa dose de influências, tangenciando, sobretudo, o prazer de executar proposta sem amarras e com surpreendente vigor à frente do lugar comum, e de certo modo, cansativo signo que vigora no Velho Continente, constatado pela repetição fórmulas exauridas à tempos.
Ouvir a nova safra de músicos franceses não é tarefa para neófitos. Foi necessário esperar por muito tempo para que as inovações da "Nouvelle Vague" – movimento cinematográfico –, embriagasse uma nova geração que dele parece agora fazer bom uso, bem distante da chatice, inclusive de movimentos literários insuportavelmente egoístas, herméticos ao grande público e fadados, pela própria concepção, ao esquecimento.
Ouvir a nova safra de músicos franceses não é tarefa para neófitos. Foi necessário esperar por muito tempo para que as inovações da "Nouvelle Vague" – movimento cinematográfico –, embriagasse uma nova geração que dele parece agora fazer bom uso, bem distante da chatice, inclusive de movimentos literários insuportavelmente egoístas, herméticos ao grande público e fadados, pela própria concepção, ao esquecimento.
Abin de La Simone e Florent Marchet demoliram com surpreendentes propostas, calcadas em uma mistura desconcertante entre o ultra moderno e a insofismável dor de cotovelo da tradicional música francesa, uma nova forma reverencial de abordar os mestres como Jacques Tati ou Boris Vian, Charles Aznavour ou Edit Piáf e ainda Claude Chabrol.
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