No Repórter Diário hoje, coluna do jornal Diário do Pará.
"Acusado no Pará de marcar empregado com ferro em brasa, como se ferra gado, o fazendeiro Gilberto Andrade foi preso ontem pela Polícia Federal, em Paragominas, por outra ação do MP federal, por trabalho escravo. A PF cumpriu mandado de prisão da Justiça Federal do Maranhão e ontem mesmo escoltou o pecuarista para São Luís, onde era considerado foragido de Justiça. Aqui, na ação do procurador da República Igor Nery Figueiredo, Andrade responderá por tortura e escravidão contra o empregado."
Gilberto Andrade é tudo o que o produtor nacional não pode nem imaginar em ser e agir.
No ano 2000 os Sindicatos de Produtores Rurais de Redenção e Marabá, com apoio da Faepa e da CNA, lançaram um programa de discussões através de seminários e encontros ruralistas para alertar os problemas que atingiriam o setor em relação ao problema das relações de trabalho.
A atividade é importantíssima para o Estado do Pará e para o país.
O agronegócio cresceu quase 8% em 2007 e a expansão foi equilibrada dentro da porteira.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro – estimado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) – apresentou crescimento de 1,61% em dezembro, acumulando 7,89% de crescimento no ano. Os segmentos básico e de insumos, que acumularam aproximadamente 12% de crescimento cada um, foram os principais responsáveis por esse desempenho satisfatório do agronegócio brasileiro em 2007.
Ao contrário de 2006, a pecuária destacou-se nesse ano.
Enquanto o agronegócio da agricultura cresceu 1,52% no mês, acumulando 6,78% em 2007, o PIB do agronegócio da pecuária cresceu 1,84% em dezembro e 10,72% no acumulado do ano. Nos dois setores, o efeito do aumento de preços predominou no crescimento do PIB.
O setor pode comemorar o ano de 2007. Quanto a 2008, apesar das turbulências iniciais, geradas pelos problemas do setor imobiliário nos Estados Unidos, as perspectivas são otimistas. Para o agronegócio, a expectativa é de mercado firme, tanto interna como externamente. Mas um crescimento mais rápido do que em 2007 – ou na mesma velocidade – poderá esbarrar em deficiências de infra-estrutura e em pressões dos custos, como no caso dos fertilizantes.
Portanto, não há motivos para produtores rurais estarem as voltas com as manchetes dos jornais com acusações de trabalho escravo e tortura de funcionários como é o vergonhoso caso do fazendeiro Gilberto Andrade. Nada justifica tal barbaridade.
Vergonha para o setor
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