Falta cupuaçu em Marabá
A empresa de cosméticos Natura está comprando toda a safra de cupuaçu no sul do Pará.
Os apreciadores da inigualável fruta amazônica, não a encontram em feiras ou em supermercados.
Atenção investidores da agroindústria. Uma boa plantação de cupuaçu tem mercado garantido.
É dinheiro no bolso.
Os aloprados do Ministério Público Federal do Brasil
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados (CD) aprovou na manhã desta quarta-feira, 09/06, em sua sessão deliberativa, requerimento de autoria do deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) e de outros mais 14 parlamentares apoiadores, Moção de Repúdio ao MPF por iniciar a campanha “Carne Legal” que generaliza a atividade pecuária do Brasil a operações ilegais como desmatamento, trabalho escravo e lavagem de dinheiro.
A apreciação do requerimento que aprovou a Moção foi discorrida de muita indignação por parte da ampla maioria dos parlamentares membros da Comissão. O autor Giovanni Queiroz afirmou ser inaceitável a postura do MPF em trabalhar contra o Brasil. Para ele, os vídeos e áudios disponíveis no endereço cibernético www.carnelegal.mpf.gov.br e já veiculadas nas mídias televisivas e radiadas do País, deveriam ser imediatamente retirados do ar.
Giovanni Queiroz pontuou que a Moção de Repúdio não é contra a campanha em si, mas, sim contra a irresponsabilidade dos procuradores da República que de maneira generalizada associaram a atividade pecuária dos produtores rurais a operações ilícitas. “Não é esse o papel nobre que a Constituição concedeu ao MPF”, bradou. O parlamentar pedetista lembrou que a campanha oferece ainda banner’s que estão anunciados na mídia impressa, além de oferecer spot’s para serem publicados em sítios e blog’s diversos.
Paralelo a Moção de Repúdio aprovada, foi autorizado ainda pelo presidente da CAPADR, Abelardo Lupion (DEM-PR), o envio de um requerimento de informações a ser entregue no MPF arguindo a direção do órgão se os custos da campanha “Carne Legal” saíram da dotação orçamentária a que o MPF tem direito na União ou se alguma entidade privada e não-governamental auxiliou nas despesas. Alem disso, um convite aos dirigentes da Procuradoria Geral República (PGR) para comparecer à CAPADR também foi feito.
A Moção de Repúdio obteve 22 votos favoráveis e apenas um contrário. O parlamentar que votou contra a Moção foi o petista Nazareno Fontelles (PI). A alegação do petista é que a campanha não tinha a intenção de atacar os bons produtores. Alegação rebatida pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) que replicou: “Não tinha, mas atacou e prejudica enormemente um dos sustentáculos da nossa balança comercial no exterior”.
Caiado entoou o coro do deputado Giovanni Queiroz e completou: “é uma ação de lesa-pátria o que o MPF fez com esta campanha generalizadora”. O ex-líder dos Democratas, Ônix Lorenzoni (RS), comentou: “e com dinheiro público sabotando onde o Brasil mais se destaca”, lembrando da importância que a cadeia produtiva da carne tem na economia nacional.
Conheça a 17ª edição da Expo Pólo Carajás em Redenção (PA)
Ciclo de Palestras reúne o que há de melhor na tecnologia de ponta da produção agropecuária brasileira
clique nas imagens para ampliá-las.
A expectativa do Sindicato Rural de Redenção (SRR) é que a 17ª edição da Expo do Pólo Carajás, supere os negócios da edição anterior e supere a casa do milhão de reais entre leilões, contratos de exportação de boi vivo para o exterior; fornecimento de carne para as 18 plantas industriais que operam na região, grãos, implementos agrícolas, máquinas, produtos veterinários e contratação de consultorias para atender a grande demanda em busca do melhoramento genético do plantel que é considerado um dos melhores do mundo.
Autoridades, pesquisadores, pecuaristas de renome, empresas que se destacam em eficiência, famílias dos produtores rurais, milhares de jovens e trabalhadores, participam no sábado, pela manhã da tradicional cavalgada que marca a abertura do evento.
A noite, no Parque de Exposições Pantaleão Lourenço Ferreira, é aberta oficialmente o evento com uma monumental queima de fogos, rodeio e show com atrações de renome nacional.
Na sede do Sindicato Rural de Redenção, a movimentação é intensa. São expositores, operários e os coordenadores das diversas comissões da organização do evento. Como todos os anos o Baile do Cowboy, com a banda Caipira Country, é uma prévia do que será a Exposição. Na oportunidade também será apresentada a Rainha da Expo 2010.
A abertura oficial acontece no sábado (5), iniciando o dia com a cavalgada ruralista, uma festa do homem e da mulher do campo, que através de centenas de cavalos desfilam pelas ruas da cidade, numa demonstração de força, união e tradição pelas ruas da cidade. A disputa pelos prêmios dos mais novos e mais experientes cavaleiros, a mais bela amazonas, a maior comitiva entre várias outras categorias, é bastante concorrida. Mas é a noite no auditório do Parque de Exposições, que o Sindicato Rural de Redenção abre oficialmente o evento, com a presença de políticos, autoridades, representantes de Classes e produtores rurais.
Este ano o SRR irá homenagear profissionais de três segmentos: na pecuária, Roberto Paulinelli – proprietário do Frigorífico Rio Maria; na agricultura, Everaldo Tenório - dono da Fazenda Raízes; e no meio ambiente, a Floresteca.
Pela cidade de Redenção, o movimento dos populares é cada vez maior, e a procura pelas lojas de roupas do estilo country, botas, chapéus, e o comércio em geral como hotéis e restaurantes chega a triplicar essa época.
A Exposição Agropecuária 2010 conta com o apoio da FAEPA e promete receber um grande público nas dependências do Parque, além de shows, como o do mais novo astro da música sertaneja universitária, Luan Santana; uma estrutura ainda maior de rodeio, Leilões, mostra comercial, industrial e animal, e uma ampla praça de alimentação.
Para a presidente do SRR, Rosangela Hanemann, o evento é resultado de muito esforço, “aguardamos a presença d todos, pois a Expo irá mostrar o potencial do Agronegócio no Sul do Pará e a diversificação do comércio regional”, diz a presidente.
3º Simpósio de Palestras
Durante a 17ª Expo do Pólo Carajás, O Sindicato dos Produtores Rurais de Redenção, Pau D’ Arco, Bannach e Cumaru do Norte, apresenta mais um grande ciclo de palestras com a presença de pesquisadores de renome nacional. Um dos palestrantes de destaque no evento é o consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Omar Hennemann, que ministrará o tema “Ser melhor, o desafio de cada dia”. A palestra motivacional promete incentivar os produtores rurais, maioria presente no evento, nas atividades que desenvolvem em seu dia-a-dia.
Segurança Rural
Fora da programação oficial, porém tão importante quanto, a expressiva presença de autoridades das diversas esferas do poder ensejará debates sobre os problemas que afetam diretamente o setor, tais como: as invasões de terras produtivas, insegurança rural, violência no campo, trabalho escravo, regularização fundiária e a tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei que pretende revisar o Código Florestal Brasileiro.
A região está se destacando, ainda, como uma das mais promissoras para a silvicultura. A recomposição florestal é vista hoje, pelos produtores do sul do Pará como um excelente negócio, e para tal, querem uma resposta proporcional aos investimentos privados de incentivos governamentais para a consolidação do setor.
Na região do Carajás, está presente o maior pólo mineral do mundo e é expressivo o crescimento do setor que começa a verticalizar essa riqueza, agregando valor à matéria prima extraída.
O desmatamento para a queima de carvão vegetal para alimentar os altos fornos do Distrito Industrial do Carajás, gerou um imenso passivo ambiental que agora começa a ser resgatado com os inúmeros projetos de reflorestamento em curso na região.
Os produtores aguardam com certa ansiedade a implementação pelo governo federal do Distrito Florestal do Carajás, plano interministerial para mitigar os efeitos negativos ao meio ambiente, trazendo consigo um pacote de medidas e incentivos para alavancar a outra principal vocação da região: o reflorestamento na borda da Floresta Amazônica.
(Lorena Daibes, Maurício Bonoli e Val-André Mutran)
Serviço:
Cerimonial Expo 2010
Sindicato Rural de Redenção
94-3424-1549/3424-2233
94-8125-6040
Agronegócio sob ameaça de desestabilização
Editorial - Visão do Correio
Nenhuma conveniência de ordem política, econômica e social justifica a disposição do governo de reajustar os índices de produtividade agrícola
Nenhuma conveniência de ordem política, econômica e social justifica a disposição do governo de reajustar os índices de produtividade agrícola. Embora o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, considere a iniciativa necessária para atualizá-los, uma vez estarem congelados desde 1980, o que está em causa é a própria existência de semelhante mecanismo.
Valesse o princípio, seria o caso de estabelecer parâmetros à indústria para evitar que certas circunstâncias a levem a produzir abaixo da capacidade instalada. Ademais, acaso alguma racionalidade houvesse na adoção da medida, não seria a hora de efetivá-la. O setor passa por sérias dificuldades.
Com a revisão dos índices, o rendimento das safras, em muitos casos, deverá dobrar para que a propriedade agropastoril seja declarada produtiva. Significa dizer que, aplicada a regra draconiana, nada menos de 400 mil produtores rurais perderão as glebas para o programa de reforma agrária. O cálculo é da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). A mudança no tratamento com a agropecuária, assentada em portaria já assinada pelo ministro Cassel — e rejeitada pelo titular da Agricultura, Reinhold Stephanes — consta de compromisso assumido pelo presidente da República com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Não há nada mais absurdo do que estabelecer por decreto (portaria, no caso), a capacidade produtiva da atividade campestre. O agronegócio está sujeito ao ataque de pragas, de doenças sazonais, às oscilações de preços no nível do produtor, à insuficiência de crédito, ao excesso ou escassez dos regimes pluviométricos, às cotações nos mercados externos, entre outras adversidades. Impossível, pois, impor-lhe parâmetro fixo para obter resultados segundo determinação aleatória e avessa à diversidade de problemas própria do amanho da terra e da criação.
Todas as agências internacionais de avaliação situam a agricultura brasileira entre as mais eficientes do mundo, com produtividade acima da de países portadores de alta tecnologia, como os Estados Unidos. Em 2008, as exportações do agronegócio atingiram a cifra recorde de US$ 71,9 bilhões — superávit de US$ 60 bilhões em relação às importações. Este ano, a despeito do refluxo de quase 20% no intercâmbio mundial, as vendas externas devem alcançar mais de US$ 67 bilhões.
Anômalas como são, as alterações nos índices de produtividade agrícola servirão apenas para introduzir desnecessário e perigoso desestímulo à atividade. Uma vez que o agronegócio responde por 37% do total das exportações, submetê-lo a restrições significa pôr em risco a estabilidade da balança cambial. Se o governo deseja não apenas utilizar o MST como massa de manobra eleitoreira, mas avançar com a reforma agrária, há meios de fazê-lo de forma menos danosa ao país. Basta agregar ao processo os 140 milhões de hectares ociosos pertencentes à União.
A caixa dos grilos e o olho do satélite
KÁTIA ABREU
É sempre mais fácil, especialmente na questão ecológica, propor metas utópicas e soluções igualmente inatingíveis
MAL COMPARANDO (como se dizia antigamente), é como se a polícia recebesse a foto de uma cena de crime sem a identificação do criminoso e do local, registrando apenas a hora do flagrante e a área a ser investigada. No caso, um território de 5,1 milhões de quilômetros quadrados de florestas.
Esse é precisamente o caso: as fotos de satélites mostrando a cada dia os desmatamentos e as queimadas da Amazônia revelam o crime, mas não precisam o criminoso. Ou seja, desafiam quem as interpreta a localizá-los numa área de 5,1 milhões de km2. Uma agulha no palheiro.
Para tornar automática essa localização, a vigilância dos satélites precisa dos dados do georreferenciamento, ou seja, a identificação precisa, no solo, das coordenadas geográficas das propriedades da área. Sem esse dado, as fotos de satélites escandalizam genericamente, mas não localizam precisamente onde ocorrem os crimes ambientais, bem como não identificam os responsáveis por tais crimes.
O georreferenciamento é um levantamento topográfico com a especificação da latitude e da longitude que os proprietários precisam obrigatoriamente apresentar para a obtenção do registro em cartório das suas terras na Amazônia. Uma das exigências da legislação aprovada pelo Congresso Nacional a partir da medida provisória 458. Para saber precisamente quem está desmatando ou incendiando, basta pegar a foto do satélite e ir ao cartório conferir o endereço, ou seja, o georreferenciamento.
Se não fosse por outras mil razões que apareceram nas discussões, só esse benefício à otimização da repressão ao desmatamento já justificaria a nova legislação.
No entanto, o interesse pessoal de notórias lideranças ambientalistas, que criam propositalmente tigres de papel para se apresentarem como gladiadores heroicos, ignorou propositalmente esse importante avanço da legislação. É sempre mais fácil, especialmente na questão ecológica, propor metas utópicas e soluções igualmente inatingíveis.
Ou criar propositalmente confusões, como a alegação de que a regularização de terras em discussão beneficiará grileiros. Ora, grileiros -que são criminosos comuns, falsários cínicos- estão foram desse jogo. Eles não têm posse de boa-fé, pelo contrário, apresentam títulos e registros falsificados em cartório, documentos fajutos, papéis envelhecidos artificialmente, como me revelaram outro dia, e tenho repetido, pelo preço da fatura, para delícia da imaginação de alguns interlocutores.
A etimologia da expressão derivaria de grilo, o inseto: o grileiro seria aquele que, para amarelecer e dar a aparência de envelhecimento ao papel, guardava certidões falsas em caixas cheias de grilos... Grileiros fogem do georreferenciamento porque teriam que renunciar à sua documentação falsificada.
Nesse sentido, a regularização fundiária é o primeiro passo para a regularização ambiental.
E como uma coisa puxa outra, vejamos essa campanha açodada de criminalização indiscriminada da produção de carne, que, em vez de penalizar o desmatamento da Amazônia, ameaça, para começo de conversa, inviabilizar exportações nacionais de 5,5 bilhões de dólares (sem falar dos 2,5 bilhões de couros).
A questão começa pela impossibilidade de determinar precisamente a origem da carne, pois boa parte do rebanho nasce numa região, engorda noutra e é abatida numa terceira.
Nunca esqueçamos que está se brincando com a reputação do produto brasileiro que representa 30% das exportações mundiais: de cada 3 kg da carne exportada no mundo, 1 kg é do Brasil. Só na Amazônia são 500 mil produtores e 38 milhões de cabeças, o que representa 20% do rebanho brasileiro.
Por esse motivo, estamos defendendo o desmatamento zero, a consolidação das áreas de produção de alimentos e a atualização da legislação ambiental, sob pena de gerar desemprego e o caos na economia.
Os ambientalistas sensatos, sensíveis à realidade e cada dia mais numerosos, engajam-se cada dez numa linha de combate sistemático ao desmatamento, mas operando uma estratégia de avanços pragmáticos que preservam a produção ecologicamente correta. Tanto atentos à impostura dos grileiros quanto à preocupação de otimizar a vigilância dos satélites.
No mais, é conformar-se, como o "professor de melancolia" do apólogo de Machado de Assis, concluindo ironicamente: "Também já servi de agulha para muita linha ordinária".
KÁTIA REGINA DE ABREU , psicóloga, é senadora pelo DEM-TO e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Fonte: Folha de S. Paulo.
Deputado Antonio Feijão alerta Lula da influência de Minc sob pressão de ambientalistas de franquia
O Deputado Antônio Feijão, do PSDB-AP, abriu o “verbo” no Pequeno Expediente da Câmara dos Deputados ao utilizar o seu tempo regimental somado ao da Comunicação de Liderança de seu partido. Legenda, lembrem-se, de oposição ao Governo.
Objetivo, contundente e – algo exagerado – Feijão explanou com propriedade o assunto da semana na Casa: “o poder” do que qualificou de ONG´s de franquia sobre o Ministério do Meio Ambiente, sob a batuta do lero-lero do midiático piloto da vez: Carlos Minc.
Exceto duas passagens que julgo externadas no calor do debate. Feijão foi irretocável em suas colocações, colocando os interesses oposicionistas de sua legenda – responsável pelo start de um MP do presidente que então governava os brasileiros (O Príncipe FHC): a da redução de 50% para 80% da reserva legal das propriedades na Amazônia Legal. De baixo pra cima e: seguuura Peeeeeãããão!!!
É importante observar que desta medida para cá, a sanha de interesses internacionais foram revelados ao grande público ou, como queiram, aos “esclarecidos”, uma guerra de 3.a Geração, aqui, na tese de um grande estudioso sobre o assunto, já abordado (consulte os arquivos do blog).
E Antonio Feijão disse:
Na semana passada o Congresso Nacional realizou grandes debates sobre as denúncias feitas pelo Greenpeace, que criminalizou a pecuária na Amazônia.
Veja bem. O Brasil recebeu uma denúncia do Greenpeace e apenas com essa denúncia criminalizou a pecuária dos Estados de Rondônia, Pará e Mato Grosso, em especial.
O Greenpeace é uma franchise. Para o cidadão que está nos escutando, é um pacote que qualquer país no mundo pode comprar e perseguir as empresas que assim o desejar, e extorquir dinheiro para os seus canapés e vinhos importados de suas reuniões noturnas.
Foi esse mesmo Greenpeace que há 5 anos, após eu participar de uma reunião no Banco Mundial, anunciou através do site O Eco que eu estaria insuflando o povo a tocar fogo no navio do Greenpeace.
Ora, como éque eu vou insuflar o povo a tocar fogo num navio se isso pode provocar o efeito estufa?
Talvez eu incentivasse a afundar aquilo, mas há certas coisas que não afundam, Sr. Presidente.
Voltando à denúncia do Greenpeace, o Ministro Minc, que, como todo mundo lembra, é aquele playboy que anda de jaleco no calçadão de Copacabana, por um simples ato monocrático de sua sabedoria atlântica, de suas boas relações com o mundo da maconha — ele foi o carro abre-alas da grande marcha em defesa da maconha no Brasil — , fez com que muitas empresas que foram financiadas com dinheiro público através da SUDAM, do BASA e do Banco do Brasil na esteira da legalidade e da legitimidade fossem, pelos braços constitucionais do Estado nacional, se instalar na Amazônia. Hoje, por um simples sopro midiático de uma ONG, que é um franchising, estão criminalizadas.
E por que eu, um Parlamentar do Estado do Amapá, estou aqui dizendo isso com tanta veemência? Porque agora, nas prateleiras dos supermercados do Estado do Amapá a carne de gado, o boi verde, que vinha de Altamira e de Monte Alegre, está criminalizada, Sr. Presidente. Vamos ter de comer carne congelada que vem de Minas Gerais.
Veja bem, se é para proteger a Floresta Amazônica, vamos mudar o meta somatismo do ser humano. Afinal, não comemos só carne e não removemos a cobertura florestal primária, seja da Floresta Amazônia, seja da Mata Atlântica, só para produzir capim ou qualquer outro tipo de pasto para o boi. Essa é uma idéia que deve acabar no Congresso Nacional.
Há duas grandes falhas do Congresso Nacional. A primeira é permitir que, através do CONAMA e de atos isolados, um burocrata como o Carlos Minc, que nem sabe onde fica a Amazônia, que não sabe a diferença entre regularizar e legitimar, que desconhece a geografia cultural e econômica da Amazônia, faça atos dessa natureza e nos trate como bandidos.
A ignorância amazônica, o analfabetismo semântico amazônico desse Ministro Minc é tão grande que ele fica pulando como macaquinho de auditório, dizendo que este ano já tivemos 40% de redução de desmatamento. Ministro Minc, água não pega fogo. A Amazônia está numa era de dilúvio, a maior chuva, a maior cheia dos últimos 100 anos. Como é que se vai desmatar a água, Ministro?
O senhor vá enganar os seus eleitores maconheiros de Copacabana, mas enganar o Brasil e a nós, da Amazônia, o senhor não vai. O senhor não vai enganar o Presidente Lula, ele conhece a Amazônia e conversa conosco.
A Amazônia não está sendo desmatada porque está inundada. Que o digam as manchetes de jornais. Nesse período, em eras normais, o Rio Amazonas aumenta em mais de 180 quilômetros lateralmente os seus espelhos d’água. Não há carro que ande por lá. Tanto é que nesta época há uma norma do IBAMA que proíbe a retirada de madeira porque destrói os ramais.
E, aí, o cidadãozinho lá, essa Barbie do gênero masculino de Copacabana, vem dizer, para fazer média com o Presidente da República, que houve redução de 40% no desmatamento. Na era de dilúvio, nada pega fogo, Sr. Presidente.
Aproveito para homenagear o INCRA, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Presidente Lula, o Senador José Sarney, todas as equipes técnicas do Instituto do Meio Ambiente e do INCRA do Estado do Amapá, os técnicos do Governo do Amapá, o Governador do Amapá, o Deputado Davi, o Senador Gilvam Borges, o Deputado Jorge Amanajás, o ex-Deputado Lucas Barreto e o Deputado Eider Pena. Todas essas pessoas trabalharam juntas para o sucesso da incorporação na Medida Provisória nº 454, que transferia para Roraima as terras federais. Por benevolência do Relator Urzeni Rocha uma emenda de minha autoria incorporou na Medida Provisória nº 454 também o Amapá.
É importante um parlamentar do PSDB usar a tribuna não só para fazer a posição, mas para fazer justiça à história.
O Presidente Lula transferiu as terras remanescentes para Roraima e Amapá sem restrições, parabenizando aqueles dois Estados, que são os mais preservados do Brasil. O Amapá tem 98% de suas florestas primárias preservadas e Roraima tem 97%. Roraima tem 74% de unidade de conservação em terras indígenas e o Amapá tem 72%.
Pela primeira vez, um ato da União e do Estado Nação, por intermédio de seu governante, beneficia o Estado que faz a opção da preservação como instrumento de relevo na sua gestão de insumos ambientais e de todos os seus recursos naturais.
Foi a primeira vez nesta Casa que um ato do Congresso Nacional reconhece que o povo do Amapá e de Roraima têm autoridade, conhecimento e capacidade de gestão territorial para destinar as terras remanescentes agora dominialmente em nome de Roraima e do Amapá.
Com isso, todos os agricultores do Estado do Amapá, lá de Vitória do Jari, que ora nos escutam neste momento, lá dos rincões do Oiapoque, que estão ansiosos pelos seus títulos nas áreas insulares do Bailique, onde, pela primeira vez, o Estado do Amapá, pelo seu instituto de ordenamento territorial, está emitindo as primeiras cédulas e agora, com a Lei nº 11.949, que resultou da conversão da Medida Provisória nº454, esses agricultores, finalmente, com seus diplomas dominiais, poderão se dirigir a um cartório e, sem nenhum obstáculo, fazer o registro final e poder acessar o mundo do crédito.
Para Estados como Amapá e Roraima foi um grande passo, para os nossos agricultores e para o nosso agronegócio que se inicia é um bom começo.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. que meu pronunciamento seja veiculado no programa A Voz do Brasil, em especial o meu agradecimento ao Presidente Lula por esse grande ato e, com a sua máxima vênia, seja divulgado nos demais órgãos de comunicação desta Casa.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.”
Com boicote a frigoríficos desabastecimento será inevitável
Integrantes da bancada do agronegócio preveem que a ação do Ministério Público Federal do Pará para promover o boicote à carne produzida por frigoríficos locais em área de desmatamento na Amazônia pode gerar uma crise de abastecimento de carne e pressionar os preços do produto.
“Se hoje a arroba do gado está a R$ 80, no momento que a Amazônia toda não puder produzir, vai a R$ 180. Para nós, do Sul, é ótimo. Vai explodir a inflação no País. Quem perde com isso? O governo”, disse o deputado Cezar Silvestri (PPS-PR), durante audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para discutir a suspensão do Decreto 6.514/08, que impõe multa ao proprietário que deixar de registrar em cartório a reserva legal.
Três dos maiores varejistas do País - Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart - anunciaram, na semana passada, a suspensão da compra de carne de 11 frigoríficos paraenses. Procuradores da República do Pará ameaçavam processar os supermercados que comercializassem carne desses fornecedores.
Para o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), o boicote trará consequências “seriíssimas” para a atividade econômica do estado. “O Ministério Público do Pará está prestando um desserviço à nação com intenção de aparecer em nível nacional. Esses moleques irresponsáveis fazem com que um estado inteiro, uma atividade inteira, seja inviabilizada”, disse.
O relator da Medida Provisória 458/09, que legalizou posses de terrenos na Amazônia, deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), destacou que falta bom senso às autoridades ambientais para anistiar o que ocorreu em outra época. “Se for para buscar a origem ilegal de produtos, vamos ter que parar o Brasil inteiro, porque todo o Brasil foi desmatado”, ressaltou.
Na avaliação do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), vai faltar carne em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ele disse que o Brasil pode repetir a Argentina, onde um impasse político provocou crise de desabastecimento e aumento de preços de bens produzidos pelo agronegócio. “Temos o know-how dos argentinos. Com certeza vai acontecer isso [faltar carne]”, afirmou.
O deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) declarou que haverá corte de empregos e aumento na produção de alimentos. Para o parlamentar, há um equívoco na caracterização do Brasil como desmatador. “O País, há 200 anos, tinha 8% das florestas mundiais, hoje tem 28%, porque o mundo inteiro desmatou”, argumentou.
Deputados querem sustar decreto
Todos os integrantes da bancada do agronegócio presentes à audiência defenderam a suspensão do artigo 55 do Decreto 6.514/08, que institui multa para o proprietário de terra que deixar de registrar em cartório a reserva legal.
O deputado Leonardo Vilela (PSDB-GO), relator das propostas que suspendem a regra (PDCs 794/08 e 1347/08), afirmou que o dispositivo extrapola limites de regulamentação conferidos ao presidente da República.
O autor das propostas, Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), disse que São Paulo vem buscando mecanismos para facilitar a averbação da reserva legal. Proprietários de uma região podem, por exemplo, averbar uma área equivalente como reserva legal em outra localidade dentro do estado, onde as terras sejam mais baratas.
Sem acordo - Durante a audiência, o consultor jurídico do Ministério do Meio Ambiente, Guilherme Rodrigues, tentou contemporizar. “Existem pontos de consenso para distender muitos de nossos embates [em matéria ambiental]. Não necessariamente são pontos de confronto absoluto, apesar de termos muitas divergências”, afirmou.
A Lei 9.605/98 estipula o que se considera como infração ambiental administrativa e os limites máximos e mínimos para punição, explicou Rodrigues. “O que o decreto simplesmente faz é determinar que, se a fiscalização encontrar uma infração de uma norma legal ambiental, especialmente a falta de averbação da reserva legal, o infrator deve ser autuado. É simplesmente o regulamento de uma lei vigente”, afirmou.
Na avaliação de Abelardo Lupion, entretanto, ”criar infração administrativa e impor sanção sem lei fere o princípio da legalidade”. (EF)
Deputado Wandenkolk Gonçalves destaca crise com o provável fechamento de frigoríficos no Pará
Foto: Gilberto Nascimento
O deputado federal Wandenkolk Gonçalves PSDB-PA) foi à Tribuna da Câmara dos Deputados nesta tarde para registrar as ações contra a produção paraense patrocinadas pelo ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente. A baixo a íntegra do pronunciamento.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, retorno a esta tribuna de maneira entristecida. Eu acreditava, por suas próprias declarações, que o Ministro Carlos Minc não conhecesse a Amazônia, mas eu estou entendo que ele tem mágoas e frustrações pesadíssimas contra todos nós amazônidas.
Não bastasse o Ministro ter chamado os produtores rurais de vigaristas e de boi pirata o nosso boi verde, produto exportado para o todo o mundo e apreciado principalmente pela Comunidade Européia, S.Exa., depois de sua estada no Rio de Janeiro para participar de uma apologia ao consumo de maconha e ainda meio embevecido e com cheiro de fumaça no ar, apronta mais uma das suas contra a Amazônia.
O Ministro, Sras. e Srs. Deputados, resolveu agora fechar todos os frigoríficos da Amazônia. Resolveu, enfim, desempregar milhares e milhares de pessoas. O Ministro Carlos Minc, desconhecendo a realidade amazônica, não sabe que a cadeia pecuária abrange milhares de empregos, de negócios de exportação e de compromissos em vários segmentos da cadeia produtiva, como a de laticínios, de frigorificação, de caminhoneiros, de postos de gasolina e de supermercados.
Não bastasse o Ministro aloprado ter acertado os produtores rurais, resolveu acertar também os supermercados. Deputado Arnaldo Faria de Sá, existem supermercados, como o Carreofour e o Bom Preço, ícones no Brasil e referênciasinternacionais, recebendo multas de 32 milhões de reais. Com isso, suas atividades na área do agronegócio e da pecuária estão paralisadas, engessadas.
Se não bastasse dizermos que os financiamentos da pecuária vieram de recursos públicos, como é o caso da própria SUDAM, do FNO, do Banco da Amazônia, do PRONAF, do Banco do Brasil, que também financia e privilegia pequenos produtores que vendem seus produtos a esses frigoríficos.
A rede frigorífica do meu Estado, do Pará, resolveu amanhã paralisar. Graças a Deus o Ministro Reinhold Stephanes voltou da Rússia com boas novas para Santa Catarina. Se não voltasse mais rápido, o Ministro CarlosMinc acabava com a Amazônia e com o Brasil, pelo seu desconhecimento e acima de tudo pela discriminação que vem fazendo àquela região.
Por isso, Sr. Presidente, estaremos agora à tarde reunidos com o Ministro da Agricultura para buscarmos alternativas que viabilizem sim frigoríficos como o Bertin, em Santana do Araguaia, que tem mais de 1100 funcionários,abate de 700 a 800 cabeças por dia e abastece a rede supermercadista do Brasil todo.
Estão realmente impedidos de fazer o seu trabalho e de cumprir as suas obrigações contratuais inclusive com agências do Governo, como é o caso dos agentes financeiros. Isso simplesmente porque um aloprado resolveu esticar o cabo de guerra, ser midiático, a todo momento querer aparecer na mídia nacional à custa e ao suor daqueles que realmente fazem e contribuem como desenvolvimento do País.
Não podemos mais aceitar isso, Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. Não podemos mais aceitar esse tipo de discriminação e acima de tudo essa perseguição que o Ministro vem fazendo.
O Ministro já foi chamado, no Rio de Janeiro, de Carlos Minconha e agora, pelo fato de não atender aos reclamos do desenvolvimento deste País, é também chamado de Minctiroso por toda a classe produtora do Brasil.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
Imbatíveis
Uma conjunção de vantagens naturais com tecnologia fez do agronegócio brasileiro uma potência mundial. O exemplo da gaúcha SLC mostra como isso fará a diferença em tempos mais difíceis
O sol ainda está surgindo no horizonte e um grupo de 15 pessoas está reunido no escritório da sede da fazenda Pamplona, em Cristalina, Goiás, a menos de 100 quilômetros de Brasília. O gerente da fazenda, Evandro Dal Bem, um gaúcho de 34 anos, agrônomo com especialização em gestão, sorve chimarrão enquanto repassa a agenda do dia com os coordenadores das diferentes áreas: plantio, colheita, pesquisa, manutenção de máquinas.
Todos vestem calça cáqui e camisa verde com o logotipo da empresa, a SLC Agrícola. Uma cena semelhante se repete em cada uma das outras nove fazendas da SLC, maior produtora de grãos do país. Espalhadas por seis estados - Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí -, suas terras somam mais de 190 000 hectares, área superior à da cidade de São Paulo.
No ano passado, delas saíram 440 000 toneladas de algodão, soja, milho e café, o correspondente a 288 milhões de reais de faturamento. Dois terços desse montante vieram de vendas a clientes internacionais. A SLC Agrícola é um dos melhores exemplos do padrão de eficiência no campo que leva o Brasil a ser um protagonista cada vez mais destacado no cenário mundial.
O país é o maior exportador do planeta de oito produtos gerados pelo agronegócio, uma lista que vai do café às carnes bovina e de frango, passando por açúcar, suco de laranja e etanol. "Se o século 20 foi o da agricultura americana, o século 21 será o da agricultura brasileira", diz o cientista e agrônomo americano Norman Borlaug, pai da chamada "revolução verde" dos anos 70 e uma das maiores autoridades mundiais no assunto.
Leia mais.
Frente quer derrubar veto à lei da dívida agrícola
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ABCZ se mostra preocupada com Portarias da Funai
clipped from www.jornaldeuberaba.com.br A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) manifesta a sua grave preocupação com as Portarias de números 788, 789, 790, 791, 792 e 793, da Fundação Nacional do Índio (Funai), publicadas no Diário Oficial da União de 14 de julho de 2008, que visam à identificação e delimitação de "terras tradicionalmente ocupadas pelos Guarani" em uma vasta região que abrange 26 municípios e corresponde a aproximadamente um terço do território sul-mato-grossense. |
Ministério prepara estudo sobre engessamento do agronegócio brasileiro
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Expoama
Opportunity diz que atividades no sul do Pará são legais
A assessoria enviou à reportagem um documento sobre as atividades da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, como indicativo que o "empreendimento é sério".
O documento destaca que a empresa recolheu R$ 545 mil em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Pará, em 2007, contra R$ 70 mil no ano de 2006. A previsão é pagar R$ 710 mil neste ano.
A empresa diz ainda gerar 1.107 empregos diretos e mais de 10 mil indiretos.
Procurado pela reportagem, Carlos Bernardo Torres Rodemburg não telefonou de volta.
A Folha fez contato com o escritório dele em São Paulo e, a pedido de sua secretária, mandou um e-mail pedindo uma resposta sobre as acusações da Polícia Federal. Não houve resposta até a conclusão desta edição.
Daniel Dantas lava dinheiro através do agronegócio?
A Polícia Federal acha que sim e está investigando o banqueiro.
No final de 2007, estoque de gado do grupo Opportunity era avaliado em R$ 256 mi e complexo de fazendas no sul do Pará, em R$ 374,9 mi.
A Operação Satiagraha investiga se o grupo empresarial de Daniel Dantas lavava dinheiro por meio do império do agronegócio montado no sul do Pará. O grupo informa possuir 600 mil hectares de terras (equivalente a três vezes e meia a cidade de São Paulo) e meio milhão de cabeças de gado. O avanço do banqueiro no setor é recente, tendo começado em 2005.
O projeto agropecuário recebeu no ano passado R$ 270,2 milhões da Araucária Participações, empresa citada na investigação cujo endereço é a sede do Opportunity no Rio e que tem como sócia, segundo a Polícia Federal, a irmã de Dantas, Verônica Valente Dantas, presa na Operação Satiagraha.
Documentos mostram que o capital social da Araucária Participações subiu de R$ 25 mil em dezembro de 2006 para R$ 650 milhões em maio de 2008. Só nesse último mês, o acréscimo foi de R$ 200 milhões.
O OPP I FIA, fundo do Opportunity, tem subscrito as ações para o aumento de capital, segundo ata de assembléia presidida por Verônica. O estatuto da empresa diz que ela está autorizada a aumentar o capital até o limite de R$ 10 bilhões.
No fim de 2007, o estoque de gado do grupo estava avaliado em R$ 256 milhões e o complexo de fazendas, em R$ 374,9 milhões. Duas empresas, que receberam recursos da Araucária Participações, tocam os empreendimentos agropecuários. São a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, com sede em Amparo (SP), e a Alcobaça Consultoria e Participações, de Três Rios (RJ).
Citada como uma das empresas investigadas na Operação Satiagraha da PF, a Xinguara está sob comando de Carlos Bernardo Torres Rodemburg, ex-marido de Verônica, que também teve a prisão decretada pela Justiça, mas não chegou a ser preso, sendo depois beneficiado por habeas corpus.
18 fazendas
A Alcobaça, também citada na investigação, assinou em julho de 2006 escritura para comprar 18 fazendas por R$ 77,8 milhões, dos quais R$ 64,5 milhões começam a ser pagos em parcelas semestrais a partir de 2009, conforme documentos do cartório de registros de imóveis de Xinguara (PA), obtidos pela Folha.
A atuação de Rodemburg está voltada, conforme consta na decisão da Justiça que levou à prisão de Dantas, "à execução de investimentos efetivados nos setores do agronegócio e mineração com indícios de perpetração de delitos de "lavagem" de valores na aplicação dos recursos destinados a estas modalidades de negócios".
Ainda segundo a decisão da Justiça, "em diálogo mantido com Verônica, observam-se tratativas para aquisição de uma fazenda [...], mais uma vez demonstrando que o grupo [de Dantas] atuaria em diversos seguimentos do mercado, mas, aparentemente, valendo-se de práticas espúrias".
Esses trechos da decisão da Justiça, baseados no relatório de apuração da PF, estão no capítulo chamado "identificação dos supostos responsáveis por práticas delitivas". A investigação diz que Dantas tem "poder de mando" sobre acusados.
Região de conflito
"É uma coisa que nunca houve na região do sul do Pará. Uma concentração de terra em tão curto espaço de tempo. Trabalhadores rurais reclamam que ele [Dantas] pode estar comprando terras que seriam da União e em áreas próximas à [unidade de conversação] da Terra do Meio", diz José Batista, advogado da Comissão Pastoral da Terra em Marabá (PA).
Batista afirma que a região continua sendo palco de conflitos agrários, embora o número de invasões de terras tenha diminuído nos últimos anos. Ele não descarta, porém, que as fazendas de Dantas passem a ser alvo de sem-terra como efeito da Operação Satiagraha.
15ª Expo do Pólo de Carajás
Ruralistas na expectativa
A troca no comando do Ministério do Meio Ambiente ainda é avaliada com cautela pelo setor ruralista brasileiro. No Congresso, deputados e senadores ligados ao agronegócio dizem acreditar que a chegada de Carlos Minc pode reabrir o diálogo entre os diversos segmentos e elaborar uma política mais realista, que alie proteção ao meio ambiente e o desenvolvimento do País.
A expectativa da bancada ruralista é que Minc seja capaz de apresentar, a curto prazo, uma proposta para os transgênicos, com o apoio a pesquisas na área; negocie a votação do novo Código Florestal e reveja questões referentes às normas para a licença ambiental. Ontem, ao saber da confirmação do novo ministro, a vice-presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e produtora agrícola, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), entrou em contato com um colega de partido no Rio para ter informações sobre o escolhido do presidente Lula. As primeiras impressões agradaram a senadora, que espera um avanço na política agrícola do governo.
"Não podemos mais viver comandados pela ideologia em detrimento da razão. Espero que, agora, o bom senso se sobreponha ao radicalismo e que o novo ministro encontre uma forma de conciliar a preservação do meio ambiente em parceria com o campo e a cidade".
A culpa é dos ruralistas
Maggi teria alertado Lula para explosão de preços dos alimentos
RIO e CUIABÁ (MT). Os ambientalistas não têm dúvida de que, muito mais do que desavenças com o ministro Mangabeira Unger, Marina Silva foi derrubada pelo lado mais beligerante do agronegócio. Na sexta-feira, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, em encontro com o presidente Lula, denunciou que os números de desmatamento da Amazônia tinham margem de erro de 14% e, com base nisso, estavam sendo tomadas medidas contra os agricultores, o que teria um imenso impacto no preço dos alimentos.
- Você está preocupado com a inflação de alimentos? Pois vai ver o que acontecerá se não forem suspensas as medidas tomadas pela ministra Marina... Esses municípios são o celeiro do Brasil e, semcréditonão plantarão e os preços dos alimentos explodirão - teria dito Maggi a Lula.
Lula, irritado, ficou do lado de Maggi, mesmo após Marina reafirmar que a margem de erro dos dados de desmatamento do Inpe era de apenas 5%.
- Lula já escolheu seu lado nessa luta - diz um dos diretores do Greenpeace.
Maggi disse ontem esperar do futuro ministro Minc que dê mais agilidade aos trâmites de projetos na área ambiental:
- As coisas precisam ser decididas mais rápido. Se pode, pode. Se não, define logo.
Crescimento consolida a pecuária
Vergonha para o setor
"Acusado no Pará de marcar empregado com ferro em brasa, como se ferra gado, o fazendeiro Gilberto Andrade foi preso ontem pela Polícia Federal, em Paragominas, por outra ação do MP federal, por trabalho escravo. A PF cumpriu mandado de prisão da Justiça Federal do Maranhão e ontem mesmo escoltou o pecuarista para São Luís, onde era considerado foragido de Justiça. Aqui, na ação do procurador da República Igor Nery Figueiredo, Andrade responderá por tortura e escravidão contra o empregado."
Gilberto Andrade é tudo o que o produtor nacional não pode nem imaginar em ser e agir.
No ano 2000 os Sindicatos de Produtores Rurais de Redenção e Marabá, com apoio da Faepa e da CNA, lançaram um programa de discussões através de seminários e encontros ruralistas para alertar os problemas que atingiriam o setor em relação ao problema das relações de trabalho.
A atividade é importantíssima para o Estado do Pará e para o país.
O agronegócio cresceu quase 8% em 2007 e a expansão foi equilibrada dentro da porteira.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro – estimado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) – apresentou crescimento de 1,61% em dezembro, acumulando 7,89% de crescimento no ano. Os segmentos básico e de insumos, que acumularam aproximadamente 12% de crescimento cada um, foram os principais responsáveis por esse desempenho satisfatório do agronegócio brasileiro em 2007.
Ao contrário de 2006, a pecuária destacou-se nesse ano.
Enquanto o agronegócio da agricultura cresceu 1,52% no mês, acumulando 6,78% em 2007, o PIB do agronegócio da pecuária cresceu 1,84% em dezembro e 10,72% no acumulado do ano. Nos dois setores, o efeito do aumento de preços predominou no crescimento do PIB.
O setor pode comemorar o ano de 2007. Quanto a 2008, apesar das turbulências iniciais, geradas pelos problemas do setor imobiliário nos Estados Unidos, as perspectivas são otimistas. Para o agronegócio, a expectativa é de mercado firme, tanto interna como externamente. Mas um crescimento mais rápido do que em 2007 – ou na mesma velocidade – poderá esbarrar em deficiências de infra-estrutura e em pressões dos custos, como no caso dos fertilizantes.
Portanto, não há motivos para produtores rurais estarem as voltas com as manchetes dos jornais com acusações de trabalho escravo e tortura de funcionários como é o vergonhoso caso do fazendeiro Gilberto Andrade. Nada justifica tal barbaridade.
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