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Debate entre o relator do Código Florestal e o ministro do Meio Ambiente


Conciliar a preservação do meio ambiente com o crescimento econômico e reduzir o conflito entre ambientalistas e ruralistas são os principais embates na finalização do novo código florestal.

Relator do projeto do novo código florestal, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) revela as distorções da atual política ambiental e irrita o polêmico ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, que reagiu acusando o parlamentar de cultivar uma mentalidade retrógrada e ultrapassada dos ruralistas.

O debate foi mediado pelo jornalista Carlos Monforte, para o programa Espaço Aberto, da Globo News. Imperdível.

Minc confirma propostas para mudar Código

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou ontem, as propostas da área ambiental para modificações no Código Ambiental, antecipadas pelo Valor na semana passada. Minc aceita manter as plantações de maçã, café, uva e mate em encostas e topos de morros e permite a soma das áreas de proteção permanente (APPs) à reserva legal para os agricultores familiares ou com propriedades de até 150 hectares.

Para o ministro, a polêmica entre ambientalistas e ruralistas sobre modificações no Código Florestal pode estar chegando ao fim. "Acabou a guerra. Estou otimista de que vamos chegar a um bom entendimento. Não acho que a CNA [Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil] e o Greenpeace vão sair juntos dançando reggae na Chapada dos Veadeiros, mas houve muitos avanços [na negociação]".

As propostas do Ministério do Meio Ambiente para a alteração do Código Florestal foram fechadas com movimentos de agricultores familiares, mas segundo Minc, também beneficiam os grandes produtores. O MMA propõe a simplificação da averbação da reserva legal das propriedades - que passará a ser fiscalizada a partir de 11 de dezembro - com redução da burocracia. Para os agricultores familiares, o georreferenciamento será gratuito.

A consolidação de plantios de macieiras, videiras e cafezais em encostas e topos de morros e de arroz em regiões de várzea estará garantida, de acordo com a proposta da área ambiental. A concessão valerá para os pequenos e grandes produtores, no entanto, não serão permitidos novos desmatamentos para ampliar as lavouras nessas áreas. A utilização de APPs como reserva legal só valerá para a agricultura familiar ou propriedades com até 150 hectares. Já a permissão de manejo florestal na área da reserva legal também poderá ser feito pelos grandes proprietários, inclusive com exploração madeireira.

Outra proposta, que na avaliação de Minc vai beneficiar a agricultura empresarial, é a criação de um sistema de cotas de reserva florestal. Quem não preservou a reserva legal dentro da propriedade pode comprar áreas preservadas por outros produtores, desde que no mesmo bioma e na mesma bacia hidrográfica. A compensação em outras áreas é prevista pelo Código Florestal, mas até hoje não foi regulamentada. Cada cota corresponderá a um hectare de área preservada. O preço das cotas será definido entre compradores e vendedores, sem interferência do governo.

Na próxima segunda-feira, dia 9, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve definir que posições o governo vai adotar em reunião com Minc e os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
Fonte: Valor.

Exportações de produtos florestais segue em forte queda

É incontestável a contribuição do Ministro Carlos Minc para o resultado

Em agosto, as exportações brasileiras de madeira, celulose e papel totalizaram US$ 515,19 milhões, representando queda de 12,28% em relação a julho, quando o valor exportado foi de US$ 587,35 milhões. As exportações de celulose e papel totalizaram, em agosto, US$ 383,92 milhões, representando redução de 15,51% em relação ao mês de julho, quando as exportações desses produtos somaram US$ 454,41 milhões. Em relação às exportações brasileiras de madeira, o total exportado, em agosto, foi de US$ 131,27 milhões, mostrando pequeno decréscimo de 1,26% em relação ao montante de US$ 132,94 milhões exportado em julho. Fonte: Informativo CEPEA.

Carlos Minc - O Ministro que fala o que não pensa

Já vai tarde
A droga de ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) deixa o cargo só em março, para tentar se eleger alguma coisa, no Rio. Com os votos, claro, dos colegas da marcha de apologia ao consumo de maconha. O problema é os dementes se lembrarem da participação dele.

Ele foi desmascarado aqui. Vejam

Flexada no Minc

Flexa Ribeiro questiona ações de Minc no Senado


Durante sessão da comissão de Infraestrutura, senador paraense questionou ações do Ministério do Meio Ambiente que engessam atividades produtivas do ParáUm dia após fazer um pronunciamento com duras críticas ao Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) voltou aos ataques. Dessa vez, frente a frente com o ministro, durante sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, na manhã desta quinta-feira (13).Convidado para debater a liberação de licenças ambientais na Comissão, Minc ouviu da mesa as críticas e questionamentos levantados por Flexa Ribeiro.

O senador paraense citou a recente ida do ministro à região da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim. "Foi mais uma ação midiática e pirotécnica”, disparou. De acordo com o parlamentar, o Ministério ignorou o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) feito entre as famílias que lá vivem e o Instituto Chico Mendes, que gerencia as reservas ambientais do país. “Vocês ignoraram os esforços de ambas as partes. Ignoraram aquelas famílias que vivem lá à convite do Governo Federal, quando era preciso ocupar a Amazônia. E agora as pessoas estão sendo expulsas, criando um clima tenso na região", informou Flexa Ribeiro.

A Flona do Jamanxim foi criada por decreto em 2006. Desde então, as cerca de 600 famílias que vivem na região desde a década de 1980, buscam um acordo para a redefinição dos limites. Assim, mantendo a floresta, mas utilizando as áreas já alteradas de forma mais eficiente. "Acho que o senhor está no emprego errado. Com essas ações midiáticas e pirotécnicas, vossa excelência deveria apresentar programa de variedades de sábado à tarde na televisão", ironizou o senador paraense.Minc se defendeu afirmando que essa é uma característica de sua forma de trabalhar, mesmo quando ocupou outros cargos.

"Tento sim dar divulgação às ações. Essa é uma característica minha. Não acho razoável que um ministro fique no gabinete. Gosto de participar das ações. Essa é a 11ª que participo na Amazônia", respondeu Minc.Segundo o ministro, os últimos três anos foram liderados pelo Pará no ranking do desmatamento no país. "E o Pará não é por acaso. É um dos maiores da região, tem mais criação de gado, mais madeireira, mais estradas abertas. Então fizemos a operação na área que nos foi informada pelo Inpe", afirmou Minc.

Flexa Ribeiro informou ainda que moradores da região entraram em contato com o gabinete afirmando que os agentes do Ibama não estão fazendo distinção entre os desmatadores recentes e aqueles que chegaram na região há decadas. "Não estão separando o joio do trigo", disse.

Minc, no entanto, desconversou e afirmou que apenas estão sendo autuados aqueles que desmataram recentemente. "Estamos autuando quem está desmatando agora. Não quem desmatou há mais tempo... Citando o TAC entre moradores e Governo Federal. Pelo TAC, os produtores não abririam novas frentes de desmatamento, enquanto os agentes do Governo não realizariam ações até que se definissem os novos limites da Flona do Jamanxim.

O falastrão midiático sai em março

Agência Estado
Ministro do Meio-Ambiente deixará o cargo para se candidatar a deputado estadual no Rio

SÃO PAULO - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, deverá deixar o cargo em março de 2010 para se candidatar a deputado estadual pelo PT do Rio de Janeiro, segundo confirmou nesta sexta-feira a assessoria do ministro.

Minc vai tentar o mesmo cargo que concorreu e foi reeleito seis vezes consecutivas. Em 2007, ele foi Secretário de Estado do Ambiente do Rio e em maio de 2008 assumiu o ministério.

Carlos Minc assumiu a pasta do Meio Ambiente em substituição a Marina Silva, que pediu demissão. Minc ocupava, à época, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio, desde o início de 2007. Antes de ingressar ao PT, o atual ministro fundou o Partido Verde (PV) junto com Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis.

Comitiva de “vagabundos” para receber ministro Minc em Curitiba

Sem saber com quem falava, Minc chamou prefeitos de vagabundos

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Hoje, Lula recebeu prefeitos de todo o país em Brasília. Foi a Marcha dos Prefeitos. O ministro Carlos Minc foi vaiado pelos prefeitos quando subiu ao palco. Sentou-se depois em mesa de ilustres desconhecidos. Pensou que eram burocratas de Brasília. Soltou o verbo:

– Esses prefeitos são todos vagabundos.

Mal sabia que se dirigia a prefeitos do Paraná que fecharam a cara e saíram espalhando a grosseria para todos os presentes. Na sexta, Minc vem a Curitiba para o lançamento de certificação ambiental para empresas. Os que ele chamou de vagabundos preparam a recepção.

Corpo a Corpo - 'Não vejo qualquer problema'

O Globo

BRASÍLIA. A deputada Cida Diogo nega nepotismo cruzado, mas admite que a mulher de seu amigo Carlos Minc não trabalha todo dia, e que sua ex-assessora Flávia Martins Marques "a ajuda".

Flávia Marques é sua funcionária?
CIDA DIOGO: Ela trabalhava no meu gabinete. O Ivo (Bucrekski) me pediu para cedê-la para o ministério porque ela conhece o Legislativo.

Mas ela continua trabalhando no seu gabinete?
CIDA: Temos uma relação política e pessoal. Ela está sempre no meu gabinete. Está sempre lá ajudando. Mas agora ela está no ministério. Ela presta serviço lá.
Guida, mulher de Minc, foi contratada pouco tempo depois no seu gabinete.
CIDA: Fiquei com esse cargo (da Flávia) vago. A Guida é uma pessoa que conheço há muitos anos e com quem sempre tive muito boa relação. É uma pessoa muito competente.

É verdade que Guida só trabalha à quartas-feiras?
CIDA: Combinei com ela o seguinte: precisava dela nos dias que eu estivesse em Brasília. Normalmente, ela está lá às terças, na parte da tarde, quando chego a Brasília. Na quarta, o dia inteiro. Na quinta, geralmente, quando estou vindo embora (para o Rio), mas às vezes nesse dia ela vai lá para encaminhar coisas do gabinete.

A senhora não considera essa troca nepotismo?
CIDA: A Flávia me ajuda e dá apoio. Se isso está comprometendo o trabalho dela no ministério... Acredito que não esteja. E a Guida é companheira de muitos anos que me ajuda na questão ambiental. Não vejo, sinceramente, qualquer problema.

Toma lá, dá cá: Minc emprega a mulher no gabinete de deputada

O Globo

Em operação triangular, funcionária da petista Cida Diogo foi trabalhar como assessora especial do ministro

BRASÍLIA. A deputada federal Cida Diogo (PT-RJ) contratou como funcionária de seu gabinete Maria Margarida Parente Galamba de Oliveira, mulher do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Foi no dia 1º de abril deste ano. Vinte dias antes, em 11 de março, Minc havia contratado para seu ministério Flávia Martins Marques, que trabalhava no gabinete de Cida. Margarida, conhecida como Guida, ocupou o lugar de Flávia, numa espécie de nepotismo cruzado. Minc e Cida são parceiros na política do Rio e fizeram dobradinha nas eleições de 2006.

Segundo Cida Diogo, a mulher do ministro não trabalha a semana toda. A jornada de Guida vai de terça a quinta-feira, no máximo. Procurada pelo GLOBO para esclarecer a contratação, Cida disse que empregou a mulher de Minc para se inserir na área ambiental. Guida ajudaria na elaboração de projetos de lei e participando de reuniões com a Frente Parlamentar Ambientalista. Guida foi contratada como secretária parlamentar, nível 28, com salário de R$4.020 (sem gratificações). Caso tenha direito a gratificação, o valor pode subir para R$8.040, excluídas as horas extras.

Servidora ainda presta serviços para Cida
A funcionária que foi exonerada do gabinete da deputada e recontratada pela pasta de Minc continua prestando serviços para Cida Diogo. Oficialmente, Flávia Martins está lotada no ministério como gerente de projetos na Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Mas, com frequência, aparece na Câmara e ajuda nos serviços internos do gabinete de Cida Diogo, além de cuidar de assuntos do ministério. Na secretaria, os servidores não a conhecem.

Nesses quatro meses no ministério, Flávia ocupou dois cargos. Na primeira portaria, assinada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), ela foi nomeada assessora especial de Minc, com um salário de R$8.663, referente ao cargo de Direção e Assessoramento Superior (DAS) 5, um dos mais altos. Em 22 de junho, foi exonerada desse posto e nomeada, no mesmo dia, para o de gerente de projeto, com salário de R$5.967 (DAS 4). Na Câmara, ela ocupava o cargo de secretária parlamentar nível 26. O salário, sem gratificação, é de R$3 mil. Com gratificação, pode chegar a R$6 mil.

O chefe de gabinete de Minc, Ivo Bucaresky, alegou ontem que Flávia estaria trabalhando como assessora dele. Todos são petistas do Rio, da corrente Campo Democrático. Flávia, segundo Bucaresky, é uma petista histórica, conhecida no partido e muito competente. O chefe de gabinete diz que foi buscá-la no gabinete de Cida para ajudar no ministério, inclusive no contato com parlamentares. Como não havia cargo sobrando em sua área, a funcionária foi lotada em outros setores da pasta.

- Estava sozinho e precisava de alguém para me ajudar. Fui roubar a Flávia da Cida - disse Bucaresky.

O chefe de gabinete confirmou que Flávia despacha no gabinete da antiga chefe, na Câmara, mas por uma questão de logística.

- O nosso escritório (do ministério) na Câmara vive lotado, e ela usa a sala da Cida como base de apoio. Como ela conhece todo mundo lá - disse Bucaresky.

Assessor diz que indicou a mulher de Minc a Cida
Dois funcionários do gabinete da deputada afirmaram que Flávia trabalha lá e que, entre suas atribuições, está a de acompanhar projetos de Cida na Esplanada dos Ministérios. A deputada confirma que Flávia comparece a seu gabinete com frequência, e que ajuda nos serviços.

- A gente tem uma relação política e pessoal, e ela está sempre no gabinete. Flávia me ajuda muito, até porque ficou dois anos acompanhando todo o trabalho. Agora, ela está no Ministério do Meio Ambiente, e presta serviço lá - disse Cida Diogo.

Bucaresky alega que foi ele mesmo quem sugeriu a ida da mulher de Minc para o gabinete da deputada, a fim de substituir a servidora. Ele disse que a deputada queria uma assessora na área ambiental, especialidade de Margarida.

- Houve uma reclamação da Cida (com a saída da Flávia). Disse a ela que, se quisesse, poderia aproveitar a Guida (Margarida). Ela está sem o que fazer, acompanhando o ministro. Aparentemente, deu certo - disse Bucaresky.
Minc foi procurado duas vezes mas não comentou a contratação de Flávia nem a de Guida. Sua assessoria apenas informou que Bucaresky é quem daria entrevista sobre o assunto.

Minc joga questão ambiental na sucessão de Lula


Advertido ontem em audiência pública a qual foi convocado para explicar porquê chamou os agricultores de seu país de vigaristas, Minc reafirmou as ofensas, pediu desculpas e ajuda Serra a ganhar as próximas eleições presidenciais

Entenda o que está por trás da polêmica com o ministro Minc

Chefe da pasta para o Meio Ambiente chamou grandes agricultores de 'vigaristas' e criticou outros ministros

BRASÍLIA - Poucos dias após completar um ano no cargo, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, encontra-se diante de uma polêmica envolvendo deputados da bancada ruralista e outros ministros do governo Lula. minc chamou de "vigaristas" os grandes agricultores e reclamou da postura de alguns ministros, que também responderam publicamente.

A troca de insultos pela imprensa fez com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedisse o fim da "algazarra" e chamasse o ministro Minc para uma conversa a sós. O ministro disse que "podem pedir seu pescocinho", mas que continuava "firme no cargo".

















André Dusek/AE - Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc

Entenda as principais questões que estão por trás da polêmica envolvendo Minc:

1. Em que momento a polêmica começou?
Os ânimos estão acirrados desde o dia 27 de maio, quando Minc, durante uma manifestação, chamou os grandes proprietários de terra de "vigaristas".

A presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu, protocolou uma denúncia contra Minc na Procuradoria-Geral da República, por crime de responsabilidade. Além disso, a senadora disse, por meio de uma nota, que o ministro Minc "mostra-se desqualificado para o cargo que ocupa".

Minc também criticou ministros do próprio governo que, segundo ele, não estariam cumprindo os acordos combinados com o presidente Lula no que diz respeito a questões ambientais.

2. Quais são os principais pontos de atrito?

Nas últimas semanas, tanto o Congresso Nacional como o Executivo vêm discutindo questões relevantes para área ambiental. Em diversos momentos, Minc , ruralistas e outros políticos ficaram em lados opostos.

Entre as principais questões estão duas medidas provisórias. Uma delas, já aprovada pelo Senado, prevê a legalização de terras ocupadas na Amazônia, em uma área equivalente à do território da França.

A outra medida provisória, que deverá ser reeditada pelo governo, simplifica a concessão de licenças ambientais para obras de recuperação das estradas.

3. O que diz a medida sobre a posse de terras na Amazônia?

A Medida Provisória 458, aprovada pelo Senado, regulariza a situação dos chamados posseiros, pessoas que por diversos motivos foram atraídas para a região amazônica nos últimos anos e até décadas. A medida envolve uma área de 67 milhões de hectares, o equivalente ao território da França.

As propriedades de terra com até 100 hectares serão doadas aos posseiros. Quem tiver até 400 hectares terá de pagar um valor simbólico e os proprietários com até 1,5 mil hectares pagam preço de mercado.

Na avaliação dos ruralistas, a medida é importante pois ajudará a "organizar" a região e, assim, facilitar a fiscalização contra o desmatamento e diminuir os conflitos. Cerca de 1 milhão de pessoas poderão ser beneficiadas.

Já os ambientalistas argumentam que a medida beneficia pessoas que se instalaram na região de forma ilegal e que contribuíram para o desmatamento. O texto aprovado no Senado segue para as mãos do presidente Lula para ser sancionado ou vetado.















Celso Junior/AE - Kátia Abreu com Agripino Maia em sessão que vota a MP da Amazônia


4. Qual a posição do ministro sobre a medida?

O ministro Minc não é contrário à Medida Provisória. Inclusive, participou das reuniões, ao lado de outros nove ministros, para formulação do texto que foi entregue à Câmara dos Deputados.
Os deputados, no entanto, fizeram sugestões ao texto inicial que desagradaram ao ministro. E o Senado acabou aprovando o texto com tais modificações - seguindo a relatora, a senadora Kátia Abreu.

Uma das mudanças no texto reduziu de 10 para 3 anos o período no qual o proprietário fica proibido de vender a terra. Outro ponto incluído pelos deputados permite que pessoas que não moram na região também sejam beneficiadas com a legalização da posse.
O ministro disse que as mudanças "desfiguraram" o texto inicial e que pedirá ao presidente Lula que "alguns pontos" sejam vetados.

5. E o que diz a outra Medida Provisória, sobre licenças ambientais?
Trata-se da Medida Provisória 452, que flexibiliza as regras para concessão de licenças ambientais a obras em rodovias federais. A medida, no entanto, não foi aprovada a tempo pelo Senado e deverá ser reeditada pelo presidente Lula.

O texto que havia sido encaminhado ao Senado também seguiu com modificações feitas ainda na Câmara que não agradaram aos ambientalistas. Os deputados incluíram uma emenda que permitia obras de melhoria e pavimentação em estradas federais já existentes, ainda que não tivessem o licenciamento ambiental prévio.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), a razão para a mudança é flexibilizar os trâmites para a ampliação de rodovias que já existem. Já o ministro Minc disse que os deputados transformaram a MP em um "autêntico Frankenstein". "Isso é um estupro da legislação ambiental", disse.

No centro da discussão está a BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho e cuja pavimentação precisa de licenciamento ambiental. A obra, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é considerada essencial pelo governo federal.

6. E como fica a situação do ministro?
Ao criticar diversos ministros do próprio governo, além de parlamentares, Minc colocou-se em uma situação política delicada. Durante um evento em Brasília, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, negou-se a cumprimentá-lo.

No entanto, após uma conversa privada com o presidente Lula, Minc disse que diminuiria o tom de suas críticas a outros colegas de governo. "O presidente me disse: só peço para você tomar mais cuidado na questão pública em relação aos outros ministros", disse Minc sobre a conversa com Lula.

Conhecido por suas frases de efeito, Minc disse que sente "seu pescocinho na mira" diariamente, mas que está "firmíssimo" no cargo.

Há pouco mais de um ano, a então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pediu demissão da pasta, também após uma série de confrontos com outros ministérios.

Em sua carta de demissão, Marina disse que enfrentava "dificuldades".

"Essa difícil decisão, Sr. Presidente, decorre das dificuldades que tenho enfrentado há algum tempo para dar prosseguimento à agenda ambiental federal", disse a ministra.

Ao governo Lula não interessa mais uma demissão. Além do desgaste político interno, mais uma troca na pasta teria ainda um impacto negativo sobre a imagem do Brasil diante das negociações internacionais de meio ambiente.

Fonte: Ag. Estado.

Termina audiência pública e ministro é duramente criticado pela bancada ruralista

Ronaldo Caiado chamou Carlos Minc de maniqueísta durante sessão.

Para ministro, acusações são 'falsas e injuriosas'.

Do G1, em Brasília


O deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) voltou a pedir a demissão do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. (Foto: Luiz Alvez/Agência Câmara)

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, foi submetido nesta quarta-feira (24) a uma bateria de reclamações feitas pelos deputados federais que fazem parte da chamada bancada ruralista da Câmara. Minc foi à Comissão de Agricultura para justificar as críticas que fez aos ruralistas.

Para o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), Minc “tem que satanizar alguém para esconder a incompetência do ministério”. A afirmação foi feita em resposta a declaração do ministro que, no fim de maio, chamou os ruralistas de vigaristas, durante manifestação da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag). No depoimento desta quarta, Minc reconheceu que havia usado expressões impróprias e disse que este não é seu pensamento.

Caiado reclamou da forma como Minc conduz a política ambiental no país e defendeu que o Brasil deve aos produtores rurais o fato de ter chegado a um superávit comercial e conseguido quitar as dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O parlamentar chamou Minc de maniqueísta. “Ele é o bem e o produtor rural é o mal. O maniquísta enxerga o branco ou o preto, não o cinza. Ele só enxerga o que quer”, ironizou.

“Vossa excelencia usou expressões indevidas. Eu pergunto: o senhor se sentiria confortável se eu dissesse que nós produtores rurais defendemos a produção de arroz, de milho, de soja, de carne, e que vossa excelência defende a produção de cocaína e de maconha?”, questionou.

“Não se preocupe que não vamos comer sua picanha, porque não comemos carne contaminada”, disparou o deputado, em referência ao fato de Minc ter afirmado, no começo do mês, que “tem muita gente querendo tirar uma picanha do Carlinhos Minc”.

Fiscalização

Seguindo o tom das críticas, o deputado Homero Pereira (PR-MT) acusou Minc de não fiscalizar o meio ambiente do país, mas apenas a Amazônia. “O senhor diz que é preciso fiscalizar a Amazônia, mas o senhor é ministro do Meio Ambiente do Brasil, e não da Amazônia. Gostaria que o senhor fiscalizasse o Brasil inteiro”.

Minc rebateu Pereira, afirmando que, desde que assumiu a pasta de meio ambiente, tem fiscalizado não só a Amazônia, mas também os pampas, a Mata Atlântica e outros biomas.

Também em defesa da bancada ruralista, Abelardo Lupion (DEM-PR) destacou o Ministério do Meio Ambiente, que com Minc como ministro, não tem legitimidade para negociar com a bancada ruralista. “Nós aqui não podemos ficar de quatro. Fomos eleitos para fiscalizar, para coibir abusos”.

Mais cedo, Giovanni Queiroz (PDT-PA) pediu a demissão de Minc e disse que o ministro “envergonha o país”.

Apesar das fortes críticas, Minc evitou respostas polêmicas. Ele preferiu se ater a questões técnicas e defender a políca ambiental do governo, mas chamou de "falsas e injuriosas" as acusações de Ronaldo Caiado. O ministro também agradeceu “os deputados que usaram da palavra, com a legitimidade que os mandatos lhes dá” e reafirmou que retira a expressão “vigaristas”, pois ela não expressa seu ponto de vista.

Pacote de erva mate

O deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) presenteou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, com um pacote de erva mate, em provocação ao fato de o ministro ter participado de uma marcha pela legalização da maconha, em maio, no Rio de Janeiro.

“Escolhi a erva mate pela simbologia e pela comparação com a outra erva daninha que eu não defendo. É um ato simbólico. Eu estou falando da erva do bem. Vossa excelência faz manifestação pública defendendo a erva do mal”, disse o deputado.

No último dia 16, Minc afirmou sua convicção de que usuário de maconha não é criminoso e que o assunto não é de polícia, mas de saúde pública. Na ocasião, durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, ele negou ter feito apologia à droga.

Em resposta às críticas nesta quarta, o ministro voltou a dizer que a atual legislação não é eficaz. “Cada vez mais pessoas são dependentes, cada vez mais pessoas morrem por causa do tráfico”, disse. “A grande diferença entre o álcool e a maconha é que uma você compra no bar e a outra, do traficante. As duas matam”, completou o ministro.

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O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA)
pediu hoje a saída de Carlos Minc do cargo de
ministro do Meio Ambiente.

Minc se desculpa e quer discutir reforma do Código Florestal

O Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, disse há pouco, que admite que alcunhou os produtores rurais de “vigaristas”, pedindo desculpas em seguida aos parlamentares que representam a Bancada Ruralista na Câmara dos Deputados.

Apesar do cllima nada amistoso, o ministro declarou que está disposto a retomar as discussões sobre a Reforma do Código Florestal brasileiro.

Minc e a liberação da maconha

Ministro volta a fedender a legalização da droga em convocação de explicações na Cânmara dos Deputados

Foto: Rodolfo Stuckert
















O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, voltou a defender a legalização da maconha e a descriminalização do usuário de drogas. Mas recusou a acusação de ter feito apologia às drogas, como afirmou o deputado Laerte Bessa (PMDB-DF) durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, ontem. Minc foi convocado por ter participado da Marcha da Maconha realizada no Rio no começo do mês passado. Para Bessa, o fato de comparecer ao ato já representa uma apologia às drogas. “Ter ido ao evento mostra que o crime de apologia foi praticado”, disse o peemedebista. Minc rebateu dizendo que defende a mudança nas leis e não o uso ou a desobediência às legislações vigentes. “Eu não disse que a droga faz bem à saúde, ou pedi às pessoas para que desobedeçam as leis”, argumentou. O ministro repetiu diversas vezes que esta é a mesma posição defendida por outras pessoas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro Gilberto Gil.

Fernando Henrique
FHC, por sinal, foi lembrado também pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). Ela cobrou a convocação do ex-presidente para explicar à comissão suas declarações sobre a descriminalização da maconha. “Por que o ministro Minc tem de vir se explicar e o ex-presidente que faz uma defesa mundial da descriminalização, fazendo palestras sobre o tema em vários países, não?”, questionou a parlamentar.

Deputado Wandenkolk Gonçalves destaca crise com o provável fechamento de frigoríficos no Pará

Foto: Gilberto Nascimento

Plenário

Grande Expediente

Dep: Wandenkolk Gonçalves

Foto: Gilberto Nascimento

Data: 28-05
O deputado federal Wandenkolk Gonçalves PSDB-PA) foi à Tribuna da Câmara dos Deputados nesta tarde para registrar as ações contra a produção paraense patrocinadas pelo ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente. A baixo a íntegra do pronunciamento.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, retorno a esta tribuna de maneira entristecida. Eu acreditava, por suas próprias declarações, que o Ministro Carlos Minc não conhecesse a Amazônia, mas eu estou entendo que ele tem mágoas e frustrações pesadíssimas contra todos nós amazônidas.

Não bastasse o Ministro ter chamado os produtores rurais de vigaristas e de boi pirata o nosso boi verde, produto exportado para o todo o mundo e apreciado principalmente pela Comunidade Européia, S.Exa., depois de sua estada no Rio de Janeiro para participar de uma apologia ao consumo de maconha e ainda meio embevecido e com cheiro de fumaça no ar, apronta mais uma das suas contra a Amazônia.

O Ministro, Sras. e Srs. Deputados, resolveu agora fechar todos os frigoríficos da Amazônia. Resolveu, enfim, desempregar milhares e milhares de pessoas. O Ministro Carlos Minc, desconhecendo a realidade amazônica, não sabe que a cadeia pecuária abrange milhares de empregos, de negócios de exportação e de compromissos em vários segmentos da cadeia produtiva, como a de laticínios, de frigorificação, de caminhoneiros, de postos de gasolina e de supermercados.

Não bastasse o Ministro aloprado ter acertado os produtores rurais, resolveu acertar também os supermercados. Deputado Arnaldo Faria de Sá, existem supermercados, como o Carreofour e o Bom Preço, ícones no Brasil e referênciasinternacionais, recebendo multas de 32 milhões de reais. Com isso, suas atividades na área do agronegócio e da pecuária estão paralisadas, engessadas.

Se não bastasse dizermos que os financiamentos da pecuária vieram de recursos públicos, como é o caso da própria SUDAM, do FNO, do Banco da Amazônia, do PRONAF, do Banco do Brasil, que também financia e privilegia pequenos produtores que vendem seus produtos a esses frigoríficos.

A rede frigorífica do meu Estado, do Pará, resolveu amanhã paralisar. Graças a Deus o Ministro Reinhold Stephanes voltou da Rússia com boas novas para Santa Catarina. Se não voltasse mais rápido, o Ministro CarlosMinc acabava com a Amazônia e com o Brasil, pelo seu desconhecimento e acima de tudo pela discriminação que vem fazendo àquela região.

Por isso, Sr. Presidente, estaremos agora à tarde reunidos com o Ministro da Agricultura para buscarmos alternativas que viabilizem sim frigoríficos como o Bertin, em Santana do Araguaia, que tem mais de 1100 funcionários,abate de 700 a 800 cabeças por dia e abastece a rede supermercadista do Brasil todo.
Estão realmente impedidos de fazer o seu trabalho e de cumprir as suas obrigações contratuais inclusive com agências do Governo, como é o caso dos agentes financeiros. Isso simplesmente porque um aloprado resolveu esticar o cabo de guerra, ser midiático, a todo momento querer aparecer na mídia nacional à custa e ao suor daqueles que realmente fazem e contribuem como desenvolvimento do País.

Não podemos mais aceitar isso, Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. Não podemos mais aceitar esse tipo de discriminação e acima de tudo essa perseguição que o Ministro vem fazendo.

O Ministro já foi chamado, no Rio de Janeiro, de Carlos Minconha e agora, pelo fato de não atender aos reclamos do desenvolvimento deste País, é também chamado de Minctiroso por toda a classe produtora do Brasil.
Muito obrigado, Sr. Presidente.

Minc: puxão de orelhas e fritura em alta

deu em o globo

Lula convoca Minc e pede fim de 'algazarra'

Presidente critica briga pública entre ministros e se queixa do comportamento da 'meninada' quando está viajando

De Luiza Damé e Chico de Gois:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou incomodado com as críticas públicas do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a colegas, e o convocou para uma reunião amanhã, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona provisoriamente o gabinete presidencial. Na semana passada, depois de se reunir com Lula, Minc disse que ministros combinavam um projeto com ele e depois iam ao Congresso com uma "machadinha" desfigurar leis em defesa do meio ambiente. Mais de uma vez, Lula deixou claro que não gosta de brigas entre ministros pela imprensa.

Embora tenha afirmado que não pretende repreender Minc, o presidente mandou recado:

- Tenho muitos filhos, e toda vez que o pai sai de casa a meninada faz algazarra mais do que deveria fazer - brincou, afirmando que o chamará quando voltar ao Brasil, amanhã.

Ao se reunir com Lula na última quinta-feira, Minc reclamou dos colegas que tentam protelar o cumprimento de exigências ambientais para liberar obras. No dia seguinte, criticou publicamente Alfredo Nascimento (Transportes) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos). Leia mais em O Globo

* O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, voltou a atacar ontem os ruralistas. Depois de afirmar que a pecuária é o principal vetor do desmatamento na Amazônia, Minc disse que os ruralistas estão "desesperados" e que querem tirá-lo do governo. Ressaltou que quem governa o Brasil é o presidente Lula, e não os ruralistas. E afirmou que, se no lugar do presidente estivesse um ruralista no poder, haveria o "Bolsa Latifundiário" em substituição ao Bolsa Família.

- O fato de os ruralistas estarem preocupados com a minha permanência no ministério me faz achar que estou no caminho certo, que estou enfrentando aqueles que acham que podem destruir impunemente os biomas brasileiros com monocultura, queimadas e agrotóxicos. Que me conste, o Brasil é comandado pelo presidente Lula, e não pelos ruralistas - afirmou.

Minc disse que procuraria a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), para retribuir um presente que ganhara dela, uma peça de artesanato de comunidades extrativistas da Amazônia. Antes de a senadora criticar Minc em plenário, ele afirmou que tentaria fechar um acordo com a senadora, que chamou de "agradável e hábil".

- Não queremos discriminar ninguém. Queremos que todos os agricultores, pequenos, médios e grandes, possam trabalhar respeitando o meio ambiente e os ecossistemas. Leia mais em O Globo

* A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), chamou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de alienado, incompetente e "ecoxiita". O forte discurso, feito da tribuna do plenário do Senado, é uma resposta às recentes declarações do ministro, que classificou os ruralistas de "vigaristas". A senadora disse que o Brasil não sentirá a falta de Minc:

- Esses brasileiros que trabalham pelo Brasil, que o Carlos Minc, este senhor, denomina de vigaristas, para esse alienado ministro Carlos Minc, quero dizer que esses vigaristas são responsáveis por um terço do emprego dos brasileiros. Quero dizer a esse ecoxiita profissional, alienado da economia nacional, que o Brasil e o governo podem viver sem o senhor, ministro.

Ontem, a CNA protocolou denúncia na Comissão de Ética Pública do governo federal pedindo a demissão do ministro. Também pediu que a Procuradoria Geral da República o denuncie por crime de responsabilidade. O ministro terá de explicar suas afirmações, durante a marcha Grito da Terra, à Comissão de Agricultura da Câmara, que aprovou ontem sua convocação.

Kátia Abreu disse que Minc não trabalhou o suficiente para conquistar cargos eletivos. Insinuou que ele beneficiou o frigorífico Bertin, cuja multa com o Ibama ficou parada por nove meses, porque a empresa teria comprado "bois-piratas" apreendidos em uma operação. Leia mais em O Globo

CNA divulga nota repudiando declarações do minitro Carlos Minc

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CNA EXIGE RESPEITO AO PRODUTOR RURAL

Por cultivar a convivência respeitosa com os poderes da República, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem a público pedir a atenção da sociedade para os seguintes pontos:

1) rompendo os limites da civilidade, desrespeitando as regras elementares da convivência democrática e assumindo os riscos de responder por suas afirmações difamatórias, o ministro Carlos Minc tentou desqualificar os produtores rurais do Brasil;

2) em um momento de dificuldades econômicas como este, em que o País sabe que pode contar com os produtores rurais, é profundamente lamentável que um integrante do governo desrespeite gratuitamente quem produz e luta contra a crise que está corroendo o emprego e a vida das pessoas;

3) a construção de um Brasil ecologicamente responsável está sendo buscada pelo consenso. Ofensas e palavrões são intoleráveis. A sociedade brasileira não merece ser submetida a tais constrangimentos. O Presidente da República, que tem em sua história passagem marcante pelo sistema sindical, certamente saberá avaliar e tomar as medidas cabíveis para conservar o ambiente democrático e republicano;

4) a CNA levará à Comissão de Ética do governo federal denúncia pública contra Carlos Minc por considerar que seu ato é inaceitável. Um funcionário público, que usa o posto que lhe foi confiado pelo Presidente da República para desconstruir toda e qualquer ponte em direção ao diálogo com a classe produtiva, deve responder pelos seus atos em todas as instâncias;

5) a CNA e os produtores rurais do Brasil manifestam sua admiração, seu respeito e sua solidariedade aos parlamentares que representam a agropecuária no Congresso Nacional e que também foram agredidos publicamente;

6) os produtores rurais reafirmam ao País o compromisso com a preservação ambiental e com a manutenção da produção de alimentos. Lembram ainda que nas democracias, presidentes da República, ministros e demais autoridades, debatem e buscam o consenso sobre os assuntos de interesse da sociedade. O que não se admite, e não se pode admitir, é que o ministro do Meio Ambiente tente camuflar a solerte intenção de estabelecer o confronto no setor rural brasileiro, mostrando-se desqualificado para o cargo que ocupa.

Brasília, 28 de maio de 2009

Senadora Kátia Abreu

Presidente

Multa do Ibama fica 9 meses na gaveta após infrator ajudar Minc

Infração de R$ 3 mi contra frigorífico que comprou 'bois piratas' entra no sistema do órgão após denúncia

Rodrigo Rangel, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) segurou por quase nove meses a aplicação de uma multa de R$ 3 milhões ao Grupo Bertin S/A, uma das maiores redes de frigoríficos do País. Além da negligência administrativa, o engavetamento da multa, aplicada em 27 de julho do ano passado, ganha importância política porque o Grupo Bertin participou de uma operação ambiental de "sucesso" desencadeada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a quem o Ibama está subordinado.

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Frigorífico nega irregularidades

Em agosto do ano passado, o Bertin arrematou em leilão os 3.100 "bois do Minc", como ficou conhecido o gado criado em área desmatada irregularmente que o ministro, em uma operação midiática, apreendera no Pará em junho de 2008. A negociação da manada estava a ponto de "micar", pela falta de frigoríficos interessados na compra. Naquele momento, os bois foram arrematados pelo Bertin, a empresa que tinha o auto de infração no valor de R$ 3 milhões literalmente estacionado em uma gaveta da gerência do Ibama em Marabá (PA).
Normalmente, os autos de infração não demoram a virar processos administrativos de cobrança nos sistemas eletrônicos do Ibama. Tão logo retornam das missões de campo, os fiscais entregam na base das operações seus blocos de multa e os autos lavrados passam a integrar o Sicafi, como é conhecido o Sistema de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização do órgão. Quando muito, a inclusão das multas no sistema leva um mês.
É a combinação da marcha lenta do processo de cobrança com a prontidão do Bertin de salvar a Operação Boi Pirata que chama a atenção. A operação foi deflagrada, segundo o ministro, para "pôr fim à moleza" dos ruralistas e combater o desmatamento para fazer pasto e alimentar os "rebanhos piratas". Já a multa à empresa foi aplicada durante fiscalização de rotina do Ibama. Os fiscais encontraram numa das unidades do frigorífico, em Santana do Araguaia (PA), um estoque equivalente a 10 mil metros cúbicos de lenha nativa. Segundo o auto de infração (nº 489.842), o Bertin não tinha documentos que pudessem certificar a origem da madeira.
"GAVETA"
O caso aumenta a pressão sobre o ministro. Minc tem trombado com colegas de Esplanada por divergências em torno de questões ambientais. Em entrevista ao Estado anteontem, chegou a criticar a "casa da mãe joana" que seria o governo Lula.
O auto de infração só foi lançado no sistema no dia 23 de abril, quase nove meses depois da aplicação da multa. Isso aconteceu quando já circulava nos gabinetes de Brasília a denúncia de que a multa teria sido "negociada". Minc foi um dos primeiros a serem comunicados da suspeita, que também corria no Congresso.
Quem levou a notícia ao ministro foi o deputado Luciano Pizzatto (DEM-PR). Dono de madeireira, Pizzatto é ferrenho opositor da gestão de Minc. No fim de março, ele recebeu de funcionários do Ibama um relato sobre o caso Bertin. Só depois desses fatos é que a multa acabou sendo localizada.
O Ibama nega o acerto com o grupo. Encarregado de cuidar do assunto, o diretor de Proteção Ambiental do órgão, Luciano Evaristo, afirmou que a multa demorou a ser processada porque o auto de infração foi "esquecido" no armário de uma funcionária terceirizada do escritório do Ibama em Marabá.
"Aqui ninguém negocia nada", disse Evaristo. "O auto foi encaminhado para Marabá, onde deveria ser protocolado, mas foi recebido por uma funcionária terceirizada que jogou na gaveta e saiu de férias." Ele deu o nome da funcionária Cleonice Aires Pereira. Procurada pelo Estado, por telefone, Cleonice negou.
Quando o Bertin topou comprar os "bois piratas" o ministro já havia gastado R$ 1 milhão para manter o rebanho apreendido e até admitia fazer um churrasco para as famílias inscritas no Fome Zero. Três leilões foram realizados, a pedido de Minc, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Fracassaram por falta de interessados. Auxiliares do ministro chegaram a falar em boicote dos pecuaristas.
Foi só no quarto leilão, realizado um mês após a multa aplicada ao frigorífico, que Minc conseguiu vender o gado. Ainda assim, por preço abaixo do pretendido. Inicialmente, o ministro pensava em arrecadar R$ 3,1 milhões. No quarto leilão, o Bertin arrematou os bois em lance único, pagando R$ 1,2 milhão por 3.046 cabeças.
Ainda no período em que estava "perdido", o auto de infração passou pela sede do Ibama, em Brasília. Evaristo diz que o documento fez essa viagem até a capital porque, logo após a autuação, os fiscais seguiram para Barra do Garças (MT), que era a base da operação.
De Barra do Garças, disse ele, o papel teria de ser remetido para a gerência do Ibama em Marabá. "Passou por Brasília porque o malote foi enviado para cá. É assim que funciona." O "erro", admite Evaristo, só foi descoberto após a chegada ao Ibama da "denúncia" sobre a suposta negociação.

Minc considera equívoco denúncia da CNA à Comissão de Ética

Na última quarta, ministro chamou os parlamentares da bancada ruralista de vigaristas

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, classificou nesta sexta, dia 29, como um equívoco a intenção da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) de denunciá-lo à Comissão de Ética Pública da Presidência da República por causa de suas declarações contra a bancada ruralista.

Na última quarta, dia 27, o ministro chamou os parlamentares do setor de “vigaristas”, ao discursar para agricultores familiares que marchavam em frente ao Congresso Nacional.

Minc diz que entende a situação como uma reação à parceria que o Ministério está construindo com os agricultores familiares.

— Isso é um equívoco. Na verdade, trata-se de uma questão política. Eles estão reagindo porque eu trouxe para o lado da ecologia uma base importante que, por omissão nossa, acabou correndo para o lado do agronegócio, contra o código florestal — afirmou o ministro, depois de participar, no Rio de Janeiro, de uma reunião de trabalho do Comitê Orientador do Fundo Amazônia.

Ele disse que não quer polemizar os fatos e que “desculpa previamente” as declarações dos líderes ruralistas, algumas carregadas de “destempero, truculência e agressividade”.

Segundo o ministro, ele apenas alertou os agricultores familiares contra o canto da sereia dos grandes produtores, que estavam "aterrorizando" os pequenos agricultores para jogá-los contra a legislação ambiental.

— Pode ter havido um ou outro excesso, mas não mencionei ninguém, não desqualifiquei ninguém, não usei palavras de baixo calão. Isso não vai me abater, porque eu sou casca grossa, tenho experiência parlamentar e sei o que quero — declarou o ministro sobre a reação dos líderes ruralistas ao seu discurso para os agricultores familiares.

Ainda durante o evento, o ministro afirmou que sua pasta saiu fortalecida da reunião que teve nesta quinta, dia 28, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Minc disse que, na ocasião, reclamou da falta de apoio de alguns Ministérios e alegou que a pasta sob seu comando estaria sofrendo problemas de sustentabilidade.

— Essa reunião foi um ponto de inflexão, um marco decisivo. Saí fortalecido em questões fundamentais, com o respaldo do presidente. Quem quiser que vá brigar com ele. Ele me deu força e eu a exercerei — acrescentou Carlos Minc.

AGÊNCIA BRASIL

Agronegócio: comissão da câmara pode convocar Minc para dar explicações

Agência Safras

SAFRAS (29) - O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) protocolou hoje, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados um requerimento convocando o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para esclarecer as suas declarações contra a classe produtora e os parlamentares que defendem a agropecuária no Congresso Nacional. O parlamentar gaúcho deseja que a proposta seja votada na reunião ordinária da próxima quarta-feira (3).

Indignado com as palavras ofensivas de Minc, proferidas durante manifestação de movimentos sociais do campo, em Brasília, na última quarta-feira (27), o parlamentar gaúcho classifica a fala como inaceitável. Na opinião de Heinze, é inadmissível que um ministro de estado ofenda os produtores rurais brasileiros, responsáveis por produzir e exportar alimentos para todo o planeta.

Somos o primeiro e segundo maior exportador mundial de açúcar, soja, suco de laranja, café, tabaco, carne bovina e de frango e o que uma ação desastrosa como essa pode representar lá fora?, indaga.

Heinze ressalta que a balança comercial brasileira só é superavitária graças aos vigaristas apontados pelo ministro Carlos Minc. Os resultados positivos da agricultura nacional foram obtidos num ambiente extremamente competitivo, o que prova a importância do setor para o país. Como pode um ministro não reconhecer isso e desqualificar o trabalho de quem produz alimentos, gera empregos e mantém a economia do Brasil, evidencia.

O deputado acredita que Minc quer imputar um modelo do bem contra o mal, uma guerra entre ambientalistas e produtores e agora incita uma luta de classes ao defender que ambientalistas e pequenos produtores andam lado a lado. Quanta arrogância desse ministro. Coloca os produtores como predadores do meio ambiente, enquanto os ambientalistas, agora enganando e coagindo os pequenos agricultores, estariam salvando o planeta, ressalta. As informações são da assessoria do deputado Heinze.

Crise entre Minc e ministros preocupa Planalto

LEONENCIO NOSSA - Agencia Estado

BRASÍLIA - O mal-estar dentro do governo provocado pelos ataques do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a colegas de Esplanada e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) passou a preocupar o Planalto, que teme que a crise contamine o anúncio, pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), do 7º balanço parcial das obras, previsto para a próxima quarta-feira.
Anteontem, Minc disse que estava impedido "eticamente" e "moralmente" de conceder licença ambiental para a pavimentação da BR-319 e a construção de hidrelétricas no Rio Araguaia, ações prioritárias do programa de infraestrutura.
Assessores do governo avaliam que o tom das críticas de Minc reacendeu o interesse pela solenidade ao pôr em xeque até mesmo os "bem elaborados" selos de classificação do andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento.
Além de Dilma, participam do anúncio do balanço do PAC os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo. A previsão é de que neste fim de semana o levantamento da situação das obras seja encerrado, com a elaboração de um caderno com informações atualizadas de uma série de ações do governo nas áreas de energia, transportes e infraestrutura social e urbana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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