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Eles tentam... tentam, mas não conseguem entender a Amazônia

A Amazônia jamais será feita de números, teses de pós, pós...Doutorado. A Amazônia continuará sendo uma grande pergunta para quem dela não tem o sangue; o pitiú: tirar uma pontinha da proa do barco quando se é moleque.

É brincadeira as baboseiras registradas pela BBC de Londres no post abaixo.

Só o publiquei com esse intento.

Bye, bye, gringos. Mesmo com o esforço de contratar repórteres locais. Vocês se entregam nas pautas.

Bye.

Deputado Antonio Feijão alerta Lula da influência de Minc sob pressão de ambientalistas de franquia

O Deputado Antônio Feijão, do PSDB-AP, abriu o “verbo” no Pequeno Expediente da Câmara dos Deputados ao utilizar o seu tempo regimental somado ao da Comunicação de Liderança de seu partido. Legenda, lembrem-se, de oposição ao Governo.

Objetivo, contundente e – algo exagerado – Feijão explanou com propriedade o assunto da semana na Casa: “o poder” do que qualificou de ONG´s de franquia sobre o Ministério do Meio Ambiente, sob a batuta do lero-lero do midiático piloto da vez: Carlos Minc.

Exceto duas passagens que julgo externadas no calor do debate. Feijão foi irretocável em suas colocações, colocando os interesses oposicionistas de sua legenda – responsável pelo start de um MP do presidente que então governava os brasileiros (O Príncipe FHC): a da redução de 50% para 80% da reserva legal das propriedades na Amazônia Legal. De baixo pra cima e: seguuura Peeeeeãããão!!!

É importante observar que desta medida para cá, a sanha de interesses internacionais foram revelados ao grande público ou, como queiram, aos “esclarecidos”, uma guerra de 3.a Geração, aqui, na tese de um grande estudioso sobre o assunto, já abordado (consulte os arquivos do blog).

E Antonio Feijão disse:

Na semana passada o Congresso Nacional realizou grandes debates sobre as denúncias feitas pelo Greenpeace, que criminalizou a pecuária na Amazônia.

Veja bem. O Brasil recebeu uma denúncia do Greenpeace e apenas com essa denúncia criminalizou a pecuária dos Estados de Rondônia, Pará e Mato Grosso, em especial.

O Greenpeace é uma franchise. Para o cidadão que está nos escutando, é um pacote que qualquer país no mundo pode comprar e perseguir as empresas que assim o desejar, e extorquir dinheiro para os seus canapés e vinhos importados de suas reuniões noturnas.

Foi esse mesmo Greenpeace que há 5 anos, após eu participar de uma reunião no Banco Mundial, anunciou através do site O Eco que eu estaria insuflando o povo a tocar fogo no navio do Greenpeace.

Ora, como éque eu vou insuflar o povo a tocar fogo num navio se isso pode provocar o efeito estufa?

Talvez eu incentivasse a afundar aquilo, mas há certas coisas que não afundam, Sr. Presidente.

Voltando à denúncia do Greenpeace, o Ministro Minc, que, como todo mundo lembra, é aquele playboy que anda de jaleco no calçadão de Copacabana, por um simples ato monocrático de sua sabedoria atlântica, de suas boas relações com o mundo da maconha — ele foi o carro abre-alas da grande marcha em defesa da maconha no Brasil — , fez com que muitas empresas que foram financiadas com dinheiro público através da SUDAM, do BASA e do Banco do Brasil na esteira da legalidade e da legitimidade fossem, pelos braços constitucionais do Estado nacional, se instalar na Amazônia. Hoje, por um simples sopro midiático de uma ONG, que é um franchising, estão criminalizadas.

E por que eu, um Parlamentar do Estado do Amapá, estou aqui dizendo isso com tanta veemência? Porque agora, nas prateleiras dos supermercados do Estado do Amapá a carne de gado, o boi verde, que vinha de Altamira e de Monte Alegre, está criminalizada, Sr. Presidente. Vamos ter de comer carne congelada que vem de Minas Gerais.

Veja bem, se é para proteger a Floresta Amazônica, vamos mudar o meta somatismo do ser humano. Afinal, não comemos só carne e não removemos a cobertura florestal primária, seja da Floresta Amazônia, seja da Mata Atlântica, só para produzir capim ou qualquer outro tipo de pasto para o boi. Essa é uma idéia que deve acabar no Congresso Nacional.

Há duas grandes falhas do Congresso Nacional. A primeira é permitir que, através do CONAMA e de atos isolados, um burocrata como o Carlos Minc, que nem sabe onde fica a Amazônia, que não sabe a diferença entre regularizar e legitimar, que desconhece a geografia cultural e econômica da Amazônia, faça atos dessa natureza e nos trate como bandidos.

A ignorância amazônica, o analfabetismo semântico amazônico desse Ministro Minc é tão grande que ele fica pulando como macaquinho de auditório, dizendo que este ano já tivemos 40% de redução de desmatamento. Ministro Minc, água não pega fogo. A Amazônia está numa era de dilúvio, a maior chuva, a maior cheia dos últimos 100 anos. Como é que se vai desmatar a água, Ministro?

O senhor vá enganar os seus eleitores maconheiros de Copacabana, mas enganar o Brasil e a nós, da Amazônia, o senhor não vai. O senhor não vai enganar o Presidente Lula, ele conhece a Amazônia e conversa conosco.

A Amazônia não está sendo desmatada porque está inundada. Que o digam as manchetes de jornais. Nesse período, em eras normais, o Rio Amazonas aumenta em mais de 180 quilômetros lateralmente os seus espelhos d’água. Não há carro que ande por lá. Tanto é que nesta época há uma norma do IBAMA que proíbe a retirada de madeira porque destrói os ramais.

E, aí, o cidadãozinho lá, essa Barbie do gênero masculino de Copacabana, vem dizer, para fazer média com o Presidente da República, que houve redução de 40% no desmatamento. Na era de dilúvio, nada pega fogo, Sr. Presidente.

Aproveito para homenagear o INCRA, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Presidente Lula, o Senador José Sarney, todas as equipes técnicas do Instituto do Meio Ambiente e do INCRA do Estado do Amapá, os técnicos do Governo do Amapá, o Governador do Amapá, o Deputado Davi, o Senador Gilvam Borges, o Deputado Jorge Amanajás, o ex-Deputado Lucas Barreto e o Deputado Eider Pena. Todas essas pessoas trabalharam juntas para o sucesso da incorporação na Medida Provisória nº 454, que transferia para Roraima as terras federais. Por benevolência do Relator Urzeni Rocha uma emenda de minha autoria incorporou na Medida Provisória nº 454 também o Amapá.

É importante um parlamentar do PSDB usar a tribuna não só para fazer a posição, mas para fazer justiça à história.

O Presidente Lula transferiu as terras remanescentes para Roraima e Amapá sem restrições, parabenizando aqueles dois Estados, que são os mais preservados do Brasil. O Amapá tem 98% de suas florestas primárias preservadas e Roraima tem 97%. Roraima tem 74% de unidade de conservação em terras indígenas e o Amapá tem 72%.

Pela primeira vez, um ato da União e do Estado Nação, por intermédio de seu governante, beneficia o Estado que faz a opção da preservação como instrumento de relevo na sua gestão de insumos ambientais e de todos os seus recursos naturais.

Foi a primeira vez nesta Casa que um ato do Congresso Nacional reconhece que o povo do Amapá e de Roraima têm autoridade, conhecimento e capacidade de gestão territorial para destinar as terras remanescentes agora dominialmente em nome de Roraima e do Amapá.

Com isso, todos os agricultores do Estado do Amapá, lá de Vitória do Jari, que ora nos escutam neste momento, lá dos rincões do Oiapoque, que estão ansiosos pelos seus títulos nas áreas insulares do Bailique, onde, pela primeira vez, o Estado do Amapá, pelo seu instituto de ordenamento territorial, está emitindo as primeiras cédulas e agora, com a Lei nº 11.949, que resultou da conversão da Medida Provisória nº454, esses agricultores, finalmente, com seus diplomas dominiais, poderão se dirigir a um cartório e, sem nenhum obstáculo, fazer o registro final e poder acessar o mundo do crédito.

Para Estados como Amapá e Roraima foi um grande passo, para os nossos agricultores e para o nosso agronegócio que se inicia é um bom começo.

Sr. Presidente, peço a V.Exa. que meu pronunciamento seja veiculado no programa A Voz do Brasil, em especial o meu agradecimento ao Presidente Lula por esse grande ato e, com a sua máxima vênia, seja divulgado nos demais órgãos de comunicação desta Casa.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.”

Em reunião em Londres, em maio, Príncipe Charles revela planos para ‘proteger a floresta amazônica.


BRASÍLIA — Verão de 1969, apartamento de Hanbury-Tenison, Londres. Maio de 2008, Clearence House, residência do Príncipe Charles, Londres. São 39 anos de uma reunião para outra. Aí você pode se perguntar: o que isso tem a ver com a Amazônia? Tudo. O establishment inglês cria nesse primeiro encontro a organização não-governamental (ONG) Survival Internacional. Sua finalidade expressa: criar no Brasil o Parque Ianomami.

Quatro décadas depois, o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, reúne autoridades e parlamentares da Amazônia com representantes de instituições financeiras e das indefectíveis ONGs. Discutiram-se ali temas relacionados diretamente com a região: agricultura, meio ambiente, infra-estrutura, finanças, saúde, e educação. Charles é mais ousado. Oferece-se para ser uma espécie de interlocutor privilegiado entre as personalidades brasileiras envolvidas nas questões amazônicas e as lideranças britânicas interessadas na ‘proteção’ da floresta amazônica.

Ali estavam presentes os governadores Ana Júlia Carepa, do Pará; Waldez Góes, do Amapá; e José de Anchieta Júnior, de Roraima.

O Acre e o Amazonas foram representados pelos senadores Tião Viana (PT-AC) e Arthur Virgílio (PSDB-AM).

O encontro reuniu ainda executivos de grandes empresas,entre as quais Rio Tinto, Shell, Deutsche Bank, Goldmann Sachs, Morgan Stanley e MacDonald's.
Também não faltaram os dirigentes do WWF, Greenpeace, Friends of the Earth (Amigos da Terra). Até o líder indígena Almir Suruí esteve por lá.

Ana Júlia (D) acerta com Príncipe Charles ida ao Pará /GEORGE BODNAR




















A reportagem completa aqui.
Nota do Blog: O desdobramento dessa reunião evidencia, lamentavelmente, e mais uma vez, o despreparo da atual dirigente do governo paraense, que embalada pela alienação de seus colegas, posou para essa foto e assinou, Deus sabe lá o que.

O blog está investigando e assim que obter os documentos oficiais revelará aos leitores mais esse golpe do príncipe, eterno pretendente à corôa, secundado por seus asseclas.

Fonte: Agência Amazônia.

Estrangeiros já detem 3 milhões de hectares no Brasil

Caladinhos, estrangeiros já controlam 3 milhões de hectares no Brasil, revela levantamento publicado na Radiobrás.

Números do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) mostram que estrangeiros são donos de mais de 3,8 milhões de hectares de terra no Brasil. Somente em Mato Grosso, os investidores internacionais têm aproximadamente 754 mil hectares, divididos em 1.377 propriedades rurais. Seguem na lista São Paulo e Mato Grosso do Sul, estados em que os estrangeiros têm, respectivamente, 504 mil e 423 mil hectares.

Diante do quadro, a Advocacia-Geral da União (AGU) já trabalha na elaboração de um parecer para limitar a compra de terras brasileiras por estrangeiros, como estratégia de defesa da soberania do país.

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Exército censura Comandante Militar da Amazônia

A cúpula do Exército não quer ver mais o comandante militar da Amazônia, Heleno Pereira, falando por aí sobre a reserva Raposa Serra do Sol e os perigos de internacionalização da Amazônia. Tanto é que o comandante-geral da Força, general Enzo Peri, avisou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que Heleno está impedido de comparecer a um debate sobre o tema. A turma da OAB, nas internas, fala em censura prévia. (Por Denise Rothenburg com Guilherme Queiroz)

Debate – Soberania do Brasil na Amazônia e questões ambientais - Parte 3

Assista o 3º e último bloco.

Debate – Soberania do Brasil na Amazônia e questões ambientais

A TV Câmara discute a soberania do Brasil na Amazônia e questões ambientais no programa Expressão Nacional.

Debateram os depustados federais Giovanni Queiroz (PDT-PA), da Comissão Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Janete Capiberibe (PSB-AP), presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, Antonio Carlos Mendes Thame, da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento, e Arnaldo Carneiro do Instituto Socio Ambiental. Assista o 1º bloco.

CPI da Amazônia pode sair do papel

A deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) começou, ontem, a colher assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Amazônia. Além de fazer um levantamento minucioso sobre a situação da floresta, o objetivo da comissão será, segundo a parlamentar, elaborar uma proposta de legislação que regularize a questão fundiária na região. "Sem a solução desse problema crucial, não há como pensar em desenvolvimento sustentável na região. Por isso, o parlamento brasileiro precisa dar sua contribuição para combater a ação de estrangeiros que compram terras irregularmente na Amazônia", defende a parlamentar, referindo-se a aquisição de 160 mil hectares de terras no Amazonas pelo empresário sueco Johan Eliasch, fundador da ONG Cool Earth. A entidade é citada em um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que levanta suspeitas sobre a atuação da entidade em áreas públicas da Amazônia.

Para reunir as 171 assinaturas necessárias para dar entrada no pedido de CPI, a deputada vai pedir apoio das bancadas do Norte e dos parlamentares da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional. "Nas outras regiões, contamos com a sensibilidades dos parlamentares para o problema. Afinal de contas é uma situação que está sendo discutida em todo o país", disse.

Em nota divulgada ontem, Eliasch negou que tenha comprado em nome da Cool Earth áreas na Amazônia, em Cristalino (MT), ou que tenha estimulado a exploração de ouro na região, conforme noticiado pela imprensa. "Essas alegações não têm substância e são completamente falsas", afirmou. "A Cool Earth não comprou e não vai comprar um acre de terra sequer, seja na Amazônia ou em qualquer outro lugar. Com relação a Cristalino, a Cool Earth não é proprietária de terras na cidade. Seu envolvimento é limitado à doação de fundos para uma organização não-governamental britânica chamada Fauna e Flora Internacional, responsável por um projeto de proteção à floresta nessa área", sustentou o empresário, que negou que tenha sido oficialmente notificado sobre investigações conduzidas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A respeito de uma afirmação a ele atribuída, de que a floresta amazônica poderia ser comprada por US$ 50 bilhões, Eliasch informou que a declaração faz parte de um discurso feito em 2006 para uma seguradora. "É uma distorção. O que eu disse é que a indústria seguradora teria um incentivo financeiro claro ao apoiar a proteção das florestas tropicais pelo planeta", defendeu.
Fonte: Correio Braziliense

Empresário sueco já possui 160 mil hectares na Amazônia

Vejam esse cara-de-pau que posa de amiguinho das árvores e das comunidades pobres da Amazônia.

Oferta de US$ 50 bi pela Amazônia. Só isso?

Abin: Amazônia é avaliada em US$ 50 bilhões

Um relatório reservado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informa que o empresário sueco Johan Eliasch, consultor do primeiroministro inglês Gordon Brown, avaliou que poderia comprar toda a Floresta Amazônica por US$ 50 bilhões. Eliasch fez a declaração para estimular empresários ingleses a comprar ou fazer doações para a aquisição de terras na Amazônia. A Polícia Federal e a Abin investigam o suposto envolvimento de Eliasch com a compra de 160 mil hectares de terra no Amazonas e em Mato Grosso, como revelou ontem a coluna Panorama Político, do GLOBO.

“Eliasch realizou, entre 2006 e 2007, reuniões com empresários e propôs que comprassem terras na Amazônia, chegando a afirmar que seriam necessários ‘apenas’ US$ 50 bilhões para adquirir toda a floresta”, alerta relatório da Abin enviado ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal.

O futuro ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que assume o cargo amanhã, manifestou preocupação: — Estou chocado e vou mandar apurar essa história assim que tomar posse.

Conselheiro de Gordon Brown para questões de desmatamento e energia limpa, Eliasch é um dos fundadores da organização não-governamental Cool Earth, entidade que está na lista de ONGs suspeitas de irregularidades na Amazônia, produzida pelo Ministério da Justiça desde o ano passado.

A partir das doações, a ONG compraria terras na Amazônia, no Brasil e no Equador. Para a Abin, a compra sistemática de terras na região por estrangeiros pode representar, no futuro, riscos à soberania nacional. No relatório sobre a Cool Earth, os analistas de inteligência associam as compras de terras com declarações de políticos ingleses sobre a necessidade de preservar a Amazônia acima dos interesses específicos do Brasil: “Por mais de uma vez, políticos ingleses colocaram a preservação do meio ambiente acima de questões de soberania nacional, partindo do pressuposto de que países como o Brasil não são capazes de cuidar de suas florestas”.

Preservação seria desculpa para venda da Amazônia
As terras adquiridas a partir da movimentação da ONG estariam em nome da Floream e da Empresa Florestal da Amazônia, empresas sob o controle do Brazil Forestry Fund Investiment.

O fundo foi registrado em Delaware, nos Estados Unidos, onde a legislação proíbe a divulgação de informações sobre os sócios das empresas. Só nos municípios de Itacoatiara, Manicoré, Humaitá e Novo Aripuanã, a Floream e a Florestal da Amazônia detêm 120 mil hectares. O fato de algumas dessas fazendas serem vizinhas de propriedades onde, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral, já existem pedidos para exploração de ouro chamou a atenção da Abin.

Outra fazenda em Mato Grosso estaria dentro de terras da Força Aérea Brasileira, na Serra do Cachimbo, uma das mais importantes bases militares brasileiras na divisa entre o Pará e Mato Grosso, e dentro do Parque Estadual do Cristalino (MT).

Fonte: Ilimar Franco e Jailton de Carvalho, de O Globo

General solta o verbo

Fabio Rossi/Ag. O Globo















O general-de-exército Augusto Heleno Pereira é um dos poucos comandantes brasileiros com experiência em combate. Foi o primeiro chefe da missão de paz da ONU no Haiti. Já ocupou alguns dos postos mais altos da burocracia do Exército. Hoje, é o comandante militar da Amazônia. Na semana passada, o general Heleno usou todo o seu prestígio para atacar a política indigenista do governo Lula. Durante uma palestra no Clube Militar, no Rio de Janeiro, declarou que a demarcação de reservas indígenas na fronteira do país ameaça a soberania nacional. E foi além. O comandante da Amazônia chamou a atual política indigenista de "lamentável" e "caótica", por impedir não-índios de entrar em reservas e por abandonar as comunidades indígenas à miséria depois da demarcação. As críticas, claro, repercutiram mal, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exigiu que o militar fosse disciplinado. Há poucas chances de que isso ocorra e nenhuma de que surta efeito.

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O general Heleno fala com liberdade porque está no topo da carreira, não depende mais de promoções e pode vestir o pijama quando quiser. Em momentos como esse, é comum que os militares soltem a língua. Em 1995, o general Murillo Tavares da Silva malhou um projeto de indenização das vítimas do regime militar. Dois anos antes, seu colega Benedito Leonel invocou a "cólera das legiões" para exigir reajuste nos soldos. Eles, como Heleno, falaram respaldados por seus companheiros de caserna. As Forças Armadas estão justificadamente insatisfeitas com a política da União de entregar territórios vastos e contínuos aos índios, como no caso da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. Prova disso é que, dois dias depois do discurso de Heleno, outro general, Luiz Schroeder Lessa, publicou um artigo no qual classifica a criação de reservas na fronteira da Amazônia como "um dos maiores atentados à soberania brasileira com o apoio ostensivo do presidente Lula e a omissão criminosa de seu governo". Do ponto de vista militar, a avaliação é correta.

Palestra sobre o "Movimento Ambientalista-Indigenista, Conflitos de Quarta Geração e a Amazônia no Século XXI

"O Movimento Ambientalista-Indigenista, Conflitos de Quarta Geração e a Amazônia no Século XXI", é o título da palestra do jornalista Lorenzo Carrasco, do Conselho Editorial do Alerta em Rede, proferida no seminário “Amazônia, ameaçada e cobiçada ”, no Clube da Aeronáutica, Rio de Janeiro, em 27 de março de 2008.

Contexto estratégico
Para se analisar a atuação do movimento ambientalista-indigenista internacional como um instrumento geopolítico a serviço de interesses hegemônicos do eixo anglo-americano, nas últimas décadas, é preciso enquadrá-lo no contexto estratégico. De fato, a vasta mobilização desse aparato intervencionista de guerra irregular, a partir do final da década de 1980, ocorreu no âmbito do fim da Guerra Fria e da emergência da “globalização” financeira, como instrumentos para a pretendida consolidação da hegemonia unipolar anglo-americana.

Essa “nova ordem mundial”, pomposamente anunciada ao mundo pelo presidente George Bush pai por ocasião da Guerra do Golfo de 1991, tinha como um dos seus principais pressupostos a debilitação e neutralização dos Estados nacionais soberanos e a ascensão de atores não-estatais, como as organizações não-governamentais (ONGs), na orientação e determinação das políticas públicas internas e externas, estabelecendo as bases para regimes de soberania “restrita” ou “limitada”. Um desdobramento recente dessa estratégia foi o reconhecimento da “independência” da província sérvia do Kosovo – hoje, um protetorado de fato da OTAN – com base em critérios étnicos, o que representa um precedente perigoso para nações que têm concentrações de populações culturalmente diferenciadas em certas áreas geográficas (não por acaso, a Espanha não seguiu os seus pares da União Européia no reconhecimento do Kosovo).Entre as diretrizes da “nova ordem”, que deveriam ser seguidas por todos os governos, em especial os do setor em desenvolvimento, destacavam-se:


o afastamento do Estado do papel de indutor do desenvolvimento socioeconômico, o
qual deveria ser deixado a agentes privados;
a privatização de empresas estatais estratégicas, principalmente as ligadas aos recursos naturais e à infra-estrutura (como ocorreu na Rússia, proporcionando a apropriação das empresas estatais por uma estrutura ostensivamente mafiosa, e no Brasil, com a Cia. Vale do Rio Doce, os setores elétrico e de telecomunicações, a abertura do setor petrolífero e, agora, a pretendida privatização da exploração de minérios radioativos);
a debilitação das Forças Armadas, tanto por crescentes restrições orçamentárias, como pelo desmantelamento dos seus programas de tecnologias avançadas, como ocorreu de forma destacada no Brasil e na Argentina, entre outros países;
a imposição de um regime de “apartheid tecnológico” a esses países, sob o pretexto da não-proliferação de tecnologias de uso dual, como nas áreas nuclear e aeroespacial, por meio de acordos multilaterais discriminatórios, a exemplo do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis e outros.

Especificamente na área ambiental, esse impulso se direcionou para a imposição da falaciosa agenda malthusiana que está por trás do discurso ambientalista, cujo objetivo maldisfarçado é a limitação da industrialização e do desenvolvimento socioeconômico do planeta nos níveis atuais, cuja iniqüidade e injustiça são flagrantes.

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A defesa dos editores do Máfia Verde

Livro 'Máfia Verde' incomoda Establishment anglo-americano

Julho 30,2007 por Nilder Costa


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27/jul/07 (AER) – O influente jornal New York Times publicou hoje um instigante artigo cujo título é auto-revelador: 'Na Amazônia: conservação ou colonialismo?'. De autoria do seu correspondente para a América Latina, Larry Rohter, o artigo começa respondendo que, a depender o 'ponto de vista', o suporte financeiro do WWF a uma reserva natural no Rio Negro pode ser tanto uma louvável tentativa para conservar a floresta Amazônica quanto a ponta de lança de um execrável complô de grupos ambientalistas para retirar o controle brasileiro da maior floresta tropical do mundo e substituí-lo por outro internacional. [1]

'Contudo', diz Rohter, 'esse esforço [do WWF na Amazônia] levantou as suspeitas de poderosos grupos empresariais e políticos no Brasil que desejam integrar a Amazônia à economia do País por meio de represas, projetos de mineração, rodovias, portos, exploração madeireira e exportações agrícolas'.

E explica que suspeitas são essas:

"Isso é uma nova forma de colonialismo, uma conspiração aberta na qual interesses econômicos e financeiros atuam através de organizações não-governamentais", disse Lorenzo Carrasco, editor e co-autor do [livro] 'Máfia Verde', um polêmico texto anti-ambientalismo de ampla circulação. "É evidente que esses interesses querem bloquear o desenvolvimento do Brasil e da região Amazônica por meio da criação e controle dessas reservas, que estão cheias de minérios e outros valiosos recursos naturais".

A seguir, Rohter menciona vários documentos e citações de personalidades exacerbando a cobiça internacional pela Amazônia que circulam livremente pela Internet, como o conhecido (e falso) mapa escolar americano mostrando a região como 'reserva internacional' e descrevendo os brasileiros como 'macacos' incapazes de cuidar da floresta. De forma sutil, o articulista tenta induzir o leitor que o 'Máfia Verde' se inclui entre tais documentos 'exacerbados' ou toscamente falsificados objetivando, com isso, desqualificá-lo.

Sem entrar no mérito das argumentações de Rohter, o importante aqui é recordar que o New York Times funciona, amiúde, como um 'conduto informal' do Departamento de Estado dos EUA e que o artigo constitui uma espécie de 'controle de danos' causados pelo memorando Usaid planeja a ocupação da Amazônia, onde Carrasco expõe as motivações geopolíticas do já famoso programa ''Iniciativa para Conservação da Bacia Amazônica' (ABCI, na sigla em inglês).

Em outras palavras, é um sinal que a influência do 'Máfia Verde' e análises correlatas, como o citado memorando, está atrapalhando certos desígnios estratégicos do Establishment anglo-americano para o Brasil em geral e para a Amazônia em particular.

Notas:
[1] In the Amazon: conservation or colonialism?, New York Times, 27/07/07


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Na Amazônia: Conservação ou Colonialismo?



Por Larry ROHTER

Publicado em: 27 de julho de 2007

A Reserva de Natureza de Anavilhanas no Rio Negro, uma das áreas de conservação na Região da Amazônia Protegeram programa de Áreas no Brasil.
























Lalo de Almeida for The New York Times

Some people in Brazil believe the World Wildlife Fund's financial support of a nature reserve in the world's largest rain forest is part of a plot by foreign environmental groups to wrest control from Brazil and replace it with international rule.


ESTAÇÃO de ANAVILHANAS ECOLÓGICO, Brasil — Depende do ponto de vista, o suporte financeiro do Capital da Vida selvagem Mundial de uma reserva de natureza aqui no Rio Negro é ou separar uma tentativa louvável para conservar da selva da Amazônia — ou a extremidade principal de um enredo abominável em curso patrocinada por grupos ambientais estrangeiros para arrancar o controle da maior floresta tropical do mundo do Brasil que a substitui da regra internacional (minha nota: ferindo a soberania nacional brasileira).
















Uma criança observou uma visita recente de Matthew Perl, o coordenador de WWF Amazônia, que está trabalhando com a possibilidade de investimentos de $390 milhões de capital para a região.

Em 2003, depois de assinar um acordo com o WWF e o Banco Mundial , o governo brasileiro criou na Região da Amazônia áreas de Proteção Permanente. Desde então, mais que um placar de parques nacionais e reservas cobrindo uma área maior que Nova Iorque, Nova Jersey e Connecticut juntas foram trazidos naquela rede e fornecida com uma infusão de novos capitais.

O objetivo do programa é para instalar "um sistema de caroço para ancorar bio-proteção de diversidade para a Amazônia," diz Matthew Perl, o coordenador do WWF na Amazônia, durante uma visita em junho na área, um arquipélago escassamente povoado à 400 kms noroeste das ilhas de Manaus. "É parte de uma estratégia para ganahar tempo, com o objetico de proteger a área até certos padrões de gerenciamento e recursos da área alagada para monitoração e execução."

Mas aquele esforço despertou as suspeitas de empresários poderosos e grupos políticos no Brasil que querem integrar a Amazônia na economia de país por represas, criando projetos, estradas, portos, logging e exportações agrícolas.

"Isto é uma nova forma de colonialismo, uma conspiração aberta em que interesses econômicos e financeiros agem por organizações não-governamentais," disse Lorenzo Carrasco, editor e co-autor de "A Máfia Verde," uma publicação de extensa e polêmica circulação anti-ecologista. "É evidente que estes interesses querem bloquear o desenvolvimento do Brasil e a região da Amazônia criando e controlando estas reservas, que estão cheias de minerais e outros recursos naturais valiosos."

Tais visões estão extensamente seguras no Brasil, atravessando-o. Em uma pesquisa de 2000 pessoas em 143 cidades conduzidas pessoalmente em 2005 pela organização nas prinicipais cidades mais votadas do país, segundo o Ibope, 75% disse que a riqueza natural do Brasil podia provocar uma invasão estrangeira, e quase três entre cinco desconfiavam das atividades de grupos ambientais.

Premiada a batalha para a opinião pública brasileira é crucial para qualquer esforço global para preservar o ambiente e, por extensão, a mudança de clima nesse meio termo. O Brasil é o quarto maior produtor do mundo dos gases de estufa principalmente; mais de três-quartos daquelas emissões resultam de desmatamento, a maior parte de que acontece aqui na Amazônia (minha nota: a matéria omite que o fenômeno das queimadas no Brasil é dois meses no ano).

Mas a noção que estrangeiros desejam de uma Amazônia maior tem sido difundida no Brasil, alimentada em parte por ansiedade sobre o controle tênue do governo central da região. Aquelas preocupações foram exacerbadas em anos recentes pela Internet, que se tornou uma casa para documentos e declarações fabricadas para convencer brasileiros que sua soberania está em risco.

O exemplo mais notório é um mapa extensamente reproduzido supostamente usado em um livro americano de ensino médio de geografia nas escolas americanas. Predominante com misspellings e erros de sintaxe comum do tipo de locutores de idiomas de romance como oportuguês, mostra à Amazônia como uma "reserva internacional," e descreve brasileiros como "travessos" e incapazes de administrar a floresta tropical.

Outros documentos espúrios dizem que ambos os Presidente Bush e Al Gore falaram em 2000 , durante a campanha presidencial, como favoráreis em arrancar a Amazônia do Brasil. Em outro lugar, os documentos citam um General apócrifo Americano, que leva uma agência que o Pentágono diz que não existe, como dizendo que, "No evento o Brasil decide usar a Amazônia de um modo que põe o ambiente dos Estados Unidos em risco, nós devemos estar prontos para interromper aquele processo imediatamente."

Desde que começou a guerra do Iraque, acusações de projetos militares americanos na Amazônia estão freqüentemente invocadas para denegrir ecologistas e suas reclamações sobre a política do governo local. Em audições no ano passado em uma represa proposta para o Rio de Madeira, proponentes distribuíram uma exibição de mapa do que eles disseram que eram dos americanos "adiante-locais de operações" na região visada para bloquear o desenvolvimento do Brasil, inclusive que o exército estacionou tropas e aliados na Bolívia e na Venezuela, dois países não exatamente em condições amigáveis com a administração de Bush.

Alguns do materiais em circulação foi localizado como sendo de grupos nacionalistas direitistas simpatizantes com a ditadura militar que governadou o Brasil de 1964 até 1985. Mas em uma instância incomum de antigos adversários concordando, organizações de extrema— até na Festa dos Trabalhadores — também foi endossada a noção de um enredo estrangeiro para ocupar a Amazônia, como teria até alguns segmentos de encargos aduaneiros ativos do exército.

"Tudo indica que os problemas ambientais e indígenas são meramente pretextos," disse um relatório de inteligência militar brasileira recente, que era feita disponível para The New York Times por uma brasileira que recebeu uma cópia e que estava preocupada nas visões nele expressas. "O NGO o principal é ser, em realidade, pedaços no grande jogo em que a hegemoniedade de poderes estão comprometidos para manter e aumentar sua dominação. Certamente, eles servem como cobrem para aqueles serviços secretos."

Em realidade, Sr. Perl, o coordenador de WWF, disse, que sua organização apenas espera para criar um pára-choque em torno da natureza e que a reserva é para a criação de uma maior "Coligação política de Conservação de Rio Negro." Ele disse que a idéia era para proteger a reserva existente ajudando a existência de reservas indígenas, parques do estado e reservas de natureza ao longo dos bancos do rio para que se operare mais eficazmente.

Em 2012, Sr. Perl disse, que sua organização e seus companheiros esperam trazer uma área maior que Califórnia no sistema. Um capital administrado por uma fundação brasileira que visa levantar $390 milhões e incluir doações do governo alemão e outros que tem sido criados.

Em meados dos anos de 1990, parte da área cercando o arquipélago já estava declarado de fato como um parque do estado. Mas pouco era feito para fazer que o decreto funcionasse efetivamente, e desde então, a terra do governo federal-reformou a agência povoou com 700 famílias de camponeses aqui e a Marinha brasileira, militares do Exército e polícia instalaram na selva centros de treinamento na área protegida.

"Existe camada sobre camada de reivindicações, planejamento, planos, e então isto se tornou uma área de conflito," disse Thiago Mota Cardoso, que monitora o parque para o Instituto para Pesquisa Ecológica, um dos companheiros regionais do WWF. "É irônico que esta terra pertença ao governo federal, e ainda assim o governo não faz nada."

In the Amazon: Conservation or Coloniamism?


In the Amazon: Conservation or Colonialism?

Lalo de Almeida for The New York Times

The Anavilhanas Nature Reserve on the Rio Negro, one of the conservation areas in the Amazon Region Protected Areas program in Brazil. More Photos >

Published: July 27, 2007

ANAVILHANAS ECOLOGICAL STATION, Brazil — Depending on one’s point of view, the World Wildlife Fund’s financial support of a nature reserve here on the Rio Negro is either part of a laudable attempt to conserve the Amazon jungle — or the leading edge of a nefarious plot by foreign environmental groups to wrest control of the world’s largest rain forest from Brazil and replace it with international rule.

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Lalo de Almeida for The New York Times

A child observed a recent visit from Matthew Perl, the WWF Amazon coordinator, who is working on a $390 million fund for the region. More Photos »

In 2003, after signing an agreement with the WWF and the World Bank, the Brazilian government created the Amazon Region Protected Areas program. Since then, more than a score of national parks and reserves covering an area larger than New York, New Jersey and Connecticut combined have been brought into that network and provided with an infusion of new funds.

The program’s objective is to set up “a core system to anchor bio-diversity protection for the Amazon,” Matthew Perl, the WWF’s Amazon coordinator, said during a June visit to the area, a sparsely populated archipelago of 400 islands northwest of Manaus. “It’s part of a strategy to buy time, bring each protected area up to certain standards of management and pool resources for monitoring and enforcement.”

But that effort has aroused the suspicions of powerful business and political groups in Brazil that want to integrate the Amazon into the country’s economy through dams, mining projects, highways, ports, logging and agricultural exports.

“This is a new form of colonialism, an open conspiracy in which economic and financial interests act through nongovernmental organizations,” said Lorenzo Carrasco, editor and co-author of “The Green Mafia,” a widely circulated anti-environmentalist polemic. “It is evident these interests want to block the development of Brazil and the Amazon region by creating and controlling these reserves, which are full of minerals and other valuable natural resources.”

Such views are widely held in Brazil, cutting across regional and class lines. In a survey of 2,000 people in 143 cities conducted in person in 2005 by the country’s leading polling organization, Ibope, 75 percent said that Brazil’s natural riches could provoke a foreign invasion, and nearly three out of five distrusted the activities of environmental groups.

Winning the battle for Brazilian public opinion is crucial to any global effort to preserve the environment and, by extension, curb climate change. Brazil is the world’s fourth largest producer of the principal greenhouse gases; more than three-quarters of those emissions result from deforestation, most of which occurs here in the Amazon.

But the notion that foreigners covet the Amazon has long been widespread in Brazil, fed in part by anxiety about the central government’s tenuous control of the region. Those concerns have been exacerbated in recent years by the Internet, which has become a home for fabricated documents and declarations meant to convince Brazilians that their sovereignty is at risk.

The most notorious example is a widely reproduced map supposedly used in an American middle-school geography textbook. Rife with misspellings and errors of syntax of a type common to speakers of Romance languages like Portuguese, it shows the Amazon as an “international reserve,” and describes Brazilians as “monkeys” incapable of managing the rain forest.

Other spurious documents say that both President Bush and Al Gore made speeches during the 2000 presidential campaign in favor of wresting the Amazon from Brazil. Elsewhere, the documents quote an apocryphal American general, who leads an agency that the Pentagon says does not exist, as saying, “In the event Brazil decides to use the Amazon in a way that puts the environment of the United States at risk, we must be ready to interrupt that process immediately.”

Since the Iraq war began, accusations of American military designs on the Amazon are often invoked to denigrate environmentalists and their complaints about government policy. At hearings late last year on a proposed dam on the Madeira River, proponents distributed a map showing what they said were American “forward-operations locations” in the region meant to block Brazil’s development, including military bases and advisers in Bolivia and Venezuela, two countries not exactly on friendly terms with the Bush administration.

Some of the material circulating has been traced to right-wing nationalist groups sympathetic to the military dictatorship that ruled Brazil from 1964 to 1985. But in an unusual instance of former adversaries agreeing, organizations on the extreme left — even in the governing Workers’ Party — have also endorsed the notion of a foreign plot to seize the Amazon, as have some active duty segments of the military.

“Everything indicates that the environmental and indigenous problems are merely pretexts,” said a recent Brazilian military intelligence report, which was made available to The New York Times by a Brazilian who received a copy and who was concerned at the views expressed. “The main NGO’s are, in reality, pieces in the great game in which the hegemonic powers are engaged to maintain and augment their domination. Certainly, they serve as cover for those secret services.”

In reality, Mr. Perl, the WWF coordinator, said, his organization hopes merely to create a buffer around the nature reserve here through the creation of a larger “Rio Negro Conservation Bloc.” He said the idea was to protect the existing reserve by helping existing Indian reservations, state parks and nature reserves along the banks of the river to operate more effectively.

By 2012, Mr. Perl said, his organization and its partners hope to bring an area larger than California into the system. A fund administered by a Brazilian foundation that aims to raise $390 million and includes donations from the German government and others has been created.

In the mid-1990s, part of the area surrounding the archipelago was in fact declared a state park. But little was done to make that decree effective, and since then the federal government’s land-reform agency has settled 700 peasant families here and the Brazilian Navy, Marines and police have set up jungle training centers in the protected area.

“There is layer upon layer of claims, plan upon plan, and so this has become an area of conflict,” said Thiago Mota Cardoso, who monitors the park for the Institute for Ecological Research, one of the WWF’s regional partners. “It is ironic that this land belongs to the federal government, and yet the government does nothing.”

Itamaraty apóia pleito contra pretensões da Cool Earth

Os Deputados da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional
estiveram reunidos ontem no Palácio do Itamaraty com o secretário-geral das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, para tratar da veiculação, na mídia, de anúncios de compra de áreas na Amazônia por organizações não governamentais (ONG) estrangeiras. "A Amazônia é alvo freqüente de denúncias. Desta vez soubemos do projeto de uma agência americana que diz querer preservar a Bacia Amazônica angariando fundos de doadores. Vamos fazer o que for possível para impedir esse tipo de ajuda", explica a presidente da comissão, deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Trata-se da ONG Cool Earth que vem veiculando internacionalmente um projeto que propõe que os doadores patrocinem por 35 libras - cerca de R$ 140 - meio acre de terras, o que eqüivale a 2 mil metros quadrados de mata. Para os parlamentares essa ação é muito grave.

O secretário Samuel Pinheiro Guimarães, ao ser questionado sobre as ações do ministério, disse desconhecer o fato. Ele também negou que exista algum acordo internacional firmado pelo governo brasileiro sobre o tema.

"Para a nossa surpresa, o Itamaraty não tinha essas informações, mas já se prontificou a nos ajudar", disse Grazziotin.

Ficou acordado que deputados e representantes do Ministério das Relações Exteriores e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) vão se reunir para buscar soluções. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) explicou que os deputados estão atentos às propostas de internacionalização da Amazônia. "Temos que ser vigilantes e alertar o Itamaraty. Queremos punição para esse pessoal", acrescentou.

Redação do Blog e Ag. Câmara

Repúdio ao projeto da Usaid

Vários parlamentares que compõem a Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, terão, daqui a pouco, audiência com o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Secretário-Geral das Relações Exteriores do Itamaraty.
A Comissão da Amazônia solicitou esta audiência para debater uma série de questões relativas a alguns problemas em curso na Amazônia.

Um dos temas a serem discutidos com o secretário-geral, é sobre matéria publicada no jornal Correio Braziliense, em maio próximo passado, dando conta de que a Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional — USAID, "estaria desenvolvendo e financiando projeto para preservar a Amazônia, cujo valor inicial seria da ordem de 130 milhões de dólares, e em parceira com aproximadamente 26 entidades, entre elas instituições universitárias brasileiras, estrangeiras e entidades não-governamentais", explicou a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), agora a pouco no pequeno expediente da Câmara.

O objetivo desse projeto, segundo a deputada, é denominado de Conservação da Bacia Amazônica e teria como objetivo o de monitorar e vigiar a nossa região, sobretudo, o de fazer acompanhamentos próximos e permanentes dos grandes projetos previstos para a região, as duas hidrelétricas do rio Madeira, a construção da estrada que liga o Brasil ao Peru, o asfaltamento da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, o gasoduto Urucum-Porto Velho e tantas outras obras.

Além do mais, de acordo com a matéria publicada no jornal, o Governo brasileiro, por intermédio do Itamaraty e do Ministério da Defesa, teria barrado o referido projeto que chegou de forma equivocada: um organismo norte-americano define área no Brasil que deve ser preservada, a metodologia e a forma como isso deve ser feito.

Ainda de acordo com a parlamentar, teria sido formada uma Comissão Interministerial para tratar desse assunto e que o assunto será tema do encontro com o embaixador Samuel Pinheiro. Mas mais do que isso, será tratado também do problema fundiário na região amazônica, especialmente do acesso dos estrangeiros à propriedade de terra no Brasil, mas sobretudo na Amazônia. "Temos em nosso País uma lei específica que trata do acesso dos estrangeiros a propriedades", disse Grazziotin.

"O próprio INCRA diz que formou uma Comissão para que ela estabeleça novas diretrizes uma vez que não há limites. Quero dizer que temos lei e que ela determina, sim, limites para o acesso de estrangeiros a terras no Brasil, repito, sobretudo na Amazônia. Isso deve ser respeitado", cobrou a deputada.

Outro assunto a ser discutido com o embaixador diz respeito a vários cidadãos brasileiros, nordestinos, nortistas, que se encontram presos na Venezuela. Pessoas que foram trabalhar, não de uma forma legal, mas que encontram-se detidos no país vizinho, país amigo e vizinho, vivendo em condições subumanas. Então, a Comissão deverá tratar desses tópicos com o embaixador Samuel Pinheiro e espera-se que em breve tenha-se notícias a respeito desses assuntos tão importantes, não só para a região, mas para o exercício da soberania e da nossa autonomia, complementou a deputada.

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