A defesa dos editores do Máfia Verde
Julho 30,2007 por Nilder Costa 27/jul/07 (AER) – O influente jornal New York Times publicou hoje um instigante artigo cujo título é auto-revelador: 'Na Amazônia: conservação ou colonialismo?'. De autoria do seu correspondente para a América Latina, Larry Rohter, o artigo começa respondendo que, a depender o 'ponto de vista', o suporte financeiro do WWF a uma reserva natural no Rio Negro pode ser tanto uma louvável tentativa para conservar a floresta Amazônica quanto a ponta de lança de um execrável complô de grupos ambientalistas para retirar o controle brasileiro da maior floresta tropical do mundo e substituí-lo por outro internacional. [1] 'Contudo', diz Rohter, 'esse esforço [do WWF na Amazônia] levantou as suspeitas de poderosos grupos empresariais e políticos no Brasil que desejam integrar a Amazônia à economia do País por meio de represas, projetos de mineração, rodovias, portos, exploração madeireira e exportações agrícolas'. E explica que suspeitas são essas:
A seguir, Rohter menciona vários documentos e citações de personalidades exacerbando a cobiça internacional pela Amazônia que circulam livremente pela Internet, como o conhecido (e falso) mapa escolar americano mostrando a região como 'reserva internacional' e descrevendo os brasileiros como 'macacos' incapazes de cuidar da floresta. De forma sutil, o articulista tenta induzir o leitor que o 'Máfia Verde' se inclui entre tais documentos 'exacerbados' ou toscamente falsificados objetivando, com isso, desqualificá-lo. Sem entrar no mérito das argumentações de Rohter, o importante aqui é recordar que o New York Times funciona, amiúde, como um 'conduto informal' do Departamento de Estado dos EUA e que o artigo constitui uma espécie de 'controle de danos' causados pelo memorando Usaid planeja a ocupação da Amazônia, onde Carrasco expõe as motivações geopolíticas do já famoso programa ''Iniciativa para Conservação da Bacia Amazônica' (ABCI, na sigla em inglês). Em outras palavras, é um sinal que a influência do 'Máfia Verde' e análises correlatas, como o citado memorando, está atrapalhando certos desígnios estratégicos do Establishment anglo-americano para o Brasil em geral e para a Amazônia em particular. Notas: | ||
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