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Os paramilitares e a farsa colombiana

Por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil

Não é novidade: a Human Rights Watch, organização internacional que monitora a violação dos direitos humanos no mundo, denunciou, ontem, em Bogotá, os novos crimes dos grupos paramilitares na Colômbia. Além dos assassinatos seletivos, há o deslocamento forçado de populações inteiras, sob a ameaça armada dos bandos de criminosos. Tais comandos contam com a proteção de setores das Forças Armadas, da polícia, de alguns promotores e de altas personalidades do governo de Uribe.

O país tem sido dos mais atingidos pela violência na América Latina, embora seja dotado de uma intelectualidade que se destaca entre os vizinhos. Não é só a pátria do romancista Gabriel García Márquez, como de excepcionais poetas e dramaturgos. Tal como outros países mestiços da Cordilheira, a Colômbia é dominada por uma minoria de grandes empresários, quase todos brancos, muitos de sobrenomes estrangeiros, que controlam os bancos, as indústrias e os meios de comunicação – e, da mesma maneira, o narcotráfico e as instituições do Estado.

A essas elites pertence o presidente Uribe. Contra elas, surgiram, ao longo do século 20, vários movimentos armados. O Estado não foi capaz de os vencer, com suas forças clássicas de repressão. Alguns empresários decidiram então financiar os paramilitares, que, oficialmente à margem do Estado, passaram a exterminar militantes de esquerda dos meios urbanos e camponeses, sob o pretexto de cumplicidade com as Farc. Esses grupos nunca enfrentaram frontalmente os guerrilheiros. Tratou-se de sórdido terrorismo: as vítimas são, em sua maioria, jovens sequestrados da periferia das cidades e moradores no campo. Fazem apenas “número” para justificar o dinheiro recebido. Formaram-se, assim, grupos de assassinos, alguns criminosos comuns, egressos ou fugitivos das prisões, ex-militares e ex-policiais, traficantes de drogas e desempregados, todos armados, municiados e pagos, conforme o número das vítimas abatidas.

Há indícios fortes de que tais grupos receberam ajuda e treinamento da CIA, embora os norte-americanos o neguem. O que não negam é a presença de consultores e assessores que “ajudam” as forças “regulares” da Colômbia a combater os guerrilheiros, a pretexto de reprimir o tráfico de drogas.

O Estado colombiano se transformou em assustadora quimera. Membros destacados do governo Uribe são acusados de cumplicidade com os paramilitares. O próprio Uribe, quando governador do estado de Antioquia, cuja capital é Medellín, patrocinou o grupo Convivir, organização de fachada de exterminadores, financiada pela grande companhia bananeira Chiquita – conforme documentos norte-americanos. Esses mesmos documentos apontavam, no início do governo de Uribe, o então chefe do Exército, Mario Montoya, de cumplicidade com um grupo de extermínio que havia eliminado pelo menos 14 pessoas em Medellín.

Entre 2003 e 2006, o governo colombiano, sob a pressão da opinião pública mundial, “promoveu a desmobilização” de 30 mil membros das organizações paramilitares, mas há provas de que se tratou de uma farsa. “Como resultado – diz textualmente o informe do HRW – muitos grupos atuaram de forma fraudulenta e recrutaram civis para que passassem como paramilitares durante a desmobilização, e assim preservaram ativos seus quadros”. Os verdadeiros chefes e subchefes dos grupos se ocultaram, e voltaram a matar meses depois. A partir de 2007, esses grupos voltaram à luz do dia – calcula-se entre 4 mil e 10 mil o número atual de seus efetivos.

O informe refere a denúncia de que um chefe de promotores de Medellín, Guilherme Valencia Cossio – irmão do ministro do Interior e Justiça de Uribe – seria colaborador de um desses grupos de paramilitares. O fato é que há clara condescendência e envolvimento de altos funcionários do governo de Álvaro Uribe – há quase oito anos no poder, com os grupos de extermínio.
O presidente Barack Obama, quando candidato, anunciou que, eleito, cortaria a ajuda à Colômbia. Hillary Clinton, como secretária de Estado, negociou a instalação de bases norte-americanas no país, e tem garantido o apoio decisivo de Washington a Uribe e seu grupo.

Espionagem do governo

Analistas ouvidos pelo jornal Correio Braziliense fazem graves ressalvas à uma prática corrente deste governo: a espionagem clandestina.
Críticos mais contundentes dizem que prática governista de bisbilhotar a vida de cidadãos ou grupos que lhe contrariem é comparada à “ditadura constitucional” montada por Vladimir Putin na ex-URSS.

Vejam o absurdo aqui.

Ingrid Betancourt - um apelo do filho à Lula

O filho da senadora Ingrid Betancourt, Lorenzo Delloye, solicitou formalmente ajuda do presidente Luis Inácio Lula da Silva que ajude nas negociações que permitam a liberttação de sua mãe.

Delloye apelou, em transmissão à Rádio França Internacional depois da grande manifestação realizada domingo, em Paris, pela libertação da mãe, pessoalmente ao presidente Lula. “Por favor, presidente Lula, o senhor é presidente do Brasil, um presidente muito importante que tem influência sobre a Colômbia. Por favor, faça todo o possível para libertar os reféns”, apelou. As declarações se somam às do atual marido de Ingrid, Juan Carlos Lecompte, e da mãe da ex-candidata presidencial, Yolanda Pulecio. Todos eles, mais os setores políticos colombianos que lutam por um acordo humanitário entre o governo e a guerrilha das Farc, se ressentem de algum tipo de pronunciamento público do governo brasileiro para ajudar a vencer a intransigência de ambas as partes. Na marcha de domingo estava presente a presidenta argentina, Cristina Kirchner, que fazia breve visita à capital francesa. Ainda na semana passada, o presidente Lula reafirmou a disposição de ajudar, “mas desde que a pedido” do colega colombiano, Álvaro Uribe.

Betancourt é refem das Farc desde 2002 e está gravemente enferma.

Lula presta solidariedade ao pedido pela libertação de Ingrid

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nesta terça, 1, uma nota à imprensa onde presta solidariedade ao apelo de seu colega francês, Nicolas Sarkozy, pela libertação da ex-candidata à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt, refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) desde 2002. Em seu discurso, Sarkozy responsabilizou a guerrilha pela saúde de Ingrid e afirmou que a franco-colombiana corre risco de morte.

Palestra sobre o "Movimento Ambientalista-Indigenista, Conflitos de Quarta Geração e a Amazônia no Século XXI

"O Movimento Ambientalista-Indigenista, Conflitos de Quarta Geração e a Amazônia no Século XXI", é o título da palestra do jornalista Lorenzo Carrasco, do Conselho Editorial do Alerta em Rede, proferida no seminário “Amazônia, ameaçada e cobiçada ”, no Clube da Aeronáutica, Rio de Janeiro, em 27 de março de 2008.

Contexto estratégico
Para se analisar a atuação do movimento ambientalista-indigenista internacional como um instrumento geopolítico a serviço de interesses hegemônicos do eixo anglo-americano, nas últimas décadas, é preciso enquadrá-lo no contexto estratégico. De fato, a vasta mobilização desse aparato intervencionista de guerra irregular, a partir do final da década de 1980, ocorreu no âmbito do fim da Guerra Fria e da emergência da “globalização” financeira, como instrumentos para a pretendida consolidação da hegemonia unipolar anglo-americana.

Essa “nova ordem mundial”, pomposamente anunciada ao mundo pelo presidente George Bush pai por ocasião da Guerra do Golfo de 1991, tinha como um dos seus principais pressupostos a debilitação e neutralização dos Estados nacionais soberanos e a ascensão de atores não-estatais, como as organizações não-governamentais (ONGs), na orientação e determinação das políticas públicas internas e externas, estabelecendo as bases para regimes de soberania “restrita” ou “limitada”. Um desdobramento recente dessa estratégia foi o reconhecimento da “independência” da província sérvia do Kosovo – hoje, um protetorado de fato da OTAN – com base em critérios étnicos, o que representa um precedente perigoso para nações que têm concentrações de populações culturalmente diferenciadas em certas áreas geográficas (não por acaso, a Espanha não seguiu os seus pares da União Européia no reconhecimento do Kosovo).Entre as diretrizes da “nova ordem”, que deveriam ser seguidas por todos os governos, em especial os do setor em desenvolvimento, destacavam-se:


o afastamento do Estado do papel de indutor do desenvolvimento socioeconômico, o
qual deveria ser deixado a agentes privados;
a privatização de empresas estatais estratégicas, principalmente as ligadas aos recursos naturais e à infra-estrutura (como ocorreu na Rússia, proporcionando a apropriação das empresas estatais por uma estrutura ostensivamente mafiosa, e no Brasil, com a Cia. Vale do Rio Doce, os setores elétrico e de telecomunicações, a abertura do setor petrolífero e, agora, a pretendida privatização da exploração de minérios radioativos);
a debilitação das Forças Armadas, tanto por crescentes restrições orçamentárias, como pelo desmantelamento dos seus programas de tecnologias avançadas, como ocorreu de forma destacada no Brasil e na Argentina, entre outros países;
a imposição de um regime de “apartheid tecnológico” a esses países, sob o pretexto da não-proliferação de tecnologias de uso dual, como nas áreas nuclear e aeroespacial, por meio de acordos multilaterais discriminatórios, a exemplo do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis e outros.

Especificamente na área ambiental, esse impulso se direcionou para a imposição da falaciosa agenda malthusiana que está por trás do discurso ambientalista, cujo objetivo maldisfarçado é a limitação da industrialização e do desenvolvimento socioeconômico do planeta nos níveis atuais, cuja iniqüidade e injustiça são flagrantes.

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França envia avião para libertar Ingrid Betancourt

O governo francês acaba de anunciar que enviou um avião para a Colômbia.

É grande a expecativa de libertação da senadora Ingrid Betancourt refém desde 2006 dos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

É precário o estado de saúde da ex-candidata à presidência da República da Colômbia.

França aceita receber guerrilheiros das Farcs

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, anunciou que a França está disposta a receber os guerrilheiros do grupo Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que o seu governo libertaria em troca de reféns mantidos pelos rebeldes.
Ingrid Betancourt permanece em poder das Farcs há seis anos
"Conversamos com o governo francês, que nos disse que aceitaria levá-los para lá", onde poderiam viver em segurança, afirmou Uribe.
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Fonte: BBC

Uribe assina decreto que permite acordo para libertação de Ingrid Betancourt

Agência Brasil


Presidente Álvaro Uribe assina decreto que possibilita acordo para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia libertarem a refém Ingrid Betancourt

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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