Os números milionários das campanhas nas grandes metrópoles escondem a realidade do custo do voto. Os candidatos à Prefeitura de São Paulo arrecadaram um total de R$ 33,6 milhões, mas o voto mais caro para prefeitos eleitos foi o de Maceió (R$ 19,20 a unidade), considerando apenas as capitais. No país todo, o custo médio do voto ficou em R$ 9 para candidatos a prefeito e R$ 4,5 para candidatos a vereador. Cada voto da campeã de arrecadação nas disputas para as câmaras municipais, Andrea Gouvêa (PSDB), custou R$ 45,98. Marta Suplicy (PT) arrecadou R$ 16,5 milhões e conseguiu 2,7 milhões de votos na disputa pela capital paulista. Um custo médio de R$ 6,03.
No cálculo do custo do voto nas eleições para prefeito, São Paulo aparece na 14ª colocação entre as capitais, com R$ 5,52 a unidade. Nas disputas para as câmaras municipais, fica na 22ª posição, com média de R$ 3,59. O custo individual do voto também é baixo na cidade do Rio de Janeiro, apenas R$ 1,6 nas eleições para prefeito, apesar do alto custo das campanhas no município. Belo Horizonte aparece em posições intermediárias entre as capitais, com o voto em torno de R$ 5 a unidade nas disputas para vereador e prefeito.
Contradições ―Também no cálculo do custo do voto aparecem as contradições eleitorais. O voto mais caro para vereador é em Manaus: R$ 126 a unidade para candidatos eleitos. Isso representa 25 vezes o custo do voto para os não eleitos. Nas disputas para as prefeituras, Manaus aparece em último lugar, com R$ 1,49 o voto. O prefeito eleito, Serafim Correa (PSB), arrecadou R$ 575 mil e teve 386 mil votos. Derrotado na disputa, Amazonino Mendes (PFL) arrecadou R$ 3,6 milhões e obteve 360 mil votos, ficando com média de R$ 10 a unidade.
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