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Eleições no Brasil

Ag. Brasil



No próximo domingo, mais de 128 milhões de eleitores vão às urnas escolher prefeitos e vereadores. Conheça alguns números dessa eleição.

De alguma forma participe! Proteste!! Valorize a democracia.

A despolitização da política

Artigo - Frei Betto

Campanha eleitoral se ganha com TV. Em todas as eleições, os partidos contratam equipes para cuidar da imagem de seus candidatos. Em geral, equipe comandada por um publicitário que não é do partido, não gosta do partido e não vota no partido. Mas tem fama de competente...

Ora, competência rima com convicção. Qualquer manual de marketing, desses que ensinam a vender poluição atmosférica para ecologista, aconselha o vendedor a estar convencido da qualidade de sua mercadoria. Por isso, em muitas campanhas o programa de TV emperra. Troca-se de publicitário, de equipe e de estilo. E confunde-se o eleitor, pois, de uma semana para outra, o candidato light vira xiita ou vice-versa.

O mais dramático é constatar que se troca a ética pela estética. Não importa se o candidato é bandido, corrupto ou incompetente. Uma boa imagem fala mais que mil palavras. Assim, opera-se a progressiva despolitização da política, que é um dos objetivos do neoliberalismo. Tira-se a política do âmbito público como ferramenta de promoção do bem comum, para reduzi-la ao âmbito privado, à escolha de candidatos baseada, não em propostas e programas, e sim em simpatias e empatias.

A razão é simples: no sistema capitalista, a política é teoricamente pública e a economia privada. Universaliza-se o voto e privatiza-se a riqueza. Se no Brasil há mais de 100 milhões de eleitores, apenas 19 milhões concentram em suas mãos 75,4% da riqueza nacional (Ipea, maio 2008).

Numa verdadeira democracia, a universalização do voto deveria coincidir com a socialização das riquezas, no sentido de assegurar a todos uma renda mínima e os três direitos básicos, pela ordem: alimentação, saúde e educação. Como isso não consta da pauta do sistema, procura-se inverter o processo: inocula-se na população o horror à política de modo a relegá-la ao domínio privado de uns poucos. Quem tem nojo da política é governado por quem não tem. E os maus políticos tudo fazem para usar o poder público em benefício de seus interesses privados.

Veja-se, por exemplo, o movimento em favor do voto facultativo. O que muitos encaram como positivo e condizente com a liberdade individual é uma maneira de excluir parcela considerável da população das decisões políticas. Aumenta-se, assim, o grau de alienação dos potenciais eleitores. Quando perguntam por minha opinião, digo com clareza: sou a favor, desde que seja também facultativa a atual obrigação de pagar impostos. Por que ser obrigado a sustentar economicamente o Estado e desobrigado de influir na sua configuração e nos seus rumos?

O desinteresse pela política é um dos sintomas nefastos da ideologia neoliberal, que procura dessocializar os cidadãos para individualizá-los como consumistas. Troca-se o princípio cartesiano do “penso, logo existo” pelo princípio mercadológico do “consumo, logo existo”. É nesse sentido que a propaganda eleitoral também se reveste de mercadoria. Oferecem-se, não idéias, programas de governo, estratégias a longo prazo, e sim promessas, performances, imagens de impacto.

Se há aspectos positivos nas restrições oficiais às campanhas eleitorais, porque deixam a cidade limpa e evitam que os comícios atraiam público, não em função do candidato, e sim dos artistas no palanque, é óbvio que favorecem a quem tem mais dinheiro. E enquanto não chega a prometida reforma política, o financiamento e o controle público das campanhas, o caixa 2 prossegue fazendo a farra de quem posa de ético e, ao mesmo tempo, angaria recursos escusos e criminosos.

É hora de abrir o debate sobre as eleições 2008 em todos os espaços institucionais e populares: escolas, empresas, denominações religiosas, clubes, associações, sindicatos e movimentos sociais. Não se trata de favorecer este ou aquele candidato, e sim de fomentar o distanciamento crítico frente ao marketing eleitoral e acentuar os critérios de discernimento político.

Se a sociedade não se empenhar na educação política de seus cidadãos, em breve teremos parlamentos e executivos ocupados apenas por corruptos, milicianos, lobistas e fundamentalistas. Então, o Brasil se verá reduzido a uma imensa Chicago dos anos 30, com os Al Capones dando as cartas ao arrepio das leis, de um lado, e os Bin Laden versão tupiniquim de outro, convencidos de que, em nome de sua religião, foram escolhidos por Deus para governar erradicando o pecado, ou seja, combatendo a ferro e fogo todos que não rezam pela cartilha deles.

Péssimo exemplo


Repercute mal, muito mal a fala do presidente Luis Inácio Lula da Silva em palanque no Ceará.

As críticas são pertinentes e o presidente deu um péssimo exemplo do que um político não deve falar em hipótese nenhuma.

O presidente deu uma verdadeira aula de anti-ética política e os puxa-sacos aplaudiram obsessivamente.

Mais assim!

A turminha que se associou para jogar com Belém e resultou na insignificância em que hoje se encontra a ex-Capital da Amazônia, intima, ameaça e sabe-se lá Deus o que mais pode fazer para infiar goela abaixo do eleitor a sua vontade, conforme publica hoje, duas notas de O Liberal.

O vice-presidente do PSDB, Zenaldo Coutinho, diz que não considera mais tucano quem, sendo do partido, passou a integrar a equipe do prefeito Duciomar Costa.

O PSDB fará uma reunião com seus candidatos a vereador de Belém, exigindo deles fidelidade à legenda. Todos têm que apoiar a chapa liderada por Valéria Pires Franco.

A democracia tapioca, pelo visto, tanta fazer história com seu próprio tom de tinta.

Nota do blog: Senhores, democracia é adesão e não imposição.

Eleições 2008 ― custo do voto bate R$ 20,00

Os números milionários das campanhas nas grandes metrópoles escondem a realidade do custo do voto. Os candidatos à Prefeitura de São Paulo arrecadaram um total de R$ 33,6 milhões, mas o voto mais caro para prefeitos eleitos foi o de Maceió (R$ 19,20 a unidade), considerando apenas as capitais. No país todo, o custo médio do voto ficou em R$ 9 para candidatos a prefeito e R$ 4,5 para candidatos a vereador. Cada voto da campeã de arrecadação nas disputas para as câmaras municipais, Andrea Gouvêa (PSDB), custou R$ 45,98. Marta Suplicy (PT) arrecadou R$ 16,5 milhões e conseguiu 2,7 milhões de votos na disputa pela capital paulista. Um custo médio de R$ 6,03.

No cálculo do custo do voto nas eleições para prefeito, São Paulo aparece na 14ª colocação entre as capitais, com R$ 5,52 a unidade. Nas disputas para as câmaras municipais, fica na 22ª posição, com média de R$ 3,59. O custo individual do voto também é baixo na cidade do Rio de Janeiro, apenas R$ 1,6 nas eleições para prefeito, apesar do alto custo das campanhas no município. Belo Horizonte aparece em posições intermediárias entre as capitais, com o voto em torno de R$ 5 a unidade nas disputas para vereador e prefeito.

Contradições ―Também no cálculo do custo do voto aparecem as contradições eleitorais. O voto mais caro para vereador é em Manaus: R$ 126 a unidade para candidatos eleitos. Isso representa 25 vezes o custo do voto para os não eleitos. Nas disputas para as prefeituras, Manaus aparece em último lugar, com R$ 1,49 o voto. O prefeito eleito, Serafim Correa (PSB), arrecadou R$ 575 mil e teve 386 mil votos. Derrotado na disputa, Amazonino Mendes (PFL) arrecadou R$ 3,6 milhões e obteve 360 mil votos, ficando com média de R$ 10 a unidade.

O voto mais caro nas capitais não foi o do prefeito eleito de Maceió, José Cícero Almeida (PDT), que arrecadou R$ 2,7 milhões e fez 143 mil votos. O mais caro foi o de Nilmar Ruiz (PL), afilhada do ex-governador Siqueira Campos (PFL), que arrecadou R$ 3,2 milhões e fez apenas 29 mil votos. O custo do voto ficou em R$ 103. O candidato eleito, Raul Filho (PT), com uma campanha bem mais modesta (R$ 503 mil), fez 57 mil votos, ou R$ 8,80 por unidade. Ele começou a desbancar a hegemonia política de Siqueira no estado.

Campanha vai custar R$ 1 bilhão aos candidatos

Se quiser ser prefeito, um político precisa gastar em média R$ 83 mil, segundo levantamento de jornal

Com a proximidade das eleições municipais, os partidos se organizam para arrecadar doações de campanha. A primeira pergunta é óbvia: quanto custa uma campanha? Os números das eleições de 2004 são um bom indicativo. Na média do país, uma campanha para prefeito custa R$ 83 mil, enquanto a de vereador fica por R$ 3,2 mil. Mas essa média é puxada para baixo pelo grande número de pequenos municípios. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a média das campanhas chega a R$ 213 mil. Na capital, o prefeito reeleito, César Maia (PFL), arrecadou R$ 2,7 milhões. Em São Paulo, o prefeito eleito, José Serra (PSDB), levou R$ 14,8 milhões. Mais ainda conseguiu a derrotada Marta Suplicy (PT): com R$ 16,5 milhões.

O levantamento foi feito pelo Correio Braziliense a partir da base de dados do programa Às Claras, da Transparência Brasil, com informações oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O total da arrecadação dos 354 mil candidatos chegou a R$ 1,28 bilhão. Considerando a inflação do período (cerca de 20%), o custo total da campanha deverá chegar a R$ 1,5 bilhão.

Os números que saem das urnas e das contas bancárias dos candidatos mostram uma realidade preocupante — quase sempre o vencedor arrecada mais do que os seus adversários. Esses dados reforçam a idéia de que o poder econômico decide as eleições, mas o tesoureiro do DEM, Saulo Queiroz, levanta outra tese: “A capacidade de arrecadação depende de muitos fatores. O principal é saber se o candidato tem chances de vitória”. Em outras palavras, os doadores querem retorno garantido para o investimento.

Diferenças ― Em geral, a campanha dos prefeitos eleitos é duas vezes mais cara do que a dos derrotados. A maior diferença aconteceu em Alagoas (3,4 vezes): R$ 98,5 mil dos eleitos contra R$ 28,9 mil dos perdedores. O prefeito eleito de Maceió, José Cícero Almeira (PDT), arrecadou R$ 2,7 milhões, enquanto os cinco candidatos não-eleitos receberam um total de R$ 841 mil. Os seis estados onde essa diferença é maior são do Nordeste. Mas essa tendência regional é desfeita logo em seguida. Na oitava colocação, aparecem São Paulo e Rio de Janeiro, com índice de 2,1.

Considerando as eleições para vereador, as diferenças são ainda maiores. No Rio de Janeiro, a campanha dos eleitos custa R$ 13,8 mil, em média. Isso representa 12 vezes a arrecadação dos derrotados: R$ 1,13 mil. Em seguida, vem Roraima, onde a média das contribuições dos vencedores (R$ 1,34 mil) foi 10 vezes maior do que a dos não-eleitos (R$ 135). O valor das doações varia muito. A campanha mais cara foi a do vereador da capital José Reinaldo da Silva (PMDB), com R$ 40 mil. Mas dezenas de vereadores eleitos em todo o estado declaram não ter recebido um único centavo de doação.

A maior arrecadação nas disputas pelas câmaras municipais foi a de Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), no Rio, com R$ 819 mil. Mas só dinheiro não garante eleição. Dalva Lazaroni (PV) gastou R$ 490 mil e ficou como suplente na Câmara do Rio. Das 20 maiores campanhas, oito são do Rio, e 11 de São Paulo.

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