Greenhalgh seria responsável por “descobrir informações sigilosas” do governo, segundo o procurador da República Rodrigo de Grandis . “O MP entendeu que ele participava da organização. Ele tinha o apelido de Gomes. Mas o juiz federal entendeu que ainda não era necessário o pedido de prisão dele”, explica Grandis. Fundador do PT, Greenhalgh foi o candidato apoiado por Lula na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados em 2005, na qual foi eleito o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou ao mandato para não ser cassado.
O requerimento de Fruet será colocado em votação na próxima semana, pelo presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). “Ele se mostrou favorável à convocação e disse que vai convocar a reunião para a próxima semana”, disse Fruet. Ex-integrante da CPI dos Correios, o tucano tem informações de que Greenhalgh estaria indignado com a denúncia e pretende processar a Polícia Federal e o governo por causa dos constrangimentos por que vem passando. Queixa-se Greenhalgh de que é advogado legalmente constituído para representar Daniel Dantas nas ações criminais movidas contra ele por integrantes do PT e também naquelas que o banqueiro moveu contra os desafetos petistas, mas está sendo tratado como bandido. Para a Polícia Federal, porém, sua atuação iria muito além disso.
Grampo – Greenhalgh reclama também de que teria sido “grampeado” ilegalmente pela Polícia Federal, que gravou supostas conversas suas com o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. Num dos “grampos”, que teria ocorrido há 20 dias, o ex-deputado se queixou a Carvalho de uma suposta operação dos serviços de segurança da presidência da República contra Verônica Valente Dantas, irmã de Daniel Dantas, e Norberto Aguiar Tomaz, outros dos acusados. Seguido por um Astra preto, placa KWY 8132, Norberto desconfiou de seqüestro e chamou a Polícia Civil fluminense, que prendeu os ocupantes do veículo na rua Nascimento Silva, em Ipanema. Eles se identificaram como “arapongas” da Agência Brasileira de Informações (Abin). Carvalho pediu informações ao ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Felix, que negou qualquer operação da presidência contra o banqueiro. O diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, também negou a operação.
Fruet quer investigar escutas telefônicas clandestinas realizadas pela empresa americana Kroll, por ordem de Daniel Dantas, e se Naji Nahas teria operado o pagamento de propinas pela Telecom Itália a autoridades brasileiras.
Fonte: CB
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