Crash!

Até agora ainda não se sabe ao certo o tamanho do "buraco" em que estão metidos as principais instituições financeiras americanas que continuam a puxar a maior queda das bolsas de valores mundo afora.

Não se sabe também qual seria o poder de resistência do Brasil nessa crise que ainda vai dar muito o que falar.

A Bovespa abriu com forte queda pelo segundo dia seguido, pulverizando a pequena alta da semana passada.

Ontem, mesmo com a AIG tendo recebido ajuda de US$ 20 bilhões do governo de Nova York, suas ações desabaram 60,79%, para US$ 4,76. Os analistas dizem que, para se manter de pé, a AIG precisa de, no mínimo, um socorro de US$ 40 bilhões, dinheiro que o mercado não quer lhe fornecer — tanto que o governo nova-iorquino teve de abrir os cofres, numa tentativa de evitar o pior. Os mais pessimistas ressaltam, porém, que, mesmo que tal aporte de capital ocorra, se a agência de risco Standard & Poor’s cumprir a ameaça de rebaixar a classificação das dívidas da AIG, a empresa resistirá por, no máximo, 48 horas. “A situação do sistema financeiro americano é dramática, e terá efeitos sobre os bancos europeus, asiáticos e japoneses”, afirmou Mário Paiva, da Corretora Liquidez.

Não foi à toa, portanto, que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, correu para acalmar a população e pedir para que ninguém vá aos bancos sacar suas economias. Há o temor de que uma corrida bancária, que, na prática, já está ocorrendo, leve para o buraco bancos que não estão tão comprometidos com os subprimes, dívidas de altíssimo risco que originaram a crise que já se arrasta por mais de um ano. “Infelizmente, quando as autoridades vão pedir calma ao público em relação aos bancos é porque a situação saiu do controle”, ressaltou o economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes.
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BERLIM/TÓQUIO (Reuters) - Bancos centrais injetaram um grande volume de recursos nos mercados financeiros globais pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, para tentar conter os efeitos colaterais da crise que afetou grandes companhias de Wall Street.
De Sydney a Frankfurt, as autoridades monetárias despejaram bilhões de dólares em fundos emergenciais para tentar evitar o fechamento dos mercados de crédito, mas mesmo assim o movimento não conseguiu impedir o aumento do custo dos empréstimos interbancários.

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