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Crise no Brasil não é marola!

O presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, declarou que o Brasil seria afetado de forma diferenciada diante do que se desenhava: uma iminente crise financeira de proporções avassaladoras.

"Uma marola (termo que designa uma fenômeno natural específico do comportamento dos mares)", comparou o presidente que detem os mais altos níveis de aprovação pública, nunca vista então, na história desse país.

Ministros de férias, equipes de monitoramento em estado de "graça", afinal, ninguém é de ferro.

Era esse o cenário há exatos um ano.

O blog alertou que a crise tratava-se de um efeito dominó, o qual o Brasil teria uma oportunidade única se adotasse medidas imediatas de proteção interna. A saber:

1- Incremento das ações previstas no PAC.
2- Redução das taxas de juros.

Nem uma coisa, nem outra foram feitas. Afinal, era carnaval, e no país do carnaval, tudo tem que ser adiado.

A crise já chegou

Setores da economia brasileira começam a acusar os sintomas perversos da crise financeira internacional. Afinal, com um pouco de atraso ela chegou trazendo o que de pior se apresenta para o cidadão comum: o desemprego.

Com forte atuação da autoridade financeira nacional, o Banco Central (BC) já torrou quase US$ 44 bilhões das reservas do país no contencioso. Bilhões de dólares saem do país para a Matriz das multi com problemas seríssimos de caixa.

Hoje o dólar ― valorizando-se paulatinamente em todo o planeta ― obrigou o Banco Central a realizar mais um movimento de defesa, ofertando ao mercado um leilão de swap cambial após o término do pregão, vendendo 6.320 contratos, ou 315 milhões de dólares, de uma oferta de até 10 mil. E lá se vai o dólar a R$ 2,536, o que pressionará ainda mais os setores econômicos garroteados.

O Estadão publicou em despacho no final desta tarde, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou diretamente do presidente da Vale, Roger Agnelli, o motivo das 1,3 mil demissões anunciadas ontem pela companhia. Segundo o presidente, Agnelli teria dito que as demissões foram provocadas pelas inovações tecnológicas feitas apenas nos escritórios da mineradora.

A notícia não se resume a um filigrana. Outros 5 mil colaboradores da empresa gozarão férias coletivas no alvorecer dos próximos dois meses. Se não houver sinalização de novas encomendas, outra leva maior ganhará como presente de final de ano o bilhete azul no retorno das férias forçadas.

É assim o mercado.

O governo apressa-se em comunicar o quanto antes, novas medidas para preservar empregos.

Grandes empresas brasileiras acostumadas a jogar com as fábulas de recursos advindos da especulação financeira, ―e, mesmo com ações na Bolsa, amargaram prejuízos históricos ao apostar na paralisação dos patamares anteriores do dólar.

A Sadia é exemplo clássico. Amargos prejuízos de quase R$ 1 bi nesse jogo viciado de altos lucros deixaram-na na UTI. Mesmo caminho trilhou o Grupo Votorantim.

Para o cidadão comum apenas um alerta do blog: reduza gastos, adie compras e concentre-se numa fórmula de quitar as dívidas.

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Atualizando às 22h23.

Segundo outras fontes, o BC já teria torrado não US$ 44 bi ante a crise. O número aproximado passaria de US$ 44 bilhões.

Brasil precisa ajustar o déficit em conta corrente

Essa é a receita defendida por uma dos mais respeitados economistas do Brasil, Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central sobre a crise que força ajuste maior nas contas externas.

Aqui em reportagem de Sergio Lamucci, de São Paulo para o Valor Econômico.

Buraco negro

É um bom termo para definir o tamanho das perdas globais para bancos e investidores na crise financeira que podem chegar a US$ 2,8 trilhões. O número é equivalente a mais de duas vezes o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro (de US$ 1,3 trilhão, segundo dados do Banco Mundial).

Profound throat

A manchete da Gazeta do Povo prova que a "Crise ameaça viabilidade de projetos de US$ 63 bi no País", na contra mão do que o presidente até então afirmava.
clipped from portal.rpc.com.br

A crise financeira global ameaça a viabilidade dos principais projetos de investimento previstos para os próximos anos no Brasil. De dez grandes empreendimentos programados e identificados por um levantamento realizado pela Agência Estado, no valor de US$ 80 bilhões, pelo menos oito, que demandam US$ 63 bilhões, ainda não possuem empréstimo contratado suficiente para o cumprimento dos planos.

Por serem estratégicos, parte deles tem garantia de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ganha o papel de "salvador" no meio da crise. Outros contam com uma forte geração de caixa dos empreendedores, como Vale e Petrobras, o que poderia dar uma certa folga financeira em momentos de dificuldade. Porém, mesmo nessas circunstâncias, a avaliação de especialistas é de que, no mínimo, o cronograma desses projetos deve ser afetado.

Mais aqui.

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A ficha caiu

Finalmente o presidente Lula deixou momentâneamente as bravatas após conversar com seus auxiliares sobre o tamanho, profundidade e longitudidade da crise que se estabeleceu no mundo em razão do descontrole das operações sem a devida fiscalização de agentes do mercado financeiro -- notadamente o imobiliário -- americano.

A resultante é "Um freio no PAC", em matéria de Daniel Pereira, da equipe do Correio Braziliense.

Dinheiro Público

Uma das apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para eleger o sucessor em 2010, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está em “ritmo de cruzeiro” só no discurso da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em outubro, período em que a crise financeira mundial chegou ao ápice, o quadro é de redução na liberação de recursos. Entre os dias 1º e 22 deste mês, foram pagos R$ 250,9 milhões no âmbito do PAC. O valor é 4,7 vezes menor do que o registrado em todo o mês de setembro — R$ 1,17 bilhão. Além disso, é inferior 6,6 vezes à quantia desembolsada em agosto (veja quadro).

Os números foram colhidos pela Associação Contas Abertas, entidade que monitora o gasto público, no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Revelam outro dado que sugere uma espécie de freio de arrumação no PAC. Trata-se da média diária de pagamento de verbas. Entre 1º e 22 de outubro, foram liberados R$ 11,04 milhões por dia. O desempenho só é maior, em 2008, do que o verificado em janeiro — R$ 8,83 milhões. O Correio procurou a Casa Civil e os ministérios do Planejamento e da Fazenda para que apresentassem as razões da desaceleração na execução.

As três pastas integram o comitê gestor do programa. Até o fechamento desta edição, só o Planejamento se manifestou. Disse que, por orientação da Casa Civil, comentários só serão feitos no balanço oficial sobre os investimentos.

Confiança
O governo apresentará o quinto balanço quadrimestral do PAC na próxima quinta-feira. Esbanjará otimismo em cerimônia a ser realizada no Palácio do Planalto. Alegará que o ritmo de execução neste ano é superior ao de 2007. Apesar da perda de ritmo em outubro, o programa já pagou em 2008, até o último dia 22, R$ 8,2 bilhões, R$ 200 milhões a mais do que em todo o ano passado, segundo a Associação Contas Abertas. Dilma e os colegas Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) também tendem a reforçar a promessa de preservar o PAC e os programas sociais, além do aumento do salário mínimo, mesmo que a economia e a arrecadação federal percam fôlego.

Essa é uma orientação do presidente. Destina-se a convencer o setor produtivo a realizar os investimentos previstos e, assim, evitar uma desaceleração acentuada do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 e 2010, o que pode dificultar o sonho de Lula de ganhar a sucessão presidencial. Em agosto, o presidente organizou uma cerimônia no Planalto na qual anunciou a expectativa de R$ 2,3 trilhões em investimentos no país entre 2008 e 2011.

Idealizada antes da “fase aguda” da crise financeira, a iniciativa serviu como demonstração de confiança na expansão econômica e na capacidade do governo de vencer a próxima eleição presidencial. Segundo auxiliares do presidente, tal confiança persiste. E perdurará até 2010 se Dilma, escolhida por Lula para sucedê-lo, conseguir comprovar a fama de “gerente da máquina”, ou de “capitã do time”, num cenário de menor quantidade de dinheiro circulando pelo mundo. A determinação é clara: fazer mais com menos recurso. “A bola está com ela”, diz um ministro. O presidente concorda com a análise. Mas decidiu sair a campo para desanuviar o ambiente.

Articulação
Lula assumiu pessoalmente a negociação aberta a fim de garantir a aprovação das duas medidas provisórias (MPs) baixadas em resposta à crise financeira. Os textos tentam manter a saúde do sistema financeiro nacional, a capacidade dos bancos de emprestar dinheiro a empresas e consumidores e, em última instância, o aquecimento do mercado interno, âncora do alto nível de aprovação popular do governo.

Na quinta-feira de manhã, o presidente recebeu no Planalto o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). Apesar de insinuar publicamente que a oposição torce pela quebra do país, pediu a Aécio ajuda para convencer tucanos e democratas a aprovarem as MPs. Convidado para o encontro, o governador aceitou a missão, reeditando uma parceria firmada anteriormente quando da tentativa frustrada de aprovação da proposta de renovação do imposto do cheque. “Eu serei sempre uma ponte para ajudar. Sempre estarei à disposição do presidente para conversar sobre essas questões”, declarou Aécio, referindo-se também à reforma tributária.

Impunidade aos banqueiros

Artigo

* Por Val-André Mutran

Na reunião convocada pessoalmente pelo presidente americano Geoge Walker Bush aos presidentes do G-20, presidido no momento pelo Brasil na figura institucional do presidente Luis Inácio da Silva, neste final de semana em Washington para discutir a crise emergida por operação sem lastro de papéis designados pelo mercado como sub-prime, um fato pode e deve ser tratado: há em curso em terras americanas alguma providência determinada por Bush ao FBI para investigar a participação em delinqüência econômica organizada pelos banqueiros de Wall Street e arredores?

Na Cyti londrina alguma providência foi tomada pelo primeiro ministro britânico Gordom Brown à Scotland Yard para a mesma investigação. Na Alemanha, na França, na Itália, no Japão. No G-9 isso foi feito pelos respectivos membros às suas polícias federais e organismos de inteligência?

Aa contrário do que o nosso presidente tem alardeado: "a crise lá fora é um tsunami que aqui não passará de uma marola", é muito otimista sob uma avaliação mais acurada do ponto de vista técnico como aponta o relatório do FMI que estará presente à reunião que tem como missão salvar da bancarrota o sistema financeiro internacional é algo muito preocupante.

Bradesco (o maior banco privado brasileiro, Itaú - o segundo - e Unibanco, suspenderam sem prazo estipulado e de forma unilateral com um anacrônico comunicado em suas páginas de Homebanking, a suspensão das operações de crédito pessoal. Isso é gravíssimo e não vi nenhum comunicado para acalmar os correntistas de parte do presidente do Banco Central brasileiro, o ex-presidente mundial do Bank Boston, Henrique Meirelles, candidato anunciado ao governo de Goiás em disputa com o senador incorrigível Marconi Perillo - o honesto.

De acordo com Charles Collyns, diretor-adjunto do Departamento de Pesquisas do FMI, estes diversos choques são ''as condições financeiras internacionais, que estão piorando, a crescente escassez de liquidez - que explica as pressões sobre a moeda brasileira - e o fato de o Brasil ser um grande exportador de commodities, cujos preços estão caindo''.

Em seu relatório Panorama Econômico Mundial, divulgado na última quarta-feira, o fundo estimou que o Brasil crescerá 3,5% em 2009, taxa inferior à projeção deste ano, de 5,2%.

O fundo estima ainda que a taxa de inflação para este ano ficará em 5,7%, contra 3,6%, em 2007, e deverá ser de 5,1% no ano que vem.

A situação fica muito estranha e começa a ensejar suspeitas ao verificarmos que nenhuma declaração desses líderes mundiais, cujos banqueiros são diretamente responsáveis pela crise, não estejam sendo investigados quanto aoi grau de responsabilidade de cada um no que chamo de delinqüência econômica organizada.

Visto que mesmo com ajuda corrdenada pelo FED (o Banco Central Americano) com os seus congêneres a economia continua ladeira abaixo e com forte tendência de recessão batendo na porta nos próximos meses.

Investigação já sobre a real responsabilidade de banqueiros especulativos. É o mínimo que o poupador exige, visto que o conjunto da sociedade pagará a conta desse golpe de mafiosos financista.

* Sou jornalista e atuo como assessor de imprensa.

Nós, os otários...

... Seremos obrigar a pagar a conta por culpa desse tipo de gente. Leia abaixo.

CLÓVIS ROSSI

MADRI - Sabe a AIG, a maior seguradora norte-americana, aquela que o governo teve de socorrer com uma pilha de US$ 85 bilhões (R$ 187 bilhões) para evitar a quebra? Pois é, apenas seis dias depois desse socorro, a empresa gastou US$ 443 mil (suficientes para pagar 2.130 salários mínimos) em uma festa para seus executivos em um dos mais luxuosos "resorts" da sofisticada Califórnia.

"Estavam fazendo as unhas das mãos e dos pés, tratamentos faciais e massagens, enquanto o contribuinte paga a fatura", esbravejou Elijah Cummings, que não é nenhuma demagoga esquerdista, mas uma deputada democrata. Só no campo de golfe do "resort", deixaram US$ 7 mil. Sete dos dez principais executivos da AIG participaram da esbórnia. "É uma prática comum nesta indústria, para compensá-los [aos executivos] por seu trabalho", disse o porta-voz da companhia. Que trabalho, cara-pálida? O de afundar uma empresa?

O instantâneo, que acabou no Congresso dos EUA, é talvez um flagrante mais explicativo da crise do que todo o resto. Não se trata só de ganância, fator a que muitos atribuem a baderna nos mercados. Que há ganância, é óbvio. Mas ganância faz parte da alma do capitalismo e, em alguns casos, é até combustível para o progresso (e não tenho aqui espaço para discutir o conceito de progresso).

O que essa "prática comum" revela é uma cultura torta, feita de hedonismo ao ponto extremo e de uma sensação já não de impunidade, mas de inimputabilidade.

Não há respeito não só pelo dinheiro público mas pela própria empresa que lhes paga salários (os famosos pára-quedas dourados, expressão que ganhou estado público com a crise), bônus, luxos. Claro que ganhar dinheiro não é feio, desde que honestamente. Mas essa cultura tornou feio não ter um pára-quedas de ouro.

Fonte: Folha de S. Paulo.

Comentário do Blog: Noutros tempos uma situação como a atualmente enfrentada dava cadeia nos Estados Unidos. O que será que aconteceu?

Tempos excepcionais

Editorial - Folha de S. Paulo

Com multinacionais gigantescas em apuros, governos passam a atuar no papel de acionista em última instância

A LIQUIDAÇÃO violenta nos mercados de ações prosseguiu ontem, apesar de todo o arsenal de medidas anunciadas e implementadas pelos governos na tentativa de detê-la. O índice Dow Jones, de Nova York, mergulhou 7,6% e voltou ao patamar do início de 2003. É como se todo o notável ciclo de expansão vivido pela economia dos EUA desde então tivesse virado pó aos olhos da principal Bolsa do planeta.

A venda alucinada de ações, que ocorria com mais vigor nas companhias do setor financeiro, agora atinge gigantes do setor produtivo americano, como a Exxon e a General Motors. A rápida desvalorização do petróleo, cuja cotação já se aproxima do índice mais baixo em 12 meses, explica a queda das companhias energéticas -as quais acumularam, até o primeiro semestre deste ano, alguns dos maiores lucros da história.

A debilidade do mercado de automóveis nos EUA, abatido pela escassez de crédito e pelo desalento do consumo, contudo, jamais poderia justificar a queda de 87,5%, em um ano, nas ações da segunda maior montadora do mundo. A cotação da empresa desceu ontem ao valor mais baixo desde a década de 1950.

General Motors e General Electric são multinacionais centenárias, que se confundem com a história do capitalismo nos EUA. O grau de dificuldade que enfrentam agora para sobrenadar é um exemplo cabal dos danos que um setor financeiro deixado à própria sorte pode causar ao coração do sistema produtivo.

Quando for escrita a história desta crise, serão estabelecidas as fronteiras cruzadas pelos governos na tentativa de deter a derrocada. Se o papel do BC como emprestador de recursos em última instância ao sistema bancário foi absorvido, a duras penas, na década de 1930, agora está prestes a descortinar-se a ação do Tesouro como acionista em última instância. No momento em que todos fogem das corporações, até das maiores, o governo entra a fim de evitar o colapso.

A seu modo, os planos e as atitudes dos governos vão convergindo nessa direção. Compras maciças de ações de instituições financeiras com dinheiro público estão a caminho nos EUA, no Reino Unido, na Espanha -e serão copiadas por outros países. É possível, senão provável, que a estratégia venha a ser estendida para abarcar empresas produtivas, fora da alçada financeira.

São tempos excepcionais para a economia mundial. A situação, mais que justificar, obriga os governos a romper tabus em caráter emergencial e transitório. O Brasil reconheceu, parcialmente, essa excepcionalidade. O BC age com desenvoltura para injetar recursos que escasseiam entre os bancos e nos negócios com o câmbio. Uma medida provisória já autorizou a autarquia a comprar carteiras de crédito de instituições em dificuldade.

É uma pena, porém, que ainda subsistam argumentos, da parte do BC, a favor da manutenção de uma política de juros isolada, e restritiva, num momento de grave e progressiva desagregação da confiança nos negócios, fenômeno que não tem poupado o Brasil.
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Dois circuit break na Ibovespa












Em desabalada queda o índice Ibovespa foi obrigado a interromper por duas vezes o pregão -- há onze anos isso não acontecia -- até a fala do ministro da Economia e o presidente do Banco Central brasileiro acalmando os ânimos do mercado que reagiu não o suficiente e as perdas hoje bateram - 5,43%. O dólar fechou em incríveis R$ 2,20.

Bradesco, Itau e Unibanco suspenderam os empréstimos pessoais que estavam variando de 7 a 9,4%. Um caos completo.

O governo prepara uma Medida Provisória para enfrentar a crise que, agora sabe-se, é muito mais profunda que se supunha.

Bovespa segue pessimismo nos EUA e perde 4%

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A predominância vendedora de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ganhou mais
força nesta quinta-feira, depois da divulgação de dados que mostraram o enfraquecimento da economia dos Estados Unidos. Às 11h25, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, assinalava perda de 4,18%, aos 47.715 pontos.


Na quarta-feira, a bolsa paulista também chegou a cair 3%, mas conseguiu zerar as perdas no fim do dia e fechou com leve alta de 0,52%, na expectativa do plano de ajuda de US$ 700 bilhões, que foi revisado e aprovado pelos senadores americanos no final da noite.

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Entenda o pacote americano

As principais medidas do plano para salvar os bancos e o sistema de financiamento habitacional

Papéis podres
O Tesouro dos EUA foi autorizado a comprar os créditos podres originados nos financiamentos para a casa própria que os bancos fizeram sem exigir garantias seguras para o pagamento nos segmentos de crédito de alto risco (subprime). O Tesouro vai administrar esses papéis, que não foram honrados por causa do aumento do calote entre os mutuários. A idéia é que o governo os revenda quando o mercado voltar ao normal.

Objetivo
A intenção é livrar os balanços dos bancos desses créditos podres e restituir a confiança a todo o sistema, evitando que mais instituições financeiras quebrem. Com a injeção de recursos, os bancos poderão voltar a conceder empréstimos a consumidores e empresas, fazendo a roda da economia girar novamente.

Quem pode aderir
O pacote pretende salvar instituições financeiras que atuem no mercado dos EUA e que tenham em seus balanços as hipotecas podres. O banco não precisa ser de capital americano, mas deve ter uma participação expressiva no mercado.

Objetivo
O governo decidiu não restringir o socorro aos bancos americanos, estendendo o auxílio aos de capital estrangeiro, numa tentativa de conter a onda de quebradeira no sistema financeiro nacional.

Recursos
O Tesouro vai dispor de US$ 700 bilhões para a compra dos títulos, mas a liberação dos recursos será parcelada. A primeira parcela, de liberação imediata, terá US$ 250 bilhões. A segunda, que já está autorizada pelo Congresso e poderá ser usada a seguir com a assinatura do presidente, é de US$ 100 bilhões. Os demais US$ 350 bilhões precisam de autorização adicional do Congresso.

Objetivo
O montante foi calculado pelo Tesouro como o suficiente para dar conta do tamanho dos créditos podres no mercado, mas é só uma estimativa. Economistas independentes calculam o tamanho do rombo em até US$ 1 trilhão. A liberação parcelada foi incluída no projeto original para facilitar a aprovação no Congresso. Como o Tesouro vai revender os papéis no futuro, espera-se que o governo tenha pelo menos parte do dinheiro de volta.

Limitação de salários
Os executivos das instituições que aderirem ao programa terão seus rendimentos limitados.

Objetivo
A intenção é impedir que os executivos, culpados em última análise pela crise, acabem lucrando com ela, recebendo gordos salários com dinheiro público. O governo resistiu o quanto pôde a essa medida, que só foi incluída por causa da forte pressão dos parlamentares. Analistas temem que ela possa inibir a adesão dos bancos.

Seguro
O seguro de crédito para as contas correntes vai aumentar de US$ 100 mil para US$ 250 mil. Ou seja, cada cliente de banco que venha a quebrar poderá sacar até US$ 250 mil. A garantia é dada pela Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês).

Objetivo
Essa medida não existia no pacote original e foi inserida por pressão dos parlamentares democratas como forma de aumentar as garantias para os clientes do sistema financeiro. O governo aceitou por imaginar que ela poderia facilitar a aprovação no Congresso.

Supervisão
A implementação do pacote e a utilização dos recursos serão submetidas ao controle e supervisão de um comitê independente, com participação de membros do Congresso, do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e da SEC, o órgão que regula o mercado de capitais nos EUA, semelhante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira.

Objetivo
Essa foi outra alteração feita no projeto original para reduzir as resistências dos parlamentares, que não queriam dar um cheque em branco para o Tesouro administrar o pacote. A intenção é coibir abusos do Tesouro.

Corte nos impostos
Também foram incluídos descontos nos impostos para promover o uso de fontes de energia renováveis por empresas, no total de quase US$ 80 bilhões, e a prorrogação e ampliação de outras reduções nos impostos para pessoas físicas e empresas.

Objetivo
Conceder benefícios aos contribuintes e diminuir a resistência do Congresso.

Fonte: Correio Braziliense.

Senado americano aprova pacote anti-crise financeira

O Congresso dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira o plano de 700 bilhões de dólares para socorrer as instituições financeiras. A proposta, que sofreu alterações, havia sido rejeitada na segunda-feira pela Câmara dos Representantes, e provocou pânico no mercado financeiro. Hoje, o dia foi marcado por declarações acaloradas em favor da aprovação do pacote no parlamento norte-americano e pela cautela nas principais bolsas de valores do mundo.

Papel do Congresso

O COMPORTAMENTO do Congresso dos EUA em relação ao programa de socorro ao mercado financeiro envolve uma disputa entre poderes que, no futuro, vai ter conseqüência na execução da política monetária e no aperfeiçoamento da regulação do setor financeiro.

No final de 2007, por exemplo, o Senado solicitou ao "Congressional Budget Office" um estudo sobre a política fiscal do Executivo (a devolução de impostos). Nesse relatório, o CBO levanta a hipótese de que o problema dos "subprimes" poderia ser mais profundo do que parecia. Sugere o seu enfrentamento com algumas políticas até já usadas nos EUA (em 1933, com a "Home Owners Loan Corporation" -HOLC-, e, nos anos 80, com a "Resolution Trust Corporation" -RTC): a compra das hipotecas duvidosas por uma agência do governo, vendidas depois que se restabelecesse a sua precificação. É razoável supor, portanto, que o Congresso, pelo trabalho do CBO, talvez tivesse uma idéia mais clara da gravidade do problema do que o próprio Fed, sob cuja política laxista as coisas aconteceram.

As medidas paliativas do Fed, que apenas davam liqüidez (que se empoçava), produziram, no final, um "salve-se quem puder". Depois da intervenção no Lehman, praticamente se extinguiu uma espécie: a dos bancos de investimento.

O Goldman Sachs e o Morgan Stanley puseram, sabiamente, as barbas de molho e abrigaram-se sob a proteção da regulação dos bancos comerciais. Diante disso, o Executivo e o Fed apresentaram um programa (sem dúvida razoável e já sugerido pelo CBO) e tentaram aprová-lo com casca e tudo no Congresso. Um programa de US$ 700 bilhões (40% do PIB brasileiro de 2008), com graves conseqüências distributivas para o contribuinte americano, deveria ser aprovado em uma semana, uma vez que o mundo financeiro caía aos pedaços e o Congresso entraria em recesso no dia 26 de setembro...

Quase não houve discussão sobre a necessidade do programa, condição necessária, mas não suficiente, para restabelecer o funcionamento do mercado financeiro. Ele será, sem dúvida, caro, mas seria ainda mais caro para os contribuintes (em termos de perda de PIB e emprego) não fazê-lo.

Colocado numa armadilha, o Congresso deu sinais de que não está disposto a continuar a ser apenas o coadjuvante passivo na correção dos erros cometidos por umas poucas pessoas (os membros do Fed, supostamente portadores da "ciência monetária"), às quais ele, Congresso, entregou a tarefa de estabilizar o valor da moeda, subtraindo-a do Executivo eleito.
Isso aponta para uma futura reforma das instituições que controlam o sistema monetário.

Antonio Delfim Netto é ex-ministro do Planejamento e ex-deputado Federal.

Clovis no fígado

O cassino e a chantagem

Clovis Rossi hoje na Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - O valor das ações de uma empresa na Bolsa de Valores (ou do conjunto das empresas nela listadas) deveria ser determinado pelo desempenho corrente da companhia e/ou pelas expectativas a respeito de sua performance futura. Perdão pelo óbvio, e sigamos.

Na segunda-feira, por essa lógica, o desempenho das empresas listadas na Bolsa de São Paulo e suas perspectivas eram tão ruins, mas tão ruins, que o índice caiu 9,36%.
Mas, no dia seguinte, desempenho e perspectivas melhoraram tanto, mas tanto, que subiu 7,63%. Como é simplesmente impossível que haja tal mudança em tão curto espaço de tempo, os fatos dão ao presidente Lula toda a razão quando diz que se trata de cassino.

Pior: é um cassino que está fazendo chantagem com o Congresso norte-americano, tentando forçar a aprovação de um pacote de socorro aos gatos gordos de Wall Street, cuja ganância infinita é a causa básica da crise. Chantagem que é apoiada pelo presidente dos Estados Unidos, país que já foi um modelo de democracia.

Quando Bush diz, como fez ontem, que "as conseqüências [da não-aprovação do pacote] se tornarão piores a cada dia", está claramente chantageando os congressistas.

Ora, quem votou contra o pacote apenas atendeu à opinião de seu eleitorado, maciçamente contrário ao salvamento dos gatos gordos. E é assim que deveria funcionar a democracia representativa: o representante faz o que o representado quer (ou convence o representado de que está equivocado).

Convence-o, por exemplo, de que está de fato em curso a "desintegração do sistema financeiro", como diz Martin Wolf, principal colunista do "Financial Times". Parece estar, mas é com fatos, não com chantagem, que se deve argumentar.

É possível que a chantagem vingue, mas seu triunfo só fará aumentar o gosto amargo da crise.

Bolsa salta 7,63%, mas perde 11% no mês; dólar sobe 16,8% em 30 dias


clipped from economia.uol.com.br

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuperou-se parcialmente do tombo da véspera e deu um salto nesta terça-feira, fechando com ganho de 7,63%, aos 49.541,27. No dia anterior, a Bolsa havia perdido 9,36%. Em setembro, o prejuízo da Bovespa foi de 11,03%.
O dólar comercial fechou em forte queda de 2,95%, vendido a R$ 1,906, mas ainda assim acumulou uma alta de 16,8% em setembro, maior valorização mensal em seis anos.
Números fortes de confiança do consumidor nos Estados Unidos surpreenderam os investidores e reacenderam esperanças sobre o plano de ajuda do governo ao setor financeiro. As principais Bolsas da Europa fecharam em alta.
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Investimento em ações é alto risco

''Foi tudo para o ralo''

"Agora é esquecer que eu tinha esse dinheiro. Vou ficar alguns meses sem olhar o Ibovespa. O que ganhei em 2006 e 2007 já foi para o ralo mesmo." O depoimento, registrado no site de relacionamentos Orkut, ilustrava a desilusão de muitos investidores internautas com a queda e interrupção dos negócios da Bovespa ontem.

"Hoje vai ter gente se enforcando no fim do expediente", escreveu um internauta. "Vou partir para a querida poupança", dizia outra. "Comprar ações? Vou comprar outro tênis, o meu está ficando sem sola", resignava-se outro. Todos faziam parte da comunidade O investidor agressivo, que reunia 10.115 membros.

No fórum de discussões da comunidade, além de lamentos, havia tentativas de prever o futuro. "O prazo de recuperação (da bolsa) é de 18 meses. Quem sobreviver a essa era vai ganhar muito dinheiro depois que normalizar. Mas só quem sobreviver", profetizava um participante. "Onde está o ministro Mantega agora? Cadê a economia sólida?", questionavam outros.

O criador da comunidade, Allan Arantes, de 30 anos, ex-engenheiro de telecomunicações que desde 2001 se dedica a ser "investidor agressivo profissional", não se surpreendeu com a turbulência do mercado, que chegou a paralisar os negócios na Bovespa - o chamado circuit breaker. "Mas eu nunca tinha visto isso acontecer como investidor ativo." Ele diz que não pensa em deixar a bolsa agora, mas confessa que vai se resguardar em papéis um pouco mais seguros, como os da Petrobrás. "De qualquer modo, vou seguir firme, aplicando com foco na volatilidade. Tem de aproveitar as ondas e tomar cuidado com a ressaca. Surfista não surfa com mar parado."

INCREDULIDADE

Em poucas horas, as dúvidas e os comentários se multiplicavam nos fóruns de discussão da internet, que se tornou o principal veículo de expressão para os iniciantes na Bolsa - o Orkut já tinha 14 membros na recém-criada comunidade Circuit breaker - Eu vi.

"Não esperava passar por este momento tão cedo e tão repentinamente", contava o bancário Farley Souza, de 25 anos, investidor em ações há três. "Foi tudo num piscar de olhos. "

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Nasdaq em alerta vermelho

Empresas de tecnologia desabam na Nasdaq


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Hoje foi um dia daqueles que lembram os livros de história, quando estudávamos sobre a quebra da bolsa em 1929 na época da Grande Depressão. Ou mais recentemente, quando houve o estouro da bolha da internet. A cada minuto víamos os números despencarem em um efeito dominó no mundo inteiro. Tudo porque o congresso americano recusou o plano de US$ 700 bilhões proposto pelo governo Bush.

Como resultado, a Nasdaq, a bolsa de valores das empresas de tecnologia, fechou o dia com -9,14%, uma queda maior que o próprio Dow Jones, que foi de 6,98%. Esta queda é um reflexo da recessão vivida pelos norte-americanos. Os bancos estão quebrando, faltando crédito; Se as pessoas não tem crédito, falta dinheiro; Se tem pouco dinheiro, elas usam para comprar/investir em serviços essenciais; E tecnologia não é essencial, é supérfluo. Então empresas desses setor são desvalorizadas.

Com isso, as ações de grandes empresas como Apple (-17,9%), Google (-11,6%), Microsoft (-8,7%) e Yahoo (-10,7%) despencaram, como de muitas outras. A Apple teve uma queda absurda, chegando a menos 20% de valorização durante o dia, recuperando-se no fim da tarde. É como se a empresa perdesse 1/5 do seu valor.

Para que você tenha uma idéia de como está a desvalorização das empresas de TI, no início do ano a Microsoft fez uma oferta de compra à Yahoo onde pagaria US$ 31,00 por cada papel. Hoje chegou ao valor de US$ 16,88, praticamente a metade do valor ofertado.

Mas a queda da empresa de Cupertino não se deu apenas pela crise mundial, mas também devido à concorrência que vem aumentando contra o iPhone e iPod, além da necessidade de uma queda no preço de seus computadores e macbooks, segundo Kathryn Huberty, da Morgan Stanley. A previsão é de que a empresa perca 8% de seu valor até o fim do ano.

Ainda é cedo para se falar nas consequências desta queda e se ela vai ou não continuar. O fato é que hoje o mundo viu mais de um trilhão de dólares - isso mesmo, US$ 1.200.000.000.000,00 - evaporar e ninguém sabe até quando esta crise vai se estender e como vai acabar.

Veja algumas das maiores quedas:

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Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acionou o circuit breaker

Bovespa acionou mecanismo pela primeira vez em quase dez anos.
Ibovespa caiu mais de 10% com rejeição de pacote nos EUA.
clipped from g1.globo.com
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acionou nesta segunda-feira (29), pela primeira vez em quase dez anos, o circuit breaker, mecanismo que controla a oscilação dos indicadores. A última vez em que a ferramenta fora usada foi em 14 de janeiro de 1999, na véspera da adoção do câmbio livre no país.
O circuit braker é um mecanismo de controle da variação dos índices. Quando as cotações superam limites estabelecidos de alta ou de baixa, as negociações são interrompidas, para evitar movimentos muito bruscos.

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Pega eles

O senador Barack Obama lamentou a derrota do pacote rejeitado na Câmarados Deputados dos Estados Unidos. "Nas atuais circunstâncias o pacote não era ruim. Lamento o que ocorreu. Quando eu for presidente vou pegar os responsáveis por essa situação", prometeu. E acrescentou: "É um escândalo os contribuintes terem de pagar pela política econômica desastrosa do governo".

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