Debates apimentam campanha em Marabá

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No dia em que o Vox Populi divulgou uma pesquisa de intenções de votos para a Prefeitura de Marabá, o debate entre os candidatos promovido pelo Colegiado do curso de Ciências Sociais da UFPA (Universidade Federal do Pará) foi mais tenso que o da RBA/Bandeirantes, há uma semana.

O debate aconteceu ontem à noite, segunda-feira, 22, no auditório do Campus I da UFPA e reuniu os quatro candidatos a prefeito: João Salame, Félix Urano (Tibirica), Bernadete e Maurino Magalhães. O que mais chamou a atenção no evento não foram as propostas dos candidatos, mas a perda do controle por parte da organização.

Os simpatizantes dos candidatos lotaram o auditório e, junto com alguns estudantes, atrapalhavam o andamento do debate. Por mais de dez vezes, a moderadora do encontro, professora Marilza Sales, implorou por silêncio. Os próprios candidatos precisaram intervir junto a seus correligionários para pedir calma. Com o auditório lotado e muitas pessoas em pé, o calor era outro elemento que sufocava os participantes.

Uma das regras do debate para os estudantes era que nenhum candidato poderia usar as imagens do evento em seus programas do horário eleitoral gratuito, na TV. No primeiro bloco, cada candidato fez sua apresentação durante três minutos. Nessa etapa já houve alfinetadas, iniciadas por Tibirica, ao dizer que Bernadete era do PT, partido que, segundo ele, é contra greves.

As faíscas aumentaram no embate Maurino/Salame. O primeiro quis saber como mudaria os graves problemas de saúde de Marabá se afirma que vai manter o sistema de governo do atual gestor, Tião Miranda. Salame revidou, dizendo que os problemas são os mesmos do tempo em que Maurino foi prefeito por cinco meses. Avaliou também que a saúde passa pela coleta de lixo, afirmando que em seu governo pretende criar uma companhia municipal de saneamento, e não firmar contratos escusos com empresas privadas.

A tensão entre os candidatos era amplificada na platéia pelos correligionários, que ovacionavam seus preferidos e ainda menosprezavam os concorrentes de forma acintosa.
Na seqüência, os candidatos voltaram a usar a tática do debate na RBA. Perguntavam a Tibirica e depois direcionavam o torpedo para os principais adversários. Salame chegou a repetir a mesma pergunta que já havia feito a Bernadete sobre a aliança entre Maurino e o PMDB de Asdrúbal Bentes.

Em seguida, os candidatos responderam a questionamentos dos estudantes e depois fizeram considerações finais.

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