O peso jurássico no Maranhão e no Amapá

Não tem nada com isso o presidente do pior senado de todos os tempos, o jurássico ex-presidente da República e atual presidente da instituição senador José Sarney (PMDB), sabe por onde? Pelo Amapá.

Aguarda com sua notável discrição o resultado do julgamento da ação contra crime eleitoral de seu desafeto Jackson Lago (PDT-MA), governador do Maranhão, destituindo daquele Estado, por vontade popular, a dinastia da truculência política de seu mandarinato.

― O sobrenome Sarney seguia reinado sem contestações sobre o estado do Maranhão há 40 anos.

Enquanto isso, no ex-Território Federal do Amapá, agora Estado, e cuja atuação onisciente não mexeu uma sobrancelha nem tocou um único foi de cabelo de seu vasto bigode, para ajudar a criar; passa por momentos de preocupação com a lição que deixou no rastro de sua reeleição para o senado federal.

Com uma vaga na disputa (note que em 2010 2/3 dos senadores vão à prova) o presidente do senado adota discurso do silêncio conveninete que o notabilizou como o mais longevo sobrevivente político de seu partido desde do tempo de apoio incondicional à ditadura militar.

Na oposição à seus adversários na única vaga que o reconduziu ao poder de sempre e sempre. José Sarney imortal pela "insuspeita" Academia Brasileira de Letras, aprontou em vida o que seus pares imortais (já mortos), não consideraram como prática abjeta.

Censurou blog´s, intimidou movimentos sociais, ameaçou o quanto pode, seus adversários ―e, claro, se reelegeu.

Para quem ainda não teve acesso ao histórico do oligarca, vejam os fatos.

A família do senador José Sarney tem emissoras de TV, rádio, jornal, fazendas e diversas empresas no Maranhão e no Amapá.

Na declaração apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral, o ex-presidente informa que sua fortuna é de 4,6 milhões de reais.

Esconder ou subavaliar patrimônio é uma estratégia muito comum no mundo político, principalmente entre aqueles que não têm como justificar a origem da riqueza.

Sarney foi presidente da República em 1985 e, desde então, ele e seus familiares – cujo patrimônio real é estimado em cerca de 125 milhões de reais – têm sido alvo de diversas investigações criminais. No ano passado, uma investigação da Polícia Federal acusou um dos filhos do senador de chefiar uma "organização criminosa" responsável por crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude em licitações e corrupção.

Em 2002, em plena campanha presidencial, a PF encontrou 1,3 milhão de reais em dinheiro escondido no escritório da então candidata e hoje senadora do PMDB Roseana Sarney, filha do senador.

Roseana abandonou a campanha, mas a origem do dinheiro nunca foi explicada. Renan e Sarney não são exceções no mundo peemedebista. A tal confederação dos líderes regionais citada na entrevista de Jarbas Vasconcelos é, em sua maioria, composta de políticos com perfil idêntico: são todos ricos, poderosos e enrolados com a Justiça devido à histórica folia com o dinheiro dos contribuintes.


Dos 27 presidentes regionais do PMDB, dezessete têm problemas com a Justiça. O deputado Jader Barbalho, por exemplo, é o mandachuva do partido no Pará e um dos chefões nacionais da legenda. O parlamentar foi preso em 2002, acusado de desviar 2 bilhões de reais dos cofres públicos. Dono de apenas um automóvel e uma casa no início da carreira, Jader também fez fortuna enquanto se revezava entre um cargo e outro da administração federal. Foi ministro da Previdência no governo Sarney, líder do PMDB e presidente do Senado no governo Fernando Henrique até 2001, quando renunciou ao cargo, acuado por denúncias de corrupção. Hoje, é um general sem estrelas, mas com poder intacto nos bastidores. Jader, Sarney e Renan formam o triunvirato do PMDB. Eles estabelecem as linhas mestras de ação do partido e controlam a indicação dos cargos que, como Jarbas vocalizou e até os mármores de Niemeyer sabem, são usados para "fazer negócios e ganhar comissões".

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O democrata José Sarney conspirou subterrâneamente para a cassação não de um, mas de dois mandatos pós ditadura militar e concedidos sob a égide da democracia que hoje o torna, deveras, um tanto confuso.

É atribuído a manobras de sua ordem no subterâneo do poder, a queda de seu então colega João Alberto Capeberibe e sua esposa a deputada (novamente eleita como a mais votada de seu estado) Janete Capeberibe, numa das manobras mais sórdidas e rasteiras de que se tem notícias no recente noticiário político.

É esse o PMDB que Jarbas não dá nome.

Francamente: Precisa?

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