Diretor-geral do Senado deixa o cargo
Assinatura de Alexandre Gazineo aparece em atos secretos.
Segundo primeiro-secretário, ex-diretor será substituído por Haroldo Tajra.
Do G1, em Brasília
Foto: ED FERREIRA/AGÊNCIA ESTADO/AE
O ex-diretor geral do Senado, Alexandre Gazineo, em maio (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)
O diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, deixou a função nesta terça-feira (23). A saída foi anunciada antes da reunião da Mesa Diretora da Casa que vai acontecer nesta tarde. A assinatura de Gazineo aparece em diversos atos secretos. Na época da assinatura ele era adjunto de Agaciel Maia, então diretor-geral da Casa.A troca foi anunciada pelo primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) e deve ser confirmada ainda nesta tarde pelo presidente José Sarney (PMDB-AP). De acordo com Heráclito, Gazineo será substituído por Haroldo Tajra, que é consultor lotado na primeira-secretaria.
Com a saída de Gazineo, o Senado tem a segunda troca de diretor-geral em menos de quatro meses. Ele substituiu Agaciel Maia.
Segundo Heráclito, outra mudança será anunciada por Sarney. O diretor de Recursos Humanos do Senado, Ralph Campos Siqueira, também perderá a função. Ele será substituído por Dóris Marize Romariz Peixoto, que presidiu a comissão de sindicância sobre atos secretos. Ela era chefe-de-gabinete da ex-senadora e atual governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB).
A presidência do Senado diz que a saída de Gazineo e Siqueira aconteceram "a pedido", mas não confirma os nomes fornecidos por Heráclito para os cargos. Segundo o primeiro-secretário, as indicações dos novos diretores são provisórias, por 90 dias.
Denúncias
Gazineo foi promovido a diretor-geral após a queda de Agaciel. O ex-diretor deixou a função após a denúncia de que teria ocultado de sua declaração de renda uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília.
Após a queda de Agaciel, veio a sucessão de denúncias contra a Casa, desde o pagamento irregular de horas-extras para servidores até os atos secretos. Como era sub de Agaciel, Gazineo ocupou durante quase quatro meses a função sob a desconfiança de alguns senadores.
Com a força que a crise ganhou com a revelação dos atos secretos, diversos senadores tornaram público o desejo da saída do diretor-geral. Estes senadores defendem que o substituto tenha sua indicação referendada pelo plenário da Casa.
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