Parlamentares tentarão novo acordo sobre reajuste de aposentados
O deputado Paulo Pereira da Silva (ao centro) disse que consultará as bases sobre a proposta do governo.
Deputados, sindicalistas e representantes do governo se reuniram nesta quarta-feira, mas ainda não chegaram a um consenso.
Ficou para a terça-feira (18) uma nova tentativa de acordo com o governo em torno do reajuste para os cerca de 8 milhões de aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo. Para oferecer um aumento acima da inflação, o Executivo quer que as centrais sindicais aceitem a retirada de quatro propostas: o fim do fator previdenciário (PL 3299/08); o PL 4434/08, que recupera o número de salários mínimos recebidos na data da concessão da aposentadoria; a emenda do senador Paulo Paim (PT-RS) ao PL 1/07 que garante, às aposentadorias, os mesmos percentuais de reajuste do mínimo; e o reajuste de 16% às aposentadorias aprovado pelo Congresso e vetado pelo Palácio do Planalto (o veto ainda pode ser derrubado).
A ideia do governo é propor, no lugar dessas matérias, um texto englobando toda a nova política para as aposentadorias maiores que o salário mínimo.
Porém, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse que os representantes dos trabalhadores não tinham, na reunião desta quarta-feira, legitimidade para aceitar de imediato a proposta de retirada dos projetos. Por isso, eles vão "consultar as bases" e voltarão a se reunir com o Executivo na próxima terça.
"Nós até dissemos: não adianta dar hoje 10% de aumento para o aposentado se não for resolvido o problema do fator previdenciário. Precisa ser uma proposta global. Temos dificuldades de dizer que dá para abrir mão de um projeto hoje, porque há condição de fazer andar essas propostas na Câmara. Então, é necessário haver garantia de que as propostas a serem apresentadas pelo governo contemplarão os trabalhadores", ressaltou.
Dificuldades financeiras
O deputado Pepe Vargas (PT-RS), relator do projeto sobre o fim do fator previdenciário, disse que o reajuste de 7% antecipado pela mídia é uma especulação. Ele deu sinais de que, embora acima da inflação, o percentual a ser oferecido poderá não satisfazer os aposentados.
"O governo acha que há condições para dar reajuste superior ao INPC para os aposentados que ganham acima do mínimo. O que foi dito é que essa proposta foi negociada com a área econômica tendo em vista o atual momento de queda de arrecadação, de maior dificuldade financeira para o governo. Mas não foi apresentado o percentual", explicou.
Obstáculos
Pepe Vargas acrescentou que a discussão sobre o fator previdenciário avançou nesta quarta-feira, mas restam dois pontos divergentes. O primeiro é quanto à forma de cálculo do valor da aposentadoria. De um lado, o governo quer que sejam levados em conta 80% dos maiores salários de contribuição; do outro, as centrais sindicais defendem os 60% maiores.
O segundo ponto diz respeito aos aposentados que não atingirem o chamado "fator 85/95" - em que a soma da idade com o tempo de contribuição resulta em 85, para as mulheres; e 95, para os homens. O governo quer, nesses casos, a aplicação do fator previdenciário. Já as centrais sindicais defendem, segundo Pepe Vargas, um redutor mais brando.
Também participaram da reunião de hoje o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS); o ministro da Previdência, José Pimentel; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci; o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, Warley Martins; e o presidente da CUT, Artur Henrique. O encontro aconteceu na sede provisória do governo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Comentários
Waldir Dasso Fernandes
waldassofer1@gmail.com
Sergio
vai ter muita diferença nesta eleição.
Tenho dito
por determinação do gov.e,assim foi
até me aposentar proporcional,pois
perdi o emprego,e sem pespectiva de
outro fiu obrigado pelo avancado da idade a concordar com os valores
concedidos a época era pouco mais de seis salarios,hoje recebo pouco mais de quatro salarios,para mim is
to é um verdadeiro absurdo,mas o lula nunca foi trabalhador,acho que foi mendigo,e depois empresario
grande empresario.resta-nos esperar a boa vontade dos deputados
que mandamos para nos representar no congresso nacional.
Estão fazendo uma grande ladainha. Bastava cumprir a nossa soberana Constituição Federal de 1988, que em seu art.194, Inciso 4, diz que: "os critérios de cálculos dos benefícios devem preservar o valor real dos salários sobre os quais incidiram as contribuições à Previdência." Paulo Rocha-RS.
Essa troca que o governo quer é injusta. Depois de tanta luta.
Acho melhor os deputados votarem de uma vêz aprovando tudo e resolvendo isso.
Esse governo é espertinho d+.
Coitado de nós aposentados.
Dessa vez, não tem outra solução para o presidente Lula, ou ele aprova ou rejeita os projetos que estão para serem votados. Por que ele não quer tomar essa decisão? Será por causa dos 8,2 milhões de aposentados, que contando com esposa, filhos, noras, genros e até netos que já votam pode chegar esse 8,2 milhões a mais de 30 milhões?
Vamos aguardar ano que vem!!! Ser humilhados mais um ano e meio, não é nada para quem já vem sendo a mais de dez anos.
Não tem que abrir mão de nada.
É hora de "dar ou descer", como ensina o bispo (bobinho) Edir Macedo.
Senhores deputados. O senado já aprovou os quatro projetos por unanimidade, será que os deputados não podem fazer o mesmo? Fim do Fator Previdenciário e reajuste das aposentadorias igual para todos é o mínimo que o povo necessita.E o veto do Executivo os deputados e só derrubar,e o relator deputado Pepe Vargas e só retirar a proposta 95 e 85.ultramar.l.s@terra.com.br
pois dinheiro tem O LULA E MERCADATE sempre disseram que o
empecilio era FERNANDO HENRIQUE
e os partidos que comandavam.
um abraço a todos que usão este
espasso.
Maurilio
Decepção total.
A lei não deveria ser igual para todos, então porque um parlamentar pode ter 2 ou mais aposentadorias? Estamos concluindo que aposentado no Brasil é considerado lixo por nossos governantes. É triste concluir que Vossas Excelências Senadores e Deputados, só legislam para aumentar seus privilégios e imunidades, agindo como uma associação fechada de privilegiados que se reúnem para defender seus negócios pessoais e dos amigos de conchavos. Vossas Excelências estão nos faltando com o respeito, jogando nosso voto no lixo, classificando seus eleitores como um bando de tolos e idiotas. Vossas Excelências acreditam que grande parte da população Brasileira inclusive os aposentados, não tem cultura, não estão atentos a nada e não percebem nada. Mas podem ter certeza que estamos cada vez mais atentos as práticas astuciosas dos Senhores. Afinal aposentado também vota, e esta mais que na hora da Câmara se ocupar com projetos a favor do povo e não presos em CPIs que nunca resulta em nada, somente onera os cofres públicos.