Uma região que tem terra agricultável deve utilizá-la para o sustento de seu povo.
Na ciência agronômica, o Engenheiro Agrônomo aprende que existe limites de utilização, chamada de Capacidade de Uso da Terra, o que significa dizer que toda área deve ser classificada de acordo com seu solo, seu relevo, sua biodiversidade e seu clima. Existe, portanto, áreas que devem ser usadas para produção de alimentos; outras para pastagens; umas que não podem ser usadas, como topos de morros e encostas, margens de rios, montanhas, e algumas com seu uso periódico, como em milhões de hectares, em ilhas do Rio Amazonas, aqui no Pará, com alta produtividade, devido as riquezas minerais deixadas pela colmatagem do Rio Amazonas e, mesmo assim, não utilizadas pelos governantes.
Há casos delituosos praticados na Amazônia, que são difíceis de serem entendidos. No Estado de Roraima, por exemplo, foi desativado o cultivo de arroz irrigado com alta tecnologia, sem uma justificativa científica. Mas, o arroz agora consumido naquele Estado, vem do Rio Grande do Sul. A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo – USP, fez estudo, pago pelo Pará, e verificou, cientificamente, que no Leste do Estado, existem áreas de Consolidação e Expansão Produtiva em área antropizada, com cerca de 9 (nove) milhões de hectares, aptas à produção e cultivo da cana de açúcar. No município de Ulianópolis, existe produção de cana para álcool, com uma infraestrutura das melhores do Brasil, com escolas, restaurantes, creches, entre outros, que vem produzindo por mais de 20 anos e que vai ser desativada. E o Governo Federal, sem respeitar o Estado Federativo, proibiu o plantio de cana no Pará, baseado em pedidos de ONGs que vivem saqueando os cofres do Governo Brasileiro. E nós não fazemos nada. Nem protestamos!
Outro desatino foi o encontro, na Europa, sobre o Aquecimento Global e o CO2. O Brasil foi representado pela Casa Civil e pelo IBAMA, Instituição esta, que não tem tradição em pesquisa, deixando de lado o Ministério da Agricultura, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a EMBRAPA e principalmente a Academia (Universidades). Não foi convidado, por exemplo, o cientista e meteorologista Luiz Molion, Doutor Pela Universidade de Wisconsin (USA) que afirmou na imprensa (publicado no jornal O Liberal do dia 04.11.2009) ser este encontro uma farsa.
No Estado do Pará, o clima é o ano todo propício; o relevo apto; solo física e quimicamente perfeito, bem diferente de outras regiões do Sul e Sudeste, que fazem cultivo nas montanhas e nas encostas, cujas conseqüências desse mau uso, são as quedas de morros e encostas, resultando em morte de pessoas. Por isso que o Pará deve ser um dos Estados mais importantes na produção de grãos e alimentos, para o povo da Amazônia e do Brasil. Para isso é necessário competência dos Profissionais da área e Políticos comprometidos com o Estado.
Eng. Agr. Rui de Souza Chaves
Prof. Titular AP da UFRA
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