O delegado Leandro Daiello Coimbra será empossado hoje como novo diretor-geral da Polícia Federal com um desafio urgente: diminuir os 119,2 mil inquéritos que ainda estão em andamento nas 27 superintendências da corporação em todo o país. Coimbra, que dirigia a PF em São Paulo, fazia parte de uma lista tríplice feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e foi escolhido pela própria presidente Dilma Rousseff. Ele vai comandar uma instituição que, aparentemente, está divida entre as categorias dos delegados e dos agentes, que reivindicam mais espaço nas tomadas de decisões em torno da classe.O novo dirigente da Polícia Federal vai encontrar uma corporação mais estruturada e com menos inquéritos nos armários do que há três anos, quando Luiz Fernando Corrêa assumiu o comando da corporação, apesar de o número ainda ser considerado alto. Hoje, são quase 120 mil, mas, nos últimos cinco anos, o volume chegou a 169,2 mil casos sem resolução. “Baixamos a quantidade e melhoramos a qualidade dos inquéritos”, afirma Corrêa, que hoje entrega o cargo a seu sucessor. Segundo ele, nos últimos três anos, uma das determinações que deu aos delegados foi priorizar a resolução dos casos que estavam pendentes.Apesar de ter um quadro de 14,4 mil servidores — sendo que 2,7 mil têm funções administrativas —, a PF precisou se adaptar para enfrentar certos desafios causados pelas mudanças econômicas no país. Uma delas foi adequar os horários para a emissão de passaportes. No ano passado, houve um aumento de 40% na liberação do documento em relação a 2009, o que provocou alguns ajustes nos atendimentos. No Rio, por exemplo, policiais agendam as entrevistas a partir das 4h da madrugada e estendem o trabalho até as 19h.Outro desafio de Coimbra será o combate ao tráfico de drogas, uma das prioridades de Dilma Rousseff. Nos últimos três anos, a quantidade de apreensões de maconha caiu, enquanto o de cocaína cresceu. A PF afirma que a quantidade de operações com o objetivo de coibir essa prática sufocou os traficantes, principalmente nas fronteiras com os países produtores de entorpecentes. (CB)
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Nota do Blog: a PF pediu prorrogação da investigação que apura a participação de Erenice Guerra, ex-Casa Civil, e assim ó, com a presidenta; sobre sua participação ou não, em esquemas "cabeludos", na Casa Civil.
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