Agora vai?

Matéria do Portal Congresso em Foco sugere que o presidente Lula anunciará na quarta-feira, 7, as modificações que fará em sua equipe ministerial. Auxiliares de Lula dizem que ele pode anunciar nesta semana o ministério que mais tempo levou para ser confirmado na história da República

Sylvio Costa

Nesta segunda-feira, 5, Lula completa 130 dias desde sua reeleição e 66 a partir da posse para o segundo mandato. E até agora, como se sabe, nada de anúncio de ministério, fato absolutamente inédito na história do Brasil republicano. Mas, acreditem, a novela está perto de terminar.

Assessores do presidente sopram aos jornalistas que o anúncio poderia ocorrer talvez nesta quarta-feira, e certamente antes ainda da convenção nacional do PMDB, a se realizar no domingo, dia 11. O Palácio do Planalto nada confirma oficialmente. Extra-oficialmente, porém, é geral o sentimento de que o assunto está próximo de se decidir, mesmo que o desfecho fique pra semana que vem.

Se a demora e a expectativa de que os principais ministros permaneçam em seus cargos geraram algum anticlímax em relação à confirmação do ministério, o estilo Lula mantém viva a possibilidade de surpresas.

O presidente evita comentar suas escolhas até com os auxiliares e correligionários mais próximos. Por isso mesmo, qualquer informação que ele adianta, em conversas reservadas, rapidamente ganha o mundo. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), por exemplo, ficou tão feliz ao conseguir emplacar o técnico José Gomes Temporão para o Ministério da Saúde que alardeou aos quatro ventos sua vitória.

Dá-se como certa a permanência dos quatro principais assessores atuais de Lula: a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; o ministro da Fazenda, Guido Mantega; o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles; e o ministro da Articulação Política, Tarso Genro, que deve ser transferido para a Justiça. Onde, por sinal, o atual titular, Márcio Thomaz Bastos anunciou sua saída há mais de dois meses e ainda aguarda a nomeação do substituto.

Com um número recorde de 34 ministros (incluindo o presidente do BC, que tem esse status), Lula tem hoje em seu primeiro escalão 17 petistas, oito sem filiação partidária e o restante distribuído por seis partidos: PMDB, PSB, PP, PTB, PCdoB e PV. No novo ministério, o PR (ex-PL) deve recuperar o Ministério dos Transportes e é preciso encontrar espaço para mais uma legenda, o PDT, que agora integra a base governista. Nesse grupo, há dez paulistas, cinco mineiros, cinco baianos, três representantes do Rio de Janeiro, três do Rio Grande do Sul e outros seis estados representados (AC, CE, GO, MA, PR e SC).

Prever com segurança qual será a nova geografia partidária do poder federal é puro exercício de adivinhação. “Quem acha que sabe está mal informado”, resume um alto dirigente petista. Mas os vazamentos ocorridos, assim como os recados dados pelo próprio Lula, permitem apontar o seguinte quadro em relação à composição do novo ministério:

Devem continuar no cargo

Celso Amorim (sem partido-SP) – Ministério das Relações Exteriores

Dilma Rousseff (PT-RS) – Casa Civil

Fernando Haddad (PT-SP) – Educação

Gilberto Gil (PV-BA) – Ministério da Cultura

Guido Mantega (PT-SP) – Ministério da Fazenda

Hélio Costa (PMDB-MG) – Ministério das Comunicações

Henrique Meirelles (sem partido-GO) – Presidente do Banco Central

General Jorge Armando Felix (sem partido-RJ) – Gabinete de Segurança Institucional

Jorge Hage Sobrinho (sem partido-BA) – Controladoria Geral da União (CGU)

Luiz Dulci (PT-MG) – Secretaria Geral da Presidência da República

Luiz Marinho (PT-SP) – Ministério do Trabalho

Marina Silva (PT-AC) – Ministério do Meio Ambiente

Matilde Ribeiro (PT-SP) – Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Patrus Ananias (PT-MG) – Ministério do Desenvolvimento Social

Paulo Bernardo (PT-PR) – Ministério do Planejamento

Silas Rondeau (PMDB-MA) – Ministério de Minas e Energia

Devem entrar

Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) – Integração Nacional

José Gomes Temporão (sem partido-RJ) – Saúde

Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) – Secretaria Especial de Direitos Humanos

Marta Suplicy (PT-SP) – Cidades ou outra pasta

Walter Pinheiro (PT-BA) – Ministério do Desenvolvimento Agrário

Deve mudar de lugar

Tarso Genro (PT-RS) – deixando a Articulação Política para assumir o Ministério da Justiça

Deve voltar

Alfredo Nascimento (PR-AM) – Ministério dos Transportes, do qual se licenciou ano passado para disputar (e ganhar) uma vaga no Senado

Devem sair

Agenor Álvares da Silva (sem partido-MG) – Saúde

Guilherme Cassel (PT-RS) – Desenvolvimento Agrário

Luís Carlos Guedes Pinto (PT-SP) – Agricultura

Márcio Thomaz Bastos (PT-SP) – Justiça

Nelson Machado (PT-SP) – Previdência Social

Paulo Sérgio Passos (sem partido-BA) – Transportes

Paulo Vannuchi (PT-SP) – Secretaria Especial dos Direitos Humanos

Pedro Brito (PSB-CE) – Integração Nacional

Incógnitas

Advocacia Geral da União (AGU) – Alvaro Ribeiro Costa (sem partido-CE). Especula-se que ele poderia ser substituído por José Antonio Dias Toffoli, ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil e advogado eleitoral do PT.

Agricultura – fala-se que Lula pretende entregá-lo ao PP, até mesmo para o atual ministro das Cidades, Márcio Borges, mas o PTB e o PMDB também cobiçam a pasta.

Cidades – Márcio Fortes, do PP, briga para permanecer. O PT quer o cargo para Marta Suplicy, pré-candidata à prefeita de São Paulo em 2008 e, se as coisas saírem do jeito que ela sonha, a presidente da república em 2010.

Ciência e Tecnologia – Sérgio Rezende (PSB-RJ). Só não ficará no cargo se o PSB optar por outro nome, o que é dado como improvável.

Defesa – Lula procura um substituto para Waldir Pires (PT-BA), mas tudo leva a crer que ainda não encontrou.

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Luiz Fernando Furlan (sem partido-SP). Condicionou sua permanência ao poder de indicar o presidente do BNDES, condição não aceita por Lula. Mesmo assim, Furlan pode continuar.

Esporte – Orlando Silva de Jesus Júnior (PC do B-BA). O ex-deputado Agnelo Queiroz (PCdoB-DF), que deixou o cargo para disputar o Senado (e perdeu a eleição), quer a cadeira de volta.

Previdência – Tanto poderia ficar com o PDT quanto com outro partido aliado.

Secretaria de Relações Institucionais e Articulação Política – com a saída de Tarso Genro (PT-RS) para a Justiça, fala-se que a estratégica função passaria ao atual ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia (PTB-MG).

Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – Altemir Gregolin (PT-SC) trabalha para permanecer.

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres – não é certa a permanência de Nilcéa Freire (sem partido-RJ)

Turismo – Walfrido Mares Guia (PTB-MG) pode sair para uma área mais importante, abrindo espaço para Lula entregar o ministério a algum partido da base governista.

Lula diz que não ao terceiro round

LULA DESCARTA UM TERCEIRO MANDATO

Gustavo Krieger
Correio Braziliense
2/3/2007

Presidente abre o jogo e diz que não se pode “brincar com a democracia”, mas quer eleger seu sucessor em 2010


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva jurou ontem que não pensa em mudar a Constituição para garantir um terceiro mandato. “Isso é inexeqüível e a gente não pode brincar com a democracia”, disse em um encontro com jornalistas no Palácio do Planalto. “Quero eleger um companheiro”, declarou o presidente. “Nada é pior para um político que acabar o mandato sem que o seu candidato o queira no palanque.” E brincou: “Quero terminar o governo tão bem que eu possa recusar convites para subir nos palanques.”

Nas últimas semanas, surgiram em setores do PT propostas que poderiam aumentar a permanência de Lula e do partido no poder. Uma delas foi a possibilidade de o presidente convocar plebiscitos sem precisar de aprovação do Congresso, o que abriria espaço para uma eventual consulta popular que autorizasse o presidente a tentar uma segunda reeleição. A segunda seria a adoção do parlamentarismo, o que permitiria a ele continuar no poder como primeiro-ministro. Mas o presidente garante que não vai incluir nenhum artifício continuista na discussão da reforma política. “O Congresso pode discutir o que quiser na reforma. O presidente da República não vai se meter”.

Lula aproveitou a conversa em tom mais descontraído para reconhecer o radicalismo dos primeiros tempos do PT. “Nós chegamos na Constituinte com 16 dos 500 deputados e tínhamos um projeto fechado de Constituição”, lembra. “Se a gente tivesse aprovado aquela Constituição, hoje eu estaria reclamando dela”. Quando um repórter perguntou o que teria acontecido se ele tivesse sido eleito presidente em 1989 no auge do radicalismo, o presidente disse: “Acho que teríamos feito melhor do que o que fizeram (o governo Collor). Mas dou graças a Deus pelos 12 anos (entre a derrota de 1989 e a eleição em 2002). Foram a minha universidade. Cheguei ao poder mais preparado que em 89”.

Ministério
O presidente voltou a dizer que não tem pressa em fazer a reforma ministerial. “Vocês (jornalistas) escrevem todos os dias que algum ministério não está funcionando porque o ministro não sabe se vai ficar”, disse. “Ano passado, durante a campanha, quando eu não sabia se ia continuar, foi que eu mais trabalhei”. Ele se recusa até mesmo a confirmar a permanência de ministros que receberam encargos importantes, como Fernando Haddad, que está finalizando um pacote de medidas na área da educação. “Se algum ministro novo entrar, vai se adequar ao programa do governo e dar continuidade ao que está sendo feito”, afirma.

Apesar do nervosismo dos partidos aliados, que esperam por cargos na reforma ministerial, Lula jura que não está se sentindo pressionado. “Nunca tive uma situação tão favorável para formar um ministério como agora”, diz. “Todos sabem que eu tenho de contemplar os partidos, mas os partidos sabem que podem pedir tudo, mas a última palavra é a do presidente da República”.

Por enquanto, Lula continua a avaliar a força de cada um dos aliados. “Todos os dias leio na imprensa que algum deputado trocou de partido. Preciso esperar isso acabar. Não dá para fazer um acordo com um partido que tem tantos deputados e depois de nomear o ministro ver que o partido ficou com uma bancada menor”.

Emoção com A marcha dos pingüins

O presidente Lula chorou ao assistir o filme A marcha dos pingüins. Essa foi uma das confidências que ele fez no café da manhã com os jornalistas. “É muito difícil ser pingüim”, concluiu depois de ver o documentário. Brincando, disse que vai dar um beijo no diretor Luc Jacquet, vencedor do Oscar de 2006. Em tom entusiasmado, contou aos repórteres a odisséia dos animais pela sobrevivência. “O macho passa um tempão com o ovo em cima dos pés, para proteger. Quando finalmente nasce o filhote, vem os outros animais para comer”. A lembrança sobre os pingüins não veio do nada. Fez parte de um raciocínio mais longo do presidente sobre a desagregação da família, que para ele é o grande problema da sociedade brasileira hoje. O filme apareceu não só como um exemplo de animais que fazem tudo pelos filhotes, mas também como um raro exemplo de programação educativa dentro da indústria cultural. “Os meninos passam o dia na internet ou assistindo televisão”, disse. “O que eles aprendem de bom? Não há nada de educativo”.

Livre da pressão de uma entrevista formal, o presidente soltou-se mais. Contou aos jornalistas que quer reformar o Palácio do Planalto. “Se a gente passa dois dias fora, um fim se semana que seja, quando volta tem alguma torneira que não funciona”. Destacou que está procurando por um local para instalar os ministros e assessores palacianos enquanto a reforma durar, mas não resistiu a fazer duas brincadeiras.

Buriti
Na primeira, disse que “o problema, depois da reforma, é que não vai ter gabinete para todo mundo voltar. Vai ter gente que vai ficar sem sala”. Quando um jornalista sugeriu que ele ocupasse o Palácio do Buriti, já que o governador José Roberto Arruda transferiu a administração do Distrito Federal para Taguatinga, o presidente brincou: “É melhor não. Podem fazer uma manifestação lá na frente, achando que é o Arruda quem está lá”.

Depois dos meses tensos do final de 2005 e da campanha de 2006, o presidente está de bem com a vida. Ancorado em bons índices de popularidade e embalado pela reeleição, decidiu melhorar as relações com a imprensa. Dessa vez, reclamou pouco das notícias publicadas nos jornais. Mas não deixou de fazer sua provocação. “O que me impressiona quando alguém fala com o presidente é a criatividade das pessoas”, contou. Ele disse que ao ler relatos sobre conversas dele com interlocutores na imprensa lembra de um curso de psicodrama que fez quando era sindicalista em São Bernardo do Campo (SP). “Num dos exercícios, em uma mesa redonda, cada um passava uma frase para o vizinho. Quando retornava ao primeiro, a frase era completamente diferente”.

Dia histórico para garimpeiros

Vale cede e garimpeiros voltarão à explorar Serra Pelada
Fotos: Pedro Paulo
A Companhia Vale do Rio Doce assinou ontem na presença do ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, uma carta de Compromisso devolvendo os cem hectares do Garimpo de Serra pelada à Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), num dia considerado histórico pelos garimpeiros.

A exploração daquele que já foi o maior garimpo de ouro à céu aberto do mundo, localizado no sudeste do Pará, estava inativo desde 1992. A Vale, de acordo com o documento cuja anuência foi referendada pela autoridade mineral federal, o Departamento de Nacional de Produção Mineral (DNPM), cedeu direitos minerários à Coomigasp, que reúne 45 mil garimpeiros em seus quadros.

"No acordo a Vale explorará apenas calcário em 49 hectares por prazo indeterminado. Caso haja a ocorrência de outros minérios, estes pertencerão à Coomigasp", disse ao blog Raimundo Benigno, presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada.
A exploração não será manual, o novo projeto, apesar de mecanizado, deve atrair entre 60 e 70 mil garimpeiros para o antigo garimpo.
Empresas interessadas da China, Japão, Canadá e Estados Unidos já demonstraram interesse na exploração e emissários destas empresas já iniciaram conversações com diretores da Coomigasp.

James Cameron garante: achamos o túmulo de Jesus


BBC/Brasil

Diretor disse no entanto que não questiona a Ressurreição

Um documentário a ser exibido no Brasil em um canal de TV a cabo no dia 18 de março afirma ter identificado o túmulo onde foram enterrados Jesus Cristo, sua mãe Maria, e Maria Madalena.

Intitulado The Lost Tomb of Jesus (ou "O Túmulo Perdido de Jesus", em tradução livre), o documentário foi produzido pelo diretor do filme Titanic, James Cameron, para o canal de TV Discovery Channel.

As supostas revelações do documentário fazem referência a um túmulo encontrado em 1980 no subúrbio de Talpiot, em Jerusalém. Nele, os arqueólogos encontraram dez caixões – ou repositórios de ossos – e três crânios.

Seis deles portavam inscrições que foram traduzidas como Jesus, filho de José; Judá, filho de Jesus; Mariamne (apontado como o verdadeiro nome de Maria Madalena); Maria; José; e Mateus. Mas, à época, o achado não gerou grande interesse, porque os nomes eram comuns há dois mil anos.

Quinze anos depois, a equipe submeteu os resíduos de ossos a testes de DNA, e verificou que não havia parentesco entre os ossos que seriam de Jesus e Maria Madalena, levando-os a concluir que ambos só poderiam estar na mesma tumba se fossem casados.

Cheiro de queimado

"Prometida" para o ex-Deputado Federal José Priante como cota pela derrota de sua candidatura ao governo do Pará, a Eletrobrás está na alça de mira de uma investigação que apura desvios que chegam a R$ 1 bi. Leiam matéria do Jornal do Brasil abaixo, apurada pela repórter Lorenna Rodrigues:

Fraude de usinas do Norte chega a R$ 1 bilhão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspeita que usinas da região Norte desviaram quase R$ 1 bilhão em óleo combustível comprado com dinheiro dos consumidores de energia, incluindo os residenciais. Os alvos da investigação são geradoras do grupo Eletrobrás. Dados preliminares da Aneel mostram que cerca de 400 milhões de litros desapareceram dos estoques das usinas entre 1995 e 1999. Reservados para consumo interno, podem ter sido vendidos irregularmente a autoprodutores ou a usinas clandestinas da região.

A Eletrobrás não se manifestou até o fechamento da edição.

- Se ficar provado o desvio do insumo, as empresas serão obrigadas a devolver o combustível desviado - diz uma fonte da agência.

Segundo o técnico, se houver constatação de fraude, a Aneel vai alertar o Ministério Público e a Polícia Federal. Nesse caso, os gestores correm o risco de serem indiciados criminalmente. A investigação da Aneel tende a ser concluída até o fim de abril, quando acaba o prazo para as empresas se explicarem. O prejuízo com o desvio do óleo combustível pesa no bolso de todos os brasileiros que consomem energia elétrica. Afinal, o dinheiro usado para comprar o insumo que gera energia em termelétricas da região Norte tem origem na Conta Consumo de Combustíveis Fósseis.

A chamada CCC é custeada pelos consumidores e representa de 2% a 4% da conta de luz. Os recursos são administrados pela Eletrobrás, que é também responsável pela compra do combustível usado por suas geradoras - a maior parte das usinas que recebem o dinheiro.

- Há um conflito de interesses entre a Eletrobrás como gestora e empresa que utiliza o dinheiro - declarou o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, no início do mês.

No ano passado, a agência descobriu um rombo de quase R$ 500 milhões causado pela má gestão do dinheiro da CCC. A Aneel notificou quase todas as usinas estatais da região Norte por usar o combustível subsidiado em máquinas ineficientes, o que é proibido por lei. Cerca de 200 milhões de litros foram usados irregularmente. A Aneel fez acordos com as empresas, que deixam de receber o dinheiro da CCC até que o valor devido seja ressarcido. Três empresas, porém, não concordaram com o acordo e foram multadas.

A Eletronorte terá que pagar multa de R$ 6 milhões, a Eletroacre, R$ 2,8 milhões e a Companhia Energética do Amazonas (Ceam), R$ 1,7 milhão. Todas recorreram à diretoria da agência, que ainda não se manifestou. Em agosto do ano passado, a Aneel multou a Eletrobrás em R$ 12 milhões por comprar combustível acima do preço de mercado. A empresa também recorreu dentro da própria agência. Desde 2001, a Aneel intensificou a fiscalização dos recursos da CCC. Até então, os gastos eram monitorados só pela Eletrobrás, que não exigia comprovação de como o combustível era usado.

A Aneel determinou que as empresas enviassem relatórios com quantidade de combustível comprado, quantidade recebida e energia gerada desde 1999. O cruzamento dos dados mostrou o desaparecimento dos milhões de litros de óleo. A fiscalização começa a dar resultados. No início do mês, a agência determinou uma redução de 36,6% no valor da CCC para este ano, o que vai representar, para o consumidor final, alívio de até 1,4% na conta de luz.

Até agosto, as usinas terão de instalar medidores eletrônicos de fluxo de combustível e da energia gerada, que mostrarão se o óleo subsidiado está sendo realmente utilizado para gerar energia.

Modelos de capitalismo

CAPITALISMO IDEAL:
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a
economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se rico!

CAPITALISMO AMERICANO:
Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro
vacas. Fica surpreso quando ela morre, mas até a morte você ficou rico.

CAPITALISMO FRANCÊS:
Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.

CAPITALISMO CANADENSE:
Você tem duas vacas. Usa o modelo do Capitalismo americano. As vacas morrem.
Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para
ter as três vacas do capitalismo francês.

CAPITALISMO JAPONÊS:
Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de
uma vaca normal e produza 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de
vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.

CAPITALISMO SUIÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos
outros.

CAPITALISMO CHINÊS
Você tem duas vacas toma emprestado um touro de um país desenvolvido, cujo
pagamento será um touro por ano deste capital emprestado, 300 pessoas tira o
leite delas em troca de 50 ml de leite cada um. Você se gaba de ter pleno
emprego e alta produtividade ser competitivo e de estar crescendo.

Essa foi enviada por um amigo e circula na Internet.

CAPITALISMO BRASILEIRO?
Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria o CCPV -
Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e te autua,
porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo
número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por
meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de
couro, botões, presumia que você tivesse 200 vacas e para se livrar da
encrenca, você dá a vaca que realmente possui para o fiscal deixar por isso
mesmo e fica com a roubada produzindo muito pouco pois não pode produzir
muito leite senão aparece.

Nota do blog: Faltou o Capitalismo Italiano
O capitalismo italiano consiste no governo dar uma vaca para cada produtor. Naturalmente eles nunca ficarão ricos, mas, têm a esperança do Berlusconi passear com a nova namorada, de carro, para mostrar-lhes a beleza dos campos do interior da Itália. Para se mostrar ele compra todas as vacas e fica todo mundo bem.

Nova visão

Entra na pauta novamente a discussão sobre a criação de novos Estados. Dito assim, o tema parece a todos simplista e passional. Não é bem assim. Discutir a divisão do Pará e, de resto, os projetos que tramitam no Congresso Nacional propondo um novo mapa para o Brasil é ser, antes de tudo, patriota.
"A verdadeira origem da descoberta consiste em não procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos." (Marcel Proust).
Proust nos ensina a refletir com esta frase lapidar. Mas, refletir o que? Quem ganha ou quem perde?
Correntes favoráveis, contra-correntes, tudo perpassa por interesses de um lado e de outro, a razão, portanto, da polemizão é a essência na arte da ciência política, em sua mais nobre missão, preconizando a saudável discussão numa mesa de negociação. Mas, ouvir e dar voz ao povo.

Manchete de hoje publicada em O Liberal esconde muito mais o que revela: a abordagem superficial num tema de interesse de Estado, não o interesse do jornalão. O Liberal pode ter lá suas razões para fazê-lo, mas, esqueceu de combinar com o povo sulparaense e do oeste do Estado o resultado do placar. Não é pouca coisa. Daí pensarmos que a decadência dos veículos de comunicação desse grupo só contabilizarem prejuízos há décadas nas duas regiões.
Voltemos ao que interessa.

Já publiquei aqui no blog uma carta enviada por um morador ao então presidente da Associação Comercial do Pará. Republico-a abaixo:

Caro João Augusto Rodrigues

Presidente da Associação Comercial do Pará

Sou paraense, tenho 45 anos, nascido num município da região sudeste de nosso Estado, São Felix do Xingu. Meus pais foram verdadeiros heróis, para aqui criarem uma família numerosa, tentando dar saúde e educação num lugar onde ate hoje não existe nenhum desses serviços oferecidos de forma decente ao povo sul paraense, pelo estado. Neste momento estou em Brasília cuidando de interesse de minha comunidade junto a alguns ministérios do governo federal, quando tive a oportunidade de ler seu artigo no Liberal de 26.03.05 o “Para Unido” onde Vossa Senhoria elogia justamente, o empresário de Marabá, Luiz Carlos da Costa Monteiro, mineiro, trabalhador como tantos outros que moram em nosso estado e tem ajudado a fazer com garra e determinação essa promissora região.

Tenho acompanhado pela imprensa, algumas manifestações suas em nome da Associação Comercial do Pará, defendendo a unidade do Pará, afirmando que unido e grande somos melhor, mais forte. Eu acho bonito seu discurso e acredito na sua sinceridade. Sei que é um homem jovem, intelectual, empresário de sucesso, exatamente como eu queria ser, mas não sou porque não tive oportunidade, moro lá em São Felix do Xingu. Aqui o Pará é outro.
O Pará que o senhor conhece e mora, é um Pará civilizado, tem bons hospitais, boas Universidades, escolas técnicas e de ensino fundamental e médio de qualidade. Tem portos, aeroportos, energia elétrica, asfalto nas ruas e nas estradas, tem pontes boas em todas as partes, tem segurança pública, tem governo próximo, que na hora que o senhor precisa, está à sua disposição para que o senhor resolva os seus problemas com facilidade e rapidez; enfim, o Pará que o senhor mora e conhece é um Pará que respeita os seus cidadãos, oferece qualidade de vida e oportunidade de crescimento.

Agora, meu caro Dr. João Augusto, o Pará que eu moro e vivo há 45 anos não tem nada a ver com esse aí que o senhor mora. Aqui, as coisas e a vida são complemente diferentes, não temos hospitais como ai em Belém, nosso centro de saúde regional é a cidade de Araguaína, lá no Tocantins – que fica a 730 km de distancia daqui, da minha terra, muita gente doente sai daqui na ambulância e morre na estrada antes de chegar lá; aqui também não tem Universidade nem boa e nem ruim como aí em Belém que tem muitas, aqui não se tem o direito de fazer um curso superior quando terminamos o ensino médio, não temos uma escola técnica e as escolas de ensino médio estão caindo aos pedaços; estrada aqui é de chão e só são trafegáveis na época da estiagem, agora no período chuvoso se o senhor quiser nos visitar vindo de carro, certamente não chegará aqui no inverno falta combustível e gás de cozinha porque não temos estrada e as pontes que também não prestam caem e o transito fica interditado; segurança publica não existe, a própria policia ajuda a bagunçar e a população vive abandonada à própria sorte, a lei do mais forte é que a prevalece; aqui não se ouve nem falar em governo, só na hora de pagar impostos ou quando o pessoal da Sefa chega para pressionar e extorquir. Essa é a nossa realidade. É a realidade de 95% dos municípios do sul / sudeste do Pará. Lá para a região Oeste do Pará (Tapajós / Baixo Amazonas) dizem que é do mesmo jeito ou pior do que aqui, não sei. Se for assim, estamos roubados!!!

Caro Dr. João Augusto, o Pará existe como ente público federado, a cerca de 390 anos e tudo que conseguimos construir é isso que temos: uma saúde pública que mata os cidadãos paraenses por ineficiência, uma educação capenga em todo o interior do estado, uma infra-estrutura longe de atender o mínimo necessário ao desenvolvimento da região como esta que tem um enorme potencial, assim como, a região Oeste do Pará. Está mais que provado que o governo do estado por melhor que seja não tem condições de atender toda uma demanda reprimida de estradas, pontes, saúde publica, educação de nível médio e superior, segurança pública, regularização fundiária (todo dia estamos na imprensa nacional e internacional como bandidos, desordeiros, criminosos, grileiros de terras públicas, agressores e bandoleiros ambientais) tendo que suportar uma intervenção atrás da outra pelo governo federal, que não respeita o pacto federativo e não está nem aí para o governo do Pará. O governo estadual concentra 90% de seus investimentos na região norte /nordeste do Estado. São 390 anos nessa situação e cada dia que passa a coisa fica mais grave e mais complicada. Meu pai tem 75 anos, desses anos todos, 55 são no sul do Pará esperando melhorar. Eu tenho 45 anos, todos no Sul do Pará, esperando melhorar...! E o que conseguimos é isso aí que acabei de relatar... Será que não estaria na hora da sociedade paraense fazer uma reflexão, se confrontar com sua dura realidade interiorana para tomar uma posição, se fica como está preservando a integridade de seu território com 1.250.000 km2 e orgulhando-se disso em detrimento do sofrimento e da falta de perspectiva de vida do povo do sul / sudeste e oeste / sudoeste do Pará??? Ou de repente, vai ter a grandeza e desprendimento necessário para discutir uma outra alternativa que ofereça uma melhor perspectiva de vida para o povo dessas regiões? Uma sociedade democrática e justa não pode negar-se pelo menos ao debate de um assunto tão serio importante e justo quanto este.

Não devemos ter medo do debate, nossa democracia prova a cada um de nós que não somos os únicos donos da verdade e não existe ninguém pra dizer melhor onde o sapato está apertando, como aquele que está com o pé dentro do referido sapato. O Estado Democrático de Direito, nos dá o Direito de termos a prerrogativa de discutir as coisas que nos afetam todos os dias. Como um jovem Democrata que senhor é, de boa família e de ótima formação, gostaria de pedir que visse esse assunto não como a bandeira política de alguns, mas como uma questão de justiça social, de combate às desigualdades e luta pela dignidade humana, ou isso é pecado?

Restaurado o Estado Democrático, não se cria mais territórios federais, porque esta foi uma atitude de governos ditatoriais, mas, vivemos outros ares; agora, consulta-se a sociedade em plebiscito e esta diz sim ou não quanto à criação de novas unidades federadas, podem ou não ser criadas. Enquanto cidadão, empresário, líder político ou empresarial, membro do Congresso Nacional, governador do Estado ou Presidente da Republica, não se pode negar a uma sociedade ou a um único cidadão o livre direito de liberdade de expressão, pois isto é a garantia constitucional. Assim, vejo com reserva e preocupação, sua posição como jovem progressista-desenvolvimentista, de combate ao direito do povo do sul/sudeste e oeste/sudoeste do Pará em discutir a criação de estados federados nessas regiões. Do Ponto de vista empresarial, combater isto é a mesma coisa de atirar no pé, pois se forem criados estes estados, a atração de investimentos públicos e privados serão incomparáveis ao que hoje existe, e isto é ótimo para o setor empresarial. Vossa Senhoria vai ganhar mais dinheiro ainda, montando novos negócios nesses novos estados, então isto é bom para o senhor também.

Dizem que vai ter mais despesas, e é verdade, eu também concordo. Tudo que se faz na vida tem que ter a despesa, criando esses novos estados não será diferente. Mas será a despesa mais justa do mundo, pois estará atendendo milhões de cidadãos abandonados à própria sorte e a relação custo/beneficio poderá ser a melhor possível. São regiões viáveis, e que rapidamente alcançarão a sua sustentabilidade, é só evitar que a Sefa continue roubando. Essa questão de despesa é mais um engodo daqueles que tem o prazer de nos ver morrendo de inanição e abandono. O Brasil paga 150 bilhões de reais/ano de juros para banqueiros agiotas e ninguém diz absolutamente nada, acham eles que tem que ser assim mesmo!!! Agora, isto está matando esta Nação... Muitos também dizem que não é hora de falar claramente sobre estas coisas. Talvez, porque o País não vai tão bem assim. Só que o presidente Lula alardeia nos quatro cantos que o Brasil nunca esteve tão bem, que a indústria nunca cresceu tanto, que o agronegócio nunca exportou como agora, que o PIB nunca foi tão alto. Se formos atrás do Jatene ele vai afirmar a mesma coisa com relação ao estado; como são pessoas de fé publica e dignas de nossa confiança, acham que é hora de se falar nisso e levar essa discussão a exaustão.

Dr. João Augusto, sou um caboclo do Xingu, pouco letrado e quase nada rodado, mas acho que a grandeza de um estado não se mede apenas pela sua extensão territorial, mas acima de tudo pela qualidade de vida que proporciona aos seus habitantes. Se dimensão territorial fosse importante, o Amazonas e o Pará não teriam os indicadores sociais que tem hoje, e não estariam juntamente com a região norte, atualmente condenados pela ONU de terem a oportunidade de se livrarem-se da pobreza e do baixo IDH que já estão condenados nos últimos 15 anos. Isto sim é grave, e só se resolve com políticas governamentais de fôlego e gestão publica impactante.

Por falar em dimensão territorial, estou procurando na minha cabeça algum país civilizado do mundo com unidades federadas do tamanho do Pará, Amazonas, Mato Grosso, etc... E confesso que não estou encontrando. Parece que só aqui no Brasil e na região norte, que ainda perduram essa enormidade territorial, administrativamente inviável. Em todo o resto do mundo, essa visão já foi abolida. Governo estadual pode administrar essa situação. Defender a continuidade disto, é não ser honesto consigo mesmo, é demonstrar egoísmo e falta de sensibilidade social com milhões de habitantes que também querem viver porque estão cansados de vegetar. O modelo de gestão ai posto remonta a colonização, teve ao longo de 390 anos a chance de mostrar que desse jeito não dá certo. Já teve todo o tempo do mundo para fazer acontecer e, por que continuamos desse jeito meu Deus???

O desenvolvimento só acontece com a vontade de o governo implementar políticas publicas consistente e de sustentabilidade. Qualquer ser inteligente percebe isto. Já se perdeu tempo demais, não adiante ficar repetindo erros, enganando a si e aos outros, anunciando que tudo vai melhorar; não se cura infecção profunda com melhoral infantil. Onde está a sinceridade de nossos homens públicos?????

Por outro lado, Dr. João Augusto, criar esses estados, eu vejo como permitir que a roda continue rodando. É permitir que a historie continue sendo escrita, como por exemplo, há 150 anos o Paraná foi criado a partir do desmembramento de São Paulo; há 45 anos Rondônia foi desmembrado de Mato Grosso; há 25 anos o Mato Grosso do Sul foi desmembrado de Mato Grosso e há 15 anos Tocantins foi desmembrado de Goiás. A historia mostra que não foi preciso brigar com armas, mas convencer com argumentos e fatos históricos que a criação desses estados era necessário e importante para população e assim aconteceu. E, isto foi muito bom tanto para o estado remanescente como para aquele que ganhou autonomia. Isto é um fato, e, contra fatos não há argumentos. Então volte no tempo e veja a historia, ela nos ajuda a entender o presente e a planejar o futuro. Não temos um exemplo sequer onde à divisão territorial deu errado, pelo contrario, foi altamente positiva. Sugiro que encomende um estudo técnico sobre isto para que a Associação Comercial do Pará se posicione melhor quanto ao assunto.

Finalizando, gostaria de lembrar-lhe, que o senhor Luiz Carlos da Costa Monteiro, como todos os outros mineiros, goianos, gaúchos, catarinenses, maranhenses, cearenses, paulistas, tocantinenses, pernambucanos, baianos, capixabas, paraenses de Belém que moram na região, etc., certamente também são favoráveis à divisão territorial do Pará, como forma de recuperar um pouco do tempo perdido na busca do desenvolvimento, há tempos alcançado por outros estados que conseguiram tal feito. Concluindo, deixo claro que se tivesse outro instrumento de desenvolvimento que não fosse à divisão territorial, certamente lançaríamos mão deste e não seriamos favoráveis a isto, mas como não existe, que se dê seqüência à discussão de forma democrática, respeitosa, isenta e responsável.

Atenciosamente,

Ademar França Nunes Avenida Pará, número 1940 – Bairro Mundial. 68.380-000 São Felix do Xingu – Pará.

O Ademar coloca questões que vão além dos interesses de A ou B. Relata o quão duro é viver no interior do Pará, viver não: sobreviver.

Fala-se em PAC, fala-se em interiorização da administração, promete-se, engana-se, promete-se de novo e engana-se mais uma vez. Gostaria que o nobre deputado Zenaldo Coutinho, homem íntegro, católico fervoroso, um paraense exemplar me provasse o que investiu dentro de sua esfera de poder no Sul ou no Oeste do Pará, onde diz ter muitos votos?
A propósito, como o virtual candidato à presidir o PSDB paraense vai conversar com suas bases no Sul e Oeste do Pará? Serão nomeados belemenses nos diretórios regionais destas duas regiões para calá-los em relação à Carajás e ao Tapajós. Vai "calar" também seu colega Wandenkolk Gonçalves? Isso eu quero ver!

Gostaria, aliás, de ver um projeto sequer de autoria dos deputados e senadores que obtiveram votos nessas regiões que justificassem a unicidade que preconizam como a razão de viver do Pará e de suas carreiras políticas. Aviso apenas que não vale projetos exdrúxulos tipo criação de Zona Franca aqui ou alí. Isso é oportunismo eleitoral. Oportunismo que não ocorre quando os candidatos autênticos do sul e oeste do Pará elegeram-se formando uma "bancadinha" de seis deputados.

Não é estelionato os que aderem, pois, andam, conversam, atendem e investem nessas populações, caso dos deputados Zé Geraldo, Paulo Rocha e Beto da Fetagri. E aqui não existe ideologia política e sim, fazer política e ocupar o espaço que deve ser ocupado por um deputado federal.

Os seis deputados atuam nas regiões que pleiteiam a emancipação, mas, igualmente investem nas outras regiões. Eis a diferença.

"Redivisão da Amazônia é um direito dos brasileiros"
A redivisão da Amazônia tornou-se objeto precípuo da Comissão (...) expressamente privilegiada no Artigo 12 das Disposições Constitucionais Transitórias (...) Foram estabelecidos critérios que presidiram os termos desta proposta. São eles:
lExistência de individualização do espaço objeto da divisão em relação à capital do Estado em que se acha inserido (...);
lHomogeneidade geo-social-econômica no espaço considerado para divisão (...);
lPreservação das fronteiras atualmente desguarnecidas dada a sua distância e seu acesso para a capital do Estado (...);
lPossibilidade de sua auto-determinação (...);
lPreservação dos espaços homogêneos, de adequados tamanhos e configuração para constituir o território remanescente da atual unidade (...);
lManutenção dos municípios atuais (...).
l

É direito constitucional. Mas, tudo em política são processos construtivos ou destrutivos. Decisões tomadas hoje, à revelia de grande parte da população, refletem no futuro de nossos filhos e de nossos negócios. A pretensão de fazer com que o Congresso Nacional autorize a realização de um plebiscito é norma democrática, não é, ao contrário que seus detratores possam sugerir para meia dúzia de interlocutores que orbitam no mundo do poder e do dinheiro em Belém, gostam de ouvir ou queiram ouví-lo. Reside, portanto, a premência de articulação e a ampliação do debate com o conjunto da sociedade. Aliás, penso que este é o primeiro passo.

Não consigo, por exemplo, conceber que as universidades públicas e privadas de meu Estado não estabeleçam no setores competentes que a compõem, uma discussão acadêmcia de alto nível sobre a questão geopolítica da Amazônia em que estão inseridas e suas particularidades no Pará.

A excelência do Núcleo de Pesquisa da UFPA pode e deve tocar um estudo ou pelo menos reunir o que já tem sobre o assunto para iluminar o debate. Enquanto um político diz que o Tocantins foi criado numa "condição especial" a palavra circula ao vento como bloco de sabedoria e isso não é verdade.

Sou favorável, e é fundamental um amplo estudo sobre as condições que permeiam o tema; mais, a transversalidade do tema assusta leigos não familiarizados com a matéria, dado sua complexidade e as conseqüências que dela alimentam-se.

Portanto, é hora de discutir e deixar de lado interesses inconfessáveis. Sejamos patriotas, pois, todos somos brasileiros.

Rita vê conflito

Não vejo conflito em manter meu blog e assessorar um deputado federal como afirmou a jornalista Rita Soares que suspendeu o seu blog hospedado no Portal ORM e com link aí ao lado.

A opinião de um jornalista não difere de um cidadão, ambas são válidas e como disse outro jornalista, Altino Machado, radicado no Acre: "Os comentários neste blog passam por minha moderação, o que me confere o direito de publicá-los ou não. Textos assinados por mim refletem exclusivamente a minha opinião e não a das instituições para as quais trabalho ou venha a trabalhar. A reprodução é livre, desde que seja preservado o contexto e mencionada a fonte." Opinião é pessoal e inalienável dentro dos parâmetros constitucionais. É assim que queremos no Brasil.

Portanto, Rita, hospede seu blog em outro servidor e continue brindando-nos com sua competência.

Seja bem-vinda à Brasília e conte comigo. Meu e-mail pode ser encontrado no perfil deste blog.

Capitaneando em longínquas terras

Quem pode, pode, quem não pode se sacode. O publicitário e um dos peso-pesados do marketing político nacional, Eduardo Sobreira formou uma joint venture de empresários paraenses e paulistas especializada em construção de estradas e tudo que envolva utilização de enorme quantidade de máquinas pesadas de última geração e levou-os ao Perú. Lá, o Governo Federal os está recebendo de braços abertos. Eles transitam na esfera federal (Presidência da República e Ministério dos Transportes), nos governos estaduais, municipais e grandes empresários peruanos para deslanchar algumas frentes de obras apresentando o asfalto de alta tecnologia (bioasfalto). Exportação de produtos brasileiros também está na pauta. O Governo do Perú deu mostras de que está acreditando que o Mercosul é para funcionar. Boa sorte para o Eduardo Sobreira!

Começou o inferno.

MST e CUT ocupam 12 fazendas no oeste de São Paulo
Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra e sindicalistas rurais da Central Única dos Trabalhadores ocupam 12 fazendas no Pontal do Paranapanema e na Alta Paulista, no oeste do Estado de São Paulo. A ação atingiu sete municípios e foi o primeiro grande movimento conjunto. Líderes do MST informaram que as invasões são para exigir que a reforma agrária seja encarada pelo governo como uma emergência. As ocupações vão durar todo o Carnaval.
Reportagem CBN

A Cut tá nessa parada. A CUT precisa de terras?

Jornalistas correndo atrás do "furo"

Ainda não chegou com força, mas chegará: corre um papo aqui pelos corredores que quem na verdade teria comprado a cesta de fazendas do pecuarista Benedito Mutran no sul do Pará não teria sido o Banco Opportunity de Daniel Dantas e sim o filho do Presidente da República, o famoso Lulinha.

Tentei falar com Bené que é meu parente. Não consegui. Os mais qualificados repórteres de Brasília já sabem da história e a coisa começa a crescer por aqui.

O grupo de "Lulinha" comprou várias outras fazendas e planejaria a construção de um megafrigorífico para abater 500 mil cabeças de gado por ano. Detalhe: a turma não compraria uma rez sequer pois, todas as fazendas adquiridas foram na modalidade porteira fechada.

O rebanho da turminha já seria de 150 mil cabeças engordando no espetacular pasto sulparaense.

Duda Mendonça não veio pra posse aqui em Brasília para poder descançar e conferir algumas novas novilhinhas e bezerrinhos que teriam nascidos em profusão na virada de janeiro pra fevereiro em suas fazendas, onde? Adivinhou. No Sul do Pará, claro.

A tropa de investigadores já foi despachada daqui pra confirmar os rumores.

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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