Toninho, o malvadeza.

Do Lauro Jardim. Coluna Radar. Revista Veja (para assinantes).

CONGRESSO

ACM vai à luta | 15:56
ACM diz para quem quiser ouvir que não descansará enquanto não conseguir empinar a CPI do Apagão Aéreo no Senado. Tudo para ter o prazer de ver Waldir Pires tentando responder o irrespondível.

Amazônia: Esta ilustre desconhecida





Ray Nonato
Praia do Pesqueiro, Soure, Marajó
Brasília – O governo federal, o Congresso Nacional e os governos e parlamentos da Região Norte estão gastando rios de dinheiro com a desculpa de saber o que fazer para salvar a Amazônia do aquecimento global. “Besteira!” – como disse o respeitado geógrafo Aziz Ab’Sáber, 83 anos, à Agência Estado. O relatório das Nações Unidas sobre o aumento da temperatura mundial, divulgado em fevereiro, afirma que a Amazônia se transformará em cerrado. Ab’Sáber lembra que entre 22 mil e 11 mil anos atrás, última era glacial, o mar desceu dezenas de metros devido ao congelamento nos pólos norte e sul. Há cerca de 12 mil anos, a temperatura subiu, o gelo polar derreteu parcialmente e o mar subiu de novo. “Entre 6 mil e 5 mil anos atrás, o calor ficou tal que o nível do mar esteve a 2,80, 3 metros mais alto” – explica o geógrafo.

A Amazônia está levando a breca porque não há política de estado no Brasil e os governantes, todos eles, só pensam em votos, em reeleição, em fazer o sucessor, ou em se perpetuar - de alguma maneira - no poder. “Falam muito do fim da Amazônia pelo aquecimento, mas se esquecem de tudo aquilo que está acontecendo hoje em dia na Amazônia” – adverte Ab’Sáber, referindo-se à devastação da grande floresta por madeireiras e fazendeiros. “Ouvi da boca de um fazendeiro: A terra é minha, e faço com ela o que quiser e quando quiser. Hoje, ele desmata para a agropecuária, mas depois, se quiser, desmata mais da floresta para plantar soja ou cana-de-açúcar.” Para Ab’Sáber, a Amazônia é um estado paralelo: “Só conheço dois estados paralelos no Brasil: os morros do Rio e a Amazônia”.

De fato. A Amazônia só se mantém em pé graças ao dinheiro despejado principalmente da Alemanha, Estados Unidos, Japão e Holanda, R$ 108,9 milhões por ano, segundo levantamento da Agência Estado. ONGs internacionais injetam R$ 31,6 milhões por ano na floresta. A filial brasileira do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que tem sede na Suíça, manda para a amazônia, anualmente, R$ 10 milhões. Dos R$ 9,2 milhões aplicados na floresta, em 2006, o Instituto Socioambiental (ISA), ONG nacional, R$ 7,9 milhões foram captados no estrangeiro.

Em contrapartida, em 2005, os estados da Amazônia Clássica, mais Mato Grosso e Maranhão, aplicaram R$ 96,4 em meio ambiente. Em 2006, o Ministério do Meio Ambiente destinou à Amazônia R$ 58 milhões. O Central Park, de Nova York, dispõe de R$ 52,3 milhões por ano. Em 2005, o estado de São Paulo gastou R$ 824,1 milhões com o meio ambiente.

Diz o pesquisador do Instituto do Meio Ambiente e do Homem na Amazônia (Imazon), Adalberto Veríssimo: “A verba nacional para a Amazônia é irrisória. Temos de pagar juros da dívida, cobrir os recursos obrigatórios de previdência, saúde, educação... Veja a questão da segurança pública... O meio ambiente tem de competir com todas essas demandas. O que sobra é pouco”.

E as populações da floresta? Vivem sob fogo cruzado. O estado não chega a elas. Só para dar um exemplo, no Marajó, Pará, a mais fantástica região do planeta, não há lei. Ratos d’água atacam casas de ribeirinhos e estupram tudo quando é mulher; até idosas.

Em berço esplêndido

É assim que os galos de briga disputam o mercado de jornais no Pará. No Carajás e no Tapajós, ambos, coram de vergonha com a concorrência. Cada vez mais preparada e preparando-se. Fiquem espertos, homis!

Abissal

"É tão vulgar ao reconhecimento esquecer, como à esperança o lembrar"
Gracián y Morales, Baltasar

Ave! Darci

Este blog recebeu e divulga com a alma contaminada de saudades e inominável entusiasmo, a seguinte comunicação.

Brasília, 23/03/2007

Dez anos sem o apóstolo da educação


O intelectual, escritor, professor e ex-senador Darcy Ribeiro foi homenageado pelo Senado em sessão especial nesta semana, uma sessão que marcou os dez anos da morte do antropólogo e educador, que se notabilizou pela luta em defesa do ensino público gratuito e de qualidade, dos índios brasileiros e das reformas sociais no país. Darcy Ribeiro elegeu-se senador em 1990, porém, o câncer impediu que ele concluísse seu mandato.

A reportagem mostra a opinião dos senadores sobre o educador e ainda traz um perfil completo de Darcy Ribeiro.


Subsecretaria de Divulgação e Integração do Senado Federal
Lídia Oyo - Marcio Varella
E-mail: ssdiv@senado.gov.br
Tel: 61- 3311.3335

É o cajado de homem que fugiu no entardecer da existência de uma Unidade de Tratamento Intensivo. Quando adoecer e se adoecer, este blogger fará a mesma cousa. Morrerá rindo da cara de todo mundo. Falta-me, ainda, o Cajado!! Hehehhe.

Senador do Tocantins apresenta proposta plebiscitária do Estado do Carajás no Senado


O senador Leomar Quintanilha (PMDB - TO) apresentou o Projeto de Decreto Legislativo que autoriza a realização de plebiscito para a criação do Estado de Carajás, a partir da emancipação do Estado do Pará. Leia aqui.

Quintanilha é um dos artífices que, ao lado do ex-Deputado Federal e ex-Governador, Siqueira Campos, criaram o Estado do Tocantins, a partir de desmembramento do Estado do Goiás.

O senado tocantinense atendeu o pedido formulado pelo amigo e Deputado Federal Giovanni (PDT-PA).

Logo mais publicarei a íntegra do Projeto de Decreto Legislativo, cujo inteiro teor ainda não está disponível no Banco de Dados do Senado.

Inda é Pará isso?

PARÁ

Cabeleireira e esteticista serão assessoras de governadora

DA AGÊNCIA FOLHA

A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), nomeou como assessoras especiais, lotadas em seu gabinete, a cabeleireira Manuella Figueiredo Barbosa e a esteticista Franciheli de Fátima Oliveira da Costa, que costumam atendê-la.

Os decretos com as nomeações foram publicados no "Diário Oficial" do Estado de 14 de fevereiro e não informavam o salário nem a natureza da atividade que passariam a exercer. As duas profissionais mantêm atividades fora do governo.

A Folha tentou falar ontem com a governadora por meio de sua assessoria, mas não obteve retorno.

A reportagem tentou falar com a cabeleireira e com a esteticista, mas não conseguiu. No salão de beleza que pertence à Manuella Barbosa, a reportagem foi informada por telefone de que a governadora é cliente há "muitos anos" e que hoje a cabeleireira atende a petista no local de escolha desta.

A secretária de Manuella informou que ela não estava no salão ontem e que não podia ser localizada, mas que a cabeleireira entraria em contato hoje com o jornal.

A reportagem falou também com a secretária da esteticista, que informou que ela estava atendendo a uma paciente e só falaria hoje.

O deputado estadual José Megale, líder da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa paraense, disse que a oposição irá se reunir nos próximos dias para definir quais medidas irá tomar sobre o assunto. (SÍLVIA FREIRE)

Encontro dos feras

Achava que ninguém ia publicar o encontro de blogueiros na Livraria Jinkings, mas, finalmente, eis que o Walter Jr., do Caneta Sem Fronteiras, registrou tudo e publicou (aqui).

Giovanni Queiroz no programa Direto de Brasília

Duvido! Mas seria ótimo

Reserva legal pode cair para 50% no Pará

O governo do Estado anunciou nesta segunda-feira, 18, durante sessão especial na Assembléia Legislativa, que está negociando com a presidência da República a assinatura de um decreto de revisão da reserva legal no Pará, que passaria de 80% para 50%.

O anúncio foi feito durante sessão solicitada pelo deputado estadual João Salame (PPS) para discutir a situação das indústrias de ferro-gusa de Marabá. A diminuição da reserva legal é uma antiga reivindicação do setor produtivo do Estado.

Os defensores da medida dizem que o Zoneamento Econômico-Ecológico do Estado definiu as áreas de preservação ambiental - transformadas em reserva - e de consolidação da produção. Estas áreas de consolidação já são alteradas pelo homem e teriam reserva legal de 50%.


Onde o calo aperta

Democratização? Como?

Mino Carta

Revista Carta Capital num. 0436

Na mesa, o projeto da tevê estatal. As tradições do poder a brasileira não permitem grandes esperanças

Fala-se muito em democratização dos meios de comunicação, mas não está claro o que se entende por isso. Tempo atrás, a Federação Nacional dos Jornalistas propôs a criação de um Conselho Federal com poderes para definir regras éticas no cumprimento da profissão. O projeto foi abortado no nascedouro, em meio a um debate alimentado pelos inoxidáveis paladinos da chamada liberdade de imprensa.

Vale dizer, porém, que o Conselho Federal não resolveria o problema. A reclamada democratização da mídia depende, obviamente, do avanço geral da nossa incipiente democracia. E se estabelece, em primeiro lugar, por leis antimonopolistas capazes de impedir que um indivíduo, ou uma empresa, seja dono de todos os tipos de meios de comunicação.

É assunto para o Congresso, o qual trai, no entanto, as regras mais elementares da democracia ao permitir que deputados e senadores sejam donos de jornais, revistas, rádios, canais de tevê. A vocação coronelista, o autoritarismo predador dominam o cenário em todos os quadrantes, e qualquer tentativa de aderir à contemporaneidade do mundo parece destinada ao fracasso.

Estamos longe da Europa e dos Estados Unidos, muito longe. Por lá, as leis são severas e cumpridas, vinga a meritocracia, não há diretores de redação por direito divino, patrão é patrão, jornalista é jornalista. Nos EUA, a democratização foi favorecida pela abertura do capital das empresas midiáticas, e tanto ali quanto nas redações européias só entram profissionais.

Recordo que quando trabalhei na Itália, no La Gazzetta del Popolo, de Turim, nunca vi o dono, rico biscoiteiro piemontês, em visita ao jornal. Recordo também de um estágio na Time-Life. Surpreendeu-me que o filho do fundador, o lendário Luce, só tivesse alcançado em sua carreira de jornalista a direção da sucursal de Londres. E os diretores da redação da Time e da Life eram grandes profissionais premiados por currículos brilhantes.

Por aqui, a justa preocupação com a democratização dos meios de comunicação, excitada pela reeleição do presidente Lula contra o esforço maciço da mídia nativa para comprometê-lo aos olhos da opinião pública, deságua nestes dias no projeto de uma televisão estatal, apresentado pelo ministro Hélio Costa.

Caberia à emissora, segundo o ministro, “mostrar as idéias do governo”, levantar temas e relatar situações que a mídia privada descura, sem detrimento da possibilidade de criticar ações governistas, desde que a crítica fosse correta. Lembrei dos tempos da censura da ditadura fardada, quando os generais exigiam que a crítica fosse “construtiva”.

Ora, se não se confundir com calúnia e difamação, a convocar o emprego do Código Penal, todo cidadão, em democracia autêntica, tem direito à crítica, a favor ou contra. Resta ver qual seria o critério usado para decidir o que é correto e o que não é. Justifica largos receios a tradição do poder à brasileira, resumida no ditado “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.

Se o governo cogita de uma televisão pública dedicada a lhe enaltecer os feitos, é certo que não contribuirá à democratização dos meios de comunicação. Temos, nesse campo, o exemplo das estatais européias. Trata-se de instrumentos institucionais, cujo exercício transcende o tempo de um mandato de governo, perenes no serviço ao país e ao Estado. Algo assim como teria de ser um Banco Central.

Que eu saiba, a regra só teve exceção na Itália com Silvio Berlusconi, figura política de desfaçatez sem limites, capaz de impor a ditadura da maioria, enquanto contou com ela. Mas não foi assim antes dele, e não é agora.

Permito-me umas tantas dúvidas a respeito da idéia do nosso governo. Quer dizer, duvido que seja correta, e aqui o adjetivo cabe. Ou ainda, duvido que não contemple a oportunidade pura e simples da autopromoção. Além disso, confesso que, ao ver o ministro Hélio Costa na ribalta, pergunto aos meus botões, embora avessos a Lombroso, até onde vai a validade de outro antigo ditado, “as aparências enganam”.

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